terça-feira, 2 de abril de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Dilma 'atropela' Reinaldo Azevedo e Estadão: amplia creches, de 6.000 para 8.685



SARAIVA 13


Dilma 'atropela' Reinaldo Azevedo e Estadão: amplia creches, de 6.000 para 8.685

Posted: 01 Apr 2013 02:43 PM PDT



O programa de governo da presidenta Dilma prevê 6.000 creches até o final do mandato, em 2014. O programa é feito em convênio com as prefeituras, que precisam se engajarem também.

Atualmente, os números são estes:

- 612 estão prontas;
- 2.568 já estão em obras;
- 2.217 estão contratadas, mas ainda não iniciadas;

Os números acima já totalizam 5.397 creches, já encaminhadas.

Para cumprir a meta bastaria abrir seleção para mais 603 creches.

Pois a presidenta decidiu fazer muito mais do que isso, e dar um grande passo adiante.

O governo federal está selecionando novos projetos para a construção de mais 3.288 creches, com recursos federais. Assim o total passará a ser 8.685 creches, bem mais do que as 6 mil inicialmente previstas. E, mesmo que parte termine o ano que vem em construção, é muito provável que pelo menos 6 mil estejam prontas até o fim do ano que vem.

Os recursos existem e estão disponíveis para as prefeituras aproveitarem, com prazo de inscrição até 31 de maio.

Os jornalões e seus colunistas tripudiaram no início do ano passado sobre as dificuldades inciais, algumas decorrentes de falta de projetos, da burocracia e de terrenos por parte de prefeituras. Agora estão sendo desmentidos e atropelados pelos fatos.
Creches pré-moldadas: construída em poucos meses e mais barata
Para facilitar o trabalho das prefeituras, a presidenta anunciou as facilidades:

"A primeira novidade é a adoção do Regime Diferenciado de Contratação, que é um processo, justamente, menos burocrático, mais simples, mais ágil e mais seguro. A segunda novidade é que o Ministério da Educação, o MEC, fez uma licitação para escolher um projeto padrão de creche pré-moldada. Enfim, a creche passa a ser mais rapidamente construída e isso significa reduzir o prazo, muitas vezes de dois anos e meio até três, para até sete meses. Isso em qualquer lugar do Brasil. A prefeitura pode e deve usar o projeto do MEC, o projeto das creches pré-moldadas. E ainda essas creches vão ter uma outra vantagem: elas vão ficar 20% mais baratas", disse.

O anúncio foi no programa de rádio "Café com a Presidenta". Eis a íntegra da transcrição:
Por: Zé Augusto1 Comentários  
 

Feliciano vira astro e não vai querer largar o osso

Posted: 01 Apr 2013 02:38 PM PDT


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"Entre uma confusão e outra na sala da Comissão de Direitos Humanos, o até outro dia obscuro pastor Marco Feliciano, dono da Igreja Catedral do Aviamento Assembléia de Deus, deputado federal em primeiro mandato do Partido Social Cristão (PSC), está vivendo seus momentos de glória.
Depois de passar a semana dando entrevistas em programas populares de televisão, Feliciano é forte candidato a ser um dos Judas mais malhados neste Sábado de Aleluia, mas ele não se importa com isso.

A fama repentina que ganhou, atravessando sempre sorridente e altivo os corredores poloneses armados na Câmara desde a sua posse na presidência da comissão, deram-lhe seguidas manchetes na mídia, e era tudo o que ele queria.
Com suas posições radicais na linha da ultra direita comandada pelo ex-militar Jair Bolsonaro (PP-RJ), seu grande defensor, e de ter feito declarações de racismo e homofobia, na mesma proporção em que provocou a ira dos defensores dos direitos humanos e das minorias, o pastor Marco Feliciano certamente não perdeu nenhum adepto da sua igreja, fundada recentemente em Orlândia, já com várias filiais no interior de São Paulo, e se instalando em outros Estados _ e ainda corre o risco de multiplicar seus votos nas próximas eleições, ganhando novos fiéis que concordam com a sua pregação, agora amplificada.
Só se fala nele no Congresso Nacional, a ponto de obscurecer a atuação dos novos presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan  Calheiros, recentemente eleitos, que se sentem impotentes diante do fato consumado. Em uma das suas entrevistas."

O Calvário de Aécio

Posted: 01 Apr 2013 02:24 PM PDT

MENSALÃO - PRIMEIRO DE ABRIL PASSA SEM PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO

Posted: 01 Apr 2013 02:16 PM PDT


Por falar em pressa, quando o MENSALÃO do PSDB vai ser julgado ?

Apesar da pressa (PRESSA, PRESSA, PRESSA), que seria louvável e justificável, desde que entendida como forma de não deixar "mofar" e tornar como rotineiro o bom andamento de todos os casos que estão no STF, três MINISTROS, ainda não concluíram/liberaram seus votos por escrito. 

Vencido prazo, publicação do acórdão do mensalão depende do voto de três ministros
01/04/2013 
Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Terminou hoje (1º) o prazo dado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, para a publicação do acórdão do julgamento da Ação Penal 470, conhecida como mensalão.
Relator do processo, ele pretendia publicar o acórdão dentro do prazo regimental de 60 dias. O atraso se deve ao fato de que três ministros não liberaram seus votos por escrito. Faltam os votos dos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli e Rosa Weber.
O acórdão traz um resumo do julgamento e os votos dos ministros, e só após a publicação do documento as partes podem recorrer. Os advogados dos condenados terão 5 dias para apresentar dúvidas sobre o resultado do julgamento.
O julgamento do mensalão terminou em dezembro do ano passado, depois de mais de 50 sessões dedicadas ao assunto. O STF condenou 25 dos 37 réus, sendo que 11 deles devem cumprir regime inicialmente fechado. As sentenças serão executadas quando não houver mais possibilidade de recurso.
Edição Beto Coura
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Luiz Flávio Gomes ao 247: 'Barbosa é populista penal'

Posted: 01 Apr 2013 07:48 AM PDT

Do Brasil 247 - 31 de Março de 2013 às 18:04

 

:
Presidente do STF "acredita piamente" que juízes mais rigorosos e penas mais duras combatem a criminalidade, mas isso "é uma mentira", avalia o doutor em Direito Penal e estudioso da área; juiz acrescenta que Joaquim Barbosa acreditou nessa teoria durante o 'mensalão', julgamento que teve, segundo ele, penas "fora dos padrões" de jurisprudência no Brasil; "Ele quis fazer do julgamento um caso exemplar de punição à criminalidade"
Gisele Federicce _247 – A escolha que o Brasil fez para combater a criminalidade é errada. A avaliação, do jurista Luiz Flávio Gomes, motivou a publicação do livro "Populismo penal midiático: caso mensalão, mídia disruptiva e Direito penal crítico" (editora Saraiva), escrito em parceria com a também jurista Débora de Souza de Almeida. Segundo ele, que concedeu entrevista ao 247, a tese de que o endurecimento da lei é a solução para a diminuição de crimes no País "é um engano", uma "ilusão".

Mesmo assim, com o apoio da mídia, diz ele, muitos juízes se envolvem com o populismo penal e acabam pensando apenas em penas mais graves, acreditando que esta seja a saída. "O que o Brasil está fazendo para combater o crime está errado e quem combate de maneira errada sofre as consequências. Esse é o problema do populismo: ele é enganoso, as pessoas se iludem e a criminalidade não melhora, está cada dia pior", afirma Gomes, que já foi promotor, juiz e advogado.

Para o doutor em Direito Penal e estudioso da área – é fundador e presidente da Rede LFG de ensino – o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, é um exemplo de perfil do populismo penal. Numa entrevista concedida no final de fevereiro, Barbosa afirmou que os juízes brasileiros têm mentalidade "mais conservadora, pró status quo, pró impunidade". Na opinião do jurista, "essa declaração é típica do populismo".

Luiz Flávio Gomes afirma ainda que a teoria do populismo penal midiático foi aplicada por Barbosa durante o julgamento da Ação Penal 470, o 'mensalão'. "Ele quis fazer do julgamento um caso exemplar de punição à criminalidade", afirma. Por isso, acredita, foram definidas penas "fora dos padrões" de jurisprudência do Brasil. Para ele, esta é uma forma de o governo responder à sociedade que está fazendo algo contra a criminalidade.

Leia abaixo os principais trechos da conversa:

Me fale um pouco do que trata o livro.

A primeira coisa é entender isso [o populismo penal midiático]. Trata-se do seguinte: o Brasil vive hoje - há muito tempo, mas hoje está se agravando – uma crise de segurança muito grande. Os números só aumentam. Como reagir a essa criminalidade? De que maneira podemos reagir?

E há duas maneiras: fazendo políticas de prevenção, aí sim obtendo resultados, e pela repressão, que é a escolha que o Brasil fez. De que maneira o Brasil tem procurado combater o crime: envelhecimento da lei penal. Ou seja, com a lei mais dura, conseguimos combater a criminalidade. Mas isso é uma mentira, um engano, um engodo.

Sendo que tudo é aprovado pelo parlamento e a mídia apoia, pede o endurecimento das penas. E o que isso tem de efeitos concretos: praticamente zero, porque nenhum crime baixou. É o movimento populista dos anos 90 para cá. E por que é populista? Porque busca o consenso da população.

Que outra medida pode ser considerada populista dentro do campo penal?

Medidas contra crimes violentos e às vezes não violentos, como os crimes econômicos. Agora o que eu abordei no livro é o efeito que isso vem provocando nos juízes. Porque o juiz que se envolve com o populismo só pensa em penas mais graves, em penas mais graves. Ele também acredita que o endurecimento da lei é a solução.

E por que o senhor acha que o governo busca essa opção?

O governo faz isso porque é a medida mais barata. Quem não tem um plano de prevenção tem que dar um tipo de resposta para o povo. No caso do Brasil, o governo faz o que é mais fácil.

Recentemente, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que os juízes no Brasil têm tendência à impunidade. Essa declaração faz dele um populista penal?

Essa declaração é típica do populismo. Ele quer que os juízes sejam mais rigorosos, que apliquem penas mais duras. Ele acredita piamente nisso, que a lei mais dura combate a criminalidade. E mais: ele acreditou nisso durante o processo do mensalão. Ele quis fazer do julgamento um caso exemplar de punição à criminalidade.

Na sua avaliação as penas do mensalão foram excessivas?

As penas do mensalão estão fora dos padrões da jurisprudência no Brasil. Por trás de tudo, está a avaliação de que punindo um, os demais não vão cometer crimes. Aí é que está o erro, não é assim que funciona. No Brasil, poucos são condenados.

Então o perfil do ministro Barbosa é de um populista...

Barbosa não é só populista, é reacionário, ele tem uma linha de desrespeito às garantias. Ele quis aplicar, por exemplo, uma pena de multa que não existe num determinado crime. Isso viola a garantia da legalidade, tanto que os outros ministros não concordaram. Em outro caso, para ele, o empate significa a condenação, o que no final se viu que não, que o empate era absolvição. Então foram vários movimentos que indicaram esse perfil populista.

Tanto que as entidades se manifestaram contra as declarações, o acusando também de não consultá-las antes de tomar decisões...

Essa é uma tendência autoritária, não consulta as entidades. Xinga as pessoas, xinga jornalistas, como se fosse o rei. Às vezes se comporta como um rei soberano, que tivesse imunidade. Não é assim. Ele desrespeita as pessoas.

O que o senhor achou da decisão que ele tomou na semana passada, negando dois pedidos à defesa da AP 470, um referente a mais prazo para apresentar recurso e outro sobre a consulta aos votos dos ministros?

Esta é uma decisão coerente com o que ele sempre fez: não vai dar prazo extra. Mas não descumpriu a lei. Já era de se esperar essa decisão.

Por que o senhor decidiu escrever o livro, o que mais o incomoda?

O que o Brasil está fazendo para combater o crime está errado e quem combate de maneira errada sofre as consequências. Esse é o problema do populismo: ele é enganoso, as pessoas se iludem e a criminalidade não melhora, está cada dia pior.

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Do Blog ContrapontoPIG

Joaquim Barbosa é mais que populista, é um reacionário

Posted: 01 Apr 2013 07:42 AM PDT


Gisele Federicce - Brasil 247  
A escolha que o Brasil fez para combater a criminalidade é errada. A avaliação, do jurista Luiz Flávio Gomes, motivou a publicação do livro "Populismo penal midiático: caso mensalão, mídia disruptiva e Direito penal crítico" (editora Saraiva), escrito em parceria com a também jurista Débora de Souza de Almeida. Segundo ele, que concedeu entrevista ao 247, a tese de que o endurecimento da lei é a solução para a diminuição de crimes no País "é um engano", uma "ilusão".
Mesmo assim, com o apoio da mídia, diz ele, muitos juízes se envolvem com o populismo penal e acabam pensando apenas em penas mais graves, acreditando que esta seja a saída. "O que o Brasil está fazendo para combater o crime está errado e quem combate de maneira errada sofre as consequências. Esse é o problema do populismo: ele é enganoso, as pessoas se iludem e a criminalidade não melhora, está cada dia pior", afirma Gomes, que já foi promotor, juiz e advogado.
Para o doutor em Direito Penal e estudioso da área – é fundador e presidente da Rede LFG de ensino – o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, é um exemplo de perfil do populismo penal. Numa entrevista concedida no final de fevereiro, Barbosa afirmou que os juízes brasileiros têm mentalidade "mais conservadora, pró status quo, pró impunidade". Na opinião do jurista, "essa declaração é típica do populismo".
Luiz Flávio Gomes afirma ainda que a teoria do populismo penal midiático foi aplicada por Barbosa durante o julgamento da Ação Penal 470, o 'mensalão'. "Ele quis fazer do julgamento um caso exemplar de punição à criminalidade", afirma. Por isso, acredita, foram definidas penas "fora dos padrões" de jurisprudência do Brasil. Para ele, esta é uma forma de o governo responder à sociedade que está fazendo algo contra a criminalidade.
Leia abaixo os principais trechos da conversa:
Me fale um pouco do que trata o livro.
A primeira coisa é entender isso [o populismo penal midiático]. Trata-se do seguinte: o Brasil vive hoje - há muito tempo, mas hoje está se agravando – uma crise de segurança muito grande. Os números só aumentam. Como reagir a essa criminalidade? De que maneira podemos reagir?
E há duas maneiras: fazendo políticas de prevenção, aí sim obtendo resultados, e pela repressão, que é a escolha que o Brasil fez. De que maneira o Brasil tem procurado combater o crime: envelhecimento da lei penal. Ou seja, com a lei mais dura, conseguimos combater a criminalidade. Mas isso é uma mentira, um engano, um engodo.
Sendo que tudo é aprovado pelo parlamento e a mídia apoia, pede o endurecimento das penas. E o que isso tem de efeitos concretos: praticamente zero, porque nenhum crime baixou. É o movimento populista dos anos 90 para cá. E por que é populista? Porque busca o consenso da população.
Que outra medida pode ser considerada populista dentro do campo penal?
Medidas contra crimes violentos e às vezes não violentos, como os crimes econômicos. Agora o que eu abordei no livro é o efeito que isso vem provocando nos juízes. Porque o juiz que se envolve com o populismo só pensa em penas mais graves, em penas mais graves. Ele também acredita que o endurecimento da lei é a solução.
E por que o senhor acha que o governo busca essa opção?
O governo faz isso porque é a medida mais barata. Quem não tem um plano de prevenção tem que dar um tipo de resposta para o povo. No caso do Brasil, o governo faz o que é mais fácil.
Recentemente, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que os juízes no Brasil têm tendência à impunidade. Essa declaração faz dele um populista penal?
Essa declaração é típica do populismo. Ele quer que os juízes sejam mais rigorosos, que apliquem penas mais duras. Ele acredita piamente nisso, que a lei mais dura combate a criminalidade. E mais: ele acreditou nisso durante o processo do mensalão. Ele quis fazer do julgamento um caso exemplar de punição à criminalidade.
Na sua avaliação as penas do mensalão foram excessivas?
As penas do mensalão estão fora dos padrões da jurisprudência no Brasil. Por trás de tudo, está a avaliação de que punindo um, os demais não vão cometer crimes. Aí é que está o erro, não é assim que funciona. No Brasil, poucos são condenados.
Então o perfil do ministro Barbosa é de um populista...
Barbosa não é só populista, é reacionário, ele tem uma linha de desrespeito às garantias. Ele quis aplicar, por exemplo, uma pena de multa que não existe num determinado crime. Isso viola a garantia da legalidade, tanto que os outros ministros não concordaram. Em outro caso, para ele, o empate significa a condenação, o que no final se viu que não, que o empate era absolvição. Então foram vários movimentos que indicaram esse perfil populista.
Tanto que as entidades se manifestaram contra as declarações, o acusando também de não consultá-las antes de tomar decisões...
Essa é uma tendência autoritária, não consulta as entidades. Xinga as pessoas, xinga jornalistas, como se fosse o rei. Às vezes se comporta como um rei soberano, que tivesse imunidade. Não é assim. Ele desrespeita as pessoas.
O que o senhor achou da decisão que ele tomou na semana passada, negando dois pedidos à defesa da AP 470, um referente a mais prazo para apresentar recurso e outro sobre a consulta aos votos dos ministros?
Esta é uma decisão coerente com o que ele sempre fez: não vai dar prazo extra. Mas não descumpriu a lei. Já era de se esperar essa decisão.
Por que o senhor decidiu escrever o livro, o que mais o incomoda?
O que o Brasil está fazendo para combater o crime está errado e quem combate de maneira errada sofre as consequências. Esse é o problema do populismo: ele é enganoso, as pessoas se iludem e a criminalidade não melhora, está cada dia pior.

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Dilma em Salvador: Arena Fonte Nova, Metrô e sucessão

Posted: 01 Apr 2013 07:36 AM PDT


Arena Fonte Nova e obras do Metrô: contrastes que Dilma verá na visita a Salvador

Vitor Hugo Soares, Blog do Vitor Hugo Soares / Terra Magazine
"O Nordeste, nestes dias iniciais do outono brasileiro, seguirá ainda como ponto de referência nacional nos agitados movimentos da campanha antecipada para a sucessão presidencial em 2014. Pelo menos até o dia 5 do próximo mês, quando a presidente Dilma Rousseff desembarca em nova visita à Bahia.
Desta vez para participar, em Salvador, da festa política e administrativa de entrega das obras concluídas da Arena Fonte Nova – um dos palcos monumentais construídos no País para a Copa das Confederações, este ano, e a Copa do Mundo, no ano das eleições. A inauguração oficial da "arena" será com um Bahia e Vitoria, o tradicional BA x VI, dois dias depois (7/4) da visita presidencial. Na Sexta-Feira Santa, os ingressos começaram a ser disputados a pau na portaria da "arena", com a polícia no meio.
O ato público de entrega da moderna "arena" está sendo preparado pelo governo petista de Jaques Wagner e seus aliados, com cuidados trabalhados no capricho (incluindo maciços gastos de marketing), para se transformar em acontecimento de porte no plano da administração, mas, principalmente, um ato político de repercussão nacional e ecos lá fora."
Artigo Completo, ::AQUI::

Azenha anuncia livro sobre atuação política da Globo nas eleições presidenciais

Posted: 01 Apr 2013 07:24 AM PDT

 
Ex-correspondente da Globo em Nova York, o jornalista Luiz Carlos Azenha afirma que a emissora dos Marinho tentou eleger o tucano Geraldo Alckmin nas eleições de 2006 contra Lula. Em seu blog, Viomundo, ele anuncia que lançará livro sobre a atuação política das Organizações Globo com colaboração de Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo. "Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira", alerta.
Condenado a pagar R$ 30 mil a Ali Kamel por suposta "campanha difamatória", Azenha fala que "o objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais".
O jornalista comenta da desvantagem da mídia alternativa em disputas judiciais contra a emissora que concentra pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico. "Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo", escreve Luis Carlos Azenha.
No Sul21

A Globo e a ditadura militar, segundo Walter Clark

Posted: 01 Apr 2013 07:17 AM PDT

Roberto_Marinho07
Roberto Marinho na foto da capa do livro promocional assinado por seu empregado Pedro Bial.
Ainda que não tivesse sido esse o objetivo de sua autobiografia, na qual relatou há 19 anos a incrível trajetória que o transformara no todo-poderoso senhor, por mais de uma década, da quarta rede comercial de televisão do mundo, Walter Clark acabou por oferecer no livro – O campeão de audiência, que teve o jornalista Gabriel Priolli como coautor, Editora Best Seller, 1991 – uma contribuição importante para a compreensão das relações muito especiais entre a TV Globo e o regime militar à sombra do qual floresceu. Além de rejeitar a conhecida imagem da emissora como uma espécie de porta-voz do "Brasil Grande" do ditador Médici, ele garantia nunca ter visto Roberto Marinho "se humilhar diante de quem quer que fosse, milico ou não, presidente da República ou não. Ao contrário, é uma altivez que fica sempre no limite da arrogância".
Walter_Clark01_Capa_LivroClark referia-se à suposta independência do dono da Globo por "manter em torno de si homens de esquerda em cargos importantes" (citava Franklin de Oliveira, Evandro Carlos de Andrade e Henrique Caban), inclusive depois que o SNI ampliou a pressão contra os dois últimos, com acusações contidas numa fita de vídeo que o dono da Globo fora convocado a assistir em companhia de Clark e Armando Nogueira. Explicitamente, admitia apenas que o regime "incomodava" a Globo, que enfrentou "o mesmo gosto amargo da censura, das intimidações, das impossibilidades que todo mundo sentiu: imprensa, rádio, televisão, as artes, a universidade, a cultura". Claramente na defensiva, o autor mostrava-se ressentido com os que o culpavam – na própria Globo e mais até do que Marinho – pela submissão ao regime militar. Mas ao passar das opiniões subjetivas aos fatos concretos, acabava por confirmar o que pretendia desmentir: a docilidade das tevês (em particular a sua), em parte resultante do caráter precário das concessões de canais pelo governo, tinha uma longa história e já o atropelara antes, na TV Rio.
Essa emissora, na qual também foi autoridade máxima (com o título nominal de "diretor comercial"), Clark submeteu-se, sem reação, ao assalto dos lacerdistas – liderados pelo empresário Abraham Medina, fazendo valer a condição de patrocinador de programas – no episódio da tomada do Forte de Copacabana, em 1964. Posteriormente, conseguiu o prodígio de entregar-se tanto ao governo estadual como ao federal, até mesmo depois do desafio do governador Carlos Lacerda ao presidente Castelo Branco. Clark confessou ter retirado do ar programas de Carlos Heitor Cony e Roberto Campos para satisfazer o coronel Gustavo Borges, chefe de Polícia do Rio, que o chantageava com a ameaça de mudar o horário da novela "O direito de nascer", líder de audiência.
Da promiscuidade à cumplicidade
Não por acaso, a experiência da Globo acabaria por extremar a tendência à acomodação, a ponto de Clark contratar um ex-diretor da censura ("o Otati") para "ler tudo que ia para o ar" e, pior ainda, uma "assessoria especial" para cortejar o poder, formada pelo general Paiva Chaves, pelo civil linha-dura Edgardo Manoel Erickson ("pelego dos milicos", conforme disse) e mais "uns cinco ou seis funcionários". O episódio que aparentemente o convenceu a ir tão longe chegava a ser cômico: um certo coronel Lourenço, do Dentel, tinha tirado a estação do ar em 1969, convocando Clark ao Ministério da Guerra, porque Ibrahim Sued, na esperança de agradar ao Planalto, divulgara uma intriga plantada pelo grupo do general Jaime Portela, então na conspiração do "governo paralelo" juntamente com dona Yolanda Costa e Silva. Ibrahim foi preso e Clark aprendeu a lição depois de levar um pito do coronel Athos, "homem de Sylvio Frota".
Além da pretensa altivez de Marinho, impressionaram Clark a "integridade", a "honestidade" e o "patriotismo" do general Garrastazu Médici, que depois de 1974 passara a frequentar seu gabinete na Globo para ver futebol aos domingos. Muita gente apanhava e morria nos cárceres da ditadura, mas para ele isso não podia, de forma alguma, ser coisa do ditador Médici: "Tenho a impressão de que ele não se envolveu com nenhum excesso, nenhuma violência do regime."
De quem era, então, a responsabilidade? "Foi coisa dos caras da Segunda Seção do Exército, do SNI, do Cenimar, do Cisa, a turma da segurança. E era tudo na faixa de major, tenente-coronel." Pronto a absolver os poderosos, frequentadores de seu gabinete (até mesmo o general Ednardo D'Ávila‚ chamado no livro de "figura agradável"), e a condenar apenas o guarda da esquina, obscuro, Clark comete o disparate de afirmar que "a censura e as pressões não eram feitas pelos generais", mas por "gente como o Augusto", beque do Vasco que virou agente do Dops. Mas se era assim, por que submeter-se a eles?
O autor recorreu ainda a outra desculpa para justificar o adesismo e o ufanismo tão escancarados na ocasião pela rede dos Marinho: "A Globo não fazia diferente dos outros." E mais: "Se o Estadão não conseguia enfrentar o regime, se a Veja não conseguia, como é que a Globo, sendo uma concessão do Estado, conseguiria resistir à censura, às pressões?" O problema, para os críticos de Clark dentro da própria emissora, é que ela, como ele, parecia preferir aquela filosofia de que se o estupro é inevitável só resta relaxar e aproveitar. Daí os comerciais da Aerp (Clark alega que foram feitos para evitar uma "Voz do Brasil" na tevê, projeto de um certo coronel Aguiar), as coberturas patrióticas de eventos militares (Olimpíadas do Exército e o resto), as baboseiras ufanistas de Amaral Neto. "Era o preço que pagávamos para fazer outras coisas", alegou. Não se deu ao trabalho de explicar que coisas eram essas. E ele mesmo admitiu na autobiografia que o apregoado Padrão Globo de Qualidade "acabou passando por vitrine de um regime com o qual os profissionais da TV Globo jamais concordaram".
Globo_Capa_Veja
Clark, numa capa da Veja em 1971.
A Globo devia ao regime, como ficou claro no relato de Clark, até mesmo a introdução da tevê em cores – imposta pelo ministro das Comunicações, coronel Higino Corsetti, sabe Deus para atender a que lobby multinacional. Mas a intimidade promíscua com o regime foi mais longe, a ponto de compartilhar com o SNI os serviços clandestinos do "despachante" encarregado de liberar contrabandos na Alfândega: para a empresa, equipamentos de tevê; e para os militares da espionagem oficial, sofisticados aparelhos de escuta ilegal. Graças a isso, Clark podia desfrutar estranhas sessões de lazer como a conversa com um tal general Antônio Marques, pressuroso em exibir foto tirada no escuro de um cinema (com equipamento infravermelho) e identificar o personagem em cena comprometedora como dom Ivo Lorsheiter, progressista odiado pela linha dura militar.
Para Armando, "uma questão de realismo"
O autor defendeu no livro tudo o que fez para "afagar o regime" (expressão dele) e investiu contra os que o acusavam de "puxar o saco dos militares" (também expressão dele). Para fazer autocensura, revelou, tinha importantes aliados internos, com destaque especial para o papel do diretor de Jornalismo, Armando Nogueira. Por "questão de realismo", por exemplo, Armando e ele tomavam "muito cuidado" para não trombar "com o regime nem com Roberto Marinho". Mas o leitor tropeça nas contradições da narrativa, entre elas a ambiguidade em relação ao ex-amigo J. B. (Boni) de Oliveira Sobrinho – acusado de fazer vista grossa quando Dias Gomes e outros enfiavam "coisas nos textos que certamente iam dar problemas", mas também de cumplicidade com os militares para destruir o próprio Clark ("lá por 1976, Laís, a mulher do Boni, foi me denunciar para o pessoal do SNI, que ela conhecia, dizendo que eu era um toxicômano perigoso").
Amaral_Neto02
Amoral Nato, digo, Amaral Neto, o repórter… da ditadura.
Não é preciso inteligência privilegiada para perceber que o jogo de cumplicidade com o regime confundia-se com a luta interna pelo poder dentro da Globo, arbitrada por Marinho e envolvendo não apenas Clark e Boni, mas também o segundo escalão: Joe Wallach, que representava o Grupo Time Life, segundo ele mesmo; José Ulisses Alvarez Arce; e, em especial, o diretor de Jornalismo Armando Nogueira. Esse último é pintado no livro como incompetente, preguiçoso e traiçoeiro. Em meio à guerra, as reuniões do conselho de direção nas manhãs de segunda-feira tornaram-se um inferno, em generalizado clima de intriga e discórdia, com todo mundo brigando com todo mundo. O dinheiro farto que todos ganhavam, contou Clark, "era como veneno, especialmente nas mãos das mulheres". Munidas de talões de cheque, elas estrelavam "um festival de nouveau-richismo, pretensão e falta de educação". Acusado de consumir drogas, Clark defendeu-se ao encarar a prática como generalizada: "A cocaína era chique nas festas intelecto-sociais e seu consumo, bastante disseminado, mas resolveram me transformar em drogado."
Quando Marinho decidiu tomar "o brinquedo de volta" – ou seja, recuperar o controle da Globo, que "tinha emprestado para uns garotos mais moços brincarem" – uma das mãos firmemente agarradas ao tapete de Clark, segundo o livro, foi a do ministro da Justiça, Armando Falcão, "tipo deletério, que adorava fazer intrigas, dizer que éramos todos comunistas, drogados, os piores elementos". No relato aparece um Roberto Marinho bem mais coerente na conspícua (e promíscua) aliança com o regime do que o autor chega a reconhecer explicitamente – tanto que o episódio no qual Clark é afinal defenestrado mistura, de forma reveladora, a disputa pelo poder no regime militar com aquela que se processava na Globo, escancarando as relações perigosas entre o governo e a rede de tevê consolidada à sombra do autoritarismo.
O autor nega que o motivo de sua saída tenha sido, como se propalou na época, seu comportamento pessoal pouco ortodoxo (em razão de excessos alcoólicos) numa festinha com poderosos de Brasília. O livro atribuiu a demissão à queda de braço com o regime, que exigia o expurgo na Rede Globo da afiliada paranaense de Paulo Pimentel, político que rompera com o antigo protetor, ministro Ney Braga, e ainda era desafeto do chefe do SNI, general João Baptista Figueiredo, então a caminho da Presidência. Se assim foi, faltou a Clark reconhecer ter sido demitido na primeira vez em que de fato ousava contrariar os donos do poder. "Eu argumentava", escreveu ele "que o governo tinha o poder concedente dos canais de rádio e tevê e, se quisesse atingir o Paulo [Pimentel], que cassasse a sua concessão e enfrentasse o desgaste político". Mas Marinho, pragmático, pensava diferente, talvez sintonizado, naquele sombrio ano de 1977, com o clima incerto gerado por mais uma demonstração de força do regime, o Pacote de Abril.
Globo_Executivos01
Amigos, amigos, negócios à parte: James Baldwin, Wallach, Clark e Boni (em pé);
Arce e Armando Nogueira (sentados).
Até veto de música no festival da canção
Clark nem sequer notou a semelhança desse episódio com tantos outros que marcaram a aliança promíscua da Globo com o poder – e nos quais ela se limitara a acatar a vontade do regime. Alguns de tais episódios, envolvendo a tevê e autoridades militares, desfilaram ao longo do livro O campeão de audiência: o ataque do general Muricy a um documentário da CBS (para ele, "subversivo") sobre o Vietnã, comprado ironicamente pelo norte-americano Wallach, do Time Life; o Jornal Nacional, no terceiro dia de sua existência, proibido por um coronel (Manoel Tavares) do gabinete do general Lira Tavares (membro da Junta que tomara o poder) de noticiar o sequestro do embaixador dos EUA e a doença de Costa e Silva, os dois principais assuntos; o aviso do general Sizeno Sarmento de que as músicas "Caminhando" e "América, América" estavam proibidas de ganhar o Festival Internacional da Canção; a ordem do general Orlando Geisel para as patriotadas de Amaral Neto serem incluídas no horário nobre; a prisão do próprio Clark pelo Dops no dia do Ato 5, por ordem do coronel Luís França (em represália por ter ele discutido com o motorista do militar num incidente de trânsito).
Roberto_Marinho08_Figueiredo
Marinho andava de braço dado
com o ditador Figueiredo.
Enfim, a especialidade da Globo era acomodar-se a cada situação. A acomodação prevaleceu ainda no dia da queda de Clark. Ele aceitou sem discutir o prêmio de consolação (US$2 milhões) oferecido por Marinho. E limitou-se a encomendar o texto da carta de demissão ("em alto estilo… literário") ao amigo Otto Lara Resende, suficientemente versátil para também escrever em seguida a resposta na qual o dono da Globo agradeceu os serviços prestados pelo demissionário (quatro anos depois Otto aceitaria também a missão de fazer o prefácio do livro O campeão de audiência).
A demissão é uma espécie de anticlímax da autobiografia, na qual o autor assumiu compulsivamente a responsabilidade pelas iniciativas bem-sucedidas da Globo, declarou-se adepto de programas de qualidade (mas o salto de audiência veio com os popularescos de baixo nível, de Raul Longras, Chacrinha, Dercy Gonçalves etc., bem na linha da atual pornografia BBB) e atribuiu o mal feito a outros – como os que mantiveram elevado o faturamento e a liderança absoluta de audiência nos anos seguintes, enquanto o próprio Clark, que na Globo tinha o maior salário do mundo (clique aqui para ler a notícia no New York Times sobre a demissão do brasileiro com o maior salário do mundo) e frequentava presidentes e ministros, descia ao fundo do poço, de fracasso em fracasso (como diretor de duas tevês, logo demitido, e produtor de dois filmes nos quais sequer se reconheceu sua contribuição, mais um espetáculo teatral altamente deficitário).
"Em 14 anos, depois de minha saída, o que houve de realmente novo?", perguntou o autor naquele ano de 1991, referindo-se à Globo. Pouca coisa, talvez. Hoje, com a perda crescente de audiência para os concorrentes e sem os privilégios garantidos nos 20 anos de ditadura militar, ela está condenada a conformar-se com as regras da democracia e da competição. E passa a valer para a Globo a amarga reflexão pessoal de Clark no livro: "Não se deve cultivar excessivamente o poder, pendurar-se emocionalmente nele, porque um belo dia o poder acaba e o dia seguinte é terrível." 


Argemiro Ferreira em seu blog, texto publicado em 3/4/2010
No Limpinho&Cheiroso

Homenagem ao meu cumpadi Saraiva

Posted: 31 Mar 2013 06:58 PM PDT

Cumpadi, lembra-se destas imagens? Fotografei em sua homenagem.




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Francisco Almeida 




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