sexta-feira, 1 de março de 2013

Via Email: Megacidadania: Rafael Patto, fala sobre “julgamento do MENTIRÃO”


Megacidadania


Rafael Patto, fala sobre "julgamento do MENTIRÃO"

Posted: 01 Mar 2013 11:57 AM PST

AP 470: O MENTIRÃO DA MÍDIA ENCENADO PELO STF

A propósito das condenações dos réus da Ação Penal 470 que foram proferidas pelo STF, eu gostaria de, uma vez mais, tecer algumas considerações.

O fato de que a Suprema Corte de Justiça do nosso país cometeu erros gravíssimos e atentatórios aos direitos indisponíveis de cidadãos brasileiros deveria espantar a todos os que sentem algum apreço pela democracia. Isso só não ocorre numa escala de comoção nacional porque os órgãos de imprensa desse país se encarregaram de noticiar esses acontecimentos como se fossem um fato positivo para o país, uma senda no combate à corrupção, quando, na verdade, o que se viu foi uma violenta e arbitrária perseguição política.

Se alguém ainda não se convenceu de que aquilo que se passou no STF entre agosto e dezembro do ano passado foi mais um triste capítulo da perseguição política promovida pelas elites oligárquicas deste país contra lideranças de esquerda e contra todo um projeto de governo popular, eu vou externar aqui as razões que me levam, a mim particularmente, considerar que todo aquele circo que recebeu o tratamento midiático espetaculoso de "maior julgamento da história" foi sim um terrível golpe contra os movimentos sociais organizados desse país.

Vamos lá.

A Ação Penal 470 se refere à acusação, oferecida pela Procuradoria-Geral da República, de que o Partido dos Trabalhadores teria desviado dinheiro público para comprar apoio de parlamentares no Congresso Nacional em votações de matérias de interesse do Poder Executivo. Essa acusação teve como ponto de partida a denúncia feita pelo então Deputado Federal Roberto Jefferson, do PTB.

Pois bem. Quem é Roberto Jefferson? Que passagens de sua biografia podem demonstrar seu comprometimento com os interesses do país e do povo brasileiro? Bastou que um político carreirista, oportunista e de instabilidade emocional mais do que conhecida denunciasse um desafeto seu (e sem apresentar nenhuma prova) para que a mídia tomasse essa denúncia como verdade absoluta e já iniciasse imediatamente um julgamento voltado para a condenação daqueles nomes citados. Que nomes? Principalmente os de José Dirceu e José Genoíno. Por quê? Porque trata-se de duas lideranças que, desde muito tempo, vêm causando enorme incômodo às elites antinacionalistas desse país. Dirceu e Genoíno participaram ativamente das lutas contra a ditadura.

Dirceu foi líder estudantil. Genoíno foi membro da Guerrilha do Araguaia. Ambos foram presos. Mais tarde, os dois foram peças fundamentais na formação de um partido político de bases populares, e decisivos na abertura do caminho que levou este partido ao poder para implementar uma política de distribuição de riquezas. A mesma política que havia sido interrompida em 1964, pelos mesmo grupos que hoje tentam interrompê-la novamente. Ou seja, a imprensa, que fala em nome desses grupos antidemocráticos, não desperdiçaria a oportunidade de, desde o primeiro momento, se aproveitar de uma ocasião favorável para iniciar toda uma campanha para desgastar a imagem dessas lideranças. O trabalho foi tão intenso que, sete anos depois, quando finalmente chegou o momento do julgamento, a opinião pública já estava terrivelmente contaminada pela "lavagem cerebral" promovida pela mídia. O STF se encarregou tão-somente de ratificar uma condenação que já se havia produzido muito antes mesmo de o julgamento acontecer.

Mas não é só isso. Em 1998, como é de amplo conhecimento, aconteceu o "mensalão tucano" ou "mensalão do PSDB". Aqui, o "poderoso-chefão" é o hoje Deputado Federal Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que, naquele tempo, tentava sua reeleição ao Governo de seu Estado, o que acabou não acontecendo, para o bem de Minas e do Brasil. Não soa estranho que um crime cometido em 1998, portanto sete anos antes daquele referente ao Partido dos Trabalhadores, tenha se tornado AP 536? Que cronologia é essa? Como pode um crime sete anos mais velho ocupar 66 posições atrás na fila de espera por julgamento no Supremo? E detalhe: ainda não há sequer previsão de quando ocorrerá esse julgamento. Há inclusive o risco de prescrição!!!

Mais um detalhe acerca da comparação entre os casos do PSDB e do PT:

Tanto num quanto noutro, o que houve foi a entrada de recursos financeiros não autorizada pela Justiça Eleitoral na conta desses partidos. Um ILÍCITO ELEITORAL, portanto. Tanto num caso quanto noutro, esse dinheiro foi obtido por meio de empréstimo contratado junto a instituições financeiras que operavam/operam regularmente no mercado brasileiro (Banco BMG e Banco Rural). Tanto num caso quanto noutro, esses empréstimos foram obtidos com a mediação do lobista Marcos Valério. Os dois casos são praticamente idênticos em sua natureza. Daí eu pergunto: por que em relação ao PT tenta-se insuflar a indignação popular e em relação ao PSDB a imprensa se cala absolutamente? Quer-se condenar a prática de crimes ou simplesmente aniquilar um grupo político para que o outro tenha trânsito livre para aprontar as suas safadezas? Por que a imprensa só produz sensacionalismo em torno do caso referente ao PT? Se se condenam uns enquanto outros são mantidos impunes, isso não é justiça, mas sim PERSEGUIÇÃO POLÍTICA. Perseguição política na medida em que as condenações recaem exclusivamente sobre quem veste vermelho, enquanto os emplumados tucanos permanecem livres. Isso NÃO É POR ACASO.

Mas ainda tem mais.

Não é em razão desse empréstimo não autorizado que personalidades do PT foram condenadas não! E por que não? Porque isso é apenas um ilícito eleitoral. Tanto PSDB quanto PT obtiveram empréstimos junto a bancos. Nenhum dos dois partidos roubou dinheiro. Os empréstimos foram compromissos saudados. O detalhe foi simplesmente o fato de que os 55 milhões de reais que o PT tomou emprestados entrou no caixa do partido fora do período autorizado pela Justiça Eleitoral. Vamos combinar: dá pra chamar isso de "o maior crime da história do Brasil"? Esse dinheiro tinha destinação certa: honrar compromissos de campanha. Todo mundo sabe que as disputas eleitorais no Brasil são caríssimas. O PT se comprometeu a ajudar financeiramente o PTB em suas campanhas eleitorais na disputa municipal de 2004. Em troca de desse aporte financeiro, o PTB apoiaria o governo federal na Câmara e no Senado. Ora, é absurdamente esquizofrênico que uma legislação eleitoral que permita a coligação entre legendas partidárias queira depois criminalizar o fluxo de dinheiro entre esses partidos coligados. Não é não? Ou alguém acredita que é possível disputar eleição sem dinheiro?

Mas não são esses 55 milhões de reais que estão sendo questionados na AP 470. Para não tratar essa questão simplesmente no âmbito da Justiça Eleitoral, a Procuradoria-Geral da República se encarregou de FORJAR uma denúncia que correspondesse aos anseios das elites oligárquicas, ávidas por ferir de morte o governo petista. Recorreu-se então a um suposto desvio de dinheiro do Fundo Visanet.

E é aqui que a coisa desanda de vez.

Para tipificar o caso como peculato, a acusação INVENTOU que o dinheiro do Fundo Visanet é público. E não é não!!! A Visanet é uma empresa privada, controlada pela Visa Internacional!

O Fundo Visanet existe para financiar campanhas de promoção dos cartões da bandeira Visa. E os recursos desse fundo têm origem na própria utilização dos cartões Visa pelos seus clientes. A cada vez que um cliente Visa efetua qualquer compra, de qualquer valor, com o seu cartão, 0,1% do valor dessa compra é destinado ao Fundo Visanet. Ou seja, cada vez que um cliente Visa efetua o pagamento da fatura de seu cartão 0,1% desse valor vai para o Fundo Visanet promover campanhas de publicidade do cartão. Como se vê, é um completo absurdo afirmar que o dinheiro da Visanet é público. Ora, se assim fosse, aquele cliente inadimplente, que deixa de efetuar o pagamento de sua fatura, deveria ser inscrito na dívida ativa. Será que tem cabimento afirmar que quem deve a fatura de um cartão Visa tem uma dívida com o Estado? É um despropósito total, não é não? Mas foi toda essa ginástica cognitiva que o Procurador-Geral precisou fazer para oferecer a sua denúncia falaciosa.

Descaracterizada, portanto, a alegação de que o dinheiro da Visanet é público, resta ainda descaracterizar a alegação de que tenha havido desvio. Se demonstrar que o Fundo Visanet é privado foi fácil, essa parte é fácil ainda.

Vamos começar pelo óbvio: A Visanet é uma empresa privada. Ponto. O que faz uma empresa privada quando descobre que alguém a roubou? Processa o ladrão, não é não? Ora, por que então não há nenhum processo da Visanet (empresa internacional, não venham me dizer que há ingerência de petistas sobre ela!!!) contra os acusados de desviarem o dinheiro que pertence a ela? SIMPLESMENTE PORQUE NÃO HOUVE DESVIO!!!

Cada centavo que a acusação alegou ter sido desviado teve sua destinação regular COMPROVADA!!! Foram contratos de publicidade devidamente executados pelo contratado e pagos pelo contratante. Foram promoções e patrocínios de eventos culturais e esportivos aos quais a Visanet associou sua marca. Tudo isso pago com recursos do Fundo Visanet!!! Não é incrível que o STF tenha desconsiderado tudo isso simplesmente para dar vazão à sanha punitiva daqueles que querem comprometer a credibilidade do atual governo? O STF ocultou peças da defesa a fim de que o processo se enquadrasse no enredo pré-estabelecido por aqueles que já haviam determinado a condenação dos acusados, antes mesmo que eles pudessem apresentar suas defesas.

Tudo foi por demais sensacionalista. O próprio fechamento da conta dos acusados em 40, apenas para oferecer alusão ao conto dos quarenta ladrões de Ali-babá. Chega a ser primário, mas é a verdade. Incômoda verdade, diga-se. Verdade para nos envergonhar e entristecer. Para arredondar a conta dos 40 acusados, Luis Gushiken foi espremido entre os réus, sem que qualquer evidência pesasse sobre ele. Resultado: foi inocentado unanimemente, mesmo por aqueles que mais se empenharam em condenar cegamente quem quer que fosse. Mas mesmo inocentado, sua inclusão no rol dos acusados foi útil à picardia midiática, que não se cansou de fazer analogias entre esse caso e o conto de Ali-babá.

Curioso também é o fato de, dentre os 40 acusados, terem sido apresentadas denúncias contra apenas sete Deputados Federais. Ora, se a tese da acusação consistia na compra de votos de parlamentares, como se pode conjecturar que apenas sete deputados seriam suficientes para produzir um resultado pretendido pelo Governo numa votação na Câmara? É ridículo, não é não? E por que não há denúncia contra nenhum Senador? Nosso parlamento não é bicameral? Não é uma Casa autora e outra revisora? Não se aprovam leis em votações apenas na Câmara. Se o governo precisava pagar mesada para que os parlamentares o apoiasse, seria natural que os Senadores também recebessem, não é não? E então? Mais curioso ainda é considerar que, entre os sete Deputados acusados de haverem recebido dinheiro desse "mensalão", está o nome do Deputado João Paulo Cunha, que na época era presidente da Câmara. O Presidente da Câmara comanda as sessões, mas não vota as matérias da pauta. Por que o governo pagaria mesada para um Deputado que não votava matérias? Do pessoal do Banco do Brasil, é estranho perceber que apenas o nome do Diretor Henrique Pizzolato foi lembrado pelo Procurador-Geral. Eu digo estranho porque foi na gestão de Pizzolato que foi feita uma rigorosa auditoria que tornou ainda mais rígidos os mecanismos de controle do Banco. Quanto aos procedimentos referentes aos contratos do BB com a Visanet, nada do que se fez na gestão de Pizzolato difere daquilo que já se fazia em gestões anteriores. Por que então os diretores que passaram por ali antes também não foram acusados de desvios? O crime de Pizzolato foi ter praticado um desvio que não houve ou ter sido nomeado pelo governo do PT? Será que se Pizzolato tivesse sido nomeado por fhc hoje ele estaria sendo alvo das injustiças que têm se abatido sobre ele?

Por tudo isso é que eu digo que o chamado "julgamento do mensalão" não passou de espetáculo midiático, encomendado sob medida para produzir a catarse daqueles que requentam o sentimento antipetista. O STF fez triunfar o ódio de classe. Os Ministros do Supremo (com a honrosa exceção do Ministro Lewandovski) atuaram a serviço do projeto antidemocrático mantido pelas elites corruptas desse país, e que, desde mesmo antes do Golpe de 64 se empenham em perseguir o povo e as entidades que representam as bandeiras históricas da luta popular.

Assim se produziu o maior atentado de PERSEGUIÇÃO POLÍTICA da história recente do nosso país. Um atentado que foi perfeitamente bem batizado por Hildergard Angel como sendo o "julgamento do MENTIRÃO". É isso aí, o "mensalão" é o maior MENTIRÃO que já contaram pra você!

Não seja mais enganado pela imprensa corrupta e hipócrita que defende os interesses dos que sempre produziram desigualdade, concentração de renda e injustiça social neste país. Leia o livro A OUTRA HISTÓRIA DO MENSALÃO, do jornalista Paulo Moreira Leite, e conheça o outro lado dessa história.

O blog Mega Cidadania concorda plenamente com o que foi dito pelo usuário.

Fonte: www.facebook.com/photo.php?fbid=384944448270197&set=a.222579191173391.45804.100002639352550&type=1

Suplicy pede e Pizzolato fala pela 1ª vez em público s/ AP470

Posted: 01 Mar 2013 10:38 AM PST

Assista e pulgue o vídeo da fala de Henrique Pizzolato onde ele diz entre outras coisas; Não assumam que o PT desviou dinheiro! Da parte onde eu trabalhei, não existiu um centavo… Eu vou até meu último segundo de vida… Vou Jurar… Vou comprovar… Dinheiro do Banco do Brasil, na minha gestão, onde eu fiscalizei, não saiu um centavo do Banco! O PT não pode aceitar essa mentira, como se fosse verdade!

Este vídeo também foi pulgado por Midiacrucis's Blog

http://midiacrucis.wordpress.com/2013/02/25/henrique-pizzolato-fala-pela-primeira-vez-em-publico-sobre-ap470-na-ape/

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Francisco Almeida / (91)81003406

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