domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fwd: SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 25 Feb 2012 03:58 PM PST


Ao que parece, termina, no dia 4, mais uma pantomima das que costumam marcar a política brasileira.
Serra, dizem os jornais, assumirá amanhã sua candidatura, ainda que com o pró-forma de submeter-se a uma prévia no PSDB que só existe porque ele, durante todo o tempo, negaceou – mais do que negociou – com este o seu fado político de só ter, afinal, este caminho político.
Negaceou porque sabe que a posição de prefeito de São Paulo, depois de eleger-se para o cargo, e para o Governo do Estado, que poderia ser "quase uma "nomeação" para Serra, não será fácil de alcançar.
Serra tem vivos na memória os resultados da eleição presidencial de 2010, onde teve apenas escassos 7,3% de vantagem sobre Dilma Rousseff, no segundo turno, e apenas 2,2% a mais no primeiro – quando teve votação 10 pontos abaixo da de Geraldo Alckmin.
Muito pouco para quem se considera "a mais perfeita tradução" da elite paulista, e concorrendo contra aquela a quem chamavam de um "poste" político, Dilma Rousseff.
Quando Lula optou – e levou o PT a ceder – por Fernando Haddad, não estava seguindo um mero capricho político.
Jogou com o fato de que ele é um fato novo no quadro político, como Dilma o foi.
Abriu caminho para fraturar a unidade – já quebrada desde a derrota de Alckmin para Kassab, nas eleições municipais passadas – a aliança entre os tucanos e o DEM – que em SP é, hoje, o PSD.
Por mais que o nome de Serra cole os cacos dessa aliança, por ser irrefutável a sua condição de símbolo – e já não chefe – da direita, é improvável que a máquina municipal trabalhe furiosamente por ele.
Afinal, se Haddad se abria a uma composição antes com os de Kassab, porque não comporia depois. E Serra? Bem, já se tornou lugar comum dizer que Serra não tem amigos ou aliados…
E, terceiro, Haddad, justamente por não ter ainda uma impressão prévia sobre seu nome no povão, será aquilo que Lula sabe ser imensamente poderoso: a sua projeção.
E Serra morre de medo de enfrentar Lula.
Mesmo que seja uma imagem projetada no que, pejorativamente, chamam de um "poste" político.
Convenhamos: para quem uma simples bolinha de papel já causa traumatismo, bater de frente em outro "poste" é algo que explica bem o temor de Serra.
Fernando Brito
Posted: 25 Feb 2012 03:45 PM PST
Posted: 25 Feb 2012 03:08 PM PST
O governo italiano anunciou nesta sexta-feira medidas destinadas a acabar com as isenções tributárias para propriedades comerciais pertencentes à Igreja Católica, o que deve resultar numa arrecadação adicional de até 600 milhões de euros.
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, incluiu essa medida, que afeta também outras organizações não-lucrativas, em um pacote mais amplo de desregulamentação que atualmente tramita no Parlamento da Itália.
A Igreja é dona de muitos hospitais, hotéis e pensões, que gozam de isenção tributária por serem parcialmente ocupados por freiras e padres, ou por terem uma capela. A nova lei elimina essa brecha, que isentava de impostos muitos estabelecimentos predominantemente comerciais.
Em dezembro, Monti pediu aos italianos que fizessem sacrifícios para salvar o país da crise da dívida na zona do euro. Em 48 horas depois da aprovação do pacote, mais de 130 mil pessoas aderiram a uma petição pela Internet exigindo o fim dos privilégios tributários para a Igreja.
O pacote deve ser votado na semana que vem pelo Senado e deverá, depois, seguir para a Câmara.
Steve Scherer
No Reuters

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Também do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 25 Feb 2012 03:04 PM PST
Posted: 25 Feb 2012 01:23 PM PST


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Quando pensamos que nada mais poderia  acontecer com o tucano José Serra, eis que surge a tucana Catarina Rossi, esposa do jornalista Clovis Rossi, colunista do jornal Folha de S. Paulo. Ela é presidenta do PSDB Mulher na capital paulista. Em um vídeo divulgado por um site do diretório municipal do PSDB paulistano (retirado do ar na manhã desta quinta-feira (23)), aparece afirmando que  Serra é "palhaço", e está brincando com o PSDB
A briga entre Serra e o tucanato ocorre em um momento em que, segundo várias notas publicadas pela imprensa, ele "re-re-re-reafirmou" que não será candidato à prefeitura de São Paulo.
No entanto, José Serra parece que – de novo – mudou de ideia. Já admite a aliados mais próximos a possibilidade de ser o candidato do PSDB nas eleições municipais deste ano - o que levaria ao cancelamento das prévias internas, processo em que boa parte do tucanato paulistano está envolvida e que faz parte do manual básico de democracia.
José Serra pode decidir-se pela candidatura a prefeito, mas, todos sabemos, ser prefeito não é o seu desejo. Se efetivada tal decisão, Serra poderá mais uma vez abandonar a prefeitura sem concluir o mandato. Para alguns amigos, o ex-governador tem dito quer um espaço que lhe permita percorrer o Brasil e voltar a ser candidato a presidente em 2014.
Serra aposta que a economia dará sinais de fadiga, assim como o governo do PT, apesar da alta popularidade atual da presidenta Dilma Rousseff. O senador Aécio Neves, na visão de Serra, não conseguirá se tornar um nome nacional. Aí, a candidatura cairá no colo dele como um presente de papai Noel.
Verdade ou não, é essa a conversa que corre nos bastidores da política. Enquanto isso, ele vai criando desafetos – e adjetivos – entre os próprios tucanos.
Posted: 25 Feb 2012 01:16 PM PST


Os presidentes dos Clubes Militares foram obrigados ontem a publicar uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidenta Dilma Rousseff por não censurar duas de suas ministras que defenderam a revogação da Lei da Anistia.
Dilma não gostou do teor da nota, por não aceitar, segundo assessores do Planalto, qualquer tipo de desaprovação às atitudes da comandante suprema da Forças Armadas.
A presidenta convocou o ministro da Defesa, Celso Amorim, para pedir explicações e este se reuniu com os comandantes das três Forças, que negociaram com os presidentes dos clubes da Marinha, Exército e Aeronáutica, a "desautorização" da publicação do documento, que foi colocado no site do Clube Militar, no dia 16, como revelou o Grupo Estado. O episódio deverá servir para acelerar a nomeação dos integrantes da Comissão da Verdade, sancionada em novembro pela presidenta e que está em banho-maria no Planalto.
Apesar de terem sido obrigados a recuar, para não criar uma crise militar, os presidentes dos Clubes não se conformam com as críticas que as Forças Armadas têm recebido e temem que a comissão da verdade só ouça um dos lados na hora de trabalhar. Os presidentes dos Clubes da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, e da Marinha, almirante Ricardo da Veiga Cabral, disseram que em momento nenhum quiseram criticar a presidente Dilma e que a nota foi uma "precipitação", no momento em que os principais assuntos para a categoria, são a defasagem salarial e a necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas.
O almirante Veiga Cabral, no entanto, classificou como "provocação" as falas das ministras das Mulheres, Eleonora Menicucci, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. "É uma provocação. Não podemos ficar parados. É natural que haja uma reação porque não é possível ficarmos sendo desafiados de um lado e engolirmos sapo de outro. A vida é assim, a cada ação tem uma reação", comentou o almirante, que disse ter havido "uma coincidência de interesses" neste momento, de se tirar a nota do ar. O almirante ressalvou que embora os militares, mesmo na reserva estejam sujeitos ao Estatuto dos Militares, "os clubes não estão subordinados ao Poder Executivo".
A nota dos Clubes Militares foi publicada no site do Clube Militar, que representa o Exército, quinta-feira que antecedeu o Carnaval e reproduzida pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição de terça-feira. No dia seguinte, houve a reunião do ministro da Defesa com os comandantes e uma conversa com a presidente Dilma. Paralelamente a esta movimentação, os comandantes das três forças telefonaram para os presidentes dos três clubes para que a nota fosse suprimida. Ontem, o "comunicado interclubes" produzido a partir da reunião da semana passado foi retirado do site no início da tarde e por volta das 16 horas, colocada no ar um outro, dizendo que os presidentes desautorizavam o texto. Este desmentido, no entanto, não chegou a ficar meia hora no ar. O Clube do Exército, para tentar encerrar a polêmica, retirou a nota e o desmentido da nota, mas a polêmica já estava criada no meio militar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 25 Feb 2012 01:11 PM PST
| author: Lingua de Trapo
Morre em São Paulo a empresária Eliana Tranchesi, ex-dona da Daslu



Publicação: 24/02/2012 07:11 Atualização: 24/02/2012 07:33

 (Melissa Haidar/Diario de SP/AG  )
Morreu na madrugada desta sexta-feira, 24, aos 55 anos, vítima de complicações causadas pelo câncer, a empresária Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi. Eliana Tranchesi, como era conhecida no mundo fashion, estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O enterro deve ocorre na tarde desta sexta-feira no Cemitério do Morumbi. A assessoria do hospital só divulgará detalhes do falecimento de Eliana mediante autorização da família.


A empresária, que comandou por muitos anos a Villa Daslu - butique multimarcas que abrigou um dia as grifes mais luxuosas do mundo em um portentoso prédio neoclássico na Marginal Pinheiros, em São Paulo - em 2006 chegou a retirar um tumor de um dos pulmões e já passava por sessões de quimioterapia e radioterapia.

A empresária foi presa em março de 2009 pela Polícia Federal após ser condenada a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. A sentença foi proferida juíza da 2ª Vara Federal de Guarulhos, Maria Isabel do Prado, e inclui ainda o irmão de Eliana, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da empresa na época dos fatos, e Celso de Lima, dono da maior das importadoras envolvidas com as fraudes, a Multimport.


No mesmo mês, os advogados de defesa da empresária chegaram a divulgar um relatório médico sobre o estado de saúde de Eliana, que fazia tratamento no mesmo hospital onde ela faleceu. O documento, assinado pelo oncologista Sérgio Daniel Simon, afirmava: "A Sra. Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi encontra-se sob meus cuidados médicos desde março de 2009. A paciente é portadora de Adenocarcinoma de Pulmão com metástases em coluna lombo-sacra e encontra-se em tratamento radioterápico e quimioterápico. Por esses motivos, creio que não deva permanecer em prisão comum, sendo mais seguro a prisão domiciliar com os cuidados médicos apropriados."
Posted: 25 Feb 2012 01:05 PM PST
Posted: 25 Feb 2012 12:10 PM PST
Enterro de Wendel, adolescente de 14 anos que faleceu durante
teste para entrar nas categorias de base do Vasco.
 Foto: Alexandre Araújo/Lancepress!
O Vasco vai enfrentar o Fluminense, neste domingo, valendo o título de campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca. Mas mesmo que o time de São Januário leve a Taça Guanabara para casa, os festejos não vão apagar  uma história trágica envolvendo recentemente o clube – muito menos suas consequências.
A morte de Wendel Junior Venâncio da Silva, de 14 anos, durante teste de futebol no Vasco, no último dia 9, fez o Ministério Público do Trabalho desistir de negociar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e decidir processar o clube. A ação na Justiça terá como base irregularidades trabalhistas nas categorias de base, incluindo exploração de trabalho infantil, segundo informou a Daniel Santini, aqui da Repórter Brasil, a procuradora Danielle Cramer, do Ministério Público do Trabalho  da 1ª Região (Rio de Janeiro).
O esporte deve ajudar no desenvolvimento de crianças e adolescentes e contribuir para que conquistem seus sonhos e não se tornar instrumento de degradação da sua qualidade de vida. Nem todos ficam milionários, muitos se perdem pelo caminho a um custo alto. É papel do Estado fiscalizar isso, mas também da sociedade. Quais torcedores gostariam que o sucesso do seu time fosse baseado na exploração infantil?
Abaixo, reproduzo os principais trechos da primeira reportagem:
Wendel faleceu de morte súbita enquanto participava de uma seleção para entrar nas categorias de base da equipe. A tragédia chamou atenção de autoridades para problemas nas categorias de base não só do Vasco, mas em todo o país. Com base no episódio, representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Fórum Nacional pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e de Conselhos Estaduais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente se mobilizam para intensificar a cobrança por mudanças. O grupo conta com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que teme que a exploração de adolescentes no futebol aumente com a realização da Copa do Mundo ao Brasil, e da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Governo Federal.  A OIT defende a reformulação nas categorias de base de todos os clubes brasileiros.
"Estamos negociando [o TAC] há mais de um ano. O clube toda vez se compromete a assinar, mas não assina. Sempre propõe novas cláusulas. Cansamos de esperar boa vontade e vamos partir para a Justiça", argumenta a procuradora Danielle.
A diretoria do clube carioca ressalta que a morte de Wendel ocorreu em um teste e que, mesmo que as providências exigidas fossem tomadas, dificilmente a tragédia poderia ter sido evitada. "Ele estava participando de um teste leve, não de competição. Era um menino que desde os 9 anos jogava futebol de competição na cidade dele [São João Nepomuceno (MG)]. Tinha sido campeão em todos os anos e foi titular da seleção local. Ele estava aparentemente apto para a prática de esporte. Foi uma grande fatalidade. Se esse menino tivesse falecido em qualquer outro lugar, ninguém estaria falando nada", sustenta Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico do clube.
Entre os problemas apontados pelo MPT está a ausência de registro dos adolescentes de 14 anos a 16 anos que compõem as equipes de base na categoria de aprendiz, o que, de acordo com as autoridades ouvidas pela reportagem, configura trabalho infantil.
Lei Pelé
- O Vasco nega a exploração de adolescentes "Entendo e respeito [o posicionamento das autoridades], mas a Lei Pelé me impede de fazer qualquer registro de menor de 16 anos", coloca o representante jurídico do clube. O artigo 29 da Lei Pelé estabelece que "o atleta não profissional em formação, maior de 14 e menor de 20 anos de idade, poderá receber auxílio financeiro da entidade de prática desportiva formadora, sob a forma de bolsa de aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem que seja gerado vínculo empregatício entre as partes". Apesar de a Lei Pelé não deixar clara a obrigatoriedade, o artigo 403 da Lei 10.097/2000 é direto quanto à necessidade de registro para adolescentes com mais de 14 anos exercendo atividades profissionais: "É proibido qualquer trabalho a menores de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos".
Rafael Dias Marques, da Coordenação Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do MPT, diz que não há dúvidas quanto à necessidade de registro para atletas das categorias de base de equipes de futebol. Ao ser informado pela reportagem de que a interpretação de Luiz Henrique Ramos Lopes, da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil do MTE, responsável por fiscalizar irregularidades, é a mesma que a do MPT, o representante do clube afirmou que tal decisão pode ser revista.
"Posso estar enganado. Nada é definitivo. A gente vai discutir esse ponto também, mas acho muito difícil fazermos registro de aprendiz para todos. O Vasco tem hoje inúmeros atletas, o governo federal deveria inclusive nos ajudar. Os clubes atravessam dificuldades no Brasil", diz Aníbal, ainda esperançoso de chegar a um acordo com as autoridades. 

"O Ministério Público [do Trabalho] quer fazer um grande evento porque o Vasco é o primeiro clube a assinar um TAC. O Vasco é sempre o primeiro em tudo. Nós vamos assinar. Ficamos de marcar uma data, houve uma série de complicações, a agenda do presidente [e ex-jogador Roberto Dinamite] é muito 'impressada' porque ele é também deputado estadual", completa
Direitos da criança e do adolescente
- Além do MPT, o Ministério Público Estadual (MP/RJ) também cogita processar o clube por violações de direitos da criança e do adolescente. "Estamos estudando se entraremos com as medidas judiciais cabíveis. Acompanhamos a situação há bastante tempo e fomos surpreendidos pela morte deste menino que faleceu em local que não conhecíamos", relata a promotora Clisanger Ferreira Gonçalvez Luzes, que atua junto com a procuradora Danielle no caso.

Em inspeções anteriores realizadas em São Januário, sede do Vasco, Clisanger diz ter encontrando jovens em condições inadequadas, em "dormitórios precários e banheiros em péssimos estados", e ressalta que, apesar da negociação de ajustes em curso, o clube nunca informou as autoridades sobre a existência de outro espaço para treinos e testes de garotos.
O Vasco alega que o centro de treinamento onde o adolescente faleceu em Itaguaí (RJ), a 69 km da capital fluminense, ainda não pertence ao clube, apesar de haver uma negociação em curso para sua aquisição. E nega que os atletas da categoria de base tenham sido instalados anteriormente em condições inadequadas.

A morte ocorreu em meio a um dos testes realizados pela equipe para selecionar novos talentos. Cada processo de seleção é composto por três fases. O jovem havia sido aprovado pela primeira e acabou tendo um mal súbito após 12 minutos da segunda fase. Não havia médicos no local.
"Entre as adequações que vínhamos cobrando está a observação de direitos mínimos como assistência médica e alimentar durante o período de testes. Ainda que não exista uma relação de trabalho, esses garotos em período de testes tem que ter proteção. A adoção de medidas preventivas poderia evitar ocorrências como esta", complementa a procuradora Danielle. A diretoria do clube comunica que, após o episódio, todos os testes passaram a contar com médicos de plantão por determinação do presidente Roberto Dinamite.
Base legal
- "Temos defendido a limitação do período de testes, que eles aconteçam durante um breve período no começo do ano para que os alunos não percam o período letivo na escola. Hoje, muitos tentam fazer testes em vários clubes e acabam perdendo o semestre", acrescenta a procuradora do trabalho. "Isso não é só no Vasco. Acontece no Brasil todo. É difícil colocar essa questão. Os clubes visam o alto rendimento e acabam esquecendo que tem ali um adolescente que, além de jogar futebol, tem outros direitos", completa.

O MP/RJ também considera que o problema não se limita ao Vasco e pretende estender a fiscalização a outros clubes. "Os clubes exploram o sonho dos meninos de serem jogadores de futebol e se aproveitam da carência de recursos financeiros e econômicos das famílias. Muitos vêm de todo o Brasil para tentar a sorte nesses grandes clubes. Essa questão é bastante preocupante porque apenas uma parcela dos que tentam conseguem se tornar profissionais, que dirá atletas com fama e dinheiro. E muitos acabam sem educação, convivência familiar e comunitária", diz a promotora Clisanger.
Não é só no Rio de Janeiro que problemas têm sido constatados. Em Minas Gerais, clubes como o Atlético Mineiro e o Cruzeiro também foram pressionados recentemente a firmar acordos. No Paraná, também há discussões em curso nesse sentido. Em função da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, as autoridades temem que o número de adolescentes explorados aumente no mesmo ritmo que o sonho de sucesso por meio do esporte. O MTE prepara uma série ações para tentar regularizar a questão. Hoje, no Brasil, nenhum clube tem cursos validados no sistema nacional de aprendizagem para fazer os registros considerados necessários pelas autoridades.
No Blog do Sakamoto

Postado poràs14:56:000comentários 






Também do Blog COM TEXTO LIVRE.
Posted: 25 Feb 2012 12:05 PM PST


O apresentador e repórter político da Rede Globo Heraldo Pereira, autor de bizarra ação judicial contra o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim, foi flagrado pelo Cloaca News, em maio de 2009, como membro do corpo docente do IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público, modelar instituição de ensino pertencente ao ministro do STF Gilmar Mendes (em 2010, a propósito, o magistrado esteve envolvido em uma feroz batalha societária com Inocêncio Mártires Coelho, ex-procurador geral da República e parceiro de Mendes no negócio). Heraldo, que naquela ocasião era "mestrando em Direito pela UnB" estava designado na Escolinha como responsável pelo módulo VI do Curso de Introdução ao Direito para Profissionais de Comunicação.
Três dias após a revelação feita por este blog - reproduzida por muitos outros - , a página do IDP na internet com as informações de tal curso foi retirada do ar. Na mesma época, a blogosfera descobriu – e mostrou - que o nome de Heraldo Pereira figurava no website da TV Justiça como "conselheiro estratégico" da emissora. Curiosamente, o jornalista pinga-fogo saiu-se com a conversa fiada de que fora convidado, sim, a integrar tal Conselho, mas que declinou da honraria.
O fato é que o astro global mantém, de fato, estreita ligação com a Escolinha do Professor Gilmar. Como se vê na imagem abaixo, capturada ontem, sexta-feira, 24, no website da Justiça do Trabalho do Distrito Federal – e já autenticada por este escaldado blog -, mestre Heraldo faz parte do seleto corpo docente do Curso de Formação Inicial de Magistrados, promovido pelo CSJT, e a sigla "IDP" aparece como que anexada ao sobrenome do jornalista-causídico, talvez para dar algum estofo acadêmico ao reserva de William Bonner. O curso ministrado por Pereira – Psicologia e Comunicação – trata do "estudo do relacionamento interpessoal, dos meios de comunicação social e do relacionamento do magistrado com a sociedade e a mídia".
Agora que matamos a cobra, clique aqui para ver o pau.

Posted: 25 Feb 2012 11:56 AM PST





Em um  comunicado no mês de janeiro, Serra re-re-re-reafirmou que não será candidato á prefeitura de São Paulo.






Em 14 de fevereiro  do mesmo ano,  José Serra, mudou de idéia. Já admite  para aliados mais próximos a  ser o candidato do PSDB nas eleições municipais deste ano. Serra não tem  palavra!






Em 2004, José Serra  prometeu, ao vivo em debate na TV, não renunciar à prefeitura para concorrer a outro cargo, . Não cumpriu. Abandonou a prefeitura para se candidatar a governador de S.Paulo. Mais tarde, abandonou o governo paulista com o vice Alberto Goldman para candidatar-se a presidência da República...
Eleito em 2004, Serra renunciou com menos de um ano e meio de mandato para concorrer ao governo do Estado. Na campanha, em sabatina de um jornal  , ele havia assinado documento em que se comprometia a cumprir os quatro anos na prefeitura.


José Serra  pode decidir-se pela candidatura a prefeito, mas, todos sabemos, ser prefeito não é o seu desejo. Se efetivada tal decisão, Serra  vai abandonar a prefeitura, para  sair  candidato a presidente...de novo


Hoje na Folha: Serra decide disputar Prefeitura de SP


O ex-governador José Serra decidiu entrar na corrida à Prefeitura de São Paulo e admite a possibilidade de se inscrever nas prévias convocadas pelo PSDB para definir o candidato do partido, informa reportagem publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal 


O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais pelo PSDB, José Serra, decidiu entrar na corrida à prefeitura de São Paulo e pode se inscrever nas prévias convocadas de seu partido para definir o candidato da legenda, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo deste sábado. Serra estaria reunido na noite desta sexta com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para discutir detalhes de sua candidatura.

Posted: 25 Feb 2012 11:44 AM PST

Detesto Carnaval. Provavelmente porque desde que eu deixei de frequentar os bailes de salão da adolescência e passei a não ter dia e hora marcados pra entrar numa folia, só vi Carnaval na TV, nas madrugadas insones dos intermináveis 5 dias da jornada, quando a outra opção era pastor evangélico. E não tem coisa mais chata no mundo que assistir ao Carnaval na TV. Para meu alívio e de muitos, hoje temos a Internet e a TV por assinatura que, embora seja dominada pela Globo, vende alivio nestes dias. Então, como não assisti, ouvi dizer e li algumas coisas sobre o Carnaval deste ano.
Antes de mais nada vou logo admitindo: tenho pré-conceitos a respeito da Globo. Na minha opinião, a emissora sempre será culpada, até provar sua inocência. Tudo que apresenta em sua grade de programação envenena a mente e o corpo do telespectador. A leitura dos fatos que escolhe veicular em seus telejornais é distorcida, serve a interesses de uma elite decadente. A Globo tem as mãos sujas de sangue por ter apoiado todos os golpes militares na América do Sul – a começar pelo nosso que, em troca, deu-lhe concessão e financiamento. Resumindo: às vezes, a emissora manipula a opinião pública, noutras também.
Qualquer brasileiro minimamente antenado percebe que a Globo odeia o PT de cabo a rabo, desde a sua fundação até os dias de hoje. E, neste ódio, há muito mais preconceito que diferenças ideológicas. Portanto, mesmo que seu público mais rentável na programação esportiva seja o torcedor corinthiano, era de se esperar que a emissora boicotasse a Gaviões da Fiel este ano, por conta da homenagem que a escola anunciou que faria ao torcedor mais ilustre do Corinthians.
A troca de última hora de dois dos jurados que avaliam o desempenho das escolas foi tão obviamente suspeita e por isso mesmo teoricamente improvável que até passaria batida, não fosse o fato de que, justamente Mary Dana, introduzida de última hora no grupo, desse à escola a menor nota (8,9) entre todas no tal quesito "evolução" – o que foi aritmeticamente determinante para que a Gaviões despencasse para o sétimo lugar na classificação geral. Assim, a escola não participou do desfile das campeãs de ontem, quando Lula teria 99% de chances de ser liberado pelos médicos para subir no carro a ele reservado para o desfile. Impedir mais essa consagração do presidente mais popular da história do Brasil foi uma questão de honra para a Globo.
Por curiosidade, pesquisei e encontrei um número impressionante: segundo o IBOPE, o Corinthians coleciona 25,8 milhões de torcedores no Brasil – o equivalente à soma das populações de Portugal, Suécia e Suíça! 14,4 milhões desses loucos – como eles mesmos se denominam, no bom sentido, é claro – vivem no estado de São Paulo. Significa dizer que um, em cada três torcedores paulistas, é corintiano.
Sei o quanto é duro, caro e sacrificante para uma escola de samba e seus componentes montar o desfile e imagino o quanto doeu terem sido trapaceados. Então, viajei na maionese: a chamada "nação corintiana" é capaz de eleger um prefeito sozinha! Talvez tenham sido determinantes nas vitórias eleitorais de Lula e Dilma – já que ambos receberam algo em torno de 40% dos votos válidos do estado de São Paulo. (Este potencial, claro, é tão fenomenal quanto perigoso…). Mas será que essa nação tem noção de que corinthiano unido pode jamais ser vencido? Será que a Globo tem noção de que a trapaça que armou não foi só contra a Gaviões, mas contra o Corinthians como um todo e contra o próprio Carnaval paulista? Será que os dirigentes do Corinthians têm noção do quanto a Globo depende do Corinthians para se equilibrar no Ibope de sua programação esportiva? Mais fundo na maionese: e se depois dessa injustiça com a Gaviões, o Corinthians resolvesse desfazer o acordo de venda de direitos de imagem com a Globo e fechasse com a Record? O que a emissora faria além de exigir o pagamento da multa por rescisão de contrato? E se a Record resolvesse bancar a multa rescisória? A Globo iria paralisar o campeonato Brasileiro no tapetão e perder os contratos com seus patrocinadores?
Bem que diretoria, jogadores e torcedores do Corinthians podiam dar uma espiadinha no seu passado não tão longínquo, quando um tal de Sócrates comandou a famosa Democracia Corintiana bem debaixo do nariz do general-ditador João Figueiredo, e dessa vez, peitar a ditadura do plin-plin…
Ops! Plin-plin: acordei da viagem na maionese: vivemos na selvageria do oligopólio midiático, terra sem lei. A ausência do Marco Regulatório das Comunicações nos mantém reféns de uma emissora de TV que nos tiraniza há quase 50 anos. A Globo manda no futebol. Os clubes ajoelham e rezam a cartilha da emissora. Todos comem na mão da Globo. Inclusive o Corinthians.
Não sou corintiano, mas assim como a Gaviões, tenho grande admiração pelo presidente Lula e sua história. Torci para que eles ganhassem. Porque eu teria o maior prazer em ir até o Sambódromo para assistir ao desfile da escola, ver o Lula com aquele chapéu engraçado que anda usando e sentir aquela tempestade de emoções que sempre acontece quando ele e a plateia se encontram ao vivo.
Depois, dentro das quatro linhas do campo, é claro que o texto seria outro…
De Recife - PE.Diógenes Afonsoàs12:170comentários 


Do Blog TERRA BRASILIS.

Posted: 25 Feb 2012 11:35 AM PST




Altamiro Borges, Blog do Miro
"Os dois principais jornais paulistassoltaram rojões neste sábado. "Serra decide concorrer à Prefeitura de SãoPaulo", anunciou a Folha na sua manchete. "Serra discute candidatura comAlckmin e pode ir às prévias", estampou na capa o Estadão. Os jornalões andavampreocupados com o vai-e-vem de Serra, as prévias tucanas e os riscos de Kassabmudar de lado. Agora, eles parecem mais aliviados.

Segundo a Folha, a decisão do eterno candidato de disputarnovas eleições "foi comunicada ao governador Geraldo Alckmin após meses deindefinição no maior partido de oposição do país... Alckmin e o prefeitoGilberto Kassab (PSD) se reuniram ontem (24) à noite com o ex-governador em suacasa para discutir os detalhes do lançamento de sua candidatura".

Os pré-candidatos "flanelinhas"

Já o Estadão destaca que Serra pode, inclusive, "disputar" a prévia do PSDB,que seria adiada por alguns dias – ela estava marcada para 4 de março e acédula já tinha sido impressa com o nome dos quatro pré-candidatos. O objetivoda encenação é "legitimar a candidatura" e evitar novas cisões internas. "Aidéia é tentar avançar no consenso em torno do nome de Serra", confessa ojornal.

Não é para menos que até alguns tucanos mais irreverentes já batizaram osquatro pré-candidatos de "flanelinhas", que apenas guardam lugar para o eternocandidato. A manobra é tão evidente que "integrantes da executiva municipalforam acionados para encontrar uma saída jurídica para a entrada de Serra naprévia, cujas inscrições foram encerradas na semana passada".

A troika Serra, Alckmin e Kassab

Ainda não se sabe qual vai ser a reação dos "flanelinhas". Segundo o Estadão,"o secretário José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Trípoli dizem que nãovão desistir... Já os secretários Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas(Meio Ambiente) tendem a abrir mão da corrida". Também não se sabe qual será areação da militância tucana, que nos últimos dias andou se rebelando.

Seja qual for o desfecho da prévia, a manobra está montada pela troika – Serra,Alckmin e Kassab. E já conta com o beneplácito da mídia. Como apontou umeditorial despudorado do Estadão, o bloco neoliberal-conservador e a chamadagrande imprensa encaram as eleições paulistanas como uma prévia da disputa presidencialde 2014. Eles vão jogar pesado e sujo nesta guerra."

Posted: 25 Feb 2012 06:08 AM PST
Posted: 25 Feb 2012 06:01 AM PST




Morreu em São Paulo Eliana Tranchesi, dona da Daslu, vítima de câncer no pulmão, agravado por uma pneumonia. É o que informa o jornalista Boris (o do gari) Casoy.


Mas Casoy vai além, passa batido pela condenação de Eliane a 94 anos de prisão por fraude e formação de quadrilha, e acusa o presidente Lula de ter usado o caso Daslu para afastar o assunto mensalão do noticiário e... assistam, porque é melhor do que eu tentar reproduzir...


No final, ele espirra. Eu peço licença para ir ali vomitar.




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Postado porAntônio Melloàs11:08
Boris Casoy diz que presidente Lula pode ter auxiliado a morte de dona da Daslu
2012-02-25T11:08:00-02:00
Antônio Mello
Comentarios 
Posted: 25 Feb 2012 05:55 AM PST





"Após aconversa com o governador paulista, Geraldo Alkmin, o candidato derrotado àPresidência da República, em 2010, vê ainda mais distante a possibilidade deconcorrer novamente a prefeito de São Paulo, cargo que ocupou por dois anosantes de se lançar à campanha presidencial. Mesmo que garanta, novamente,terminar o mandato – fato que não ocorreu na última gestão, apesar da promessano palanque da eleição para o cargo, em 2008 –, caso fosse eleito, Serraencontra dessa vez uma forte oposição na base do seu partido, o PSDB.


Alckmin,ao invés de concordar em ter Serra como candidato escolhido automaticamente, porseu posto de mando no ninho tucano, sugeriu a realização de prévias com osdemais postulantes para a escolha do sucessor de Gilberto Kassab (PSD-SP). Aimprensa conservadora paulistana comentou, em seguida à reunião, que Serra nãodeu resposta definitiva, mas "mostrou-se 'receptivo' à ideia, segundointerlocutores", publicou um dos diários locais. O fato, no entanto, segundointegrantes da cúpula tucana daquele Estado, teve cores mais vivas. Serra teriaficado extremamente irritado com a proposta de Alkmin.


– Serraesperava mais da conversa com Alckmin – afirmou um parlamentar tucano ao Correio do Brasil, em condição deanonimato.


Osadversários de Serra em uma possível prévia nas hostes tucanas, marcadas para opróximo dia 4 de março, serão os secretários estaduais Andrea Matarazzo, BrunoCovas, José Aníbal e o deputado federal Ricardo Trípoli."
Enviada por:Nogueira Junior/10:540Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 25 Feb 2012 05:50 AM PST




Mauricio Dias, CartaCapital
"As igrejas, sempre de costas para ofuturo, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio católico noOcidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à fogueira,amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas heresias.
Nos dias de hoje, impotentes para ditarcondenações capitais, os inquisidores ordenam aos fiéis a punição de políticosque defendem propostas dissidentes à doutrina que pregam. O aborto e a defesada homofobia são os exemplos mais gritantes. E irritantes. Em reação, elespromovem nas eleições a "queima" de votos dos hereges e, com isso, cerceiam aliberdade do eleitor e intimidam os candidatos.
Assim agem os pregadores das igrejasevangélicas. São os novos inquisidores.
Essa réplica tardia e infeliz do Tribunalde Inquisição materializou-se no Congresso, onde foi depor o ministro GilbertoCarvalho, na terça-feira 15 de fevereiro. Carvalho, secretário-geral daPresidência da República, viu-se forçado a expiar publicamente "pecados"cometidos aos olhos da poderosa bancada evangélica, transformada em braçoexecutivo de diversas igrejas religiosas.
"O pedido de desculpas, de perdão, não foipelas minhas palavras, e sim pelos sentimentos que provocaram", disse oministro.
Qual foi a heresia? Gilberto Carvalho,durante o Fórum Social Mundial, manifestou preocupação política com osevangélicos: "A oposição virou pó (…) a próxima batalha ideológica será com osconservadores evangélicos que têm uma visão de mundo controlada pelos pastoresde televisão".
Artigo Completo, ::Aqui::

Enviada por:Nogueira Junior/11:370Comentários


Posted: 25 Feb 2012 05:39 AM PST
Do Viomundo - 20 de Fevereiro de 2012
China e o novo centro dinâmico
por Marcio Pochmann*, na Revista Fórum, via Vermelho
O sucesso do milagre econômico chinês apresentou ao mundo uma novidade quase não imaginada frente à inconteste hegemonia estadunidense. Seja na evolução do comércio externo ou na presença crescente dos investimentos externos, a China se posiciona de forma cada vez mais sólida como eixo integrador da dinâmica mundial.
Antes da crise do capitalismo global, a economia estadunidense apresentava sinais de certa decadência frente ao seu esvaziamento produtivo e da relativa perda de importância do dólar. Mas, a partir de 2008, a perda de influência norte-americana tornou-se cada vez mais evidente, sobretudo quando se considera o sucesso transformista chinês.
Para piorar, os Estados Unidos passam a apresentar sinais crescentes de subdesenvolvimento, como no caso da concentração de renda. Nas últimas três décadas, por exemplo, o segmento constituído pela faixa do 1% mais rico da população teve a sua renda aumentada em 256%, enquanto o rendimento dos pobres subiu somente 11%. Como resultado disso, os EUA voltaram a deter um padrão de desigualdade de renda somente verificado antes da Depressão de 1929.
Diante do descenso estadunidense e do auge chinês, os governos têm a oportunidade de rever estrategicamente o posicionamento de suas economias. Do contrário, a trajetória das relações comerciais e de investimento com a China tende cada vez mais a aprofundar as características históricas já notabilizadas, especialmente durante a antiga ordem internacional estabelecida a partir da Inglaterra.
Como a China atual, o Reino Unido dependia fortemente de produtos primários, enquanto se mantinha como forte produtor e exportador de produtos manufaturados. Ou seja, dava-se o estabelecimento de uma convergência internacional para a produção e exportação de produtos primários e simultânea dependência da dinâmica local à internacionalização dos seus parques produtivos segundo a lógica inglesa.
Em geral, a China passa a deter não somente relações comerciais como presença de investimento superiores às dos EUA. Por meio da globalização financeira, não obstante os sinais de certo esvaziamento do seu papel monetário (fim do padrão ouro-dólar nos anos 1970) e de enfraquecimento relativo de sua produção e difusão tecnológica, os Estados Unidos se transformavam praticamente num império unipolar. Tanto assim que prevaleceu a concepção de pensamento único e visão de fim da História, com predomínio da democracia liberal e do livre mercado.
Nos dias de hoje, com o esgotamento do movimento de globalização financeira, registrado por várias crises de dimensão internacional, o milagre chinês ascendeu rapidamente. Assim, a expansão da economia do país possibilitou que em apenas dez anos a sua produção fosse triplicada, contrastando com a realidade estadunidense. Somente entre 1999 e 2010, por exemplo, a variação acumulada do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos foi equivalente a apenas 1/8 da verificada na China.
No mesmo sentido, o país asiático responde cada vez mais por uma maior parcela da produção de manufaturados do mundo; em 2009, representou 18% do valor agregado industrial mundial. A participação chinesa no valor adicionado mundial na indústria de transformação de alta tecnologia também saltou de 4%, em 2000, para 18%, em 2009. Atualmente, a China assume a condição de segunda nação mais importante na produção de material de escritório e informática do mundo, na produção de material de rádio, TV e comunicação, e a primeira na produção de veículos automotores e nos investimentos na indústria aeroespacial, de supercomputadores e de núcleos eletrônicos, entre outras posições estratégicas mundiais.
Por conta disso, a China deve ultrapassar a posição dos EUA durante a segunda década do século 21, embora isso não signifique necessariamente o desaparecimento das centralidades dinâmicas das economias pertencentes à União Europeia e aos Estados Unidos, mas o que se destaca é o aparecimento de um mundo multipolar. Além da Ásia – especialmente a China e Índia – há um espaço regional capaz de gerar uma nova centralidade dinâmica no sul do continente americano, com forte importância para a economia brasileira.
Em síntese, o Brasil passa a ter maior relevância num novo contexto mundial multipolarizado, bem distinto daquele verificado durante o momento de sua constituição, em que os Estados Unidos exerciam uma centralidade unipolar. Mas o seu reposicionamento deve partir de um olhar de mais longo prazo, uma vez que as alternativas estão postas.
O deslocamento do centro dinâmico estabelece oportunidades inequívocas de reforço da pujança econômica brasileira. Mas isso pode ocorrer tanto pelo lado da Fazenda, Mineração e Maquiladora dos Produtos Manufaturados (FAMA), como pela via do encadeamento dos sistemas produtivos a partir de maior agregação do Valor Agregado e Conhecimento (VACO).
As alternativas estão postas, com a China presente no novo centro dinâmico mundial. Ao Brasil, cabe uma decisão clara e objetiva em torno do papel que deseja desempenhar neste novo contexto internacional.
*Marcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 Feb 2012 03:29 AM PST


De Recife - PE.Diógenes Afonsoàs16:460comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.


Posted: 25 Feb 2012 03:22 AM PST


O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu da amiga navegante Marilia Amorim, professora da Universidade de Paris 8, na qualidade de "maître de conferénces", e autora de livro recém-lançado: "Petit traité de da bêtise contemporaine"- pequeno tratado sobre a imbecilidade contemporânea, editora érès.
Diz ela sobre o Privataria nas terras de FHC:
Participei de um jantar entre pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados de Nantes – http://www.iea-nantes.fr/fr/, após a conferência de uma pesquisadora indiana sobre a corrupção na India.

Comentei então sobre o livro do Amaury Ribeiro Jr, " A privataria tucana".
A recepção e o interesse não podiam ter sido melhores. Dois pontos parecem ter sido os que mais interessaram: o fato de se tratar de um caso que demonstra que a corrupção é inerente ao proprio sistema neoliberal , e o fato de ter sido um jornalista que conseguiu documentos, todos oficiais, pela via jurídica, o que permite que o sujeito processado tenha acesso a documentos da parte que o processa.

Como entre os pesquisadores havia juristas, tudo isso lhes pareceu muito interessante. Ao final, um deles me perguntou se o Amaury fala francês ou inglês. Serà que vão querer entrevistá-lo?…
Posted: 25 Feb 2012 02:24 AM PST


Não parece apenas uma leve desconfiança de que a partir do momento em que nos propomos a ver TV, seja para o que for, não se mostre difícil que os competentes comentaristas nos alertem, a todo o instante, de que somos imbecis. Ou cegos, ou surdos.
A transmissão, via TV, dos carnavais dos sambódromos, tanto do Rio quanto de São Paulo, não são, na realidade, o que se vê nos respectivos locais – isso todos sabemos. Richard Wagner (1813-1883), que era um exímio leitor de partituras, e que dispensava as audições físicas das obras, conta que só foi entender alguns aspectos da nona sinfonia de Beethoven, quando a escutou ao vivo, em Paris. A música, o teatro ou os espetáculos das escolas de samba, são eventos para além das telas da TV; por maiores que sejam os aparelhos, elas nunca dimensionam o vento, a presença viva das pessoas e, no que as escolas de samba têm de melhor, fundamentalmente para os ouvidos – não há equipamentos de som que ressoem como nos sambódromos. Dá-se, então, que pensemos que determinada escola será a mais premiada. Mas a "São Clemente" acabará perdendo para a "Vila Isabel" ou, em São Paulo, não será a "Vai Vai" a campeã – mas outra qualquer. O problema, o grande problema parece ser os comentários das transmissões.
Eles quase sempre discorrem a favor da telinha da TV. Dizem que o espetáculo está bonito – mas ninguém está achando feio (mesmo porque o que a transmissão demonstra, dispensa as opiniões em contrário). Quanto às baterias das escolas, não há a menor chance de que se as escute por três ou quatro minutos, sem a interferência de alguém. Haverá sempre a conversa de um dos "tradutores", sejam das imagens, sejam dos sons. Eles dirão que há um repique interessante no acompanhamento do samba-enredo que não nos é dado escutar, já que o mais importante é que o trabalho dos repórteres repitam o óbvio: que há, de fato, o tal repique, que alguns versos são bonitos e, por fim, mas não finalmente, que as cores da escola se compõem muito bem. E daí que fica sempre a suposição do daltonismo dos espectadores: o azul é preciso se dizer que é azul. E que os belos tons de roxo, vejam senhores telespectadores, são belos tons de roxos.
A Fundação Gulbenkian, de Lisboa, compõe-se de muitos equipamentos, mas principalmente de um dos "pequenos" grandes museus da Europa. São incontáveis as obras expostas, desde o período da dominação moura, na Península, aos impressionistas franceses. Em seu catálogo, porém, muitos dos comentários sobre as obras de arte, não são quaisquer adendos – mas autênticas descrições para cegos: talvez importe informar que o verde "de Veronese" está justamente num quadro de Veronese – pintor veneziano seiscentista – e que sua cor está realmente entre o verde e o azul – mas haverá algo mais expressivo do que o quadro, além da descrição do quadro?
Miguel de Cervantes no século XVII, já tinha consciência dos truísmos e pleonasmos que enxameavam os compêndios, não apenas de sua época. Talvez, para prevenir os ilustres leitores para o que os esperava, muitos autores faziam uma espécie de "abstract" do que se seguiria Eram redundâncias tão grandes, que Cervantes resolveu imitá-los. Só que, no seu "Dom Quixote", não se pode conter o riso: a cada capítulo o autor faz um resumo que, não raro, ressalta o óbvio clamoroso que se torna mais engraçado, justamente por isso. Assim, ao tentar reter a curiosidade do leitor Cervantes alerta: "Onde se lê o que se segue". É a relevância da bobagem, mas de que, modernamente, se inferem muitas outras questões.
Por exemplo: para os telespectadores refestelados em suas cadeiras, talvez não ocorram os níveis de redundâncias a que estão subjugados. Dizer que a bateria faz uma pausa longa, certamente não acrescenta à própria o que todos estão escutando – mas esse é justamente o comentário que mais ocorre. E não para chamar a atenção, demonstrando o fato – mas para que os espectadores vejam e escutem muito menos do que está, por si mesmo, já restringido pela tela da TV.
Talvez, contudo, essa questão –a da obviedade - não seja tão desimportante ou dispensável. A idéia de contraponto – de algo que contradiz uma imagem ou um som – para alcançar uma outra dimensão, pode ser um recurso cênico ou dramático em torno de um discurso que não se propõe à contradição; ou que o dispense pela simploriedade. No cinema mudo, nas cópias sonorizadas que nos chegam, o olhar de Carlitos se enternece com a música que reflete os olhos da jovem na melancolia ou na correspondência do seu olhar, também emocionado. Mas a cena dramática ou francamente trágica, pode ser acompanhada de um música saltitante e alegre.
Numa bienal de muito tempo atrás, havia uma instalação que raiava sadismo com muito maior contundência do que o comum delas: era uma sucessão de filmes, nunca divulgados para o grande público, de cenas verdadeiras de acidentes aéreos. Ensaiava o mais macabro possível: todos sabiam que no imenso telão que ocupava uma parede de mais de três metros de altura, as cenas dos aviões se despedaçando – em alguns casos, divisavam-se os corpos sendo cuspidos fora das aeronaves – que tudo aquilo era verdadeiro, nada era de mentirinha. O pior, porém, era certamente o que o autor da instalação mais queria – provocar o mais puro pânico nos espectadores. Tudo muito consentâneo, digamos, com as suas autênticas intenções terroristas. O que tornava a cena ainda mais assustadora, horripilante mesmo, não eram vozes ou gritos – mas uma valsa muito amena, até bonita. Ela palpitava em três por quatro o paradoxo dos milhares de mortos – pois os desastres se sucediam uns depois dos outros – uma centena deles, talvez. Sempre ao som de uma valsa. E todos, com aviões de passageiros enormes, desses que carregam dezenas, senão centenas de pessoas.
Não há muito o que concluir. No "Maior Espetáculo da Terra", como dizem os locutores, a repetirem redundantemente, que os desfiles das escolas de samba, são realmente representações grandiosas, fica-se, apesar de tudo, ou por isso mesmo, num mar de dúvidas. Vivemos um mundo de redundâncias: todos os que gostam de futebol, sabemos que o gol foi belíssimo, que o chute de fora da área encobriu o goleiro numa parabólica perfeita, quase milagrosa. No entanto, precisamos ouvir do locutor que o gol, dado desde fora da área, foi belíssimo? E que encobriu o goleiro, sendo que foi exatamente isso que as várias câmeras registraram?
Não parece apenas uma leve desconfiança de que a partir do momento em que nos propomos a ver TV, seja para o que for, não se mostre difícil que os competentes comentaristas nos alertem, a todo o instante, de que somos imbecis. Ou cegos, ou surdos.
Enio Squeff é artista plástico e jornalista.
No Carta Maior

Posted: 25 Feb 2012 02:17 AM PST



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Esta charge o Bessinha não me enviou, então peguei do Blog COM TEXTO LIVRE, do amigo Zcarlos. 
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Francisco Almeida / (91)81003406

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