terça-feira, 24 de abril de 2012

Via Email : SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 22 Apr 2012 04:16 PM PDT
Luis Nassif

O delegado Paulo Lacerda tinha tudo para ser um ícone do funcionalismo público. Funcionário exemplar, foi responsável pela transformação da Polícia Federal em uma organização eficiente e peça chave na luta contra a corrupção e o crime organizado.
A virada da PF foi o primeiro alento, para o cidadão comum, de que o crime organizado poderia ser combatido de forma eficiente pelo Estado.pscandiru.blogspot.com/
Nomeado para a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), estava pronto a repetir o trabalho na PF e a dotar o Sistema Brasileiro de Inteligência (o SISBIN, a coordenação das diversas agências públicas no combate ao crime organizado) em uma organização exemplar.
Em 2007, junto com o general Félix, Ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) visitou os Estados Unidos atrás de modelos de atuação contra o terrorismo e o crime organizado, remodelado após os atentados de 11 de setembro.
Visitaram o Departamento de Defesa, a CIA, o Tesouro, o FBI e um novo órgão, o Departamento Nacional de Inteligência, criado justamente para supervisionar a ação dos demais e integrar as investigações.
Havia a necessidade de um supervisor similar no Brasil, capaz de coordenar as informações provindas da PF, da Receita, Banco Central, COAF, INSS etc. Como a ABIN é um órgão de inteligência,
Decidiram criar um Departamento de Integração do SISBIN dentro da Agência. Reformou-se um anexo da ABIN, instituíram-se concursos que trouxeram novos funcionários, de alto nível, definiu-se uma política de cargos e salários.
O DI ficou em um andar inteiro. Havia um imenso corredor, com um conjunto de salas, cada qual destinada a um órgão da SISBIN. Não havia ingerência da ABIN. Cada órgão indicava um funcionário para trabalhar seu banco de dados, sem obrigação de passar os dados para o grupo.
No fim do corredor, uma sala onde haveria reuniões diárias de todos para analisar as demandas e definir as estratégias de combate ao crime organizado.
Estava tudo pronto para começar, quando estourou a Satiagraha. E aí, uma ação conjunta de Daniel Dantas, da revista Veja, do então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e do Ministro da Defesa Nelson Jobim, destruiu o trabalho e atrasou em anos o  avanço da luta contra o crime organizado.
Primeiro, foi a história do "grampo sem áudio" – o telefonema supostamente gravado entre Gilmar Mendes e o lugar-tenente do bicheiro Carlinhos Cachoeira, senador Demóstenes Torres -, repercutido com exclusividade pela Veja.
Depois – mais grave ainda – o falso alarme do STF de que teria havido escuta no órgão. Com base em um relatório que tecnicamente não comprovava escuta, homens de confiança de Gilmar abasteceram a revista – sempre a Veja - com falsas denúncias.
O terceiro tiro foi dado por Jobim que, com base em uma lista falsa, acusou a ABIN de dispor de equipamentos de escuta. A denúncia, mais uma vez, arquitetada com a Veja.
A soma de pressões obrigou ao afastamento de Paulo Lacerda e sua aposentadoria do serviço público.
Nesse período, a revista se aliou a dois esquemas barra-pesadas, o do Banco Opportunity e o de Carlinhos Cachoeira.
A CPI será uma boa oportunidade de passar essas histórias a limpo.

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Do Blog O Esquerdopata
Posted: 22 Apr 2012 01:48 PM PDT


Seria compreensível se a velha imprensa cobrasse celeridade do Judiciário como um todo. Mas causa estranheza quando, em ano eleitoral, essa velha imprensa só bate o bumbo sobre o processo do chamado "mensalão".
Por que então não cobrar o julgamento também do processo que José Serra responde por atos praticados ainda no governo FHC e que se arrasta até hoje? Em termos de réus ilustres supera o chamado "mensalão", e em termos de valores também, além de ser bem mais antigo, pois se arrasta desde 2003.
Não é um processo qualquer. Trata-se do rombo no Banco Econômico, socorrido com R$ 3 bilhões no âmbito do PROER, quando Serra era ministro do planejamento. São réus também praticamente toda a equipe econômica do governo FHC, incluindo o ex-ministro Pedro Malan, ex-ministro e banqueiro Ângelo Calmon de Sá e os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola e Gustavo Franco.
A juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, acatou a denúncia apontando dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos no caso.
Note-se que Serra é o candidato mais célebre destas eleições de 2012, e a celeridade no julgamento seria uma oportunidade para o tucano sair inocentado, ou para o eleitor saber se estará votando em alguém condenado em primeira instância.
Helena Sthephanowitz

Posted: 22 Apr 2012 01:40 PM PDT
http://www.consorciodelta-araguaia.com/programa.html


Quem não se lembra da propaganda milionária da SABESP na TV Globo, em rede nacional, apesar da empresa só abastecer água em São Paulo? Aconteceu quando José Serra (PSDB/SP) era governador e já candidato a presidente.

Pois grande parte daquelas obras da SABESP foram contratos com a Delta Construções.

O governo federal já fez (desde o governo Lula) e continua fazendo auditorias nos contrato com a empreiteira para sanar irregularidades e exigir dinheiro de volta aos cofres públicos, se e quando for o caso.

E o governador Geraldo Alckmin não vai fazer o mesmo em São Paulo? Ou vai ficar só abafando a corrupção tucana na gestão de Serra, fazendo campanha para eleger Serra prefeito?
Por:Zé Augusto0Comentários
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 22 Apr 2012 01:28 PM PDT




Em entrevista coletiva no dia 20/04/2012, a Presidenta Dilma falou o que pensa sobre a CPI do Cachoeira sem deturpações, nem boatos.

Nos dias anteriores, os jornais e TV's inventaram boatos de que Dilma estaria contra, ou no mínimo receosa, quanto a CPI.

A falsidade da notícia ficou comprovada quando a maioria dos parlamentares da base governista assinaram em peso a favor da CPI.

A velha imprensa tem medo da CPI porque Carlinhos Cachoeira montou um dispositivo de arapongagem clandestina que abasteceu jornalistas com denuncismos. Algumas denúncias tinham fundamento, mas muitas outras não passavam de chantagem e conspiração para derrubar pessoas de seus cargos, por não atender aos interesses da suposta máfia.

Outro objetivo dos mafiosos era interferir na eleição de políticos aliados ao esquema Cachoeira.

A CPI poderá esclarecer o grau de envolvimento com o bicheiro de jornalistas, empresários, inclusive donos de Revistas, Jornais e TV's, políticos, magistrados e até procuradores de justiça.

O povo brasileiro quer uma imprensa que fale a verdade, em vez de funcionar como cabo eleitoral de partidos e que preste serviços à corrupção de grupos mafiosos.

A velha imprensa de papel e TV's está 'bichada' (com trocadilho, por favor). A nova imprensa, vista em blogs da internet e redes sociais tem desmascarado as farsas, e levado ao conhecimento público as notícias que a velha imprensa esconde.


Transcrição da entrevista:


Presidenta: Não interfere em assuntos internos de outros países. De maneira alguma, nós interferiremos. Emitiremos posições, ou faremos juízos de valor. 
Jornalista: Há a preocupação de que isso possa refletir no Brasil?
Jornalista: Em relação à CPI, (incompreensível) da senhora com a CPI?
Presidenta: Vou insistir nesse aspecto: não me manifesto sobre esse assunto.
Jornalista: A Petrobras...
Jornalista: Em relação à CPI... em relação à CPI, a senhora poderia dar um recado? Porque começam semana que vem os trabalhos, seria importante a senhora se posicionar.
Presidenta: A CPI é algo afeto ao Congresso. O governo federal terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso nessa área.
Jornalista: Mas não é necessária, Presidente?
Jornalista: A Presidente da Argentina pediu ajuda para a Petrobras. A Petrobras pode ajudar, isso não é (incompreensível)?
Presidenta: Eu não tenho conhecimento desse pedido de ajuda. Quando eu tiver, eu me manifesto. A hora que a Petrobras me disser quais são os termos do pedido, eu me manifesto. Agora, o Brasil sempre foi um país que nunca se negou a ajudar quem quer que seja. Agora, depende do que é o pedido.
Jornalista: A CPI é necessária neste momento de (incompreensível)? O que a senhora (incompreensível)?
Presidenta: Ah, vocês acreditam mesmo que eu vou me manifestar, além das minhas múltiplas atividades que eu tenho de lidar todo dia, eu vou me interferir na questão de outro Poder? Acho que todas as coisas têm de ser apuradas, mas não me manifesto sobre a CPI. Eu tenho uma posição em relação ao governo, que vocês conhecem. E eu não me manifesto sobre outro Poder, mas de maneira alguma.
Jornalista: A redução dos juros dos bancos já foi suficiente ou a senhora espera mais?
Presidenta: Tânia, essa é uma área que eu posso me manifestar. Eu acredito, como eu já disse, que o Brasil tem de buscar um patamar de juros similar ao praticado internacionalmente.
Tecnicamente, fica muito difícil o Brasil, diante do que ocorre no mundo, justificarspreads tão elevados. Então, eu acredito que isso será um processo de amadurecimento do país, que vai nos encaminhar, progressivamente, para nós termos juros mais condizentes com a nossa realidade também.
Porque nós não somos um país qualquer. Nós somos, hoje, um país, que é reconhecidamente um país com uma situação econômica de estabilidade, de respeito. Nós somos um país que temos absoluto respeito aos nossos princípios macroeconômicos, de controle de inflação, de robustez fiscal, relação dívida-PIB. Temos uma situação muito especial em relação às economias emergentes. Estamos caminhando para taxas maiores de crescimento.
Então, os juros também vão refletir, cada vez mais, essa realidade de maturação. Eu já disse, em uma cerimônia, que não entendo os fundamentos técnicos de certo nível de spread. Vou ficar olhando, eu vou ficar, eu acompanho a situação econômica do país todos os santos dias. Então, eu vou continuar olhando para toda a situação, para ver se a inflação aumenta, para ver se os preços estão sob controle, para ver como está a situação do valor das commodities, para olhar a taxa de câmbio do nosso país e dos demais. Esse acompanhamento, você pode ter certeza de que eu fazer sistematicamente. Vou olhar também juros.   
Jornalista: A senhora acha que a taxa de spread...
Presidenta: Aliás, eu tenho olhado.
Jornalista: A senhora acha que a taxa de spread é considerada (incompreensível)?
Jornalista: A senhora acha que a taxa de câmbio já chegou em um bom nível?
Presidenta: Se alguém te der essa resposta, você me apresenta, que eu vou indicá-lo para Nobel.
Por:Zé Augusto0Comentários 
Posted: 22 Apr 2012 12:22 PM PDT


Após instalação de CPI, ex-Panicat fez ensaio sensual em uma cachoeira
FOZ DO IGUAÇU - Alçado ao posto de celebridade nacional, Carlinhos Cachoeira ultrapassou a popularidade de Dilma Rousseff, Graça Foster, Eike Batista, Luan Santana e entrou para a lista dos 100 mais influentes da revista Time. "Mr. Waterfall has more friends than Mark Zuckerberg on Facebook", explicou o jornalista Louis Amorim, do New York Times.
Após divergir entre pêra, uva, maçã ou CPI Mista, o Congresso reconheceu que o fenômeno Cachoeira extraplou os limites da Casa. "A imprensa alagou jornais e revistas com trocadilhos", obtemperou um senador. A comunidade científica ficou estupefata: biólogos estudam a mutação de comportamento que uniu governo e oposição, enquanto cientistas da Fiocruz produzirão um mapa genético das ligações inéditas do novo DNA político. Eufórico, um oceanógrafo paranaense anunciou uma descoberta que parecia impossível: "Achei a nascente e o delta de cachoeira", regojizou-se.
Com o IBOPE nas nuvens, Cachoeira negou que será transferido para a casa do BBB. No fim da tarde, dois jogadores de futebol ensaiavam uma coreografia simulando uma queda d´água enquanto um grupo de pagode terminava o refrão de "Cascata de amor".
Posted: 22 Apr 2012 12:12 PM PDT

Hoje, 89% votariam em Dilma e Lula e apenas 6% na oposição. (5% não responderam)



As boas notícias do Datafolha para Dilma Rousseff se estendem à seara tucana. Entre os que declaram ter votado em José Serra para presidente em 2010, a presidente tem 52% de avaliação ótima ou boa. Dilma é aprovada por 60% dos simpatizantes do PSDB.


A presidente Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas o ex presidente Lula, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014.

Esse é o resultado principal da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O governo da petista é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro.

Trata-se de um recorde sob dois aspectos: é a mais alta taxa obtida por Dilma desde a sua posse, em 1º de janeiro de 2011, e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha.

Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%, respectivamente.

Como a curva de popularidade positiva de Dilma tem sido ascendente desde o início, o Datafolha incluiu desta vez uma nova pergunta no levantamento sobre a eleição de 2014 -quem deveria ser o candidato do PT a presidente: Dilma ou Lula?

As respostas foram bem mais favoráveis a Lula. Ele é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.

"A presidente Dilma vem tem tendo curva crescente de popularidade e pode reduzir essa desvantagem em relação a Lula se mantiver essa trajetória", diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.

Dilma, entretanto, está tecnicamente empatada com o antecessor, dentro da margem de erro, quando se observam grupos considerados formadores de opinião.

Por exemplo, entre os eleitores com renda acima de dez salários mínimos, Dilma tem 48% contra 45% de Lula. Situação de empate técnico.

O mesmo entre os que têm escolaridade de nível superior: 42% para atual presidente e 41% para seu antecessor.

A ATUAL E OS EX

A comparação com os dois últimos presidentes é muito favorável a Dilma e seus 64% de aprovação. Nesta época, em seu primeiro mandato, Lula tinha 38%. O tucano Fernando Henrique Cardoso tinha ainda menos, só 30%.

Mesmo no segundo mandato, Lula tinha 55% de aprovação com um ano e três meses de governo. Ou seja, nove pontos menos que Dilma.

A alta da  Dilma foi em quase todas as faixas de renda, idade e escolaridade.

Grupos socioeconômicos nos quais Dilma não ia tão bem agora mostraram forte reação. É o caso dos brasileiros com renda familiar acima de dez salários mínimos -4% da população. A petista subiu 17 pontos nesse grupo, passando de 53% para 70%.

Outra alta significativa foi entre a população mais pobre, com renda até dois mínimos por mês -uma massa de 48% dos brasileiros. Nesse grupo, Dilma saiu de 59% para 64% de aprovação.

O atual levantamento foi feito já sob o impacto da queda da taxa de juros de bancos e da redução da taxa básica de juros do país, que passou de 9,75% para 9% na quarta.

A aprovação pessoal da presidente também evoluiu. Para 68%, o desempenho de Dilma é ótimo ou bom; 25% dizem que é regular; 4% avaliam como ruim ou péssimo.Na Folha


Se 2º turno fosse hoje, Dilma teria 69% dos votos



O segundo turno da eleição presidencial não foi assim um passeio para Dilma Rousseff. A candidata do PT teve 56,05% nas urnas contra 43,95% do adversário do PSDB, José Serra.

O Datafolha investigou o que ocorreria se a mesma disputa se desse agora. Aí sim Dilma venceria por larga margem, com 69% contra 21% de Serra.

Se esse hipotético embate se repetisse, 6% dos eleitores não votariam nem em Serra nem em Dilma. Outros 4% se declararam indecisos.

Chama a atenção que 26% dos eleitores que votaram em Serra agora declaram voto em Dilma. E 8% dos que votaram nela hoje dizem preferir o tucano.

Para analisar essa simulação de disputa eleitoral é necessário considerar que Serra está há algum tempo sem a mesma exposição de mídia que tem a presidente da República. Ou seja, não existe de fato uma situação de embate real entre ambos.

Feita a ressalva, vale registrar que o tucano teria seu melhor desempenho entre eleitores com mais 60 anos (23%) e entre os que têm renda de cinco a dez salários mínimos (24%).

Já Dilma aparece com sua taxa de intenção de voto mais favorável entre os eleitores de 25 a 34 anos (74%) e nos grupos de homens e pessoas apenas com o ensino fundamental, ambos dando a ela 71% da preferência. Ela nunca chegou a esse patamar em 2010.
Por:Helena™
Posted: 22 Apr 2012 09:36 AM PDT


Essa matéria foi publicada pela Veja no tempo que ele achava que Demóstenes tinha ética.
A primeira reação dos setores conservadores às denúncias contra Demóstenes Torres foi de silêncio estupefato. Demoraram a perceber o que estava acontecendo: um de seus heróis tinha sido apanhado com a boca na botija.
À medida que os detalhes de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira foram sendo revelados, viram que seria impossível defendê-lo. Tiveram de reconhecer que alguém em quem haviam apostado nada mais era que o cúmplice – para dizer o mínimo – de um suspeito – continuando a dizer o mínimo – de nebulosas transações.
A segunda reação foi apressar-se na condenação. Talvez por raiva do senador, que os fez de bobos. Devem tê-lo imaginado rindo dos aplausos, enquanto brindava com os amigos.

Mas a razão principal estava na necessidade de controlar os prejuízos colaterais. O apodrecimento do senador Demóstenes poderia contaminar um pedaço grande da política brasileira. Que fosse rapidamente extirpado.
A terceira foi uma clássica manobra de luta ideológica: passar para o ataque. Se a defesa é insustentável e se não interessa protelar, o jogo tem de ser mudado.

Era preciso embaralhar as culpas do Demóstenes oposicionista com aquelas de políticos governistas. E era óbvio com quais: os acusados pelo "mensalão". Eles e Demóstenes tinham de ser igualados.
Se esse diversionismo fosse bem-sucedido, o escândalo terminaria por ser positivo: aumentaria as pressões para que o STF julgasse logo o caso.
Quem conhece o funcionamento do Supremo sabe, no entanto, que a chance de que ele se pronuncie nos próximos meses é pequena. A complexidade das questões que suscita, sua sensibilidade, seus efeitos na dinâmica interna do Tribunal, tudo sugere que o julgamento não vá começar de imediato.
Essa perspectiva não agrada a quem quer utilizá-lo para atingir o PT e suas lideranças. Por extensão, para fragilizar o governo.
Tudo o que esses setores desejam é que o País fique meses a discutir o episódio. Sonham recriar os dias em que a TV Câmara disputava audiência, transmitindo ao vivo as sessões da CPMI dos Correios.
É uma aposta com pequena possibilidade de sucesso. Acreditar que o retorno do "mensalão" pela via judiciária terá o mesmo efeito na opinião pública que a sua revelação original é imaginar muito.
Para a vasta maioria das pessoas, será igual a ler o jornal de anteontem. Tudo é conhecido, não há qualquer fato novo.
Sem falar que a discussão no Supremo dificilmente terá a teatralidade do Legislativo. A leitura de um voto – que pode durar horas – costuma fazer dormir até os especialistas.
Mas quem não tem cão, caça com gato. Confusa em seu discurso, dividida por conflitos internos, a oposição partidária avalia que a volta do assunto às manchetes é uma oportunidade para adquirir novo fôlego. O mesmo vale para os veículos da mídia conservadora, que acreditam que assim poderão fazer seu acerto de contas com o "lulopetismo".
O problema é que o escândalo Demóstenes e o "mensalão" são completamente diferentes. No primeiro, um político é suspeito de fazer o que os bandidos fazem. No segundo, alguns políticos são acusados de fazer o que todos fazem.
Não são, portanto, nem de longe, a mesma coisa.
A maior parte dos que serão julgados pelo "mensalão" fez, apenas, aquilo que as regras não escritas da política sempre admitiram. E que, por essa razão, seus colegas praticaram – e continuam a praticar. Ou alguém acha que, agora, tudo é feito de maneira ortodoxa?
Ninguém os acusa de advocacia de interesses escusos ou de conluio com os fora da lei. Suspeitar que receberam uma espécie de mesada para votar com o governo é uma simples história da carochinha: petistas ganhando para isso?
No fundo, o esforço de igualar o que é flagrantemente diferente, talvez acabe sendo positivo na hora em que o Supremo julgar. Deixa nítido que o inaceitável é Demóstenes.Marcos Coimbra
Postado poràs08:090comentários

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 22 Apr 2012 06:50 AM PDT

Do Blog do Miro - 21/4/2012
Por Altamiro Borges

O chamado "deus-mercado" está preocupado com o resultado das eleições presidenciais na França neste domingo (22). Das cinco pesquisas divulgadas nesta semana, quatro apontam uma vitória apertada do social-democrata François Hollande (PS). Ele deverá disputar o segundo turno, marcado para 6 de maio, com o direitista Nicolas Sarkozy. Já o candidato das forças de esquerda, Jean Luc Mélenchon, surpreendeu na reta final da campanha e desponta em terceiro lugar – tornando-se o fiel da balança no pleito.
Diante desta perspectiva eleitoral, a elite rentista da França passou a adotar o discurso do medo. Nicolas Sarkozy, o candidato dos banqueiros, atiçou a polêmica nos últimos dias ao alardear que sua derrota agravará a crise econômica do país, causando a "fúria dos mercados financeiros". Na mesma toada, a revista britânica The Economist, a bíblia dos agiotas internacionais, publicou uma reportagem alarmista sobre os riscos da vitória de forças políticas "contrárias ao mercado".


Sarkozy desindustrializou e demitiu

Apesar do terrorismo do "deus-mercado", os eleitores franceses parecem já não confiar tanto no demagógico Sarkozy. Afinal, ele foi responsável por conduzir o país ao desfiladeiro. Em 2012, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá ser de apenas 0,3% e a própria Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) já afirma que o país está em recessão. Como consequência da desaceleração econômica, o desemprego volta a crescer – devendo atingir 10,4% até o final deste ano.

Segundo artigo no jornal Valor, a França passa por acelerado processo de desindustrialização. "Entre 2009 e 2011, nada menos de 880 fábricas foram fechadas e 494 começaram a funcionar. Ou seja, o país tem 385 fábricas a menos do que no começo de 2009... A França é agora o país da zona do euro com a menor parte de valor agregado da indústria no PIB - 9,3% em 2010, comparado a 12,1% na Espanha e 18,7% na Alemanha. Entre 1980 e 2007, a indústria francesa perdeu 36% de seus efetivos, ou 71 mil por ano... Somente nos cinco anos da Presidência de Nicolas Sarkozy, a indústria destruiu 355 mil empregos".

Um impulso à esquerda nas eleições

A campanha do social-democrata François Hollande centra-se exatamente neste ponto. "A desindustrialização da França não é mais uma ameaça, é um fato consumado"', escreveu recentemente. Ela não propõe medidas radicais para enfrentar os graves problemas econômicos do país, mas prega mudanças de rumo na política aplicada pelo direitista Sarkozy, que sempre privilegiou os interesses do capital financeiro. Defende aumento da tributação sobre os ricaços e mais investimentos públicos.

Já o candidato Jean Luc Mélenchon, ex-senador que rompeu com o PS e hoje é deputado europeu pelo Partido de Esquerda, não vacila em defender uma ruptura com o modelo existente no país. Seu slogan "tomem o poder" entusiasmou setores da sociedade cansados com a espoliação da ditadura financeira. Sua candidatura serve, inclusive, para pressionar o vacilante PS. "Quando não há ninguém mais à esquerda deles, eles vão em direção da direita", comenta o cineasta Gérard Miller, apoiador de Mélenchon.

Esta dinâmica da campanha talvez explique porque o "deus mercado" está tão preocupado com as eleições deste domingo.
Do Blog ContrapontoPIG.
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Di
Posted: 22 Apr 2012 06:41 AM PDT
Posted: 22 Apr 2012 05:09 AM PDT


Mansão da família Marinho, dona da Globo, construída emreserva ambiental proibida, sem autorização. Juiz mandou demolir. Os Marinhosapelaram da decisão.
Essa notícia não sairá no Jornal Nacional:
A família Marinho, dona da TV Globo, assim como outros milionáriosbrasileiros, foram alvos de reportagem da Bloomberg, dizendo que "Ricosbrasileiros não tem vergonha de construírem suas casas em áreas de preservaçãoambiental".
Um trecho diz que os Marinho violaram leis ambientais paraconstruir, sem permissão, uma mansão de 1300 metros quadrados em Paraty (RJ),além de anexarem uma área pública na praia e desmatarem floresta protegida paraconstruir um heliporto (local para pouso de helicópteros).
Graziela Moraes Barros, inspetora do ICMBio (Instituto ChicoMendes), que participou de uma autuação na propriedade movida pelo MinistérioPúblico, foi ouvida na reportagem. Ela disse:
"Essa casa é um exemplo de um dos mais sérios crimesambientais que nós vimos na região...
... muitas pessoas dizem que os Marinhos mandam no Brasil. A casa de praiamostra que a família certamente pensa que está acima da lei...... Doisseguranças armados com pistolas patrulham a área, espantando qualquer um quetenta usar a praia pública", diz ela.
Um juiz federal, em novembro de 2010, ordenou afamília para demolir a casa e todos os outros edifícios na área. Os Marinhosapelaram a recurso na justiça ainda não julgado. (Com informações da Bloomberg,em inglês)
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Enquanto isso no Fantástico:
Ediçãodo dia 31/07/2011 - Atualizado em 01/08/2011 00h40
Curso de rio é desviado para decorar sala de mansão
Por todo o Brasil, casas e hotéis são construídosilegalmente em áreas de proteção ambiental.
A reportagem especial deste domingo (31) revela mais umflagrante de desrespeito à lei e à natureza. É mais um escândalo na ocupaçãoilegal de terras no Brasil. Áreas de Proteção Ambiental (APA), que deveriam serpreservadas, são invadidas e dão lugar a casas de alto luxo para o conforto depoucos.

De helicóptero, o repórter Rodrigo Alvarez se aproxima da Ilha da Cavala, emAngra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. Aparentemente, é uma ilhadeserta. De repente, aparece um telhado, que se transforma em uma casa. Naverdade, é uma mansão de 1,5 mil m². "Ele tentou enterrar a casa e deixou umacortina de vegetação para quem passar de barco não detectar essa construção",afirma o José Maurício Padrone, coordenador da Secretaria do Estado do Ambientedo Rio de Janeiro. 
O Fantástico passou três semanas viajando o Brasil paramostrar até onde vai a ousadia de quem ignora a lei ambiental e constrói emáreas que deveriam estar protegidas: na beira da praia, no alto de morros e namargem de rios. São erguidas mansões e hotéis de luxo onde a natureza, pordeterminação da lei, deveria permanecer intocada.

Na varanda do bangalô de um hotel, não tem nenhuma separação entre o que éconstrução e o que é floresta. Segundo o Ministério Público, esse hotel foiplantado à custa de destruição.

A destruição de florestas, praias e rios se espalha por todo o Brasil. Será queos donos não sabiam que estavam construindo suas casas em áreas de preservaçãoambiental? Se não sabiam, pouco a pouco vão sendo avisados pela Justiça. Sãocentenas de ações movidas pelo Ministério Público contra obras e autorizaçõesirregulares.

Mas é bom deixar claro: muitas áreas de preservação permanente ficam dentro depropriedades privadas. O desrespeito à lei acontece quando os donos das terrasresolvem desmatar aquilo que têm a obrigação de proteger.

Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Maranhão, encontramos outro crime comum: aapropriação indevida de áreas públicas que, por lei, têm que ter acesso livrepara todos os brasileiros.

O repórter Rodrigo Alvarez descobre uma construção irregular e decide entrar."Eles fizeram o Ministério Público de palhaço", declara o promotor JamilSimon.

A indignação do promotor é com o caso do Hotel Surya pan. O luxuoso conjunto decasas e bangalôs, em Campos do Jordão, a 180 quilômetros de São Paulo, foierguido com a destruição de 11 hectares de Mata Atlântica. Essa área,equivalente a 17 campos de futebol, foi desmatada em uma região de preservaçãoambiental, apesar da promessa do dono do hotel. "Ele fez um acordo comigo naPromotoria, para não mais intervir lá", lembra Jamil Simon.

O termo de compromisso é de julho de 2000. Os donos do Surya Pan admitiram aresponsabilidade pelos danos causados ao meio ambiente e prometeram arecuperação completa da área, em um tempo em que o que existia ali era só ocomeço de uma estrada. "Eles mentiam. Eles diziam que a vegetação estava emestágio inicial. Era pura mentira, falsidade, crime. Aí eles concediam asautorizações com essas declarações falsas", afirma o promotor Jamil Simon.

O Fantástico procurou os responsáveis pelo Surya Pan, mas eles não quiseram semanifestar. Quem concedeu as autorizações para a obra do hotel, mesmo sem poderpara fazer isso foi o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Baturais(DEPRN), extinto em 2009.

A maior parte dos documentos tem a assinatura do então supervisor FranciscoFernandes Pereira Neto. "Será que ele está fazendo isso por ser incompetente oupor que ele está recebendo propina?", questiona o promotor Jamil Simon.

Localizamos o ex-funcionário em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. Ele estádesempregado, presta consultorias eventuais e ajuda a mulher em uma clínicaveterinária. O engenheiro bota a culpa na Legislação Ambiental Brasileira queele diz não ser clara: "Ninguém entendia a resolução do Conama".

Francisco Fernandes Pereira Neto rebate as suspeitas de corrupção: "estoudesempregado até agora e trabalho com a minha mulher". O ex-funcionário foidemitido em 2004 e responde por crime ambiental.

Outro hotel, o Blue Mountain, aberto no ano passado, é um dos mais luxuosos deCampos do Jordão. A diária custa R$ 4.100 para um quarto de casal, com umescritoriozinho e a vista para Mata Atlântica.

Se os hóspedes têm uma vista maravilhosa é porque o Blue Mountain foiconstruído exatamente no ponto mais alto da montanha. Segundo o MinistérioPúblico, a obra causou danos às nascentes de oito rios e interferiu na fauna deuma região com seis espécies ameaçadas.

"Toda a construção desse hotel está dentro de uma legalidade. Todos os alvaráse licenças foram concedidos pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de SãoPaulo", aponta Roberto Jeolás, administrador do Hotel Blue Mountain.

Só que em 2008, o próprio governo de São Paulo reconheceu o erro e cancelou asautorizações. "É um problema de estado, município, federação. Eles precisam seentender primeiro", afirma Roberto Jeolás.

Há quatro meses, um juiz mandou demolir o Blue Mountain, obrigando os donos e ogoverno do estado de São Paulo a pagarem os custos de remoção do entulho e regeneraçãoda natureza, mas ainda cabe recurso, e o hotel funciona normalmente.

De cima, é possível ter uma visão muito clara do que acontece na Mata Atlânticae de como o ser humano avança pela natureza em áreas de preservação. Mas nemtudo o que parece é realmente crime ambiental. Algumas casas no cobiçadolitoral norte de São Paulo receberam permissão do Ibama ou foram construídasantes das mudanças na lei que aconteceram em 2002. Em maio daquele ano, oConselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) redefiniu as áreas de preservaçãopermanentes em território brasileiro e proibiu construções a menos de 300metros do mar.

Segundo o Ministério Público, o Condomínio Aldeia da Baleia comete três faltasgraves: destruição de mata nativa, construção em área de restinga, ou seja,quase dentro da praia, e casas grudadas na margem de um rio. "Ainda hámentalidade no cidadão de que, para ele construir, basta ele adquirir umaárea", ressalta o promotor Matheus Fialdini.

Em nota, a Associação Amigos da Aldeia da Baleia diz que os proprietáriosadquiriram seus lotes totalmente legalizados e que houve investimentos paraminimizar os danos ambientais.

A mesma resolução do Conama, que tenta proteger as praias, impõe uma regracristalina: ninguém pode construir a menos de 30 metros da margem de qualquerrio brasileiro. Em um rio largo como o Rio Preguiças, o resguardo aumenta para100 metros e assim por diante.

Navegando pelo Rio Preguiças, na região dos Lençóis Maranhenses, nós foramavistados bichos que deram o nome ao rio. Seria o caso de rebatizá-lo como"Rio Mansões"? O Ministério Público Federal quer demolir 18delas.

"A demolição, conforme os laudos técnicos do Ministério Público Federal, fazcom que essa vegetação, que é de preservação permanente, volte a nascer",explica o procurador Juraci Guimarães.

Para isso, o contador Waldely de Moraes precisa tirar a mansão do caminho. Oproprietário passou do limite do rio. No segundo andar da casa, tem umachurrasqueira e mais um quarto. A construção avançou além do que seria o limiteda propriedade. O problema é que nem a propriedade pertence ao dono dacasa.

"Isso é uma surpresa para o Ministério Público Federal. Essa construção é feitapara áreas locais, muitas vezes, com a proteção de políticos locais de acordoscom prefeituras e autorizações que o Ministério Público sustenta evidentementea ilegalidade", diz Juraci Guimarães.

A sentença judicial que mandou demolir a mansão afirma que parte da obra"encontra-se encravada em terreno de marinha, que é bem da União", eportanto, "de uso comum do povo".

Sentenças de demolição já foram expedidas para sete mansões no Parque Nacionaldos Lençóis Maranhenses. Entre elas, está a do ex-deputado e suplente desenador Clóvis Fecury.

O juiz disse o seguinte: como o terreno foi comprado de um "antigo moradorque já o ocupava irregularmente", o político "não pode serconsiderado proprietário, mas apenas 'possuidor' do imóvel", ficando,portanto, sem qualquer direito sobre ele.

A Justiça também mandou demolir a mansão do empresário Arione Monteiro Diniz,avaliada em R$ 4 milhões. Tem churrasqueira, estacionamento de lancha, deque,lago artificial para criação de peixes, mesinhas com choupanas dentro da água eaté um campo de futebol.

A entrada do rio é um dos maiores problemas da casa porque foi construídaartificialmente. É uma intervenção na natureza unicamente para atender aosdesejos dos moradores de ter uma praia particular perto de casa.

O órgão ambiental responsável por áreas como essa no Maranhão é o Instituto ChicoMendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). É uma instituição federalcriada em 2007, ligada ao Ministério do Meio Ambiente.

O coordenador de proteção ambiental do ICMBio, Paulo Carneiro, admite que noentorno do Parque dos Lençóis Maranhenses a fiscalização é falha. "Nosso númerode agente é restrito. Nossos fiscais atendem a demandas prioritárias. Então, emépocas de desovas de espécies ameaçadas de extinção, focamos nisso", diz.


Os donos foram condenados em primeira instância, mas as mansões continuam depé. Em nota, o advogado de Arione Monteiro Diniz e de Clóvis Fecury diz que ascasas têm alvará de construção fornecido pela prefeitura e que os proprietáriostomaram as precauções necessárias e obtiveram as licenças dos órgãos públicos.

O advogado de Waldely de Moraes afirma que a construção do imóvel foi precedidade licença e que "no local não havia mata ciliar e ou vegetação nativa".

A equipe do Fantástico chegou a 4 mil metros de altitude, sobre uma florestamaravilhosa, que é uma sobrevivente. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica,menos de 8% da Mata Atlântica resistiram à ação do homem.

Na mansão de 1.500 m² que o dono tentou esconder na Ilha da Cavala, em Angrados Reis, a terra que saiu do buraco da obra foi jogada sobre a mata e adestruiu ainda mais. O Ministério Público pede, além da demolição, que o dono,o empresário Antônio Claudio Resende, pague a conta da limpeza e darecuperação.

Em breve nota, a assessoria do empresário diz que não há pedido de demoliçãoeque o processo de licenciamento está em curso.

Logo adiante, é avistado um paraíso cobiçado: o Saco do Mamanguá, em Paraty. Nolocal, só sobrou o terreno da casa de R$ 5 milhões construída em áreaprotegida. Foi tudo demolido em novembro passado. Outra casa, segundo oMinistério Público, em situação completamente irregular, avaliada em R$ 10milhões.

Um rio foi desviado para passar embaixo da casa, e as pessoas poderem ver aágua de dentro da sala da casa. Há outros bangalôs à direita e mais em cima umheliponto, para facilitar a chegada.

"Essas construções foram feitas de duas formas: ou negociando licença ambientalfajuta com funcionários corruptos dos órgãos de meio ambiente ou no peito, peloproprietário", explica José Maurício Padrone, coordenador da Secretaria doEstado do Ambiente do Rio de Janeiro.

O proprietário resiste. "Ele impede a demolição com recursos de liminares", dizJosé Maurício Padrone, que prefere não falar sobre o dono da mansão, oempresário Alexandre Negrão. Em nota, a advogada dele afirma que a "residênciafoi construída mediante licença da prefeitura e possui autorização doIbama".

Na ação, o Ministério Público do Rio de Janeiro repete o pedido: demolição.Pode até parecer contraditório, mas, para aqueles que se empenham na defesa domeio ambiente, ainda vai ser preciso muita dinamite para deixar a natureza empaz. 
+++

Aqui a matéria do Bloomberg em inglês:

Brazil'sRich Show No Shame Building Homes in Nature Preserves
By Adriana Brasileiro - Mar 8, 2012 2:00 AM GMT-0300
Bloomberg Markets Magazine
Ibama viaBloomberg
AntonioClaudio Resende built this house before prosecutors charged him with breakinglaws.
From thesparkling, emerald-green waters of the Atlantic off the east coast of Brazil,Cavala Island looks like a tropical paradise of lush vegetation framed by giantrocks. It's also where millionaire Antonio Claudio Resende, a founder of Latin America's largest car-rental company, became asquatter.
There,starting in 2006, he cleared pristine jungle where wild bromeliad flowers growto make way for a 1,752-square-meter mansion, according to the Rio de Janeirostate environmental agency. The house -- which is built partially undergroundand hidden by surrounding lush forest -- is visible only from above byaircraft.
Resende,65, broke the rules that gave him the right to occupy the land on a naturepreserve, not to build a large home, Brazilian federal judges found. He hasbeen fighting civil and criminal charges against him for more than four years,filing appeals while defying court orders to demolish the house and leave,Bloomberg Markets magazine reports in its April issue.
Resende isamong scores of millionaires who spend weekends and vacation time in homesbuilt in violation of state and federal environmental rules on some of the mostbeautiful real estate in Brazil,Rio's state environmental institute, INEA, found in an August 2011 report.
Thesquatters include movie director Bruno Barreto, who destroyed preserved land onPico Island in Paraty Bay, prosecutors say.
BeachfrontCompounds
Others,such as the family that controls multinational construction giant CamargoCorrea SA, received government permission to build small houses in a naturepreserve -- and instead constructed beachfront compounds.
Heirs toRoberto Marinho, who created Organizacoes Globo, South America's biggest mediagroup, built a 1,300-square-meter (14,000-square-foot) home, helipad andswimming pool in part of the Atlantic coastal forest that by law is supposed tobe untouched because of its ecology.
Hollywoodproducers chose a Polynesian-style mansion on the Mamangua Inlet as theromantic setting for a sex scene in "The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 1,"the fourth movie in the teen vampire series.The house was built by millionaire squatter Icaro Fernandes, an executive inthe food distribution industry.
AllBrazilian beaches are public by law. Wealthy Brazilians do whatever they wanton land that often doesn't belong to them, says Eduardo Godoy of the Paratyoffice of the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation, or ICMBio, which manages federally protected areas.
'NotWhat the Law Says'
"They thinkthey are the only ones who deserve to enjoy a piece of paradise because theyare rich," Godoy says. "They say they are the owners of the island or thebeach, and everybody believes them. But that's not what the law says."
Fernandesdeclined to comment. Rogerio Zouein, his lawyer, admitted that Fernandes hadbuilt a house without a license. Zouein told prosecutors in April 2011 thatFernandes would restore 95 percent of his property to its original condition ifhe could stay in the home. Prosecutors were evaluating the request as of earlyMarch.
That courtresponse is a common way that many of the wealthy squatters use to handlejudges' orders. They typically don't deny they've harmed the environment andinstead pledge to undo the damage. After that, they take no action.
BrokenPromise
Filmdirector Barreto promised in court in January 2008 that he would demolish hishouse and put the area back to its original state within two years. Four yearslater, Barreto remains on the property, having left it intact, prosecutors say.Barreto, who is appealing government complaints again him, declined to comment.
As thewealthy in Brazil get richer from the fastest economic growth there in more than twodecades, the unlawful use of public land is increasing in nature preserves,says Godoy, whose federal environmental agency in Paraty, a 17th-centurycolonial town about 250 kilometers (155 miles) south of Rio de Janeiro, faces a bay filled with illegally occupiedislands.
Squattershave chosen to reside in the Cairucu, Juatinga and Tamoios conservation areas,in forests and on islands, with rivers, waterfalls and beaches where seaturtles nest. The rich use attorneys to dodge laws, lie to authorities onconstruction permit requests, illegally destroy preserved land and rivers andprivatize beaches by hiring armed security guards to keep out visitors, Godoysays.
Lawenforcers and judges pushing to remove squatters from nature preserves havelittle clout, says Fernando Amorim Lavieri, a federal prosecutor who spentthree years in the Paraty area. Rich Brazilians can get away with almostanything, Lavieri says.
'DragOn'
"The law isthe same for the poor and the rich, but the rich have the best lawyers," hesays. "Lawsuits against them drag on in court for years."
Brazil'seconomy, fueled by a credit surge and booming exports during the past decade, has boosted thevalue of assets, including real estate, stocks, bonds and commodities, thereby creating 19new millionaires every day in a country of 190 million people, according to the2010 World Wealth Report by Capgemini SA (CAP) and Bank of America Merrill Lynch.
Brazilianshave a collective net worth of $890 billion, or 39 percent of all individualassets in South America, according to a November 2011 report by Wealth-X, aSingapore-based research firm.
Squatterstake advantage of loopholes in the laws, Lavieri says. Starting in 1983, thefederal government enacted laws to preserve the regions of Paraty and nearbyAngra dos Reis because rare species at risk of extinction inhabit them. Localstatutes allow some people to live there because indigenous fishing familieshave been in now-preserved areas for generations.
'Followthe Rules'
Everyonewho buys a right to a property in a conservation area must follow strict limitson what they can build, if they're allowed to build at all.
"If theydon't follow the rules, the government can revoke their right to occupy theland and order them to demolish whatever they built," says Jose Olimpio AugustoMorelli, an environmental analyst who heads the office of Ibama, Brazil's federal environmental agency, inAngra dos Reis.
Ibamaordered Resende to tear down the house he was building on Cavala Island.
ForgedDocuments
Federalprosecutors charged Resende, vice chairman and the largest shareholder of Localiza Rent a Car SA, with fraud and environmental crimein November 2007. Resende had filed forged documents in seeking permits tobuild his mansion on Cavala Island, according to the criminal charges.
In March2008, federal police, Ibama and state government agents raided Cavala from twospeedboats and found the hidden paradise. In that raid, Morelli says, he sawtwo huge machines that Resende used to excavate more than 2,000 square metersof earth to hide his mansion below the tree line.
"I saw afireplace big enough to fit a car, and there were huge piles of marbleeverywhere, waiting to be placed on the floors and walls," Morelli says.
Prosecutorssued Resende in a civil case in August 2008, saying he had violatedenvironmental rules.
Resendepaid 4.8 million reais ($2.8 million) in November 2005 to AC Lobato EngenhariaSA, an engineering company based in Angra dos Reis that had previously ownedthe right to occupy the land, according to a federal police investigation.
Resende hasbeen appealing the civil and criminal accusations. He said in a court-filedresponse that federal judges shouldn't rule on the case because the Tamoiosconservation area was created by a state decree. Sergio Rosenthal, his lawyer,said in court that Resende doesn't know anything about fraud or forgeddocuments.
OnlyTropical Fjord
On theother side of Paraty Bay, Icaro Fernandes, owner ofRhino Participacoes & Distribuidora de Alimentos Ltda., a Sao Paulo-basedwholesale food distributor, bought a 400,000-square- -meter piece of land in2003 on Praia da Costa beach on the Mamangua Inlet.
Theproperty, in the 8,000-hectare (19,800-acre) Juatinga ecological preserve, isprotected because it's home to the only tropical fjord in South America. The spot is flanked by mountains covered withvirtually untouched forest where monkeys, anteaters and jaguars live.
Fernandesconstructed a two-story, 666-square-meter home on the beach, prosecutors say ina civil court case against him. The 15-room house has wooden shutters andglass-panel windows on the ground floor. A guesthouse and a housekeeper'schalet sit up a hill.
FernandesSued
Federalprosecutors sued Fernandes in November 2004 for not obtaining an environmentallicense to build. He had cut down parts of the protected forest, filled in astream and removed coastal vegetation, federal prosecutor Patricia Venanciowrote in a Jan. 3, 2006, report.
A courtordered Fernandes in 2004 to stop construction, and he didn't. Since then, he'sbeen appealing judicial demands to tear down the house he completed and restorethe land to its original state, according to a September 2011 report by ICMBio.
Paul Pflug,a spokesman for SummitEntertainment Corp., (SUET) says the company isn't aware of prosecutor accusations regardingthe property where it filmed Breaking Dawn.
Mostmillionaires register properties in the names of holding companies, allowingthem to pay lower taxes and making it more difficult for the government to knowwho's responsible for environmental crimes, says Ricardo Martins, a federalprosecutor. Often, the companies are controlled by other companies basedin tax havens.
ModernistHome
That's thecase with the Marinho media family. The Marinhos broke environmental laws bybuilding a 1,300-square-meter mansion just off Santa Rita beach, near Paraty,says Graziela Moraes Barros, an inspector at ICMBio.
Withoutpermits, the family in 2008 built a modernist home between two wide,independent concrete blocks sheathed in glass, Barros says. The Marinho homehas won several architectural honors, including the 2010 Wallpaper Design Award.
TheMarinhos added a swimming pool on the public beach and cleared protected jungleto make room for a helipad, says Barros, who participated in a raid of theproperty as part of the federal prosecutors office's lawsuit againstconstruction on the land.
"This onehouse provides examples of some of the most serious environmental crimes we seein the region," Barros says. "A lot of people say the Marinhos rule Brazil. Thebeach house shows the family certainly thinks they are above the law."
ArmedGuards
Twosecurity guards armed with pistols patrol the land, shooing away anyone whotries to use the public beach, she says. A federal judge in November 2010ordered the family to tear down the house and all other buildings in the area.The Marinhos were appealing that ruling as of early March.
Theirlawyer, Corina Tarcila de Oliveira Resende, who's not related to AntonioClaudio Resende, declined to comment.
Barretobuilt his dream house on an island 15 kilometers from the Marinho compound. Thefilm director has no right to use the land, police say. Prosecutors chargedBarreto in February 2006 with illegally clearing protected forest in an areathat belongs to Brazil's navy.
A September2008 inspection by ICMBio found that Barreto had built a 450-square-metermansion on top of rocks that surround the island -- a crime because the area isprotected as a breeding ground for several species, ICMBio's Godoy says.
Barreto,who was married to actress Amy Irving and who directed "View From the Top"starringGwyneth Paltrow and "Carried Away" with Dennis Hopper, hasn't made good on his 2008 court promise todemolish the house. He and his lawyers, Arthur Lavigne and Fernanda SilvaTelles, didn't reply to requests for comment.
BillionaireCompound
The ownersof CamargoCorrea (CCIM3),Brazil's largest construction conglomerate, also built on preserved land,Barros says. Agropecuaria & Comercial Conquista Ltda. and Regimar ComercialSA own the land. Fernando de Arruda Botelho is the owner of Agropecuaria.
He's married to billionaire Rosana Camargo de ArrudaBotelho. Regina de Camargo Pires Oliveira Dias, Rosana's sister, owns Regimar. The family built a luxury compoundin the Cairucu nature preserve, according to reports by Ibama. In October 2011,the family illegally built two 700-square-meter houses, adding to the alreadyunauthorized construction, Barros says.
In June2010, the beach was the venue for the wedding of Fernando Augusto Camargo deArruda Botelho, Fernando Botelho's son. About 800 guests attended.
Contradictoryand Confusing
FernandoBotelho declined to comment. Regimar executive director Jose Sampaio Correasays the company obtained the required licenses for construction. He saysenvironmental rules in conservation areas are sometimes contradictory andconfusing. Brazil's bureaucracy often makes it difficult to comply with thelaws, he says.
"Theseactions are proof that they completely disregard the law, they take ownershipof natural resources and believe their rights are greater than the rights ofeverybody else," prosecutor Lavieri says.
Asenvironmental investigator Morelli gets ready in his office for another boatraid one sunny January morning, he admires the beautiful islands and forests hesees from his windows. He says he dreams of a day when rich Brazilians will setthe example of how to do things right. Until then, he says, money will continueto be more powerful than the law.

Editors:Jonathan Neumann, Gail Roche
To contactthe reporter on this story: Adriana Brasileiro in Rio de Janeiro atabrasileiro@bloomberg.net.
To contactthe editor responsible for this story: Jonathan Neumann atjneumann2@bloomberg.net
Postado porGrupo Beatriceàs8:42 AM

Do Grupo Beatrice.
 

Posted: 22 Apr 2012 04:53 AM PDT


Dilma tem aprovação recorde, mas Lula é favorito para 2014
Presidenta atinge novo pico de popularidade, com 64% de ótimo ou bom
Questionados quem preferem ver como candidato do PT, 57% citam ex-presidente, contra 32% para a atual
DE BRASÍLIA
A presidenta Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas (?) seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014.
Esse é o resultado principal (?) da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O governo da petista é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro.
Trata-se de um recorde sob dois aspectos: é a mais alta taxa obtida por Dilma desde a sua posse, em 1º de janeiro de 2011, e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha.
Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%, respectivamente.
Como a curva de popularidade positiva de Dilma tem sido ascendente desde o início, o Datafolha incluiu desta vez uma nova pergunta no levantamento sobre a eleição de 2014 -quem deveria ser o candidato do PT a presidente: Dilma ou Lula?
As respostas foram bem mais favoráveis a Lula. Ele é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.
"A presidente Dilma vem tem tendo curva crescente de popularidade e pode reduzir essa desvantagem em relação a Lula se mantiver essa trajetória", diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.
Dilma, entretanto, está tecnicamente empatada com o antecessor, dentro da margem de erro, quando se observam grupos considerados formadores de opinião.
Por exemplo, entre os eleitores com renda acima de dez salários mínimos, Dilma tem 48% contra 45% de Lula. Situação de empate técnico.
O mesmo entre os que têm escolaridade de nível superior: 42% para atual presidente e 41% para seu antecessor.
A ATUAL E OS EX
A comparação com os dois últimos presidentes é muito favorável a Dilma e seus 64% de aprovação. Nesta época, em seu primeiro mandato, Lula tinha 38%. O tucano Fernando Henrique Cardoso tinha ainda menos, só 30%.
Mesmo no segundo mandato, Lula tinha 55% de aprovação com um ano e três meses de governo. Ou seja, nove pontos menos que Dilma.
A alta da petista foi em quase todas as faixas de renda, idade e escolaridade.
Grupos socioeconômicos nos quais Dilma não ia tão bem agora mostraram forte reação. É o caso dos brasileiros com renda familiar acima de dez salários mínimos -4% da população. A petista subiu 17 pontos nesse grupo, passando de 53% para 70%.
Outra alta significativa foi entre a população mais pobre, com renda até dois mínimos por mês -uma massa de 48% dos brasileiros. Nesse grupo, Dilma saiu de 59% para 64% de aprovação.
O atual levantamento foi feito já sob o impacto da queda da taxa de juros de bancos e da redução da taxa básica de juros do país, que passou de 9,75% para 9% na quarta.
A aprovação pessoal da presidente também evoluiu. Para 68%, o desempenho de Dilma é ótimo ou bom; 25% dizem que é regular; 4% avaliam como ruim ou péssimo.

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Dilma atinge recorde de popularidade e Folha quer tirá-la da disputa em 2014

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