SARAIVA 13
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- Adeus, Demóstenes
- DEMÓSTENES TORRES CASSADO POR 56 A19 VOTOS
- Está chegando ao fim a farsa de Demóstenes?
- Charge do Bessinha
- #RedePT13 - Padilha
- Jornal mineiro censura coluna de Fátima Oliveira sobre Patrus Ananias
- Bomba: Veja engavetou entrevista com Arruda para proteger Demóstenes
Posted: 11 Jul 2012 09:38 AM PDT
56 SIM
19 NÃO
5 ABSTENÇÕES
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Posted: 11 Jul 2012 09:29 AM PDT
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Posted: 11 Jul 2012 07:36 AM PDT
Quando o plenário do Senado Federal se reunir na tarde desta quarta-feira para decidir o destino do senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM), estará chegando ao fim — ou não — uma das maiores farsas já vistas no Parlamento brasileiro.
Tudo indica que o antigo queridinho da imprensa de Brasília, apresentado ao País como o denunciador-geral da República, o último dos honestos, terá seu mandato cassado pelo conjunto da obra, revelada após a prisão do seu amigo e parceiro Carlinhos Cachoeira, mas ninguém pode garantir esse desfecho porque o voto é secreto.
Enquete publicada na edição da Folha de terça-feira informa que 52 dos 81 senadores declararam que vão votar pela cassação de Demóstenes (bastam 41 para que perca o mandato).
O próprio jornal, porém, lembra que, em 2007, 43 senadores também haviam se manifestado numa enquete a favor da cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber uma espécie de ajuda de custo de uma empreiteira, mas na hora do vamos ver apenas 35 confirmaram o voto.
Um deles foi justamente Demóstenes Torres, que fez questão de abrir seu voto com pompa e circustância: "Vou votar da mesma forma que votei da outra vez, pela perda do mandato do senador Renan. Se não serve para ser presidente, não serve para ser senador", pontificou na tribuna, no dia 5 de dezembro de 2007.
Agora, nas voltas que a vida dá, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, ameaça ir ao Supremo Tribunal Federal se algum senador abrir seu voto amanhã.
Pois é exatamente isso que o País espera dos seus representantes: que cada um revele como votou e dê seus motivos. Se, por acaso, Demóstenes for absolvido, e a farsa não chegar ao fim, os eleitores têm o direito de saber quem foi responsável pela desmoralização do Senado Federal.
Por confiar nos milagres do voto secreto, Demóstenes cumpriu sua promessa de ir à tribuna todos os dias, mesmo falando para ninguém no plenário, como aconteceu mais uma vez na segunda-feira.
Cada dia mais patético, o senador goiano nem piscou ao proclamar sua inocência, contra todas as provas e evidências das suas relações especiais com o "empresário de jogos" Carlinhos Cachoeira, de quem foi acusado de ser "despachante de luxo". Naquele que pode ter sido um dos seus últimos atos como senador, Demóstenes teve a coragem de dizer:
"E a verdade é que não quebrei o decoro parlamentar, não cometi ilegalidades, não menti em discurso no plenário do Senado, não percebi vantagem indevida, não pratiquei irregularidades, não me envolvi em qualquer crime ou contravenção, não conhecia as atividades de Carlinhos Cachoeira investigadas pela Operação Monte Carlo".
Só faltou dizer que, ao contrário do que todos pensam, o Demóstenes Torres de quem tanto falam não é ele. Se o ainda senador acredita mesmo no que está dizendo, seu caso é bem mais grave do que se imaginava quando acumulou por muito tempo os papéis de baluarte no combate à corrupção e a de interlocutor preferencial de Carlinhos Cachoeira no Congresso Nacional, sem que ninguém da imprensa desconfiasse.
Como grande ator, o nosso inverossímil personagem conseguiu representar ao mesmo tempo o protagonista e o antagonista de uma farsa que nem os melhores autores de ficção seriam capazes de criar.
Após as últimas cenas em que falou sozinho na tribuna, indiferente ao desprezo dos antigos colegas e dos seus admiradores na imprensa, o nome da peça poderia ser algo na linha "O Grande Cara de Pau".
Ricardo KotschoNo Viomundo
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Posted: 11 Jul 2012 07:01 AM PDT
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Posted: 11 Jul 2012 06:14 AM PDT
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Posted: 11 Jul 2012 04:16 AM PDT
Beagá merece Patrus mais uma vez: o que é bom vale repetir
por Fátima Oliveira
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br
Patrus é um prefeito inesquecível no imaginário popular belo-horizontino. É raro o dia em que alguém não fale "No tempo do Patrus"… "Se fosse Patrus o prefeito"… Conversas num pronto-socorro entupido de gente em macas dias e dias a espera de um leito que teima em não aparecer…
O que povo fala sobre Patrus prefeito, do que significou e fez diferença em suas vidas, evidencia que ele "carrega o selo de mito fundador, com poder de convencimento político que ainda arrebata corações e mentes" e também revela um capital político inconteste daquele que foi considerado o melhor gestor do SUS no Brasil, pois reformatou a atenção à saúde em Beagá de tal modo que a incompetência e o descompromisso de alguns que vieram depois não conseguiram destruir os alicerces da atenção à saúde estabelecida na gestão Patrus: o lastro do acesso universal como direito.
Eu disse em "Memória, compromisso e via-crúcis: do 'Resgate' ao Samu" que Patrus é pai do Resgate e avô do Samu. "Lembra do 'Resgate'? Vou contar. É de onde foi parido o Samu 192 (marca Governo Lula, 2003). Lembra de Belo Horizonte sem 'Resgate'? Nem vale a pena.
Em 1995, o prefeito Patrus Ananias, do alto de sua incomensurável sensatez humanista, entendeu que uma cidade do porte da nossa não poderia prescindir de um serviço público móvel para as urgências médicas e depender apenas do trabalho abnegado do Corpo de Bombeiros. Era convicto que a ressurreição da atenção digna à saúde exigia desatar aquele nó. Foi uma sacada de mestre! E colocou gente para correr atrás, ver experiências mundiais. Não ficou contando tostão por tostão. Decidiu ter uma política assim, custasse o que custasse". Assim nasceu o Resgate: "ideia pioneira no Brasil, modelo para o Samu 192 em âmbito nacional". (TEMPO, 02.03.2010).
Escrevi em "Equidade para as duas Beagás: mais para quem precisa de mais" que "Sabemos que ser belo-horizontino é um estado mental" e filosofava: "Nada mais instigante do que as eleições municipais para desencadear em mim o pensar e pensar. Porém, o caráter sui generis de alguns fatos da política mineira desafiam meus neurônios. Que bicho surgirá do cruzamento do 'jeito petista de governar' com o 'choque de gestão'? Como duas vias tão díspares de administrar bens públicos poderão ampliar a cidadania? Quando da escolha de um prefeito ou uma prefeita, o que faz sentido é indagar o que queremos da futura administração da cidade". (O TEMPO, em 16.09 2008).
Mas "Aécio e Pimentel queriam apoiar um candidato que aprofundasse a relação entre a prefeitura e o governo estadual. 'O objetivo era dar um caráter mais técnico e profissional'", disse em recente entrevista o atual prefeito (O TEMPO, 07.07.2012). Entenderam agora por que votei nulo? Ai, meus sais! E desde quando ser prefeito é isso?
Escrevi em 2008, mas vale para 2012: "Digo, com esperanças renovadas, que a gestão Patrus demonstrou em palavras e atos que priorizava a busca de soluções para os problemas mais prementes da cidade, em áreas nas quais as políticas sociais fazem a diferença, notadamente na educação, saúde, saneamento básico, habitação e alimentação dignas e saudáveis. Sobretudo, comprometida com as duas Beagás, considerando que o caminho da cidadania implicava em diminuir o fosso que separa uma da outra, adotando a equidade: mais para quem precisa mais".
A manchete "Patrus Ananias dá novo rumo à eleição em BH" primou pela precisão, pois o que Beagá precisa é de mais uma dose de Patrus. Vale repetir!
NOTA DA AUTORA:
Artigo enviado ao jornal OTEMPO para publicação em minha coluna semanal na página de Opinião às terças, e não publicado!
Às 11:41, de 10/07, encontrei no jornal impresso, no espaço destinado à minha coluna (OPINIÃO, página 20): "A médica Fátima Oliveira deixa de escrever hoje, excepcionalmente, neste espaço".
Escrevo em O TEMPO, semanalmente, desde 02 de abril de 2002, a minha primeira crônica foi "Muito prazer";
1. Já tive uma crônica censurada, porém considerei que os argumentos eram pertinentes e protetores, pois realmente escrevi algo que daria um processo que de certeza eu perderia na Justiça: eram opiniões pessoais minhas sobre uma figura forte do governo Aécio, na qual nenhuma pessoa votou, com poder de mando em tudo;
2. Uma crônica foi rejeitada sob o argumento que o jornal tem por princípio não publicar defesas de "luta armada" (eu não sabia, mas respeitei o princípio), a referida crônica originalmente intitulada: "Expropriar bens surrupiados é ato político de justiça de classe" foi publicado no VIOMUNDO: Fátima Oliveira e a campanha insidiosa, em 18.10.2010.
3. Hoje não foi publicada uma crônica na qual declaro voto a Patrus Ananias (Beagá merece Patrus mais uma vez: o que é bom vale repetir), num escrito em que cerca de 90% já foi publicado em O TEMPO em outros artigos que mencionei no texto atual.
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Posted: 11 Jul 2012 03:57 AM PDT
Foto: Edição/247
Grampo revela parceria entre a revista, o bicheiro Cachoeira e o senador Demóstenes; "O Policarpo ajudou", disse Cachoeira; ex-governador do DF, José Roberto Arruda, falou a Veja em setembro de 2010, às vésperas da eleição presidencial, e acusou Demóstenes de lhe pedir favores; nada foi publicado
247 – Em setembro de 2010, José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, que havia perdido o mandato no início do mesmo ano, foi procurado pela revista Veja. A publicação, da Editora Abril, prometia uma reportagem de capa, se Arruda decidisse quebrar o silêncio sobre sua queda. Para a missão, Veja escalou o repórter Diego Escosteguy. Surpreendentemente, Veja engavetou uma entrevista bombástica, que era cobiçada pela imprensa inteira.
Por quê? Qual o motivo para desprezar um furo jornalístico tão relevante?
A resposta está num grampo da Operação Vegas, revelado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada (leia mais aqui). Eis a transcrição da conversa, que foi captada no dia 20 de março de 2011, quando a entrevista foi publicada por Época, levada pelo próprio Escosteguy, que, desiludido, saiu da revista Veja:
Cachoeira – Fala doutor, não falou nada, não?
Demóstenes – Não, tenho que analisar com isso aí o que é que faz. Vamos pensar, amanhã você tá aí?
Cachoeira – Tô, precisava falar com você, o Chiquinho achou ruim, não me atendeu mais não.
Demóstenes – Fez bem. Chegar o porrete nele mesmo, sujeito safado.
Cachoeira – Tô pensando de ele fazer alguma coisa.
Demóstenes – Não, eu falei pra ele, nada, eu falei é a verdade, não tem nada de mentira não. Tá tudo certo.
Cachoeria – Esse trem do Arruda aí... Você leu a reportagem? O Diego Escosteguy trabalhava na Veja, fez a reportagem em setembro, a Veja não publicou, pediu que queria soltar agora, ele pegou e soltou. Mas você viu que na Época ele deu uma recuada, né?
Demóstenes – Aquilo, se sai em setembro, ia fuder com meio mundo, né.
Cachoeira – É, mas eu vi um negócio, o Policarpo ajudou também, viu. Ia fuder mesmo. Mas você viu que ele ficou com medo e recuou. Tenho certeza que ele recuou foi por causa do seu nome.
Demóstenes – É, sujeito à toa. Vamos ver o que a gente vai fazer.
Cachoeira – Fosse você não fazia nada não. Deixa esse homem pra lá, tá mais do que na cara, isso é retaliação dele, você bateu tanto nele. Tem que virar as costas pra isso aí.
O que havia de tão constrangedor nesta entrevista?
Havia uma acusação de José Roberto Arruda contra Demóstenes Torres. Arruda disse ter sido perseguido por Demóstenes, embora ambos fossem do mesmo partido, porque o senador goiano tentou emplacar, como fornecedora do governo do Distrito Federal, uma determinada empresa.
A quem era ligada esta empresa?
Obviamente, a Carlos Cachoeira.
E, neste caso, não era a Delta.
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Francisco Almeida / (91)81003406
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