domingo, 8 de julho de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 08 Jul 2012 04:58 PM PDT
Peça sobre o enterro de Ruy Carlos, morto na Ditadura Enviado por luisnassif O "enterro" de Ruy Carlos Vieira Berbert Cena 1: o começo ou sepultamento inusitado Segunda-feira, 18 de maio de 1992. Em Jales, a 600 quilômetros de São Paulo, um caixão fechado é velado na Câmara Municipal. Foi decretado feriado, a cidade inteira está parada. A Câmara está lotada. Presentes crianças e adolescentes, gente de todas as idades. É um dia de sol muito quente, daqueles que nem ferro de marcar. Após o velório, um cortejo segue a pé até o cemitério. Depois de anos de busca do filho desaparecido, Ruy Thales consegue enterrá-lo. O caixão é finalmente depositado no jazigo da família Berbert. Dentro dele, porém, não havia um corpo. Nem restos mortais. Apenas um terno completo e os sapatos de Ruy Carlos Vieira Berbert, desaparecido desde 1972. Objetos que haviam permanecido até então intocados em seu quarto, para "caso ele voltasse". Antes do início das cerimônias, Ruy Thales, o pai, chamou Amélia Teles em casa para tomar um café. Ela estava em Jales representando a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. "Ele havia me chamado para o enterro, mas eu sabia que os restos mortais não haviam sido encontrados. Aceitei o convite e não perguntei nada. Ele também não me disse nada". Depois do café, o conteúdo do caixão foi revelado. Naquele dia, Amélia foi cúmplice de Ruy Thales. Ninguém, além dos dois, sabia que o ataúde estava praticamente vazio. O pai já estava bastante idoso, e, prevendo que morreria logo, quis enterrar o filho. Mesmo sem ter um corpo. No fim do dia, depois do ato na Câmara e do enterro, deu um jantar para 80 pessoas. "Era uma mesa enorme, parecia um banquete", conta Amélia. O pai de Berbert morreu pouco tempo depois. Mas conseguiu enterrar seu filho. Cena 2: Ruy Carlos Vieira Berbert, presente! O ritual foi a forma encontrada pela família Berbert para acabar com a espera. A maneira de encerrar o luto que já durava 20 anos. Estavam se libertando de um fantasma que, até hoje, assombra a vida de famílias inteiras: filhos, pais, mães e irmãos. Hoje, no Brasil, ainda são 144 os desaparecidos políticos. "Não pode haver aceitação da ideia de que ainda existem mais de 140 brasileiros que muitos vivos sabem onde estão seus corpos ou como seus corpos deixaram de existir", afirma Paulo Vannuchi, à frente da Secretaria Especial de Direitos Humanos desde o final de 2005. O caso de Ruy Carlos Vieira Berbert é emblemático. Nascido em Regente Feijó, no interior paulista, em 1947, veio para São Paulo tentar o vestibular da USP. Passou em letras, começou o curso e se tornou militante no movimento estudantil. Mais tarde, passou à luta armada. Em 1969, viajou, pela ALN – Ação Libertadora Nacional, organização de maior expressão no cenário da guerrilha urbana, nascida como dissidência do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e que teve Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira como dirigentes –, para Cuba, de onde retornou como militante do Molipo – Movimento de Libertação Popular, surgido a partir de um racha da própria ALN. A maioria dos que voltavam do treinamento na ilha socialista já chegava ao Brasil "queimada" e procuradíssima pela repressão. Quando os serviços de informação da ditadura souberam que os integrantes do Molipo estavam se espalhando de forma clandestina para dentro do país, o governo baixou uma ordem exigindo a prisão de todo e qualquer estranho recém-chegado às cidades do interior. O turista relâmpago Na virada de 1971 para 1972, Berbert instalou-se em Natividade (na época, em Goiás, hoje, no Tocantins), em uma pequena pensão. No dia seguinte, foi preso enquanto conversava tranquilamente na calçada com a filha do dono do estabelecimento. A delegacia da cidade era bem antiga. Suas celas possuíam amplas janelas gradeadas que davam para a praça principal. Da janela, o preso conversava com as pessoas que por ali passavam. Em algumas horas, o militante tornou-se celebridade, quase uma atração turística. Ficou conhecido. Dois ou três dias após sua prisão, baixou em Natividade "o pessoal de São Paulo", como eram chamados os agentes do DOI-Codi. Nesse mesmo dia, Berbert apareceu enforcado em sua cela. A versão oficial: suicídio. No dia seguinte, um grande proprietário de terras da região, não muito querido pela população local, também morreu. Os dois corpos partiram em cortejo rumo ao cemitério, seguidos por boa parte dos habitantes daquela cidade. Os agentes da repressão acreditavam que era por conta da morte do latifundiário, mas as pessoas estavam seguindo Berbert, o turista relâmpago, que, embora tivesse ficado tão pouco tempo na cidade, angariou simpatia e admiração, e que, do mesmo jeito que chegou, foi-se embora num piscar de olhos. Enterraram o latifundiário na ala "dos ricos" do cemitério, e o militante, numa vala comum, junto aos indigentes. A família Berbert passou a ter informações sobre o filho somente através de notícias de jornal. Em 1979, um general ligado ao aparelho repressivo admitiu sua morte em entrevista concedida à Folha de S. Paulo. Na ocasião, dona Ottília, mãe de Ruy Carlos, disse ao grupo Tortura Nunca Mais que gostaria de mostrar a luta constante pela qual passaram, na busca incerta da solução de um passado certo: "Apesar dos fatos comprovarem a quase certeza de sua morte, nós vivemos mais de uma década com a esperança e o sonho de vê-lo novamente". Corpo que não era corpo Apenas em 1991 começaram a obter dados mais concretos. Um atestado de óbito com o nome de João Silvino Lopes foi entregue à Comissão 261/90 da Prefeitura de São Paulo, criada no mandato da prefeita Luiza Erundina, para acompanhar a identificação das 1.049 ossadas encontradas na vala clandestina do cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus. Segundo a versão oficial, Lopes havia se suicidado em 2 de janeiro de 1972, em Natividade. Embora pudesse ser um militante político, seu nome não constava na lista de desaparecidos. Só um ano mais tarde, em 1992, quando os familiares dos mortos e desaparecidos tiveram acesso aos arquivos do Dops, foi encontrada uma relação elaborada a pedido de Romeu Tuma, diretor da unidade paulista do órgão entre 1977 e 1982. Nela, estava o nome de Ruy Carlos Vieira Berbert com as seguintes observações: preso em Natividade, suicidou-se na Delegacia de Polícia, em 2 de janeiro de 1972. Concluiu-se que João Silvino Lopes era o nome com que fora enterrado Ruy Carlos Vieira Berbert. Tendo-se como base esse mesmo documento, foi possível saber que seu corpo estava no cemitério de Natividade, mas não em qual local exatamente. Para exumá-lo e fazer a posterior identificação, seria preciso escavar o cemitério inteiro. Membros da Comissão 261/90 explicaram a situação à família Berbert, que, resignada, se contentou com um atestado de óbito, concordando em não fazer a exumação praticamente impossível. O corpo permaneceu no local, mas um enterro simbólico foi realizado na cidade onde seus pais moravam. Naquele dia, quem passou pela Câmara Municipal de Jales prestou homenagens frente ao caixão vazio de corpo, mas repleto de símbolos. Velaram um corpo que não era corpo, que não sabiam que não era corpo, mas que reverenciavam e o fariam ainda que o soubessem. No cemitério, colocaram a bandeira a meio-pau e cantaram o hino nacional. Tudo isso para o homem que não estava lá. Fonte:Luis Nassif online.
Posted: 08 Jul 2012 01:30 PM PDT

#GloboFail: Replay do UFC narrado "ao vivo" por Galvão Bueno vira piada no twitter

Ontem de madrugada ao abrir o twitter vi quase toda a minha Time Line comemorando a vitória de Anderson Silva, mas a TV Globo ainda anunciava a transmissão da luta para daqui a pouco.

Só depois de quase 1 hora Galvão Bueno iniciou a transmissão do replay sem que fosse registrado que a luta já havia se encerrado. Ao contrário, o narrador teve o desplante de mandar um "voltamos ao vivo", como se tudo acontecesse em tempo real.

Acompanhar a trollagem pelo twitter passou a ser muito mais interessante do que assistir a luta. Internautas utilizaram o #GloboFail e o #aovivonaglobo para ironizar a picaretagem. Fatos históricos passaram a ser citados como se estivessem sendo transmitidos ao vivo na TV. Entre eles, a chegada do homem à lua e a queda do muro de Berlim.

A piada mais recorrente, porém, era de que o brasileiro Anderson Silva já estava em casa assistindo "ao vivo" a transmissão de sua vitória com a narração de Galvão Bueno.

O episódio seria apenas cômico se não fosse ilustrativo do nível em que chegou a TV brasileira. A Globo usa recorrentemente de mentiras para ludibriar seus telespectadores e o faz achando que ainda estamos nos anos 80, 90, quando a internet era coisa de cientistas.

Mas o mundo mudou bastante no que diz respeito ao acesso à informação.

Ao abrir o twitter hoje pela manhã vi que no TT Brasil o termo que liderava era o #ChupaSonnen, nome do americano falastrão derrotado por Anderson Silva. E o segundo era #GloboFail. Isso no momento em que acontecia a transmissão ao vivo da prova de F1, em Silverstone.

Ou seja, ao fim e ao cabo um evento bobo como o UFC acaba sendo importante para ajudar a desmascarar a forma como essa emissora lida com seus telespectadores.

Mas há algo que precisa ser dito. Se a Globo é picareta, Galvão Bueno consegue ser ainda pior. Soltar um "voltamos ao vivo" em transmissão de replay é ir além. Se ficasse quieto o narrador ainda poderia alegar que fez seu trabalho e que a emissora era a responsável pela tentativa de ilusionismo comunicativo. Mas que nada, ele quis ser sócio da farsa.

Assista ao vídeo de um internauta que gravou a luta antes de ela ir ao ar, "ao vivo", pela Globo:



Posted: 08 Jul 2012 04:15 AM PDT

Posted: 08 Jul 2012 04:14 AM PDT


Vem aí a videoteca de Cachoeira
Foto: Reprodução

Na prisão de Adriano Aprígio, cunhado do bicheiro, PF apreendeu DVS, CDs, disquetes e pen drives

247 – Muita gente deve estar perdendo o sono desde a prisão de Adriano Aprígio, cunhado do bicheiro Carlos Cachoeira. Na ação, agentes da Polícia Federal apreenderam também CDs, DVDs e pen drives. Era com ele que, supostamente, estavam os vídeos produzidos por Cachoeira nos últimos anos. Leia, abaixo, reportagem do jornal O Popular:
Empresário seria laranja do grupo
O empresário Adriano Aprígio de Souza aparece nas investigações da Operação Monte Carlo como um dos principais laranjas de Carlinhos Cachoeira, seu ex-cunhado. Além disso, importantes provas teriam sido apreendidas em seu apartamento, em Anápolis, quando a Operação Monte Carlo se tornou pública, no dia 29 de fevereiro.
Além de inúmeros discos rígidos de computador, cheques e escrituras, a Polícia Federal encontrou na residência uma caixa branca com dvds, cds, disquetes e pen drives nos quais estariam vídeos como o que aparece o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), conversando com Cachoeira. Também foram apreendidos extratos com movimentações financeiras.
Um dos sócios da Vitapan Indústria Farmacêutica, ao lado da irmã e ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio de Souza, Adriano teria em seu nome imóveis e empresas que pertenceriam, na verdade, ao empresário. A própria Vitapan, segundo a PF, seria de Cachoeira. Em uma conversa interceptada pela PF em maio do ano passado, Cachoeira comenta com a atual esposa, Andressa Mendonça, que todos seus bens estão em nome de Adriano. Na época, o ex-cunhado ameaçava se separar da esposa e Cachoeira temia que seus bens fossem parar em nome dela.
Posted: 08 Jul 2012 04:21 AM PDT



Fonte: Blog O Terror do Nordeste
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Francisco Almeida / (91)81003406

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