terça-feira, 3 de julho de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 03 Jul 2012 04:13 PM PDT



FHC, além de ter passado vários anos levando sermão de Bill Pinto, cagava-se de medo de Bin Laden.



Documentos inéditos produzidos pelo serviço de inteligência do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) revelam que o Brasil suspeitou da existência de atividades terroristas na região da Tríplice Fronteira com a Argentina e o Paraguai.

Citam ainda o risco de o terrorista Osama bin Laden atacar em território nacional --três anos antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 que tornaram o saudita o inimigo número 1 do Ocidente.


Os relatórios abertos ontem à consulta no Arquivo Nacional a partir da Lei de Acesso à Informação, em Brasília, contradizem a posição oficial do Brasil, que sempre negou possuir indícios da atuação terrorista na área.


O governo dizia que as suspeitas sobre a região eram uma "satanização" difundida pelos governos dos Estados Unidos e de Israel. A área tem uma grande presença árabe, em especial libanesa.


Relatório feito em 1999 por agentes da sucessora do SNI, a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), vinculada à Presidência, aborda uma suposta reestruturação na atuação do Hizbollah, grupo extremista xiita libanês.


É citada reunião do Hizbollah em 1999 em Ciudad del Este (Paraguai) que, segundo os arapongas, reuniu integrantes do grupo e um enviado da direção da organização.


"Brasil e Paraguai assumiram especial relevância, passaram a servir de base para combatentes que elegeriam alvos, especialmente na Argentina e no Uruguai", afirma o documento.


Em outro trecho, a SAE diz que as atividades estão centralizadas em Ciudad del Este e em São Paulo, e levanta a possibilidade de uma ação "conjunta com grupos radicais de origem egípcia, que têm presença na fronteira do Brasil com o Uruguai".


Três anos antes, em 1996, a SAE falava em bases do Hizbollah em pelo menos cinco cidades brasileiras: Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná, Ponta Porã (MS), Tabatinga (AM) e São Paulo.


Em 1998, a inteligência argentina informou a brasileira estar investigando com americanos a possibilidade de o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994, ter sido planejado em uma base localizada no Brasil.


O ataque matou 85 pessoas e é considerado o pior do gênero no Cone Sul. Promotores argentinos acusam o Irã de ter planejado o atentado, utilizando o Hizbollah, a quem arma e protege, como o executor. O governo iraniano e o grupo negam.


No mesmo ano de 1998 um documento cita Bin Laden, que havia acabado de atacar embaixadas americanas na África e ter sido alvo de bombardeios de retaliação contra seus campos de treinamento no Afeganistão, ainda dominado pelo grupo Taleban.


O cenário, disseram os arapongas, levantava "a hipótese de ocorrerem atentados no território brasileiro, bem como na América do Sul".


Há ainda documentos que registram indícios de atuação de integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia no país. Segundo os textos, há indícios de que membros das Farc faziam tráfico de drogas no Brasil.Uol.
Posted: 03 Jul 2012 03:57 PM PDT

Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às 11:09 0 comentários Links para esta postagem

Do Blog APOSENTADO INVOCADO.
Posted: 03 Jul 2012 03:53 PM PDT
Na mesma edição em que o programa Fantástico exibiu uma entrevista exclusiva com a mulher de Carlinhos Cachoeira, no último domingo, a produção da TV Globo conseguiu um vídeo de 2004 gravado pelo bicheiro, onde o então candidato a prefeito de Palmas, no Tocantins, Raul Filho (PT), caiu na arapuca de Cachoeira, quando buscava doações para campanha eleitoral.Segundo o Fantástico...
Leia a matéria completa aqui
Posted: 03 Jul 2012 02:25 PM PDT
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (03), na coluna Conversa com a Presidenta, que o acesso dos cidadãos à informação é um dos grandes avanços da democracia brasileira. Ao responder pergunta da aposentada Glória de Souza, de Fortaleza (CE), sobre como solicitar informações do governo, Dilma explicou que com a Lei de Acesso à Informação qualquer cidadão brasileiro pode solicitar informações usando a internet ou se dirigindo pessoalmente ao órgão público de interesse.
Para atendimento presencial, todos os órgãos públicos federais instalaram o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC). Já pela internet, a solicitação pode ser feita por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), no endereço www.acessoainformacao.gov.br/sistema/.
"A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) determinou que o acesso agora é a regra e o sigilo passou a ser a exceção. E nenhum cidadão precisa explicar os motivos da solicitação para que a informação seja prestada. Esse atendimento é o que a Lei denomina transparência passiva. Mas há também a transparência ativa, que é a divulgação espontânea de informações de interesse geral da sociedade, principalmente por meio da internet, o que também já está sendo feito. O acesso da população à informação pública é um dos grandes avanços da democracia brasileira".
Na coluna, Dilma também tratou do Bolsa Família. Ela disse que as avaliações do programa mostram que o benefício realmente chega aos que mais precisam e não desestimula o trabalho. Ao responder pergunta da secretária Maria de Fátima Silva, moradora de São Paulo, a presidenta informou que mais de 70% dos adultos que recebem o benefício trabalham, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A lista dos beneficiários é pública e suas informações são fiscalizadas e atualizadas a cada dois anos.
"É importante esclarecer que os beneficiários do Bolsa Família trabalham tanto quanto quem não está no programa. Mesmo assim, recebem pouco e precisam do auxílio. Também é preciso lembrar que a maior parte dos beneficiários tem menos de 18 anos e, por sua idade, devem estudar, e não trabalhar. O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do mundo, é reconhecido internacionalmente e serve de modelo a outros países que querem acabar com a pobreza", destacou.
Dilma respondeu, ainda, pergunta do cirurgião-dentista Ycaro Kallyo Rangel Lopes, morador de Caicó (RN), sobre programa governamental que subsidie o consumidor residencial que queira investir em energia solar para consumo próprio. A presidenta explicou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou, em abril, a Resolução Normativa nº 482/2012, que permite ao consumidor que tiver excedente de geração, por usar fontes próprias de energia, acumular créditos em energia para descontar da conta de luz.
As distribuidoras de energia, ressaltou, terão oito meses para se adaptar e, a partir de 2013, o consumidor interessado em aderir ao sistema de compensação poderá procurar a concessionária de seu município.
"O Brasil aposta em um modelo de crescimento econômico baseado em energia limpa e renovável, com inclusão social. Atualmente, 45% da nossa energia é renovável, incluindo a que move automóveis e máquinas, enquanto a média internacional é 13%. Na geração de eletricidade, nossa média sobe para 86%".

Posted: 03 Jul 2012 01:05 PM PDT


Do a Blog DoLaDoDeLa- 3/2/2012





Só os desavisados foram tomados de surpresa. Os resultados do censo do IBGE sobre religião eram esperados. Ainda mais. São absolutamente compreensíveis.

A sociedade brasileira é individualista. As pessoas possuem uma grande vocação para a liberdade pessoal. Gostam de viver. Conhecer novas experiências. Detestam ser sufocadas.
Durante séculos o catolicismo colocou-se como religião oficial e, portanto, dominante. Nada desgasta mais uma crença que o oficialismo. Fragiliza os seus adeptos. Leva os vícios do Estado para o campo religioso.

A par desta simples constatação, deve-se analisar o panorama religioso brasileiro através dos séculos. A religião, no vasto território nacional, exercia-se a partir de beatos, rezadores e sacristãos.
Os sacerdotes eram raros. Localizavam-se particularmente nas cidades situadas nas bordas do Atlântico. Esta ausência de quadros religiosos regulares deu origem a uma religiosidade popular.
Esta sempre dominou a mente da população. É só recolher os exemplos de Canudos e do Contestado. Ambos os movimentos, deflagrados após a proclamação da República, contavam com beatos em sua liderança.
Sempre foi assim. O catolicismo, no Brasil, tinha presença marcante, com seu formalismo, nos atos governamentais. O povo, em seus espaços, agia de acordo com suas tradições e rituais espontâneos.
Dominava as consciências das classes sociais economicamente superiores. Foi assim até o surgimento da Teologia da Libertação. A partir deste evento, passou a perder a confiança das classes médias urbanas.
A erosão foi inicialmente lenta. Acelerou-se com o passar do tempo e o aumento do grau de impulsividade dos púlpitos. O então chamado aggiornamento pode ser considerado um crepúsculo.
A par deste acontecimento, a chegada de formas recolhidas no hemisfério norte, para a pregação religiosa, rompeu definitivamente o arcabouço do catolicismo no Brasil.
O ritual evangélico é leve. Direto. Não há aulas de erudição desnecessárias. Vai direto ao assunto. Prega a prosperidade material. Aponta para a leitura da Bíblia sem intermediários.
O celebrante já não é titular do texto revelado. Qualquer pessoa pode atingi-lo sem a necessidade de alguém para auxiliá-lo na eventual interpretação.
Tudo se tornou dinâmico. A relação do homem com Deus imediata e direta. Romperam-se antigos preconceitos. Tornaram-se os crentes mais senhores de sua liberdade religiosa.
Os números do censo, pois, não surpreende. Os brasileiros foram impedidos de uma plena liberdade religiosa pelo oficialismo. Procuraram, porém, sempre resguardar a liberdade de crença.
A constituinte de 1823, abortada por D. Pedro I, é nítida expressão deste espírito de liberdade religiosa que impregna a sociedade nativa. Os constituintes debateram, à exaustão, a liberdade religiosa.
Desejavam que protestantes e judeus pudessem participar de seus cultos sem qualquer censura ou obstáculo. A liberdade religiosa foi tema constante nos trabalhos constituintes.
Desde então – o nascimento do Estado nacional – buscou-se preservar esta possibilidade de opção religiosa, apesar da monarquia ser oficialmente católica.

Hoje – com o rádio, a televisão e a internet – tornou-se impossível a preservação de uma só forma de pensar. Espontaneamente, surgiram as múltiplas maneiras de atingir a Deus.
Ou as formas de se manter agnóstico ou mesmo ateu.


Postado por celvio às 10:28 0 comentários Links para esta postagem

Também do Blog ContrapontoPIG.
Posted: 03 Jul 2012 12:59 PM PDT
Nesses tempos, em que a necessidade de um marco regulatório para o setor de comunicações "parece" estar sendo reconhecida até mesmo pelos atores que a ela sempre resistiram, é interessante acompanhar o que ocorre nos EUA. A propriedade cruzada é tema inescapável no debate sobre a regulação do setor.


Venício Lima


(*) Publicado originalmente no Observatório da Imprensa


O confronto emblemático em torno da legalidade de regras históricas da agência reguladora FCC (Federal Communications Commission), relativas à propriedade cruzada (cross ownership) dos meios de comunicação (jornais, emissoras de rádio e televisão) em mercados locais, teve seu lance mais recente na Suprema Corte dos Estados Unidos, na sexta feira (29/6).

Poderosos grupos de mídia como o Chicago Tribune, a Fox (News Corporation) e o Sinclair Broadcast Group (televisão), além da NAB (National Association of Broadcasters, a Abert de lá), mesmo quando favorecidos, têm reiteradas vezes contestado judicialmente decisões da FCC alegando que elas violam as garantias da Primeira Emenda da Constituição dos EUA – vale dizer, a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa.

Quando presidida pelo republicano Kevin Martin (2005-2009), a FCC tomou decisões – coincidentes com os interesses da grande mídia – que"flexibilizariam" normas restringindo a propriedade cruzada, em vigor (à época) há mais de 35 anos.

Organizações da sociedade civil que lutam contra a concentração da propriedade na mídia recorreram ao Tribunal Federal da Filadélfia (U.S. Court of Appeals for the Third Circuit) contra a decisão e venceram a ação.

Não houve julgamento do mérito e a alegação básica foi de que a FCC ignorou os procedimentos legais devidos e não ouviu os grupos contrários à decisão que estava sendo tomada [ver "Propriedade cruzada, lá e cá"].

Os grandes grupos de mídia apelaram, então, à Suprema Corte que, agora, ratificou a decisão do Tribunal da Filadélfia (ver aqui).

Revisão das regras



A decisão da Suprema Corte, coincidentemente, foi tomada quando a FCC está realizando audiências públicas para rever exatamente as regras sobre propriedade cruzada. Decisão legal determina que elas devam ser revisadas a cada quatro anos "para levar em conta as mudanças no ambiente competitivo". E tudo indica que haverá nova tentativa da agencia reguladora – outra vez, no interesse expresso dos grandes grupos de mídia – de "flexibilizar" as normas.


E no Brasil?



Registre-se, em primeiro lugar, que esse tipo de pauta não encontra espaço na cobertura jornalística da grande mídia brasileira. Nada encontrei sobre o assunto nos jornalões.

Aqui, como se sabe, não existe agência reguladora para a radiodifusão (nada sequer parecido com a FCC) e nem mesmo um órgão auxiliar do Congresso Nacional – o Conselho de Comunicação Social previsto no artigo 224 da CF88 – que poderia discutir (apenas, discutir) esse tipo de questão, funciona. Ademais, não há qualquer regra que regule e/ou limite diretamente a propriedade cruzada dos meios de comunicação. Ao contrário, nossos principais grupos de mídia, nacionais ou regionais, se consolidaram exatamente praticando a propriedade cruzada.

Recentemente tive a oportunidade de comentar a posição de grupos de mídia brasileiros que consideram o controle da propriedade cruzada superado pela "convergência de mídias", além de "ranço ideológico", "discurso radical que flertava com o autoritarismo", "impasse ultrapassado" e "visão retrógrada" [ver "Propriedade cruzada – Os interesse explicitados" e "Marco regulatório – Ainda a propriedade cruzada"].

Nesses tempos, em que a necessidade de um marco regulatório para o setor de comunicações "parece" estar sendo reconhecida até mesmo pelos atores que a ela sempre resistiram, é interessante acompanhar o que ocorre nos EUA. A propriedade cruzada é tema inescapável no debate sobre a regulação do setor.

Nos EUA, a Suprema Corte tem historicamente ficado do lado da diversidade e da pluralidade de vozes.

A ver.

Venício A. de Lima é jornalista, professor aposentado da UnB e autor de, entre outros livros, Política de Comunicações: um balanço dos Governos Lula (2003-2010). Editora Publisher Brasil, 2012.Agencia Carta Maior
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Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 03 Jul 2012 12:54 PM PDT
Primeiro presidente eleito pelo voto popular após a ditadura, Fernando Collor de Mello extinguiu o temido Serviço Nacional de Informação (SNI). Mas os militantes, partidos e organizações de esquerda continuaram a ser monitorados pelo órgão de inteligência criado em seu governo: a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), cujos documentos secretos foram disponibilizados para a consulta pública, nesta segunda (2).


Najla Passos


Brasília - Como ato contínuo à sua posse como o primeiro presidente eleito pelo voto popular após os 21 anos de ditadura, em 15 de março de 1990, Fernando Collor de Mello extinguiu o temido Serviço Nacional de Informação (SNI), o órgão de inteligência criado em 1964 pelo regime militar. Mas a medida não teve o efeito que os militantes pelas liberdades democráticas esperavam. Documentos secretos disponibilizados à consulta pública nesta segunda (2) comprovam que o monitoramento das ações da esquerda permaneceu como prática institucional no governo Collor, embora não tenha sido suficiente para impedir o impeachment dele, dois anos depois.


Os documentos fazem parte do acervo da também extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), responsável pelas ações de inteligência do governo brasileiro de 1990 até a criação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Foram disponibilizados à consulta pública por efeito da Lei de Acesso à Informação, em vigência desde 17 de maio deste ano. Ainda não estão completamente inseridos no sistema do Arquivo Nacional. Dos mais de 20 mil documentos produzidos pela SAE, poucos mais de 5 mil já encontram-se catalogados. Mas são suficientes para revelar que partidos de esquerda, movimentos sociais e sindicais continuaram na mira dos agentes secretos.


Em 1990, cada uma das atividades realizadas pelo então presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, merecia atenção especial dos arapongas do governo. Principal adversário de Collor na histórica eleição de 1989, Lula mantinha uma extensa agenda política para fortalecimento do partido nas eleições para governadores daquele ano. Além da sistemática oposição ao governo, desgastado desde seu início em função da adoção de planos econômicos que só aprofundavam as dificuldades enfrentadas pela população.


O lançamento do livro "Sem medo de ser feliz", do jornalista e assessor de campanha do Lula, Ricardo Kotsho, em 3 de maio de 1990, mereceu registro da SAE. A obsessão com as atividades de Lula e do PT era tão evidente que até mesmo a lista de assinantes do Boletim Nacional do PT foi objeto de interesse dos arapongas oficiais. Há farto material também com atualizações de endereço e ocupação dos seus principais dirigentes do partido. Além de análises da representatividade crescente da legenda que, conforme informavam os agentes da SAE, "dobrou sua bancada, passando de 16 para 36 parlamentares".

Os registros dão ampla importância ao encontro de Lula com o presidente do PDT, Leonel Brizola, em 7 maio de 1990, quando ambos ratificaram um pacto de não agressão entre os dois partidos. Indicam fatos corriqueiros como a participação de Lula na festa realizada em São Paulo, em 21 de dezembro de 1990, para arrecadar fundos para o PT. E informam que outras ocorreriam, na sequência, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a mesma finalidade.


Há documentos com referências às críticas feitas por Lula ao governo Collor na imprensa, nos seus discursos, nas suas visitas a outros países. "Em 23 de junho de 1990, o Presidente do PT, LILS desembarcou no AIC [Aeroporto Internacional de Cumbica], procedente da Europa, onde manteve contato com dirigentes da esquerda. Na ocasião, LILS criticou o presidente da república, acusando-o de estar cometendo os mesmos erros de governos anteriores para combater a inflação", diz um dos documentos.

As atividades do Governo Paralelo do PT, criado em 15 de julho daquele ano, para sistematizar a oposição à Collor, mereceram atenção especial até o fim do governo do ex-presidente. Há descrições minuciosas dos lançamentos dos programas do partido para a educação brasileira e para a reforma agrária, dentre outros. A reunião entre membros do Governo Paralelo com economistas cubanos, por exemplo, em 21 de setembro de 1990, deixou a SAE em alerta.


A arapongagem ilegal fica evidente em documento que revela o conteúdo de dois artigos de autoria de Lula, ainda inéditos, que teriam sido escritos para serem publicados no Boletim Nacional do PT. Segundo os agentes da SAE, em um dos artigos o então presidente do PT traçava um panorama do cenário político brasileiro pós-eleitoral. No outro, mostrava a insatisfação da população com os políticos que estavam no poder.


O delírio anticomunista comum aos agentes que integraram o SNI também mostra sinais de permanência. Em documento datado de 1991, os agentes da SAE informam sobre uma possível estratégia definida por setores mais radicais do PT e do PCdoB que, estarrecidos com a inércia que dominava os setores da esquerda convencional, haviam decidido apelar para a prática de atentados, inclusive contra o próprio presidente Collor, como forma de "despertar as forças populares".

As atividades da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e seus sindicatos filiados também mereceram interesse da espionagem produzida pelo governo Collor. Prova é o documento "Influência das organizações ideológicas na CUT", produzido pela SAE naquela mesmo ano de 1990, com a análise das tendências que compunham a central. "A CUT, braço sindical do PT, com representação em todos os estados da federação, está infiltrada por organizações comunistas de linha revolucionária que adotam uma conduta de confronto declarado ao governo. E dirigida por líderes radicais que defendem e incitam os movimentos reivindicatórios, utilizando-se da greve como principal instrumento de conscientização e demonstração de força do operariado, para construção de uma sociedade socialista", diz o documento . Agência CartaMaior
Posted: 03 Jul 2012 12:37 PM PDT

Do Blog Cidadania - 03/07/2012

Eduardo Guimarães
Quem exprimiu a premissa que intitula este texto, ainda que em outros termos, não foi qualquer um. Seu autor é o presidente do Equador, Rafael Correa. Foi dita em visita recente que o mandatário fez ao Brasil durante entrevista que concedeu ao jornalista Kennedy Alencar em programa que este mantém na televisão aberta.
Correa disse ainda mais. Afirmou que, ao deixar o poder, pretende se dedicar integralmente à missão de combater o que pode ser chamado de imperialismo midiático, ou seja, o massacre comunicacional que um reduzido contingente de impérios de comunicação produz ao esconder, minimizar, aumentar, distorcer ou inventar fatos, além de, não raro, censurar divergências.
A grande dificuldade que se apresenta hoje para acabar com a figura supranacional que é a do "dono" da comunicação (algumas dezenas de grupos empresariais, familiares ou não, que decidem o que a humanidade deve ou não saber) é a de que esses impérios absolutistas se escudam naquilo que mais ferem: a liberdade de expressão.
Para tanto, esses mega grupos empresariais espertalhões procuram manter viva uma situação que vigeu nos primórdios da imprensa, quando ela não tinha o poderio que tem hoje nas democracias e, assim, era o último bastião contra o despotismo de Estado.
Isso durou até que os setores beneficiários da concentração de renda em todo o mundo descobrissem que melhor do que mandar espancar ou assassinar jornalistas que quisessem questionar o poder econômico seria cooptá-los, assenhorando-se da propriedade da imprensa e convertendo-a em uma imensa indústria.
A possibilidade de censurar hoje uma imprensa que dispõe de inúmeras plataformas para difundir seu trabalho é praticamente nula não só nas democracias, mas, até, nas ditaduras. Na Primavera Árabe, as redes sociais mostraram que não é mais possível impedir o livre fluxo de informações, mesmo quando alguém tenta controlá-lo com mão-de-ferro.
Contudo, é evidente que a capacidade de comunicar depende da dimensão do aparato comunicacional. Como blogs ou perfis em redes sociais podem enfrentar impérios de comunicação que dispõem de TODAS as plataformas possíveis e imagináveis em termos de transmissão de informações?
O poder inaceitável que foi dado a esses impérios de comunicação, portanto, é o de hierarquizarem notícias, fatos e opiniões e até mesmo de escondê-los. E como não há meios de questionar em tom semelhante o que esses impérios dizem, pois mesmo quando usam concessões públicas simplesmente se negam a dar espaço até a autoridades, a inundação de suas teses sufoca qualquer divergência e pauta a agenda pública.
Agora mesmo, no Brasil, estamos vendo efeitos revoltantes do poder da mídia. Recentemente, dois ex-ministros do governo Dilma foram absolvidos nas investigações sobre denúncias da mídia de que foram alvos. Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, e Orlando Silva, ex-ministro do Esporte, foram derrubados sob denúncias de corrupção sem fundamento sólido.
No caso de Palocci, ainda havia um questionamento de fundo moral sobre ter se aproveitado (como tantos outros fizeram sem questionamento da mídia) do cargo de ministro da Fazenda para auferir lucros em negócios após deixar esse cargo, mas, no caso de Silva, não. Foi acusado por um meliante que, da época em que a mídia lhe conferiu credibilidade para cá, passou de acusador a réu.
Palocci, porém, teve a legalidade de seus negócios avalizada, ainda que restem os questionamentos morais. Todavia, para tais questionamentos se sustentarem eles teriam que ser feitos a todos os outros ex-ministros da Fazenda que enriqueceram muito mais do que ele após deixarem o cargo, sobretudo os ministros dos governos anteriores ao de Lula.
Já o caso de Orlando Silva é mais grave. Foi alvo de uma trama sórdida. A mídia transformou um bandido perigoso – por ter problemas mentais evidentes – em um "herói" em luta contra o poderoso vilão corrupto encastelado no poder em que o ex-ministro foi convertido. Esse golpe fez o governo Dilma cometer um de seus maiores erros: imolar um inocente sem razão plausível.
Quanto já custou ao país a politicalha partidarizada e os chiliques ideológicos dos seus impérios midiáticos locais? Ministérios foram paralisados, a agenda pública foi tumultuada por denúncias que eram marteladas diariamente até atingirem o objetivo político-ideológico de seus autores. E depois se descobre que não continham fundamento algum.
Políticas públicas deixam de ser ou são adotadas por pressão do imperialismo midiático. É a comunicação que permite aos Estados Unidos massacrarem mulheres, crianças e velhos de países longínquos "em nome da democracia" e que transforma a reação a esses massacres em "terrorismo". Tudo graças à interpretação que os impérios maléficos de comunicação dão aos fatos.
A fome, a miséria e a injustiça que ainda flagelam parte imensa da humanidade sustentam-se nas versões dos fatos que são contadas, na falta de pluralidade na comunicação.
Outro exemplo: no fim de semana passado estive em Juiz de Fora (MG) para receber uma homenagem de movimentos negros sobre a qual ainda vou escrever. O envolvimento deste blog com a luta dos negros por igualdade, no Brasil, mostra o descalabro que se abate sobre essa maioria da população exclusivamente por conta do imperialismo midiático, que tem cor.
Movimentos negros de todo país questionam a "invisibilidade" do negro na mídia, o fato de a televisão e a propaganda brasileiras terem um filtro "racial" que retém o negro e o mestiço em benefício da "raça pura", de ascendência indo-européia, que domina a imagem do povo brasileiro no exterior, fazendo com que pareça que é, predominantemente, branco.
O resultado do racismo midiático é o de que os negros adquirem uma imagem marginal à qual o mercado não quer se associar. A propaganda, assim, usa a maioria negra como exceção quando, na verdade, é regra. E usa a minoria branca como regra apesar de ser exceção.
Dessa forma, a discriminação racial praticada via sub-representação do negro na mídia produz miséria e injustiça social. Os negros ganham menos, estudam nas piores escolas, moram nos piores bairros, são alvos preferenciais da violência urbana, tratam-se nos piores hospitais etc., etc., etc. E quem produz esse estado de coisas é a comunicação.
E a política internacional? Um exemplo: ação integrada da mídia de vários países tenta legitimar um processo que depôs um governo, este sim, legitimamente eleito. E sem o mínimo processo legal e direito a defesa, em processo que durou algumas poucas horas.
E o que é pior: sabe-se que o risco de meia dúzia de grupos empresariais de comunicação encurralarem os governos dos países do Mercosul, não são desprezíveis. Só o que impede de verdade a capitulação, é a Argentina.
E ainda que na imprensa escrita se encontre uma ou outra manifestação lúcida sobre o golpe no Paraguai, na televisão o que predomina é o apoio a esse processo espúrio, antidemocrático e escandalosamente ameaçador à democracia na região.
Chega-se, enfim, ao cerne de tudo: a televisão. A dobradinha que faz certa imprensa escrita com a televisão é o que torna potente o partidarismo e o viés ideológico desses jornais, revistas e mega portais de internet. Como, não raro, imprensa escrita e eletrônica pertencem aos mesmos donos – que não enchem um restaurante –, não há debate de peso no país.
Ainda assim, dirão, a vontade eleitoral dos impérios de comunicação de países como os do Mercosul, por exemplo, vem sendo derrotada ano após ano. Sim, é verdade. Mas os países deixam de funcionar a contento porque esses impérios ainda conseguem paralisá-los com seus caprichos.
Alguns membros do governo Dilma desprovidos de visão histórica atribuem à tecnologia o poder de mudar essa situação insustentável. Por essa tese, a tecnologia aumentará ainda mais o poder de difusão de informações à revelia do que possam querer grandes grupos econômicos como os que controlam a grande mídia pátria.
Subestimam o poder econômico. As novas plataformas, o avanço da tecnologia que permite, cada vez mais, que um cidadão comum e independente como este que escreve difunda informação a milhares não mudam o fato de que quem tem mais dinheiro pode gerar tsunamis de informação que engolfam as marolinhas da blogosfera e das redes sociais.
Enquanto este e outros países em desenvolvimento conseguirem manter no poder governos que trabalhem para reduzir a miséria e a desigualdade, a educação poderá fazer com que o povo vá votando, cada vez mais, em causa própria. Todavia, as variáveis que podem reconduzir ao poder os que querem impedir que o povo desperte, são imensuráveis.
Uma crise econômica internacional que deprima a economia além do que estamos vendo pode pôr água no moinho da elite excludente, enganando a parcela ainda descomunal de incultos e desinformados que hoje só vota em causa própria por conta da percepção de que está ganhando. Se tal percepção mudar, o povo não terá capacidade para entender os fatos e, assim, será seduzido pelo discurso reacionário.
A versão da mídia sobre regulá-la equivaler a "censura", porém, é extremamente frágil. Bastaria um debate público com boa visibilidade para desmontá-la sumariamente. O brasileiro não sabe, por exemplo, como são as legislações sobre comunicação nos países desenvolvidos. Bastaria relatar.
O alerta do presidente Rafael Correa, portanto, bem que poderia gerar a criação de um organismo supranacional que trabalhe para desmontar a versão farsante sobre ser "censura" querer que os impérios midiáticos se tornem plurais. E que denuncie países como este, nos quais a comunicação é um latifúndio..
Posted: 03 Jul 2012 12:33 PM PDT

Posted: 03 Jul 2012 12:29 PM PDT


Schneider não pediu verba para creches, diz Haddad
02/07/2012
O candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, rebateu na noite desta segunda as declarações do candidato à vice-prefeito na chapa do tucano José Serra, Alexandre Schneider (PSD), de que teria procurado o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e solicitado verba para construção de creches na cidade e não teria sido atendido, quando Haddad ocupava o ministério.
"Em audiência em fevereiro do ano passado, Fernando Haddad, então ministro da Educação, recebeu Alexandre Schneider em seu gabinete e o orientou a cadastrar sua solicitação de recursos para os projetos de construção de creches no sistema eletrônico do ministério, o que não foi feito. Depois disso, não houve mais procura", diz nota de Haddad, divulgada na noite desta segunda.
O líder do PT na Câmara Municipal, Francisco Macena, também criticou as declarações do vice de José Serra: "É inacreditável que o vice do candidato José Serra, Alexandre Schneider, obrigue as mães e pais de São Paulo a solicitar vagas de creche por meio de sistema eletrônico, mas não consegue fazer o mesmo para obter os recursos federais para a construção de creches", disse o vereador, em nota à imprensa.
Do Blog Maria Frô.
Posted: 03 Jul 2012 12:21 PM PDT


A Televisa não apenas fez a campanha do Peña Nieto, como desconstruiu os adversários. Alguma novidade?

Ganó Enrique Peña Nieto; no habrá vuelta al pasado, asegura

El virtual ganador de las elecciones presidenciales sostuvo que no habrá regreso al pasado; subrayó además que, ante el crimen, "ni pacto ni tregua"
No post "E se derem um Golpe paraguaio – a Dilma terá como se defender" -, o Conversa Afiada publicou esta denúncia do inglês The Guardian:

Escándalo en los medios de comunicación mexicanos: una unidad secreta de Televisa promocionó al candidato del PRI

Según unos documentos vistos por the Guardian, la cadena de medios encargó videos para desacreditar a los rivales del candidato que es ahora el favorito para ganar la carrera por la Presidencia del domingo
Según unos documentos vistos por the Guardian y gente familiarizada con el operativo, una unidad secreta de la cadena de televisión dominante en México, estableció y financió una campaña para que el candidato favorito, Enrique Peña Nieto, ganase las elecciones presidenciales.
Las nuevas revelaciones de la falta de objetividad de Televisa, la cadena de medios más grande del mundo en lengua española, cuestionan la afirmación de ser políticamente imparciales hecha por la compañía así co mo las insistencia de Peña Nieto de no haberse beneficiado de una relación especial con Televisa.
La unidad, apodada "el equipo Handcock" lo que según las fuentes era un nombre en código para el político y sus aliados, encargó videos promocionales sobre el candidato y su partido, el PRI, que a la vez desacreditaban a los rivales del partido en el 2009. Los documentos sugieren que el equipo distribuyó los videos a miles de direcciones de correo electrónico y también los promocionó en Facebook y Youtube donde alguno de ellos todavía puede ser visto.
La naturaleza de la relación entre Peña Nieto y Televisa ha sido un asunto clave de las elecciones que se celebrarán el próximo domingo desde que en Mayo se originara un movimiento estudiantil centrado en la percibida manipulación de la opinión pública a favor del candidato por parte de los medios.
Observe, amigo navegante, que o papel da Televisa (Globo no Brasil, como era o Clarín, na Argentina) é não apenas fazer a campanha do Peña Nieto, como desconstruir os adversários.
Alguma novidade?
Ou a Globo, ao transformar em Chanel # 5 o sólido detrito que a Veja expele, não faz a Globo exatamente isso: desconstruir o adversário?
Não foi ali, nessa união estável, celebrada no lixão do José de Abreu, entre a Veja e a Globo que se montou a farsa do mensalão – que a TV Record teve que melar?
O grampo sem áudio para tirar o Daniel Dantas (e o clã do Cera) da forca?
Sobre a ligação entre o PRI e os narco-traficantes, a palavra de Mario Vargas Llosa vale mais do que a de qualquer outro:
Viva o PRI!
Viva Joaquín El Chapo Guzmán e o cartel de Sinaloa!
Viva a TeleGlobo!
Viva o Paraguai!
Viva o ABC Color!
Viva o Bernardo!
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada

Posted: 03 Jul 2012 12:16 PM PDT


Entre as preciosidades encontradas na biblioteca da Sociedade Sigmund Freud está essa entrevista. Foi concedida ao jornalista americano George Sylvester Viereck, em 1926. Deve ter sido publicada na imprensa americana da época. Acreditava-se que estivesse perdida, quando o Boletim da Sigmund Freud Haus publicou uma versão condensada, em 1976. Na verdade, o texto integral havia sido publicado no volume Psychoanalysis and the Fut número especial do "Journal of Psychology", de Nova Iorque, em 1957. É esse texto que aqui reproduzimos, provavelmente pela primeira vez em português.
"Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade".
Quem fala é o professor Sigmund Freud, o grande explorador da alma. O cenário da nossa conversa foi uma casa de verão no Semmering, uma montanha nos Alpes austríacos.
Eu havia visto o pai da psicanálise pela última vez em sua casa modesta na capital austríaca. Os poucos anos entre minha última visita e a atual multiplicaram as rugas na sua fronte. Intensificaram a sua palidez de sábio. Sua face estava tensa, como se sentisse dor. Sua mente estava alerta, seu espírito firme, sua cortesia impecável como sempre, mas um ligeiro impedimento da fala me perturbou.
Parece que um tumor maligno no maxilar superior necessitou ser operado. Desde então Freud usa uma prótese, para ele uma causa de constante irritação.
S. Freud: Detesto o meu maxilar mecânico, porque a luta com o aparelho me consome tanta energia preciosa. Mas prefiro ele a maxilar nenhum. Ainda prefiro a existência à extinção.
Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que os fardos que carregamos.
Freud se recusa a admitir que o destino lhe reserva algo especial.
- Por quê – disse calmamente – deveria eu esperar um tratamento especial? A velhice, com sua agruras chega para todos. Eu não me rebelo contra a ordem universal. Afinal, mais de setenta anos. Tive o bastante para comer. Apreciei muitas coisas – a companhia de minha mulher, meus filhos, o pôr do sol. Observei as plantas crescerem na primavera. De vez em quando tive uma mão amiga para apertar. Vez ou outra encontrei um ser humano que quase me compreendeu. Que mais posso querer?
George Sylvester Viereck: O senhor teve a fama, disse que Sua obra influi na literatura de cada país. O homem olha a vida e a si mesmo com outros olhos, por causa do senhor. E recentemente, no seu septuagésimo aniversário, o mundo se uniu para homenageá-lo – com exceção da sua própria Universidade.
S. Freud: Se a Universidade de Viena me demonstrasse reconhecimento, eu ficaria embaraçado. Não há razão em aceitar a mim e a minha obra porque tenho setenta anos. Eu não atribuo importância insensata aos decimais.
A fama chega apenas quando morremos, e francamente, o que vem depois não me interessa. Não aspiro à glória póstuma. Minha modéstia não e virtude.
George Sylvester Viereck: Não significa nada o fato de que o seu nome vai viver?
S. Freud: Absolutamente nada, mesmo que ele viva, o que não e certo. Estou bem mais preocupado com o destino de meus filhos. Espero que suas vidas não venham a ser difíceis. Não posso ajudá-los muito. A guerra praticamente liquidou com minhas posses, o que havia poupado durante a vida. Mas posso me dar por satisfeito. O trabalho é minha fortuna.
Estávamos subindo e descendo uma pequena trilha no jardim da casa. Freud acariciou ternamente um arbusto que florescia.
S. Freud: Estou muito mais interessado neste botão do que no que possa me acontecer depois que estiver morto.
George Sylvester Viereck: Então o senhor é, afinal, um profundo pessimista?
S. Freud: Não, não sou. Não permito que nenhuma reflexão filosófica estrague a minha fruição das coisas simples da vida.
George Sylvester Viereck: O senhor acredita na persistência da personalidade após a morte, de alguma forma que seja?
S. Freud: Não penso nisso. Tudo o que vive perece. Por que deveria o homem construir uma exceção?
George Sylvester Viereck: Gostaria de retornar em alguma forma, de ser resgatado do pó? O senhor não tem, em outras palavras, desejo de imortalidade?
S. Freud: Sinceramente não. Se a gente reconhece os motivos egoístas por trás de conduta humana, não tem o mínimo desejo de voltar a vida, movendo-se num círculo, seria ainda a mesma.
Além disso, mesmo se o eterno retorno das coisas, para usar a expressão de Nietzsche, nos dotasse novamente do nosso invólucro carnal, para que serviria, sem memória? Não haveria elo entre passado e futuro.
Pelo que me toca estou perfeitamente satisfeito em saber que o eterno aborrecimento de viver finalmente passará. Nossa vida é necessariamente uma série de compromissos, uma luta interminável entre o ego e seu ambiente. O desejo de prolongar a vida excessivamente me parece absurdo.
George Sylvester Viereck: Bernard Shaw sustenta que vivemos muito pouco, disse eu. Ele acha que o homem pode prolongar a vida se assim desejar, levando sua vontade a atuar sobre as forças da evolução. Ele crê que a humanidade pode reaver a longevidade dos patriarcas.
- É possível, respondeu Freud, que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez morramos porque desejamos morrer.
Assim como amor e ódio por uma pessoa habitam em nosso peito ao mesmo tempo, assim também toda a vida conjuga o desejo de manter-se e o desejo da própria destruição.
Do mesmo modo com um pequeno elástico esticado tende a assumir a forma original, assim também toda a matéria viva, consciente ou inconscientemente, busca readquirir a completa, a absoluta inércia da existência inorgânica. O impulso de vida e o impulso de morte habitam lado a lado dentro de nós.
A Morte é a companheira do Amor. Juntos eles regem o mundo. Isto é o que diz o meu livro: "Além do Princípio do Prazer".
No começo, a psicanálise supôs que o Amor tinha toda a importância. Agora sabemos que a Morte é igualmente importante.
Biologicamente, todo ser vivo, não importa quão intensamente a vida queime dentro dele, anseia pelo Nirvana, pela cessação da "febre chamada viver", anseia pelo seio de Abraão. O desejo pode ser encoberto por digressões. Não obstante, o objetivo derradeiro da vida é a sua própria extinção.
Isto, exclamei, é a filosofia da autodestruição. Ela justifica o auto-extermínio. Levaria logicamente ao suicídio universal imaginado por Eduard von Hartamann.
S.Freud: A humanidade não escolhe o suicídio porque a lei do seu ser desaprova a via direta para o seu fim. A vida tem que completar o seu ciclo de existência. Em todo ser normal, a pulsão de vida é forte o bastante para contrabalançar a pulsão de morte, embora no final resulte mais forte.
Podemos entreter a fantasia de que a Morte nos vem por nossa própria vontade. Seria mais possível que pudéssemos vencer a Morte, não fosse por seu aliado dentro de nós.
Neste sentido acrescentou Freud com um sorriso, pode ser justificado dizer que toda a morte é suicídio disfarçado.
Estava ficando frio no jardim.
Prosseguimos a conversa no gabinete.
Vi uma pilha de manuscritos sobre a mesa, com a caligrafia clara de Freud.
George Sylvester Viereck: Em que o senhor está trabalhando?
S. Freud: Estou escrevendo uma defesa da análise leiga, da psicanálise praticada por leigos. Os doutores querem tornar a análise ilegal para os não médicos. A História, essa velha plagiadora, repete-se após cada descoberta. Os doutores combatem cada nova verdade no começo. Depois procuram monopolizá-la.
George Sylvester Viereck: O senhor teve muito apoio dos leigos?
S. Freud: Alguns dos meus melhores discípulos são leigos.
George Sylvester Viereck: O senhor está praticando muito psicanálise?
S. Freud: Certamente. Neste momento estou trabalhando num caso muito difícil, tentando desatar os conflitos psíquicos de um interessante novo paciente.
Minha filha também é psicanalista, como você vê…
Nesse ponto apareceu Miss Anna Freud acompanhada por seu paciente, um garoto de onze anos, de feições inconfundivelmente anglo-saxonicas.
George Sylvester Viereck: O senhor já analisou a si mesmo?
S. Freud: Certamente. O psicanalista deve constantemente analisar a si mesmo. Analisando a nós mesmos, ficamos mais capacitados a analisar os outros.
O psicanalista é como o bode expiatório dos hebreus. Os outros descarregam seus pecados sobre ele. Ele deve praticar sua arte à perfeição para desvencilhar-se do fardo jogado sobre ele.
George Sylvester Viereck: Minha impressão, observei, é de que a psicanálise desperta em todos que a praticam o espírito da caridade cristão. Nada existe na vida humana que a psicanálise não possa nos fazer compreender. "Tout comprec'est tout pardonner".
Pelo contrário! – bravejou Freud, suas feições assumindo a severidade de um profeta hebreu. Compreender tudo não é perdoar tudo. A análise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que podemos evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância com o mal não e de maneira alguma um corolário do conhecimento.
Compreendi subitamente porque Freud havia litigado com os seguidores que o haviam abandonado, por que ele não perdoa a sua dissensão do caminho reto da ortodoxia psicanalítica. Seu senso do que é direito é herança dos seus ancestrais. Una herança de que ele se orgulha como se orgulha de sua raça.
Minha língua, ele me explicou, é o alemão. Minha cultura, mina realização é alemã. Eu me considero um intelectual alemão, até perceber o crescimento do preconceito anti-semita na Alemanha e na Áustria. Desde então prefiro me considerar judeu.
Fiquei algo desapontado com esta observação.
Parecia-me que o espírito de Freud deveria habitar nas alturas, além de qualquer preconceito de raças que ele deveria ser imune a qualquer rancor pessoal. No entanto, precisamente a sua indignação, a sua honesta ira, tornava o mais atraente como ser humano.
Aquiles seria intolerável, não fosse por seu calcanhar!
Fico contente, Herr Professor, de que também o senhor tenha seus complexos, de que também o senhor demonstre que é um mortal!
Nossos complexos, replicou Freud, são a fonte de nossa fraqueza; mas com freqüência são também a fonte de nossa força.
Tradução de Paulo Cesar Souza
No Formação Freudiana

Posted: 03 Jul 2012 12:11 PM PDT


O novo governo paraguaio pode ficar tranqüilo: o senador Álvaro Dias garantiu ao presidente Franco o apoio incondicional do PSDB à nova ordem estabelecida em Assunção. Com essa solidariedade, o chefe de governo do país vizinho está apto a reverter a situação de repúdio continental, vencer a parada no MERCOSUL e roncar grosso – como, aliás, está começando a fazer – contra o Brasil, a Argentina e o Uruguai.
O problema todo é que o bravíssimo senador Álvaro Dias, companheiro de dueto, até há poucas semanas, do senador Demóstenes Torres nas objurgatórias morais contra o governo, não combinou esse apoio com o povo paraguaio, que irá às urnas em abril e, provavelmente, nelas, dirá o que pensa da "parlamentada" de Assunção. E, mais ainda: não será ouvido nos foros internacionais que estão tratando do tema. Nesses centros de decisão, quem estará decidindo serão os chefes de estado e os chanceleres dos países do continente. Por enquanto, estando na Oposição, os tucanos não podem falar em nome do Brasil.
A posição brasileira, prudente e moderada, está sendo assumida em consultas com os países vizinhos e com as organizações regionais. Nenhum desses países, por mais veementes tenham sido os protestos, violou um milímetro sequer da soberania do Paraguai – embora, na destituição de Lugo, o soberano real, que é o povo paraguaio, não tenha sido ouvido.
O Brasil já anunciou que nada fará que possa prejudicar diretamente o povo paraguaio. Mas as suas elites devem estar advertidas de que a decisão de construir regimes democráticos sólidos, com o respeito absoluto à vontade popular, manifestada em eleições limpas e livres, é irrevogável na América do Sul.

O dever de julgar

Estando já em pauta, o processo contra parlamentares de vários partidos, envolvidos no esquema de financiamento político administrado pelo publicitário Marcos Valério, terá que ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Serão os juízes que examinarão denúncias e provas e estabelecerão se houve violação da lei, ou não e, se decidirem, diante dos autos, que houve crime, ditar as penas a serem cumpridas.
As sociedades, desde que criaram leis, e ditaram as normas de convívio, a fim de garantir sua sobrevivência, instituíram tribunais para estabelecer as culpas e ditar o castigo dos criminosos. Os tribunais não são perfeitos, mas devem ser respeitados. Se cometem, eventualmente, erros, induzidos pelas manobras dos delinqüentes e seus defensores, não há como deles prescindir, nem substituí-los por quaisquer outras instâncias que pudessem vir a ser admitidas para exercer a justiça.
O julgamento, que se iniciará em agosto, se não servir para outros fins, servirá para abrir um grande debate nacional sobre novos pactos constitucionais que venham a aprimorar o processo político, com o financiamento público das campanhas eleitorais e maior legitimidade dos poderes republicanos – entre eles, o judiciário. Depois desse processo, outros terão que ser levados aos tribunais, como o da conexão goiana e, em um dia que virá, o da privatização açodada do patrimônio público, pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.

O Senado e a retidão

Ainda que o voto seja secreto, a opinião nacional espera que o Senador Demóstenes Torres perca, no plenário, por não ter procedido com retidão para com o país, em suas relações com o empresário de múltiplas atividades Carlos Cachoeira. Os parlamentares devem estar advertidos, se não em sua consciência, mas pelo rumor das ruas, de que não é o escorregadio senador por Goiás que será julgado pelo plenário, mas a própria alta câmara federativa. A absolvição de Demóstenes, depois de tantas evidências de culpa, divulgadas por todos os meios de comunicação, será a ata de cumplicidade daquela casa legislativa com todo o esquema de corrupção operado pelo "empresário" de Goiânia e Anápolis.

A renúncia de Samuel

Estas notas já estavam redigidas, quando soube da renúncia do Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães ao cargo de Alto Representante do MERCOSUL, para o qual havia sido escolhido pelos quatro países signatários do Tratado. Conversei pessoalmente com Samuel, que ainda se encontra em Mendonza, na Argentina. Ele me confirmou que já havia tomado essa decisão há semanas, e esperava o melhor momento, o da reunião de chanceleres, para oficializá-la. Samuel confirmou a versão, já divulgada, de que lhe faltou o apoio dos quatro países – o que se pressupõe, também do brasileiro – para exercer com plenitude o seu mandato. Samuel, em sua honestidade pessoal e em comprometimento político, não é homem para ocupar uma posição decorativa, nem necessita de um emprego expressivo. Ele é um homem plenamente realizado como servidor do Estado e um dos mais importantes intelectuais brasileiros.

Posted: 03 Jul 2012 12:04 PM PDT




A propaganda da chamada Frente Popular, que une Eduardo Campos a Jarbas Vasconcelos, diz que o Recife deve acompanhar o ritmo de Pernambuco, só que não diz porque Pernambuco cresceu tanto nesses últimos 9 anos.

Pernambuco cresce em ritmo acelerado não é por causa de Eduardo Campos.Pernambuco cresce muito graças à Lula.

Por mais que Eduardo Campos se esforçasse Pernambuco não chegaria a este patamar de crescimento se não fosse a ajuda de Lula.Quero lembrar que Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, comeu o pão que o diabo amassou quando FHC governou o Brasil.Jarbas Vasconcelos, aliado de primeira hora do PSDB, também sofreu com FHC. Jarbas Vasconcelos gastou R$ 600 milhões de reais, adquiridos com a venda da CELPE, na duplicação da BR-232. O máximo que Jarbas obteve de FHC foi a transferência da administração da rodovia, que passou a ser gerida pelo Estado de Pernambuco.

Já Lula investiu pesado em Pernambuco.Lula trouxe para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, a FIAT, depois de uma briga enorme com Aécio Neves, construiu o Estaleiro Atlântico Sul, a HEMOBRAS, construiu o primeiro navio em Suape, o João Cândido.

Lula começou as obras das Transnordestina e da Transposição do Rio São Francisco.




O PAC investiu R$ 30 bilhões de reais em Pernambuco.

Lula abriu dezenas de escolas técnicas aqui neste Estado, construiu outras dezenas de Campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Lula expandiu o Projovem, o SAMU, o Bolsa Família, que ajuda e muito o comércio das cidades pequenas do interior. Lula, com a política de redução do IPI para os segmentos de carros novos e eletrodomésticos, criou e manteve milhares de empregos em nosso estado, assim como em todo o Brasil.

Não obstante tudo isso, vem Eduardo Campos dizer que ele é grande redentor de Pernambuco.É uma merda! Eduardo é muito ingrato, isso, sim.
Postado por às 11:06 Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 03 Jul 2012 11:49 AM PDT



Wyre Davies
BBC News, Zintan

Uma pequena amostra da tensão vivida por grupos adversários foi presenciada por uma equipe da BBC in loco, que comprovou, em primeira mão (?), casos de tortura e prisão ilegal ocorridas no oeste do país.

Na cidade de Zintan, encravada no meio das montanhas da região, inúmeras lideranças tribais se reuniram no pátio de uma mesquita para lamentar a morte de Abdul Salam Aghuz.

Segundo relato do correspondente da BBC, o homem, de 49 anos, aparentava ter tido uma morte lenta e dolorosa, com uma grande ferida em seu corpo e sua cabeça extremamente machucada.

Aghuz foi torturado, não pelos capangas de Khadafi (ein? #Mtoloko), mas por um tribal rival de uma cidade vizinha à sua.

"O relatório do médico-legista apontou que Abdul foi agredido. As suas mãos e seus pés foram amarrados antes dele ser morto", disse o líder tribal Adbullah Rama Aghuz ao repórter da BBC.

Lealdade tribal

Ainda que o lamento seja silencioso e induza à reflexão, característica típica do conservadorismo (?) da sociedade líbia, a vingança pela morte de Aghuz não foi completamente descartada.

Nas regiões onde as relações tribais são mais poderosas do que a lealdade ao estado líbio, mais de 100 pessoas foram mortas em combate na semana passada.

As maiores disputas ocorreram na pequena cidade de Misdah, onde as tribos Zintani e Mishasha se confrontaram por vários dias seguidos usando armas pesadas adquiridas das antigas forças militares de Kadhafi (não os milhares de toneladas de armas novinhas da OTAN, claro...).

As causas dos combates são, no entanto, complexas.

Algumas disputas, a maioria relacionada ao controle da terra, datam de gerações.

Segundo as lideranças tribais, a linhagem Mishasha foi favorecida por Kadhafi (?) e ainda estaria ressentida da maneira como o ex-presidente foi deposto e morto.

Para Jouma a Ifhima, economista de formação e respeitado líder tribal, que passou os últimos dias imerso na tentativa de negociar um cessar-fogo em Zintan, o processo de paz tem sido "exaustivo" e "delicado".

Ele, entretanto, demonstra otimismo sobre o fim dos conflitos e disse acreditar que a Líbia não corre risco de se dividir em vários países.

"Somos todos líbios e unidos por uma única nação", disse ele à BBC.
Nem todos compartilham, entretanto, da mesma visão de Ifhima.

Poder paralelo

Embora alguns ex-rebeldes tenham tentado se organizar em uma espécie de Exército nacional improvisado, ainda falta à Líbia a força de uma autoridade central que unifique diferentes partes do país.

Nessas regiões, o poder está nas mãos de brigadas fortemente armadas.

O próprio filho de Khadafi e antigo herdeiro aparente Saif al-Islam Kadhafi ainda está sob a custódia das brigadas de Zintan, e não do Ministério da Justiça de Trípoli.

A situação é semelhante à vivida por quatro delegados da Suprema Corte Internacional, que foram presos no mês passado sob a acusação de "ato ilegal" enquanto visitavam Saif.

Quando embaixadores internacionais finalmente conseguiram visitar o grupo, há poucos dias, a mediação também foi conduzida pelos comandantes militares de Zintan.

Após intensos esforços diplomáticos, os quatro foram libertados na última segunda-feira.

Em inúmeras partes da Líbia, principalmente fora dos grandes centros, a fragilidade e a falta de maturidade do novo estado líbio são mais aparentes.

Apesar de ter sido o local de nascimento da revolução (?), que culminou na queda de Kadhafi, até em Benghazi o governo interino tem seus próprios conflitos internos, tentando frear os extremistas islamitas.

Nos últimos meses, foram registrados vários ataques à luz do dia a símbolos considerados de influência ocidental - cemitérios de aliados, o comboio do embaixador britânico, a ONU e a Cruz Vermelha Internacional.

Ainda não está claro quem são os responsáveis pelos ataques (?), mas há grupos líbios que alegam que a democracia é incompatível com a Sharia, a lei islâmica religiosa.
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Ainda do Blog O Esquerdopata.
Posted: 03 Jul 2012 11:45 AM PDT

Fonte: Adriano Marcello Santos, no Facebook

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Também do Blog O Esquerdopata.

Posted: 03 Jul 2012 11:42 AM PDT




Definição do Houaiss:
Isentar
tornar(-se) isento; livrar(-se), eximir(-se), desobrigar(-se)

O acordo (Prenub, I presume) impede Katie de botar a mão na bufunfa do malucaço Cruise. Isenta Cruise de dividir sua fortuna adquirida antes do casamento com a ex.
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 03 Jul 2012 08:59 AM PDT

Demóstenes é muito cara-de-pau



Mauro Santayana, JB online

"O patético discurso que o senador Demóstenes Torres dirigiu a um plenário vazio, levado ao público pela emissora do Senado, talvez tenha sido o mais emblemático episódio do caso de corrupção que tem como centro o homem de negócios Carlos Augusto Ramos. O texto do pronunciamento, bem redigido, mas chocho de credibilidade, é uma peça de acusação à Polícia Federal. Os federais – conforme a defesa-acusação do senador goiano – teriam editado as suas frases, gravadas das conversas interceptadas com o suspeito, de forma a comprometê-lo. Aceitando-se, como se deve, que os acusados têm o pleno direito a defender-se, é difícil que alguém, dotado de fiapos de lucidez, duvide da societas sceleris, formada em Goiânia e Anápolis, para a ocupação do poder público pelo que se convencionou chamar crime organizado.

Se ele realmente estivesse convencido de sua inocência, não lhe caberia pedir perdão aos senadores. Nenhum inocente pedirá perdão por erros não cometidos. O homem de bem, em situações semelhantes, vai ao ataque, enfrenta seus adversários com brio. O homem de bem age como Francisco I, derrotado na batalha de Pavia, em 1525 – e prisioneiro de Carlos 5º – ao dirigir-se à mãe, com a frase que se tornou lugar comum em situações de derrota: tudo está perdido, menos a honra.

O mandato parlamentar não é um bem absoluto do homem público; é uma situação eventual, quase precária. Faz parte da biografia, não é a totalidade da vida. A honra, essa, sim, acompanha a vida, e pode ser preservada mesmo nas situações peculiares da política, quando as alianças se fazem e desfazem em razão das circunstâncias. Quem conhece as vielas sinuosas da política sabe que o adversário de hoje pode vir a ser o correligionário de amanhã, mas que, em qualquer caso, a palavra empenhada deve ser ainda mais poderosa do que os compromissos escritos. É assim que, na necessidade de se romper um acordo, o ato é precedido de uma conversa franca, para que se preserve a possibilidade de entendimentos futuros. Agir assim, com transparência e franqueza, é agir com honra.

Na ação política não há espaço para o perdão. O senador Torres não ofendeu seus pares. Ofendeu o povo de Goiás, que lhe conferiu o mandato de seu representante na Câmara Federativa. Em suas relações tão próximas com o empresário, ele ofendeu o povo brasileiro. Uma análise mais fria dos fatos faz dele culpado maior do que Carlos Cachoeira. Cachoeira compra, mas para comprar, necessita de vendedores. Daqueles que vendem sua honra, ao facilitar negócios que se realizam em prejuízo da coisa pública.

A esposa de Carlos Cachoeira, tal como Demóstenes, teria feito melhor se não falasse à televisão. Entrevistada por uma jornalista hábil, ela se enrolou em suas frases, como joaninha presa na teia da aranha. Insistiu em que seu marido "é um prisioneiro político". É uma tese ousada e terrível: se Cachoeira é prisioneiro político, a sua atividade criminosa passa a ser ato político e, por conclusão dialética, a política seria uma ação criminosa. Não é assim: Carlos Cachoeira está sendo acusado de corromper políticos, em troca de favores e de usurpar o poder político, ao fazer de mandatários do povo, protetores de suas atividades como contraventor e seus cúmplices no assalto ao erário.

Seria melhor – para a preservação do que lhe possa restar de pudor, diante das evidências de seus erros – que Demóstenes desistisse de seu mandato e abandonasse de vez a vida pública. Há certas situações em que o ostracismo é o melhor refúgio para a vergonha. E usamos o substantivo vergonha, autorizados por ele mesmo, que se confessou de tal forma envergonhado, que não conseguiu dirigir-se a todos os seus pares para, pessoalmente, contristar-se de seus atos."


Enviada por: Nogueira Junior / 11:07 0 Comentários
Posted: 03 Jul 2012 08:53 AM PDT




Correio do Brasil

"Na quarta-feira a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senado dá o penúltimo passo no sentido da cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (Ex-DEM-GO). Depois da aprovação unânime do pedido de perda de mandato de Demóstenes por quebra de decoro pelo Conselho de Ética na semana passada, agora será a vez da CCJ analisar a constitucionalidade e a legalidade do processo.

Na semana passada, o senador Pedro Taques (PDT-MT), indicado relator do caso na Comissão, apresentou seu parecer no sentido de que todo o processo foi legal e que Demóstenes teve direito à ampla defesa. Demóstenes é acusado de usar o mandato para favorecer a organização criminosa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


Pelo calendário programado, a intenção dos senadores é votar o processo de cassação de Demóstenes em plenário no dia 11 de julho. Ao contrário do que aconteceu no Conselho de Ética e acontecerá na CCJ, no plenário a votação do destino do senador goiano será secreta. Demóstenes será cassado se assim entender a maioria absoluta dos senadores na votação."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior / 12:25 0 Comentários
Posted: 03 Jul 2012 08:48 AM PDT



"Além das trocas de tiros, mais uma base da Polícia Militar foi atacada, desta vez na região do Grajaú, zona sul, mas ninguém saiu ferido; outros dois ônibus foram incendiados em Guarulhos

Brasil 247

A violência atualmente vivenciada pelos moradores de São Paulo e municípios da região tomou força com diversos crimes ocorridos entre a noite desta segunda e a madrugada desta terça-feira. Quatro tiroteios deixaram cinco mortos e um adolescente detido na capital e na Grande São Paulo. O primeiro, em São Bernardo do Campo, região do ABC Paulista, ocorreu por volta de 22 horas, quando um rapaz que dirigia um carro roubado foi perseguido pela polícia e atirou contra PMs. Ele acabou morrendo no pronto-socorro central da cidade.

Cerca de uma hora depois, na região do Grajaú, zona sul da cidade, outros dois motoristas de um carro roubado morreram após trocar tiros com a polícia. Um deles era adolescente. Na avenida Sapopemba, na zona leste, dois supeitos foram mortos após troca de tiros com policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) por volta de 0h30. O último confronto ocorreu entre PMs, em Guarulhos, e deixou um soldado da Força Tática do 29º Batalhão baleado na cabeça e outro, identificado como Gilmar Martins dos Santos, morto.

Como sequência aos ataques sofridos recentemente, mais uma base da Polícia Militar foi atacada a tiros, desta vez na zona norte. Também similar aos outros ataques, dois homens em uma moto foram responsáveis pelos disparos contra a unidade, localizada na rua Ari da Rocha Miranda, na região do Jaçanã, e fugiram. Ninguém ficou ferido."
Foto: Mário Angelo/Folhapress
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior / 11:25 0 Comentários
Posted: 03 Jul 2012 08:32 AM PDT

Posted: 03 Jul 2012 04:40 AM PDT
Demóstenes é muito cara-de-pau

Foram 20 minutos de discurso previamente preparado, 44 pedidos nominais intercalados de desculpa e de perdão, apenas quatro senadores no plenário, várias críticas à imprensa e à Polícia Federal e um relato dramático pincelado com frases de efeito. O senador Demóstenes Torres , acostumado a proferir, da tribuna do Senado, ataques duros contra parlamentares,-- e até mesmo contra o ex presidente Lula-- mostrou, na tarde de ontem, a face de um homem público engolido pelas próprias atitudes, completamente triturado. Numa tentativa desesperada de tentar sensibilizar seus pares e salvar o mandato, despiu-se de uma de suas maiores marcas: a vaidade. Afirmou que quem estava ali, de peito aberto para pedir perdão, era "um homem envergonhado, abatido, deprimido, cansado e esgotado". Seguiu à risca o script com tom emocional e revelou que sua rotina é passar as noites mal dormidas tentando encontrar "os cacos de sua biografia".

Os pedidos nominais de perdão foram direcionados aos senadores que o apartearam para registrar confiança e solidariedade durante o discurso proferido em 6 de março. Em nenhum momento, pediu desculpas aos mais de 2 milhões de eleitores e ao DEM, seu antigo partido.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que o defendeu de maneira incisiva durante o primeiro discurso, foi um dos citados. Ele preferiu sair do plenário para não ouvir o que o parlamentar goiano tinha a dizer.

Apelo emocional

"Minha saga, a cada fim de noite mal dormida, é buscar em jornais, revistas, blogs e tevês os cacos de minha biografia"

"Nenhum cidadão merece tal castigo, até porque o desgaste ultrapassa a pessoa do massacrado e se estende à família, e não há situação mais angustiante do que olhar nos olhos dos filhos e, em vez do brilho habitual, ver nesse olhar a pergunta: quando essa atribulação vai acabar?" ...disse Demóstenes... Correio Braziliense

Posted: 03 Jul 2012 03:31 AM PDT

"O assanhamento da direita brasileira com seus novos heróis – os deputados e senadores colorados e radicais do Paraguai – vem sendo estimulado por um cenário externo onde esses golpes "legais" vem se tornando uma prática corrente. Esses golpes "cozidos" convivem com os "crus", como se viu recentemente na Costa do Marfim e na Líbia.

Flávio Aguiar, Carta Maior

O modo como a direita brasileira apóia o golpe no Paraguai mostra que ela guarda ainda o DNA golpista que sempre acalentou desde a dupla deposição de Getúlio Vargas, a de 1945 e a de 1954. De passagem: o Estado Novo tinha que acabar, é claro, mas deve-se lembrar que o golpe que o acabou foi dado pela e à direita. Já o de 54 reuniu alguns dos componentes que fariam o programa futuro dos golpes de direita: campanha e legitimação midiática, bloqueio parlamentar e pressão ou ação militar direta, hoje, pelo menos, um coringa fora do baralho. Mas que não morreu.

A direita se esmera agora em comentários na mídia, mas também faz salamaleques oficiais, como o senador Álvaro Dias se orgulhando de ter recebido em seu gabinete uma missão de parlamentares golpistas do país vizinho e também dos brasiguaios de direita, falando na defesa dos interesses (anti-reforma agrária) desse grupo que estaria sendo oprimido pelas ameaçadora (?!) política de Lugo. Outro lembrete histórico: foi a defesa de interesses dos estancieiros brasileiros estabelecidos no Uruguai que levou diretamente à nefasta Guerra do Paraguai, com o governo imperial depondo o presidente daquele país.

É verdade que Solano Lopez a partir daí invadiu todo mundo ao seu redor: Brasil, Argentina, querendo chegar até o próprio Uruguai, contando com um levante de caudilhos na região que não aconteceu, ajudando, portanto, a construir a hecatombe que se abateu sobre seu país. A situação hoje é muito diversa, mas não vamos esquecer do clamor da direita brasileira para que o Brasil praticasse uma intervenção na Bolívia, quando da nacionalização das reservas de petróleo e gás, e para que agisse brutalmente contra o Paraguai, quando da renegociação dos pagamentos pela energia de Itaipu.

Voltando aos dias de hoje: a apoio ao golpe, com a declaração do também senador Sérgio Guerra, presidente do partido, já é patrimônio do PSDB. Dá, portanto, para imaginar o tamanho da regressão de nossa política externa caso este partido chegar ao poder. Repetem-se as cenas e os argumentos quando houve o golpe em Honduras. Os adjetivos reservados para o nosso Itamaraty são todos de baixo calão diplomático: "rudimentar", "desinformação amadorística", "diplomacia atrabiliária", etc."
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Posted: 03 Jul 2012 03:27 AM PDT



Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

"O parto da indicação do vice de José Serra foi apenas mais um lance na peleja disputada pelo ex-governador tucano com Geraldo Alckmin, o atual governador _ os dois com um olho nas eleições de 2014 e o outro nas sequelas da última disputa municipal paulistana, em 2008.

Estava tudo mais ou menos previsto desde que Serra decidiu se lançar candidato a prefeito de São Paulo pela quarta vez, depois de negar mil vezes esta possibilidade.

Para entender as dificuldades mais uma vez encontradas na formação da chapa liderada pelos tucanos é preciso recuar um pouco no tempo.

Em 2008, quando era governador, Serra rifou a candidatura de Geraldo Alckmin a prefeito, e apoiou Gilberto Kassab, que era do DEM, seu parceiro preferido. Alckmin não foi nem para o segundo turno e pegou bronca da dupla Serra & Kassab, o vencedor de 2008.

Agora, a situação se inverteu. O discreto Akckmin, que não esquece e não perdoa as traições, sem nunca dar muita bandeira sobre o que está sentindo, não tinha como impedir a candidatura de Serra em 2012, até por falta de outro nome viável no PSDB, mas queria pelo menos definir o nome do vice.

No começo do ano, antes do "sim" de Serra, enquanto se dedicava à formação do seu novo partido, o PSD, para o qual levou vários tucanos desgarrados _ entre eles, Alexandre Schneider, agora confirmado como candidato a vice-prefeito _, Gilberto Kassab chegou a propor uma aliança ao PT de Lula."
Foto: Marcello Casal Jr/ABr
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Enviada por: Nogueira Junior / 21:57 0 Comentários
Posted: 03 Jul 2012 03:21 AM PDT



Atos desse tipo só acirram ainda mais o ódio. Revolta ver a brutalidade, a covardia, a forma totalmente fora da legalidade e do padrão de civilidade. E não se trata aqui de fazer uma condenação, por ter sido o ato praticado por soldados israelenses contra um palestino. E sim por que dois homens armados até os dentes, se aproveitam de sua condição de superioridade e agridem uma criança. Em qualquer lugar do mundo, seria condenável, passível de punição, mas, não iria muito além disso.

Porém, lá, onde vivem israelenses e palestinos, com ódios eternos mutuamente nutridos, uma atitude dessas tem a capacidade de virar um estopim, é pavio curto aceso, é fio desencapado.


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