quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Plano brasileiro para desmatamento é ambicioso e deve ser adotado por outros países





Posted: 06 Oct 2009 12:20 PM PDT

Lula discursa durante III Cúpula Brasil-União Européia, em Estocolmo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A proposta do Brasil de reduzir em 80% o desmatamento no Brasil até 2020, apresentada pelo presidente Lula durante a III Cúpula Brasil-União Européia, realizada nesta terça-feira (6/10) em Estocolmo (Suécia), foi bastante elogiada pelo presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, e pelo primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt. Para os dois, o plano brasileiro é ambicioso e deveria ser adotado como modelo por outros países. Reinfeldt afirmou ainda que seria importante discutir a proposta brasileira, que faz parte do Plano Nacional para Mudanças Climáticas, durante a reunião da ONU sobre clima (COP 15) que será realizada em dezembro, em Copenhague.

Para o presidente brasileiro, cada país tem que chegar à reunião sobre clima em Copenhague apresentando números concretos de quanto emite de gás do efeito estufa. Tratar o tema de forma genérica, jogando a culpa um no outro, não vai levar a lugar algum, afirmou Lula, que pede ainda “bom senso e maturidade” aos líderes mundiais para que seja possível encontrar uma solução viável para o problema das mudanças climáticas.

O presidente Lula afirmou ainda que a meta de desmatamento zero é impossível de ser assumida e explicou o motivo:

Ouça aqui a fala do presidente da Comissão Européia, João Manuel Durão Barroso, em que defende a proposta brasileira para o desmatamento:

Lula espera que os chefes de Estado decidam comparecer ao encontro em Copenhague e defende que a ONU assuma a responsabilidade de qualificar e criar um orgão exclusivo para as questões ambientais que sirva de referência única para assuntos do meio-ambiente. Assim, acaba com a confusão existente hoje, em que cada país trabalha com seu número, cada departamento de energia com um número:

O presidente disse ainda que não adianta procurar culpados, mas que é preciso criar regras para que cada país comece a se responsabilizar pelos estragos que de fato já causou ao planeta. No trecho abaixo, Lula também fornece dados da matriz energética brasileira, reconhecidamente limpa, e fala dos biocombustíveis:
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