segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Via Email: SARAIVA 13: São Paulo: Folha demite repórter jurado de morte por vereador do PSDB



SARAIVA 13



São Paulo: Folha demite repórter jurado de morte por vereador do PSDB

Posted: 16 Feb 2014 03:26 PM PST


16/02/2014
Telhada_Comandante_Rota02A
O vereador tucano coronel Telhada ameaçou matar o repórter André Caramante, demitido pela Folha.
Altamiro Borges em seu blog
“O repórter André Caramante foi demitido do jornal Folha de S.Paulo, na segunda-feira, dia 10/2. O profissional voltava de férias, mas não encontrou seu nome na escala de trabalho da semana. Ao chegar à redação foi comunicado de sua demissão, sob a alegação de ‘contenção de despesas’”, informa a jornalista Jéssica Oliveira, do portal Imprensa.
O caso é gravíssimo. André Caramante ficou famoso ao denunciar os abusos cometidos pelo ex-chefe da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), o coronel Paulo Telhada, que hoje é vereador pelo PSDB de São Paulo. Ele foi ameaçado de morte e deixou o Brasil, com a sua família, por alguns meses. Agora, a Folha demite o repórter para “conter despesas”.
Especializado em segurança pública, o jornalista era funcionário do Grupo Folha há mais de 14 anos, atuando nos últimos oito anos na redação da Folha. Ele denunciou vários crimes da polícia de São Paulo, como o envolvimento com grupos de extermínio e a prática de corrupção. Em julho de 2012, Caramante publicou um artigo com o título: “Ex-chefe da Rota vira político e prega a violência no Facebook”, sobre o coronel reformado Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, então candidato a vereador pelo PSDB. A partir daí a sua vida virou um inferno. Ele recebeu diversas ameaças de morte e passou a ser escoltado por motoristas do jornal para ir ao trabalho.
O próprio coronel Telhada escreveu no seu Facebook que o jornalista “é um notório defensor de bandidos”. Nas redes sociais, os seguidores do truculento tucano postaram mensagens criticando o “péssimo repórter” e ameaçando: “Bala nele”. Sua família também sofreu ameaças. Diante dos riscos, “a Folha pediu a investigação do caso e, em conjunto com o profissional, optou por afastá-lo do país por motivo de segurança. Em 11 de setembro de 2012, ele e sua família saíram do Brasil e permaneceram fora por 90 dias”, relata Jéssica Oliveira. Após seu retorno ao país, ele foi afastado da cobertura da área de segurança pública e passou a escrever textos no caderno “Cotidiano” e para a TV Folha.
Agora, porém, o renomado jornalista – vencedor do Prêmio Santo Dias da Assembleia Legislativa de São Paulo e do Prêmio Nacional de Direitos Humanos – é demitido. Durante este período, a Folha evitou pressionar o governador Geraldo Alckmin e o PSDB. Num evento no final de 2012, a repórter Lúcia Rodrigues, da Rede Brasil Atual, até questionou: “Neste momento, André Caramante está fora do país por ter feito denúncias contra o ex-comandante da Rota. Como é que o senhor se posiciona, governador?”. Alckmin se fingiu de surdo e não respondeu. Coronel Telhada é hoje uma das vozes mais estridentes do PSDB na Câmara Municipal. Já André Caramante foi demitido pela Folha!
***
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Um ano depois picolé de Serra ainda é mistério

Posted: 16 Feb 2014 03:21 PM PST



247 - Um ano atrás, o fundo de investimentos Innova, gerido por Verônica Serra, filha do ex-governador e ex-presidenciável tucano José Serra, anunciou um dos investimentos mais estranhos da história do capitalismo brasileiro. O fundo decidira aportar R$ 100 milhões para adquirir 20% de uma pequena fábrica de sorvetes em Cotia (SP), chamada Diletto (relembre aqui).
À época, foi montada uma pesada operação de marketing para dar ar de normalidade à transação. Entre as peças promocionais, houve até uma capa da Forbes Brasil, sobre os planos do empreendedor Leandro Scabin, que fundara a Diletto. Dizia-se, à época, que os recursos do fundo Innova estariam sendo aportados pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, da Ambev, e que a pequena sorveteria seria transformada na nova Haagen-Dazs.
No entanto, no mercado, sempre houve a suspeita de que os recursos geridos por Verônica Serra pertenciam à própria família – e não ao trio de bilionários da Ambev, que não costumam rasgar dinheiro aportando R$ 100 milhões numa sorveteria.
De lá pra cá, o que realmente aconteceu? Uma visita ao site da Diletto é esclarecedora. No campo Diletto na mídia (confira aqui), descobre-se que nada de importante sucedeu na história da empresa depois do aporte de R$ 100 milhões. Depois da entrada do Innova, a empresa conseguiu emplacar uma nota no Valor Econômico, sobre um picolé especial de dia das mães (leia aqui) e uma pequena reportagem na Gazeta do Povo sobre sorvetes (leia aqui).
Muito pouco para quem levou uma bolada tão grande. O que deixa no ar algumas questões: (1) de onde realmente veio o dinheiro do aporte na Diletto? (2) o que foi feito com esses recursos?

Um novo vídeo dos Anonymous sobre os protestos no Brasil finalmente explica o que o grupo quer: nada

Posted: 16 Feb 2014 03:17 PM PST

, Diário do Centro do Mundo 

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“Saudações, mundo. Nós somos Anonymous”

Qualquer cidadão que começasse uma conversa com “saudações, mundo” precisaria de tratamento psiquiátrico. No caso dos Anonymous, é apenas um pouco pior porque, como eles mesmos dizem, não se trata de uma pessoa, mas de uma ideia.

O grupo lançou um novo vídeo explicando as manifestações do ano passado. “Em 2013, o Brasil viveu um momento histórico, em que centenas de milhares de pessoas foram às ruas para reivindicar seus direitos e se posicionar contra situações injustas”, conta o narrador, em inglês, em sua irritante voz de Google Tradutor.

“Em tese, tudo isso é muito bom, não é? Entretanto, temos observado que muitas dessas pessoas que tomaram as ruas não sabiam exatamente pelo que estavam lutando”.

E então você imagina que virá um insight sobre os protestos — ou, no mínimo, sobre as causas que os Anonymous apoiam. Não. O que se segue é uma espécie de confissão blasé de que eles não têm ideia do que estão fazendo nas ruas. Claro que tudo de uma maneira grandiloqüente e pseudomisteriosa.

Para uma coisa, pelo menos, o vídeo serve: esquecer a conversa fiada de que eles se inspiram no ideário de Guy Fawkes, o soldado inglês que tentou explodir o Parlamento durante a “Conspiração da Pólvora” no século XVII.

“Ao contrário do que muita gente acredita, a ideia Anonymous não é baseada na história de ‘V’, nem na ideologia de Guy Fawkes. É verdade que, em alguns aspectos, a ideia Anonymous pode assemelhar-se com alguns diálogos presentes no filme, mas não é assistindo ao filme ou lendo as HQ’s que você entenderá a consistência do ideal Anonymous.

Vocês podem perguntar: ‘por que usam uma máscara?’ Para responder precisamos voltar alguns anos no tempo: apresentamos aqui, para quem ainda não conhece, o Projeto Chanology. Era início do ano de 2008, quando vazou na internet um vídeo de Tom Cruise fazendo declarações sobre a Igreja da Cientologia.

O vídeo se espalhou rapidamente pela rede e a igreja foi igualmente rápida ao censurar o vídeo alegando violar direitos autorais. Bem, é melhor ser cauteloso antes de desrespeitar a liberdade na internet: Anonymous orquestrou uma série de ataques contra sites da Cientologia e trotes aos centros da igreja.

Foi nesse contexto que Anonymous se organizou protestos nas ruas, pela primeira vez! Era uma experiência nova e o alvo tinha um extenso histórico de censura e opressão aqueles que se mostravam publicamente contrários as suas crenças. E foi aí que surgiu a ideia dos manifestantes usarem uma máscara e a escolhida foi a máscara de Guy Fawkes/V. Porque ela representa muito bem a questão de ser Anonymous na internet: todos são iguais, todos podem ser qualquer um, e até mesmo somente um, e todos representam a mesma coisa.”

A culpa é de Tom Cruise, portanto. Não há diferença entre o messianismo dos Anonymous e o das, digamos, testemunhas de Jeová (exceto que os primeiros sabem mexer no computador).

Eles querem salvar você, embora você não queira ser salvo. Ademais, ser salvo para quê? O que eles oferecem como proposta?

“Nós somos os 99% da população que se levanta contra a tirania de 1% e estamos nos organizando mundialmente com este objetivo”. É muito pouco para tanto barulho. Eles não são de esquerda e nem de direita. Eles não são anarquistas ou fascistas.

Embora critiquem a “mídia”, as páginas dos Anonymous no Brasil todas reproduzem as mesmas matérias de sempre com os mesmos escândalos de corrupção de sempre. Tudo envelopado naquela auto-importância e soberba.

É apenas mais uma seita. Mascarado por mascarado, o Batman do Leblon é muito mais interessante. Fica lá na dele, apoia um rolezinho, discute com um cineasta, apanha da polícia, volta para casa e vai trabalhar de protético. Ao invés de “saudações, mundo”, dá “bom dia e boa tarde”.

Escosteguy acusa blogs. E a Veja? E o Estadão? E quem é que achincalha e veicula mensagens de terror?

Posted: 16 Feb 2014 03:13 PM PST

Fernando Brito, Tijolaço

"O senhor Diego Escosteguy, todo-poderoso da Época, precisa ser correto o suficiente para, ao acusar, dizer a quem acusa.

Na entrevista que obteve do  Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,  faz uma pergunta vazada nos seguintes termos:

ÉPOCA – Como o governo federal pode garantir a segurança dos jornalistas se, ao mesmo tempo, patrocina blogs e sites que, a pretexto de reforçar a pluralidade de opiniões, se dedicam a achincalhar jornalistas, procuradores, ministros do Supremo, políticos da oposição? Não é contraditório financiar esse discurso do ódio?

É a síntese do “argumento” que usou antes, para acusar os blogueiros sujos de terem produzido “o discurso do ódio”.

Em que estes blogs estão pondo em risco a segurança dos jornalistas que cobrem as manifestações?

Quem louvou as manifestações como “revolta popular”, mesmo já acontecendo atos de vandalismo?"
Artigo Completo, ::AQUI::
 
 

Lewandowski alfineta JB: "juízes se pronunciam pelos autos"

Posted: 16 Feb 2014 02:39 AM PST

Brasil 247 - 15 de Fevereiro de 2014 às 07:47
Edição 247 / fotos STF:
Com a declaração, o ministro evita comentar diretamente o ato do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que revogou quatro decisões de Ricardo Lewandowski tomadas durante o recesso, e sugere que membros do Supremo não devem comentar casos à imprensa; Lewandowski explicou que decisões monocráticas, como os veredictos em questão, permitem um tipo de recurso chamado "agravo regimental", o que lhe dará a chance de se manifestar em plenário no momento oportuno
Rede Brasil Atual - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski evitou hoje (14) críticas diretas ao presidente da Corte, Joaquim Barbosa, por ter revogado quatro decisões dele no espaço de uma semana. "Juízes apenas se pronunciam pelos autos", alfinetou, numa postura que marca diferença em relação a Barbosa, que vem alimentando declarações na imprensa sobre diversos casos, em especial a respeito da Ação Penal 470, o mensalão.

Em São Paulo, Lewandowski participou de uma cerimônia no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, na saída, não atendeu aos pedidos dos jornalistas presentes a comentar os recentes atropelos do presidente do STF. O ministro explicou rapidamente que decisões monocráticas, como os veredictos em questão, permitem um tipo de recurso chamado "agravo regimental", o que lhe dará a chance de se manifestar no pleno do STF no momento oportuno.

As decisões revogadas por Barbosa foram tomadas por Lewandowski durante o período de recesso.

Ao retornar de férias, o presidente da Corte decidiu revogar uma série de decisões e, pelos autos, apresentou queixas sobre a conduta de Lewandowski. Uma delas, a mais polêmica, derrubou determinação de Lewandowski à Justiça do Distrito Federal para que analise de pedido de trabalho externo feito pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, que cumpre pena em regime fechado em Brasília desde novembro do ano passado, depois de condenado no julgamento do mensalão.

Durante as férias na Europa, Barbosa já havia criticado Lewandowski por não determinar a prisão do ex-deputado João Paulo Cunha (PT), também condenado pelo STF na Ação Penal 470. "Se eu estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão", afirmou à ocasião.

Os desentendimentos entre os dois se tornaram públicos justamente durante o julgamento do mensalão, quando Lewandowski, revisor do caso, apresentou divergência com a postura defendida por Barbosa, que foi o relator. Os dois chegaram a trocar farpas em plenário, e o presidente da Corte chegou a fazer insinuações sobre as posições defendidas pelo ministro, atual vice-presidente.
 
Também do Blog ContrapontoPIG

Barbosa vai sair. É o Inquérito 2474

Posted: 16 Feb 2014 02:35 AM PST



Dilma poderá encarcerar Gilmar, a mais maldita das heranças de FHC, no reservado da minoria irrelevante
Do Conversa Afiada - 15/02/2014
O menino pobre se vingou do verdadeiro

A capa do detrito de maré baixa desta semana traz uma pequena chamada:

“Barbosa e o STF: acho que chegou a hora de sair”.

Se isso se confirmar – o detrito sólido não costuma ter sólidas informações -, Barbosa deixará ao Presidente Lewandowski pesado fardo:

- mandar o Genoino pra casa;

- aplicar ao José Dirceu a pena de “semi-aberto” e, não, cozinhá-lo eternamente na Papuda;

- legitimar a Operação Satiagraha, entregue às mão impolutas do relator, Ministro Fux;

- aplicar aos tucanos a mesma leve dosimetria que aplicou aos petistas;

- e permitir que as conclusões do Inquérito 2474 iluminem o Mentirão.

Barbosa terá abandonado o cargo como o “menino pobre que salvou o Brasil da desenfreada corrupção”, como disse, certa feita, o detrito sólido.

E como aquele que “fez a diferença” para as Organizações Globo Overseas.

E, acima de tudo, se terá se vingado do Presidente Lula.

Cabe agora à Presidenta Dilma escolher o sucessor.

Há precedentes perigosíssimos.

Com a próxima aposentadoria de Celso de Mello, a Presidenta Dilma terá em mãos a responsabilidade de encarcerar Gilmar Dantas (*) – que responde ao Suplicy, porque assim é fácil – no espaço reservado às minorias irrelevantes.

Dilma terá a possibilidade de enterrar a última, a sinistra, de todas a mais maldita herança do Príncipe da Privataria.

Os heróis do Olimpo a orientarão e ela dispensará os conselhos do ministro zé da Justiça.

Que deveria dizer à Veja, o mesmo: acho que está na hora de sair !


Paulo Henrique Amorim

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SENADOR SUPLICY ENQUADRA MINISTRO GILMAR MENDES - FALANDO DEMAIS E SEM RAZÃO

Posted: 16 Feb 2014 02:30 AM PST

DAS ARÁBIAS...DEMOROU, MAS...

Finalmente alguém enfrenta e responde com a devida firmeza, e até "ENQUADRA" o ministro falastrão Gilmar Mendes, que dia sim outro também, ocupa páginas de jornais do PIG, atuando muito mais como um político de oposição em campanha, do que na condição de membro do judiciário, que deveria ter recato e observar certos limites, visto que as pessoas das quais anda FALANDO e ATACANDO, são, ainda, RÉUS, em processos dos quais ele participa como juiz.

A CARTA enviada por Eduardo Suplicy ao Ministro Gilmar Mendes, embora com a educação costumeira com que o senador se expressa, não deixa de ser uma DURA no membro do STF.

Traduzindo para a linguagem cotidiana, Suplicy afirma que Gilmar fala demais, fala sem razão, acusa sem apresentar provas e não atua como deveria, no âmbito da Justiça Eleitoral, para reforçar a criação de uma LEGISLAÇÃO que impeça ou minimize as fraudes e corrupção em campanhas para ELEIÇÕES. 

Enfim, quem sabe Gilmar Mendes se aposenta do STF e vai ser VICE de Aécio Neves.


Ofício n.º 00113/2014 Teerã, 15 de fevereiro de 2014.
Senhor Ministro Gilmar Mendes,

Tendo em vista a correspondência de V. Exª. datada de 12 de fevereiro de 2014, devo externar que não tenho dúvidas de que, como cidadão, tem todo o direito de se expressar sobre essa ou aquela situação da vida política de nosso país. Porém, como juiz da causa que condenou os acusados, caberia a V. Exa. maior reserva.

Quando V. Exª. questiona, sem qualquer prova material, a regularidade das doações a José Genoino, Delúbio Soares, José Dirceu, e João Paulo Cunha, passa-me o sentimento de que não julgou com base exclusivamente na razão. Isso não é bom para o papel que o Supremo Tribunal Federal (STF) desempenha na Organização dos Poderes da República.

Até onde tenho conhecimento, as famílias dos quatro membros do Partido dos Trabalhadores é que tiveram a iniciativa de fazer a campanha para arrecadar fundos e pagar as multas condenatórias. Não vejo ilegitimidade ou ilegalidade nessa conduta.

E foi isso que me motivou a escrever a V. Exª. – a surpresa de tomar conhecimento de um comentário público, questionando doações sem qualquer fundamento probatório que o amparasse. E tudo isso, considerando ainda que o julgamento da Ação Penal 470 não está concluído no STF, pois encontra-se em curso a análise dos embargos infringentes.

Noto que V. Exª. não se referiu ao que considero da maior importância em minha carta, qual seja, as decisões que nós do PT e de todos os demais Partidos devemos tomar para prevenir e evitar os procedimentos que foram objeto da Ação Penal 470. Eis porque tenho me empenhado para que venhamos todos, nas campanhas eleitorais, assumir o compromisso de não utilizarmos recursos não contabilizados, de proibirmos as contribuições de pessoas jurídicas, de limitarmos a uma soma módica as contribuições de pessoas físicas e, de exigirmos, durante a campanha eleitoral, a transparência em tempo real, ou nas datas de 15 de agosto, 15 de setembro e ultimo sábado que antecede o domingo das eleições, com o registro na página eletrônica de cada partido, coligação e candidato, de todas as contribuições recebidas. Desta forma, os eleitores terão conhecimento dos doadores e poderão comparar as contribuições feitas com os gastos efetivamente realizados em cada campanha.

V. Exª., que acaba de assumir como ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral, poderia, pela posição que ocupa, incentivar os formadores de opinião da sociedade no que diz respeito à efetivação desses anseios como normas que têm sido apoiadas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, pela OAB e muitas outras entidades da sociedades civil.

Atenciosamente,

Senador Eduardo Matarazzo Suplicy

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Gilmar Mendes não sabe o que diz ou não diz o que sabe

Posted: 16 Feb 2014 02:26 AM PST


Insinuações e ironias de ministro do STF não têm apoio nos autos da AP 470

Por Paulo Moreira Leite

O esforço de Gilmar Mendes para tentar desmoralizar a campanha de solidariedade de tantos brasileiros aos condenados da AP 470 ajuda a entender o caráter precário do foi chamado  de “maior julgamento da história.”
Ao sugerir que o senador Eduardo Suplicy liderasse uma campanha para ressarcir “pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos" no caso do mensalão” Gilmar Mendes assume uma postura espantosa para um ministro do STF.
Faz afirmações que não pode provar, insinua o que não consegue demonstrar.
A atitude de Gilmar é política.
As doações, em escala que surpreendeu os próprios condenados, mostram o repúdio de um número crescente de brasileiros diante dos abusos do julgamento.
Veja só: um ex-ministro do Supremo, como Nelson Jobim -- um dos responsáveis pela indicação do próprio Gilmar ao STF -, deu um cheque de R$ 10 000 para Genoíno. Celso Bandeira de Mello, jurista de folha irretocável, que patrocinou a presença de Ayres Britto na Corte, deu dinheiro para Genoíno e já disse que vai contribuir para José Dirceu.
Ao lado de militantes e de cidadãos comuns, a presença de respeitáveis homens de Direito na campanha pelas doações mostra até onde vai a crítica a AP 470. 
Não é para menos.
A ideia de que houve desvio de recursos públicos é desmentida pelo processo.
A noção que eles chegam a R$ 100 milhões não tem base real alguma. É apenas um novo chute. 
 Quando o julgamento começou, os ministros falavam num desvio  de R$ 115 milhões. Recuaram sem maiores explicações para uma estimativa de R$ 73,8 com base num cálculo desinformado, absurdo, mas cômodo.  Explico os três adjetivos.
 Como esse foi o total de gastos de recursos do Fundo de Incentivo Visanet com a agência DNA naquele período, passou-se a uma crença absurda: de que 100% desse dinheiro foi roubado, não sobrando um único centavozinho honesto para ser gasto com publicidade de verdade. Nenhuma página de jornal, nem um spot de rádio, nem 30 segundos na TV.
É claro que é uma conta de chegar. Era preciso falar em desvio, era preciso dar um número –- apontou-se para aquele que estava à mão. Parece absurdo e é. Mas absurdos ganham verossimilhança e circulam como afirmações verdadeiras em sociedades onde nenhuma instituição cumpre seu papel de fiscalizar e conferir o que dizem as autoridades. Este papel, como se sabe, deve ser cumprido pela imprensa. Mas você e eu sabemos muito bem onde os repórteres se encontravam no julgamento, certo?
Numa prova de que são os principais interessados em conferir gastos e demonstrar o que foi feito, os advogados da defesa acabam de enviar, às 20 maiores empresas de comunicação do país, uma notificação judicial.
Solicitam apenas que elas confirmem – ou desmintam – aqueles recursos que a DNA declara ter enviado a elas.
Em novembro de 2005, os parlamentares da CPMI dos Correios receberam um documento “para uso interno – confidencial” da Visanet.
Os parlamentares perguntaram lá atrás: 
“A Visanet é uma empresa pública”? 
Resposta. “Não. É uma empresa de capital privado.”
Essa mesma afirmação foi confirmada por uma auditoria do Banco Brasil, encerrada em dezembro do mesmo ano. Ali se diz, com base no estatuto da Visanet, que seus recursos deveriam ser destinados a ações de incentivo, “não pertencendo os mesmos ao BB investimento nem ao Banco do Brasil.”
Se a denúncia de desvio de dinheiro público está errada, como conceito, também se desmente, nos números. As contas batem, com diferenças contábeis que podem ser explicadas por razões técnicas – e que nem de longe chegam aos R$ 100 milhões a que Gilmar Mendes se referiu.
(Quantias nesse volume gigantesco, e até maiores, foram mobilizadas por empresas privadas de telefonia que eram clientes das agencias de Marcos Valério. Nenhuma delas, por sinal, foi chamada a prestar contas no julgamento. Nenhuma. Foi assim que se pretendia “ punir os poderosos”, entendeu?).
Por fim, a afirmação de que foram dirigentes do PT que fizeram esses desvios é ainda mais absurda. Não estou falando de Delúbio Soares, por exemplo, que distribuía recursos para o partido e negociava apoio de empresas.
Estou falando de quem tinha acesso ao cofre. Sem ele nada se faz, certo? 
Pode-se ler, no laudo 2828, uma questão básica para se entender o papel do PT na denuncia de desvio de recursos – públicos ou privados.
O relator Joaquim Barbosa pergunta a quem “competia fazer o gerenciamento dos recursos” do Fundo Visanet  repassados a agencia DNA?
Em bom português, o relator queria saber quem fazia os pagamentos – sem o quê, obviamente, não dá para tirar nem uma nota de um real de forma indevida.
O Banco do Brasil responde: quatro diretores eram responsáveis pela gestão do fundo de incentivo entre 2001 e 2005. (Estamos falando dos dois últimos anos do governo FHC, quando a DNA ganhou um bom pedaço da verba publicitária do Banco do Brasil, e dos dois primeiros anos do governo Lula).
Em sua resposta ao relator, o Banco do Brasil faz até um gráfico pequeno, com nomes e datas, para ninguém ficar em dúvida. Até uma criança pode entender: nenhum dirigente indicado pelo PT encontra-se entre eles. Os responsáveis eram todos executivos indicados pelo PSDB. Está lá, numa tabela. Nenhum deles sentou-se no banco dos réus. Repito porque é escandaloso: nenhum. Quem assinava os cheques ficou de fora. Eram afilhados tucanos. 
Cabe a cada um fazer a pergunta que não quer calar: por que o laudo 2828, com uma informação tão preciosa, foi mantido em sigilo no próprio STF, e só foi distribuído para o plenário de ministros DEPOIS que a denúncia da AP 470 já fora aceita?
Minha opinião é a seguinte: temia-se, em 2006, que o debate sobre informações inesperadas e surpreendentes pudessem comprometer a denúncia e estragar o carnaval cívico em  torno do STF. Imagine se fosse possível criminalizar o governo Lula -- até se falava em impeachment, em 2005 -- se a denúncia envolvesse o PSDB, também. Imagine se alguém começasse a perguntar assim: se haviam tucanos no comando do esquema, quem é que colocou essa turma ali? 
Política, meu caro. Política.
Foi a mesma atitude de 2011, quando os ministros resolveram levar o julgamento em frente sem conhecer o inquérito 2474, com revelações que contrariavam o final feliz já anunciado e prometido. Veja você: desistiram de ler o inquérito 2474 sem saber o que tinha lá dentro. 
 Não é de espantar que, agora, se veja uma situação constrangedora e grave de um ministro que faz afirmações que contrariam aquilo que se encontra no processo.
Ou Gilmar Mendes não sabe o que diz. Ou não diz o que sabe.
Você decide o que é mais grave.

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Francisco Almeida 




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