domingo, 6 de outubro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Acabou o teatro: Marina se rende à “Velha Política”


SARAIVA 13


A borboleta virou lagarta?

Posted: 05 Oct 2013 03:51 PM PDT


O tabuleiro mexeu: Campos e Marina estarão juntos em 2014.
Nasce a 'quarta via', o socialismo econeoliberal. "Para destruir o chavismo do PT", diz a suave senadora que deixou o PT em 2009, 'para ser coerente com a luta 'pelo desenvolvimento sustentável'.
Marina decidiu.
E comunicou a seus pares em caráter irrevogável: será a vice de Eduardo Campos, que ganha assim um discurso palatável à classe média, ele que antes só falava à Fiesp e à Febraban.
Marina perde a Rede, mas sobretudo, a aura de maria imaculada e ganha a companhia dos Bornhausen, os afáveis banqueiros de Santa Catarina, que terão o comando do PSB no Estado e voz ativa na esfera nacional.
Os Demos também querem 'destruir o chavismo do PT' e tem precedência na fila. É natural que ocupem espaços.
Parece não incomoda-la: Marina é obstinada. Tudo pela causa. A sua passa a ser a mesma de Campos, Aécio, Serra, Freire e a da plutocracia em busca de uma 'terceira via' para capturar o Estado novamente.
Todos contra Dilma.
Funciona?
Dúvidas: quanto vai durar o casamento entre o personalismo anêmico de votos de Campos e a pureza armada de Marina?
Como evitar que a identidade de propósitos da frente anti-petista apenas pulverize os votos dos já convertidos?
Marina Silva prometeu neste sábado 'sepultar de vez a velha República'. São palavras fortes.
Mas o que cogitaria como nova República um Heráclito Fortes, por exemplo, outro demo recém convertido ao socialismo complacente do PSB?
Como diz Zizek, passada a fase alegre dos consensos, será preciso ir além, sem se transformar em um desastre.
A ver.

No Carta Maior
 
Do Blog COM TEXTO LIVRE.

Acabou o teatro: Marina se rende à "Velha Política"

Posted: 05 Oct 2013 03:47 PM PDT


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

"Estava na cara que ela não ficaria fora do jogo. Até o governo Dilma já contava com a candidatura presidencial de Marina Silva, como escrevi aqui mesmo nesta quinta-feira na coluna "Planalto conta com Marina candidata mesmo sem Rede".

O que ninguém esperava é que a ex-senadora se oferecesse para ser vice de Eduardo Campos, do PSB, o candidato dissidente da base aliada do governo, como ela comunicou aos seus seguidores, reproduzindo o que dissera a ele, ao final de uma reunião que terminou com muito choro de marináticos na madrugada de sábado em Brasília.

_ Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser a sua vice e estou indo para o PSB.

Com esta decisão, anunciada por telefone ao governador de Pernambuco, que há poucos dias rompeu com o governo e tirou seus ministros, acabava o teatro de suspense montado por Marina para anunciar seu destino, depois que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o registro da Rede Solidariedade, o nome de fantasia do partido que pretendia criar desde o seu rompimento com o PV, quando lançou o movimento "Nova Política". Nova?

Para tristeza dos seus "sonháticos", que acreditaram na pregação da missionária mística sobre a falência do antigo sistema de representação, Marina se rendeu à "Velha Política", aceitando o jogo como ele é nada vida real, com o único objetivo de derrotar Dilma e o PT, que ela agora acusa de "chavismo", depois de ter sido ministra de Lula nos seus dois mandatos.

Falaram mais alto os interesses dos seus sponsors, os grandes grupos economicos que investiram nela para a criação do novo partido criado para que Marina pudesse ser candidata a presidente, e não queriam que ela agora, em nome da coerência, simplesmente jogasse a toalha, deixando o caminho livre para a reeleição de Dilma. Marina pode ser acusada de tudo, menos de rasgar votos e se entregar à coerência aos seus princípios.

Daqui a pouco, Eduardo e Marina vão anunciar oficialmente a chapa da "Coligação Democrática", como batizaram a chamada terceira via, tão esperada pelo establishment financeiro-midiático para pelo menos provocar um segundo turno em 2014 e acabar com a hegemonia petista no governo central.

Por ironia do destino, dois políticos historicamente ligados a Lula e ao PT formaram uma chapa forte que surge forte para enfrentar Dilma e Lula, deixando os tucanos Aécio e Serra comendo poeira na sua eterna crise existencial. Podemos não ter Fla-Flu entre PT e PSDB desta vez, como tudo parecia indicar.

Com um cacife de quase 20 milhões de votos nas últimas eleições e o segundo lugar nas pesquisas para 2014, variando entre 16 e 25% das intenções de voto, Marina aceitou disputar a eleição como vice de Eduardo Campos, o quarto colocado, que não consegue passar dos 5%, porque ainda é mais confortável ocupar o Palácio do Jaburú para continuar costurando sua Rede, do que voltar para o Acre de mãos abanando, sem partido, sem cargo e sem mandato. Mais adiante, afinal, as pesquisas poderão até determinar uma inversão dos nomes na chapa.

Deixando os marináticos fundamentalistas e a poesia de lado, Marina fez a escolha certa: ao optar por Eduardo Campos e deixar Roberto Freire chupando o dedo, com seu nanico PPS já rejeitado até por José Serra, a ex-ministra, que de boba não tem nada, aliou-se àquele que considero o mais preparado político brasileiro da geração pós-68. Foi uma jogada de mestre dos dois.
É jogo jogado. O resto é filosofia."

Não é reviravolta. É a direita que se vira e volta

Posted: 05 Oct 2013 02:51 PM PDT



 
serravolta


Do Tijolaço - 5 de outubro de 2013 | 13:33
 


por Fernando Brito
 

O senador Aécio Neves, a esta altura, deve estar em cólicas.

Confirmada a adesão de Marina Silva à candidatura Eduardo Campos e sua presença como vice do neocoronel nordestino, sua já frágil candidatura entra em parafuso.

Nem tanto pela eventual expressão eleitoral que possa ter Campos como candidato de Marina, que é algo ainda a ser provado, porque vice tem a importância eleitoral que Índio da Costa ilustra bem.

Mas porque isso pode significar um movimento de reposicionamento do poder econômico em favor do "galeguinho dos olhos verdes" como forma de tentar derrotar o projeto progressista que Lula, com Dilma, representa.

Ou, traduzindo melhor, um definitivo abandono da elite paulista ao PSDB como seu instrumento de captura do poder.

Em política, todos sabem, as somas não são aritméticas.

Os quatro de Campos e os dezesseis de Marina não somam 20.

Mas, talvez, somem os 13% de Aécio.

E um candidato "confiável" para a direita com  mais de 13% não é o mesmo que Marina com 20 ou 25%.

É uma alternativa, que Marina não era, sozinha, cabendo-lhe o papel, apenas, de garantir o segundo turno, quando fosse ultrapassada pela ação da máquina partidária do PSDB.

Do estranho "contubérnio", como dizia o velho Brizola, entre Campos e Marina, renasce José Serra.

Serra é o "Boi Garantido" da direita, papel que Aécio não conseguiu conquistar.

Está vivíssimo, de novo.

Aécio perdeu o duelo dos netinhos.


Talvez seja preciso chamar o vovô.


.
 
Do Blog ContrapontoPIG

Oposição em apuros

Posted: 05 Oct 2013 02:48 PM PDT


Dificuldades da oposição 
André Singer 


Apenas hoje saberemos se Marina Silva vai se filiar a algum partido a tempo de poder disputar a eleição de 2014.
Independentemente disso, ao ver barrado o registro da Rede pelo TSE na noite de quinta-feira, o grupo da ex-senadora deu mostras de uma fragilidade organizativa inexplicável. Mesmo que tenham ocorrido boicotes cartoriais, como afirmam os sonháticos, caso a coleta de assinaturas tivesse começado há mais tempo -- os anos de 2011 e 2012 foram perdidos sem motivo aparente--, a agremiação da ex- senadora não correria hoje qualquer risco.
As duas opções restantes para o que venho chamando de "novo centro" são ruins do ponto de vista da estruturação de uma terceira força na política nacional. A primeira é ficar fora da corrida do ano que vem. Nada impede, é certo, que, uma vez registrada a Rede, o que certamente acontecerá nos próximos meses, Marina seja candidata competitiva em 2018. No entanto, como mostrou a experiência de Lula, as candidaturas presidenciais no Brasil são poderosas alavancas para organizar partidos. Com isso, quatro anos seriam desperdiçados.
Caso opte por filiar-se a qualquer sigla, Marina pagará o preço de, a todo momento, ter de explicar se cedeu à ambição, uma vez que pretende regenerar os hábitos políticos brasileiros e acabou por usar uma espécie de legenda alugada apenas para ser candidata. Em função disso, uma parcela (mesmo que minoritária) mais engajada do seu eleitorado vai se afastar, reforçando o desencanto com as instituições.
De outro lado, a maneira pela qual José Serra conduziu o processo que o levou, no final das contas, a ficar no PSDB indica o estado de desunião em que se encontram os peessedebistas. O longo flerte de Serra com o PPS mostrou o quanto o ex-governador de São Paulo está incômodo com a prevalência de Aécio Neves no ninho tucano.
Ao ser eleito presidente do partido em maio passado, o ex-governador de Minas adquiriu controle sobre a máquina, tornando praticamente inviável qualquer pretensão serrista a ser candidato à Presidência da República. Em troca, as chances de apoio efetivo ao mineiro por parte do paulista são próximas de zero.
Não obstante os problemas organizativos e de unidade da oposição que ficaram claros nesta semana, a sua dificuldade de fundo ainda é encontrar uma via para tornar-se popular. Se não conseguir atingir o chamado "povão" --para isso, precisará mostrar algum compromisso com as necessidades materiais das camadas de baixa renda--, ficará apenas na dependência de uma piora na economia, com reflexo na inflação, no emprego e na renda.

Caiu a máscara: Marina diz que quer acabar com a hegemonia e o chavismo do PT

Posted: 05 Oct 2013 02:44 PM PDT


BRASÍLIA - Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o "chavismo" do PT no governo. Acusada pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) de ter um processo de decisão "caótico", Marina chegou à reunião dizendo que tinha tomado uma decisão sem volta: seria candidata a vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua posição era inegociável. Na reunião, ela não ouviu, só falou. Mas depois houve uma choradeira geral. Marina então relatou sua conversa com Campos ao telefone:

- Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB - contou Marina, relatando ainda que Campos ficou mudo, mas muito eufórico.

Ela disse que ia ouvir a todos, mas que não voltaria atrás, porque estava sem alternativa. Todos ficaram contra, cada um com seus argumentos. Seu braço-direito da vida inteira, Pedro Ivo batista, seu maior conselheiro, estava por fora do acordo.

- Eu fiz esse acerto com o Eduardo Campos porque chegou a um ponto que eu não tinha outra alternativa. E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil - disse Marina.

- Mas você sabe que se fizer isso vai ter que abrir mão do sonho de ser presidente - ponderou Pedro Ivo.

- Esse sonho vai ficar para outro momento. Vou ser vice do Eduardo e acabar com essa hegemonia do PT na Presidência - disse Marina, mostrando ressentimento com o que considera que foi feito para barrar a criação do Rede.

Ela disse que a combinação é para que a coligação seja PSB/Rede, para que o Rede se incorpore tão logo seja criado. Marina reclamou muito de perseguição dentro do governo e do PT contra ela. Disse que seria muito pior se fosse para um nanico como o PEN ou PMN.

- Eu seria desossada com muito mais facilidade. Seria tratorada. Eu sei que tem mais de duas mil pessoas pagas com dinheiro público para acabar comigo nas redes sociais - disse Marina.

No O Globo
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Do Blog COM TEXTO LIVRE.

Marina vai ao mundo dos mortos?

Posted: 05 Oct 2013 01:35 PM PDT

ADAMS

Marina vai ao mundo dos mortos?

5 de outubro de 2013 | 07:38
O espetáculo post mortem da Rede de Marina é terrivel.
Nunca vi tanta irresponsabilidade política, tanta inconsequência. E tão rápida entrega do cadáver político aos braços do conservadorismo.
O título "Eu já sabia", dado ao artigo da ex-senadora na Folha, mais que uma confessada jocosidade, e de muito mau-gosto, não combina com a atitude de quem diz que o Brasil está na iminência de entrar numa insondável "desordem", supondo-se que ela pretenda dizer isso ao escrever que o país "corre o risco de uma entropia que desfaça todos os avanços que obteve desde o fim da ditadura.", ou seja, de um golpe antidemocrático e um regime autoritário.
Só quem tem pedido, para ser franco, a volta do autoritarismo são alguns dos "companheiros de jornada" das manifestações.
Mas tarde, surge a manifestação do até agora "braço-direito" de Marina, o deputado Alfredo Sirkis.
Em seu blog, embora diga que seguirá sendo "marinista", despeja palavras de calibre pesadíssimo sobre ela:
"As vezes (Marina)falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares.  Tem certas características dos  lideres populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d'alma que em geral eles não têm."
Não sei, no momento em que escrevo, se ela vai se filiar a outro partido e se esse partido é o PPS de Roberto Serra e, como todos sabem, de José Freire.
Não é preciso mais para esclarecer o campo político em que Marina Silva vai, ou admite ir, para se abrigar.
Mas, se fosse preciso, bastaria este parágrafo do Estadão:
Marina foi pressionada por empresários que têm financiado seu projeto político de criar um partido a sair candidata. Foi dito a ela que não seria possível ela abandonar um projeto que contou com tantos apoios, inclusive financeiro na sua trajetória para criar a Rede.
Marina não sai desta barafunda  apenas bem menor que entrou. Sai mais desnuda politicamente.
O Brasil é, realmente, um país sui generis.
Onde o que se apresenta como novo é mais velho que a Sé de Braga.
Marina, no PPS, seria o Serra da Floresta.
A ex-doméstica, candidata dos bacanas.
Para, claro, servir-lhes.

Por: Fernando Brito
 
Do Blog TIJOLAÇO

Serra desistiu? Aécio que se cuide!

Posted: 05 Oct 2013 01:29 PM PDT

Ele

Em entrevista neste sábado ao jornal Estadão, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reforçou a dúvida que atormenta os tucanos. Apesar de ter anunciado que não trocaria de partido para disputar as eleições presidenciais de 2014, o eterno candidato José Serra ainda está no páreo e vai dar muita dor de cabeça para o cambaleante Aécio Neves. "O Serra tem enorme prestígio político, pessoal, tem voto. Ele tem prestígio real e seu engajamento na campanha é muito importante para a vitória, seja ele candidato ou não. Essa decisão nós só vamos oficializar no ano que vem".

"Eu diria hoje que a maioria dos militantes do PSDB pende para o Aécio, mas a candidatura Serra, se ocorrer, será vista com naturalidade por todos", completou Aloysio Nunes, um serrista de carteirinha. A entrevista desmonta a imagem de unidade tucana que os seguidores do senador mineiro e presidente da sigla tentam plantar na mídia amiga. Nada ainda está definido no principal partido da oposição e a decisão da ex-verde Marina Silva de ingressar no PSB e fazer uma dobradinha com Eduardo Campos deve conturbar ainda mais o conflagrado ninho tucano.

No próprio anúncio de que não abandonaria o PSDB, o ex-governador paulista foi enigmático. Ele não disse que apoiaria Aécio Neves – nem sequer citou o seu nome. "A minha prioridade é derrotar o PT, cuja prática e projeto já comprometem o presente e ameaçam o futuro do Brasil... O PSDB, partido que ajudei a conceber e a fundar, será para mim a trincheira adequada para lutar por esse propósito. A partir dela me empenharei para agregar outras forças que pretendem dar um novo rumo ao país", afirmou o maroto José Serra em sua página no Facebook.

Ao "festejar" a decisão do seu rival de permanecer na sigla, o cambaleante presidenciável tucano também foi cauteloso. "Ainda não é o momento definir a candidatura presidencial do PSDB e do conjunto de forças que se dispuserem a marchar conosco. A presença de José Serra em nossas fileiras fornece a nós, tucanos, e aos partidos aliados uma opção de grande dimensão política a ser avaliada no momento e segundo critérios adequados para o sucesso da luta comum", afirmou Aécio Neves numa lacônica nota oficial.

Como registrou na ocasião Josias de Souza, blogueiro da Folha com livre trânsito do ninho, as duas manifestações evidenciam que a rinha tucana ainda não foi decidida. "Quem olhar para o PSDB acreditará na possibilidade de paz no Oriente Médio... Serra tentou de tudo para virar candidato. Mas, tudo não quis nada com ele. A bordo do PPS, teria um tempo de propaganda mixuruca. Os financiadores de campanha torceram o nariz. E Serra se deu conta de que a coragem é essa curiosa qualidade que foge justamente nos instantes de maior apavoramento. A taxa de desunião do PSDB não aumentou. Continua nos mesmos 100%".

Altamiro Borges
 
Também do Blog COM TEXTO LIVRE.

Marina decide se filiar ao PSB para ser vice de Campos em 2014

Posted: 05 Oct 2013 01:26 PM PDT


A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB e sair como candidata a vice na chapa do governador Eduardo Campos (PE). A decisão foi tomada após conversas iniciadas na noite de ontem e concluídas na manhã deste sábado (5).

Até então, Marina era, assim como Campos, virtual candidata à Presidência da República nas eleições de 2014.

Marina está discutindo com aliados a melhor maneira de explicar publicamente as razões pelas quais seria vice na chapa. Em 2010, ela concorreu à Presidência e foi o "fator surpresa" ao conseguir 19,6 milhões de votos e ficar em terceiro lugar.

Para ampliar a força do grupo contra a polarização PT-PSDB, o PPS está sendo chamado a integrar a coalizão. O partido foi uma das legendas que ofereceu abrigo a Marina após o veto da Justiça Eleitoral ao partido que ela tentou organizar, a Rede Sustentabilidade.

A união tem o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).
Postado por às 12:00Marcadores: ,
 
Do Blog COM TEXTO LIVRE.

A volta do morto-vivo

Posted: 05 Oct 2013 10:39 AM PDT


Embate entre Aécio Neves e José Serra
não está definido / Jose Cruz/ABr
Mauricio Dias, CartaCapital
 
"Aparentemente, a disputa presidencial voltará ao embate já corriqueiro entre o PT e o PSDB. Tem sido assim ao longo dos últimos 20 anos. Ou seja, cinco eleições presidenciais. Pode haver uma variação no sexto confronto, em 2014, se o tucano mineiro Aécio Neves for candidato. Os paulistas estiveram presentes em todas as seis disputas pela cadeira do Planalto, em eleição direta, após a ditadura.

Ele, no entanto, não é mais uma aposta certa dos tucanos. Tímido como pré-candidato, ele cedeu à pressão do forte reduto tucano de São Paulo. Alguém diria que as costas de Aécio, com tantos alfinetes espetados, lembram almofada de alfaiate.

Confirmado: Marina Silva se filia ao PSB

Posted: 05 Oct 2013 10:37 AM PDT


Miguel do Rosário, Tijolaço
"A notícia acaba de ser anunciada pela CBN, e já circula rapidamente pelas redes sociais. Marina Silva se filiou ao PSB de Eduardo Campos. As circunstâncias ainda são meio confusas, mas tudo indica que Eduardo Campos sacou uma solução brilhante da cartola: inventou uma tal de "coligação democrática" e "reconhecerá a existência política da Rede".
Apesar de surpreendente, não deixa de ser uma solução quase racional. Marina tem poderosos apoiadores financeiros, que fizeram pesada pressão nas últimas horas. O Estadão sequer hesitou em dar nome aos bois: Natura e Itaú. Mencionou-se ainda articulação do próprio Roberto Irineu Marinho, presidente das Organizações Globo.
A turma do dinheiro estava decidida a manter Marina no páreo de qualquer jeito, e não aceitavam a derrota. A sua presença é fundamental para levar a eleição para o segundo turno.
A notícia ainda precisa ser confirmada, naturalmente, por uma declaração da própria Marina Silva."

 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Justiça: Dois pesos, duas medidas

Posted: 05 Oct 2013 10:33 AM PDT

É intrigante o tratamento diverso dado pelo Judiciário aos dois "mensalões": o petista e o tucano

Da Carta Capital  publicado 05/10/2013 06:08 

 

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
STF 
Divergentes caminhos tomaram os "mensalões tucano e petista


 

por Wálter Maierovitch
 
Preocupa o tratamento diverso dado aos dois "mensalões". Não precisa ser operador do Direito para perceber as diferenças, sem entrar no mérito de condenações e absolvições. Na Ação Penal 536, os tucanos procuraram reduzir danos e difundiram a expressão mensalão mineiro. Como os partidos políticos, pela Constituição, têm "caráter nacional" e são unos, não cabe adjetivar de mineiro. Portanto, mensalão tucano.

O mensalão tucano voltou-se à reeleição do então governador mineiro Eduardo Azeredo em 1998. No "mensalão petista" houve contrafação delinquencial, pois, no quesito originalidade, a primazia ficou com o mensalão tucano. O operador dos dois esquemas era o mesmo, o empresário Marcos Valério. Agora, no quesito compra de consciências, os tucanos caíram na recidiva. Antes da recaída houve compra de votos de parlamentares que propiciaram alteração constitucional para permitir a reeleição presidencial de Fernando Henrique Cardoso.

Essa compra de votos não deu em nada e triunfou, com o prêmio da impunidade, o pactum sceleris de quadrilheiros que propiciou a candidatura de FHC, o qual, nas urnas e em eleições livres, conquistou o segundo mandato. Esse quadro de compra de voto parlamentar não sensibilizou o então procurador-geral da República da época, Geraldo Brindeiro. Nem se cogitou da teoria do domínio do fato, que, no Brasil, está recepcionada com o título de codelinquência e se apoia em regra expressa do Código Penal: "Quem concorre para o crime incide nas penas a ele cominadas". No particular, havia indícios com lastro na suficiência a autorizar uma opinio delicti por parte do Ministério Público.


Com efeito, e em termos de tramitação processual, a Ação Penal 536 no STF move-se, com se diz no popular e com ironia, em ritmo de "lesma reumática". Dos dois lados desses graves e semelhantes sistemas delinquenciais com hierarquias, instituições bancárias coniventes, dinheiro público, lavagem de capitais e ofensa à ordem democrática, financeira e tributária, são apontados como protagonistas o atual deputado Eduardo Azevedo e o ex-ministro, já condenado, José Dirceu.

Azeredo goza de foro privilegiado junto ao Supremo Tribunal Federal e os copartícipes do mensalão tucano, sem prerrogativa de função, respondem em grau inferior de jurisdição. No "mensalão petista", ao contrário, o STF decidiu pelo processo único em face de conexão probatória, algo, por evidente, também presente no mensalão tucano. Assim, José Dirceu e a raia miúda que não gozaria de foro privilegiado como regra restaram, pela vis atrativa,  julgados pelo próprio STF.
O réu também poderá, posteriormente, bater às portas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do STF. Terá, assim, garantido o duplo grau de jurisdição. Algo impossível aos condenados na Ação Penal 470. No STF e na Ação Penal 470 só teremos reexame e a alcançar as imputações onde foram lançados quatro ou mais votos absolutórios: embargos infringentes.

Não bastasse, surgiu uma novidade absoluta. O ministro Luiz Fux, relator sorteado, sustenta, como informado pelos jornais, que pretende limitar os embargos infringentes à discussão de teses e não à reavaliação das provas. Tudo como se estivessem os ministros em sede de edição de súmulas vinculantes ou numa academia de letras jurídicas. E os embargos infringentes, desde a sua origem nas ordenações do reino, têm natureza de reconsideração da condenação, com reexame amplo da prova e da adequação penal tipificada em lei.


Por outro lado, o ministro Joaquim Barbosa não cumpriu a promessa de colocar em pauta de julgamento a Ação Penal 536. Depois de eleito presidente, declinou da relatoria com apoio no Regimento Interno e passou os autos ao ministro Roberto Barroso.

Como se percebe, a raia miúda do mensalão tucano foi julgada, em primeira instância, mais rapidamente que o detentor de foro privilegiado Eduardo Azevedo, que nega a autoria e se esforça para manter a velha imagem de Catão das Alterosas.

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Do Blog ContrapontoPIG

Joaquim Barbosa é vendedor de ilusão

Posted: 05 Oct 2013 05:27 AM PDT

Ao encampar a tese da denúncia construída pelo PGR/MPF Antonio Fernando de Souza, o relator Joaquim Barbosa teve como garantia a atuação do PIG bem como a conduta indutora do então presidente do STF Ayres Britto.
Por óbvio contou também com a performance de coadjuvantes contumazes e/ou eventuais, vide os votos proferidos na AP 470.
Mensalão é MENTIRÃO
Para desilusão da ensandecida torcida oposicionista, os ERROS do julgamento da AP 470 são hoje evidentes e notórios.
Joaquim Barbosa e sua trupe conduziram o STF para uma encruzilhada, uma autêntica sinuca de bico ou um xeque-mate.
É insustentável a condenação, pois tem como premissa um crime impossível.
Observe.
Não existe qualquer documento que comprove a afirmação de que o dinheiro - os quase 74 milhões - pertencessem ao Banco do Brasil. Existem sim diversos documentos comprovando que o dinheiro pertencia exclusivamente à empresa privada e multinacional Visanet.
Não existe qualquer documento que comprove a afirmação de que nenhum serviço publicitário foi realizado. Existem sim diversos documentos e milhares de testemunhas de que centenas de serviços publicitários foram realizados: Reveillon de Copacabana 2003; Festa do Peão Boiadeiro em Barretos; XVIII Congresso da AMB em Salvador 2003 com a presença de mais de três mil magistrados; Rede Globo veiculou peças publicitárias e recebeu por isso mais de R$ 5 milhões; patrocínios aos consagrados atletas olímpicos Guga, Adriana e Shelda; exposição África no circuito CCBB no RJ, SP e DF; além de outras dezenas de atividades publicitárias de fácil comprovação.
Portanto, como afirma o jornalista Raimundo Pereira em sua revista RETRATO DO BRASIL e também no recém lançado filme: Mensalão AP 470, STF, Julgamento Medieval; é mentirosa a tese de desvio de dinheiro público do BB. Aqui o link do filme http://www.megacidadania.com.br/mensalao-ap-470-stf-julgamento-medieval/
ANULAR O MENTIRÃO
Diversas pessoas desejam saber como proceder para auxiliar na anulação do MENTIRÃO.
Nosso entendimento é de que temos algumas tarefas como ampliar a divulgação dos ERROS da AP 470, divulgar mais e mais o filme produzido pela revista RETRATO DO BRASIL (link acima), inundar o STF com mensagens via e-mail's, cartas e similares, além de comparecer, divulgar e/ou assistir transmissões dos eventos sobre os ERROS da AP 470 como o do dia 14/10 no RJ com a presença de João Paulo Cunha. Aqui o link do evento com JPC https://www.facebook.com/events/606413392735681/
Por óbvio, cabe às entidades organizadas, sindicatos e suas centrais sindicais, parlamentares e seus partidos políticos, universitários e centros acadêmicos, organizarem núcleos de debate e divulgação dos ERROS da AP 470 e suas consequências para toda a sociedade, posto que eles, os ERROS, ultrajam o estado democrático de direito.
A seguir três links de postagens importantes:
É DEVER DE CONSCIÊNCIA DE TODOS QUE TENHAM CONHECIMENTO DOS NOTÓRIOS E EVIDENTES ERROS COMETIDOS PELO STF NA AP 470 EXIGIREM A ANULAÇÃO DA FARSA.
Postado há 13 hours ago por
 

Vergonha no STF

Posted: 05 Oct 2013 05:23 AM PDT

O grande problema da mais nova investida do presidente do STF, Joaquim Barbosa, contra o jornalista Felipe Recondo, do Estado de S. Paulo, é a certeza de que ele não está falando a verdade
Numa situação constrangedora para o País, uma autoridade que responde por um dos três poderes da República decidiu empenhar-se uma operação mesquinha. Usou de sua autoridade para tentar forçar a demissão da advogada Adriana Leineker Costa, funcionária do gabinete ocupado por Ricardo Lewandovski, onde ela trabalha desde 2000. Na época em que a doutora chegou ao STF, nem o atual presidente do STF nem o vice sequer tinham o direito de imaginar que hoje em dia estariam dando expediente por ali. 
Num ofício em que procura justificar seu gesto, mas apenas envergonha as partes envolvidas, Barbosa alegou que a presença de Adriana Leineker Costa configura uma situação "aética" em função de uma "relação marital" com um "jornalista-setorista de um grande veículo de comunicação" que exerce sua atividade nas dependências do tribunal, utilizando-se "da infranet, internet e telefones colocados a sua disposição". Diz Joaquim que, em função de sua relação "marital", o marido da funcionária usufrui de "situação capaz de gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir nossa rotina de trabalho."
Por trás de um palavreado típico de quem não expressa o pensamento com clareza, o presidente do STF cometeu várias atitudes inconvenientes em nome de fantasias absurdas. Para começar, não há base legal para se afastar uma pessoa de seu emprego em função do casamento, assunto que diz respeito à vida privada de todo mundo. Mesmo que a doutora Adriana fosse casada com um criminoso de alta periculosidade, cumprindo pena em presídio de segurança máxima, teria o direito integral a garantir o próprio sustento num emprego digno, exercido depois de prestar concurso público, cumpridas todas as exigências legais. Depois da Idade Média, nenhuma autoridade tem o direito de imiscuir-se na vida privada de homens e mulheres que, recentemente, conquistaram inclusive o direito de unir-se a pessoas do mesmo sexo, não custa recordar. Visões preconceituosas que incluíam no passado expressões como "más companhias", "tipos indesejáveis" e "passado duvidoso" não fazem parte do convívio numa sociedade democrática. 
A nenhuma autoridade cabe a prerrogativa de zelar por um suposto "equilíbrio" na "relação entre jornalistas" encarregados da cobertura da área em que atuam. Num País onde a censura é proibida pela Constituição, não cabe ao presidente do STF, nem à presidenta da República, nem ao delegado da esquina e nem ao pipoqueiro do parque de diversões tomar qualquer providência para orientar, definir, equilibrar ou desequilibrar o trabalho dos jornalistas. Quem deve cuidar dessa tarefa é o pauteiro do jornal, profissional encarregado de distribuir repórteres pelas diversas áreas de cobertura. Quem julga se um trabalho está equilibrado, ou não, é outro jornalista, o editor. 
Em qualquer caso, a organização de uma cobertura é, na forma e na essência, uma atribuição exclusiva de quem escreve e de quem lê uma notícia. Faz parte de sua liberdade que, por definição, não é equilibrada nem desequilibrada – apenas é. 
Toda pressão externa para interferir nesse trabalho nada mais é do que uma forma de pressão, abuso e intimidação. 
E é neste terreno, das liberdades e garantias individuais, que a intervenção do ministro do STF se mostra preocupante. Foi a Felipe Recondo a quem Joaquim Barbosa se dirigiu em 2010, em termos grosseiros e inaceitáveis, quando este tentou cumprir a obrigação profissional de lhe dirigir uma pergunta – e foi interrompido antes que pudesse terminar a questão. O caso produziu um escândalo e uma sequência vexatória. A assessoria de imprensa do STF divulgou, na época, uma nota onde sustentava a desculpa de que a reação descontrolada se deveria às dores nas costas de Joaquim Barbosa. 
Não se deve esperar, no entanto, que o caso receba o tratamento que deveria, embora estejamos falando de algo tão essencial para um País como a palavra do presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Foi esta palavra que se colocou em dúvida com a dor nas costas de 2010, e é ela que se coloca em dúvida, com o argumento de "aética" sobre a "relação marital" e o jornalismo "desequilibrado" de 2013. Mas todos podem ficar tranquilos, pois logo o caso estará esquecido. 
Da mesma forma, a prisão de Claudia Trevisan, correspondente do mesmo jornal, quando tentava entrevistar Joaquim Barbosa em Yale, talvez nunca venha a ser inteiramente esclarecida. 
O que se teme, na verdade, é que este comportamento condenável do presidente do Supremo possa contaminar a avaliação de seu papel Ação Penal 470. A cada dia que passa, surgem vozes autorizadas em torno do julgamento para condenar a falta de garantia aos réus e o pouco respeito exibido pelos direitos da defesa. Os acusados falam de irregularidades e episódios mal explicados. Descrevem inquéritos mantidos em segredo, provas que poderiam ser úteis, mas jamais foram exibidas na hora certa. Eles também se queixam de documentos públicos, como inquéritos da Polícia Federal, auditorias de empresas estatais, que não foram devidamente esclarecidos pelos ministros no tribunal. 
São elementos coerentes com o retrato de um juiz que divulga notas à imprensa que ninguém leva a sério, e invade a vida privada de uma funcionária da Justiça para atingir a reputação de um repórter, detentor de um Prêmio Esso, a mais alta distinção da carreira, a quem acusa de agir de forma "desequilibrada." A menos que se queira acreditar que as pessoas mudam de personalidade na mesma velocidade com que trocam de roupa, seria bom perceber que uma coisa tem muita relação com a outra.
 
Do Blog O Esquerdopata

Príncipe da Privataria vai percorrer o Brasil

Posted: 05 Oct 2013 05:20 AM PDT

Istoé detalha conexão Paris-PSDB paulista

Posted: 05 Oct 2013 05:17 AM PDT

 

Do Brasil 247 - 4 de Outubro de 2013 às 21:34

 

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Esquema tinha como peça central Andrea Matarazzo; nasceu na área de energia e migrou, depois, para o setor de transportes; propinoduto tucano movimentou mais de R$ 425 milhões; investigações da Polícia Federal, a partir dos apontamentos feitos pelo Ministério Público, podem estar chegando em sua etapa conclusiva: relação entre a empresa francesa Alstom e os tucanos paulistas começam a ficar mais claras, para provar caso de superfaturamento; reportagem também aponta os lobistas dos esquemas de energia e transporte:  um deles é Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e diretor dos Correios na gestão FHC



247 – Os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE) são apontados em nova reportagem da revista Istoé que chega neste sábado (5) às bancas, como peças centrais nos escândalos que envolveram os governos paulistas em São Paulo. Primeiro na área de energia, depois no transporte público, atravessando as gestões de Mário Covas (1995-2001), de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010). Esquemas envolveram pelo menos R$ 425 milhões dos cofres públicos. "Parte da propina paga pela empresa francesa Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista", diz a matéria
"Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de "política de poder pela remuneração"", anota.

Confira a reportagem na íntegra:

Operação França

Investigações chegam ao topo do esquema e mostram que líderes tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP

As investigações sobre o escândalo do Metrô em São Paulo entraram num momento crucial.
 Seguindo o rastro do dinheiro, a Polícia Federal e procuradores envolvidos na apuração do caso concluíram que o esquema do propinoduto tucano começou a ser montado na área de energia, ainda no governo de Mário Covas (1995-2001), se reproduziu no transporte público – trens e metrô – durante as gestões também de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010) e drenou ao menos R$ 425 milhões dos cofres públicos. Para as autoridades, os dois escândalos estão interligados. Há semelhanças principalmente no modo de operação do pagamento de propina por executivos da multinacional francesa Alstom a políticos e pessoas com trânsito no tucanato para obtenção de contratos vantajosos com estatais paulistas. Nos dois casos, os recursos circulavam por meio de uma sofisticada engenharia financeira promovida pelos mesmos lobistas, que usavam offshores, contas bancárias em paraísos fiscais, consultorias de fachadas e fundações para não deixar rastros. A partir dessas constatações, a PF e o MP conseguiram chegar ao topo do esquema.

Ou seja, em nomes da alta cúpula do PSDB paulista que podem ter tido voz ativa e poder de decisão no escândalo que foi o embrião da máfia dos transportes sobre trilhos. São eles os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE). Serrista de primeira hora, Matarazzo é acusado de corrupção por ter se beneficiado de "vantagens oferecidas pela Alstom". De acordo com relatório do MP, as operações aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe Jaffré, representantes da Alstom no esquema que teria distribuído mais de US$ 20 milhões em suborno no País. É a chamada conexão franco-tucana.

Para avançar ainda mais nas investigações e conseguir esquadrinhar com precisão o papel de cada um no esquema, a procuradoria da República obteve judicialmente a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos três líderes tucanos e de mais oito pessoas. Constam da lista lobistas, intermediários e secretários ou presidentes de estatais durante a gestão de Mário Covas (PSDB) em São Paulo. A ordem judicial também solicitou informações sobre o paradeiro dos dois executivos franceses. As investigações conduzidas até agora já produziram avanços importantes. Concluíram que parte da propina paga pela Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista. Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de "política de poder pela remuneração".

Uma série de evidências demonstra que a máfia na área de energia serviu como uma espécie de embrião do cartel dos trens. Ao elencar os motivos do pedido de quebra de sigilo, o procurador da República Rodrigo de Grandis faz a ligação entre os dois esquemas ao destacar a existência de "contratos de consultoria fictícios utilizados para o pagamento, entre abril e outubro de 1998, quando a Alstom T&D (por meio do consórcio franco-brasileiro Gisel) e a Eletropaulo negociavam um contrato aditivo à obra de reforma e expansão do Metrô de São Paulo".

Os métodos para acobertar os pagamentos de suborno utilizados pela Alstom se assemelham aos de outras empresas do cartel dos trens, a exemplo da Siemens. Como ISTOÉ mostrou em julho, a multinacional alemã, por meio de sua matriz ou filial brasileira, contratava as offshores uruguaias Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A, controladas pelos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, falecido. Os irmãos ficavam encarregados de intermediar ou distribuir o dinheiro da propina. Porém, o número de empresas em paraísos fiscais usadas pela Alstom para encobrir o pagamento dos subornos pode ter sido bem maior. Pelo menos cinco já foram identificadas: a MCA, comandada por Romeu Pinto Júnior e com sede no Uruguai, a Taltos, a Andros, a Janus e a Splendore. Elas eram operadas pelos franceses Pierre Chazot e Philippe Jaffré, então executivos da Alstom, por meio de procurações. Eles abriam contas nos Estados Unidos e na Suíça e distribuíam os recursos. Foi através dessa engrenagem que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e homem forte do governo Mário Covas, Robson Marinho, recebeu cerca de US$ 1 milhão em uma conta na Suíça. O montante encontra-se bloqueado pela Justiça do país europeu.

Se alguém preferisse receber no Brasil, os executivos da francesa Alstom também se encarregavam de fazer o caminho de volta por um doleiro. Em depoimento ao Ministério Público, Romeu Pinto Júnior confirmou que recebia os valores em notas e que o executivo Pierre Chazot "lhe ordenava entregar os pacotes com dinheiro em espécie a pessoas". 

Porém, inacreditavelmente, declarou "que desconhece a identidade" daqueles que foram os destinatários dos polpudos envelopes. Parte do dinheiro que chegou às mãos de Romeu veio pelo doleiro Luiz Filipe Malhão e Sousa. Ele assumiu para as autoridades ter feito duas remessas de contas da MCA do Exterior para o Brasil. "A primeira no valor de US$ 209.659,57", destaca documento do MPF. "A segunda no valor de US$ 298.856,47", consta em outro trecho. A origem de ambas as operações era uma conta da MCA no banco Union Bacaire Privée, de Zurique, na Suíça.

Assim como outras empresas do cartel, o conglomerado francês também lavava o dinheiro da propina em território nacional. O esquema consistia em contratar empresas brasileiras que emitiam notas de serviços que nunca foram prestados. Em troca de comissão, os valores pagos eram repassados pelos contratados a políticos e servidores públicos, sempre seguindo as ordens dos executivos do grupo francês. Era esse serviço que a Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos, com um único funcionário, desempenhava. "A principal origem de receitas (da Acqua Lux) advém de serviços prestados à Alstom T&D Ltda.", destaca documento do MPF. "Os peritos verificaram a possibilidade de a empresa, nos anos 2000 e 2001, não ter prestado efetivamente serviços para a Alstom", diz o MP em outro trecho. O proprietário da companhia, Sabino Indelicato, figura entre os indiciados pela Polícia Federal. Na Siemens, a encarregada dessa função era a MGE Transportes, dirigida por Ronaldo Moriyama. De acordo com uma planilha de pagamentos do conglomerado alemão, já revelada por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a políticos e diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Também chama a atenção da Polícia Federal e do Ministério Público o fato de os dois escândalos utilizarem lobistas e consultores em comum. Um deles é Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (1994) e diretor dos Correios na gestão Fernando Henrique Cardoso, Fagali Neto é conhecido pelo seu bom trânsito entre os tucanos. Seu irmão José Jorge Fagali foi presidente do Metrô na gestão de José Serra e é investigado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual por fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do estatal. Em 2009, autoridades suíças sequestraram uma conta conjunta com US$ 7,5 milhões de Fagali Neto com José Geraldo Villas Boas – também indiciado pela PF. A quantia depositada no banco Leumi Private Bank AG teve como origem o caixa da francesa Alstom. Agenda e e-mails entregues por uma ex-funcionária de Fagali Neto ao MP mostram que ele prestava serviços também a outras empresas da área de transporte sobre trilhos relacionadas ao cartel. Entre elas, a canadense Bombardier e Tejofran. O seu interesse pelo setor é tamanho que, por e-mail, ele recebeu irregularmente planilhas de um projeto ainda em desenvolvimento de Pedro Benvenuto, dirigente da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo demitido nas esteiras das acusações. Em outra troca de mensagens com agentes públicos, Fagali Neto também mostra preocupação com a obtenção de financiamento junto ao Banco Mundial (Bird), BNDES ou JBIC para as obras das linhas 2 e 4 do Metrô paulista. Tamanha interligação entre os esquemas, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, não é mera coincidência.
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Também do Blog ContrapontoPIG

Giap o homem que humilhou dois impérios

Posted: 05 Oct 2013 05:13 AM PDT



Do Outras Palavras - 04/10/2013

131004-Vietnã
Morre no Vietnã, aos 102 anos, gênio militar responsável por arrasar "mito da invencível superioridade dos Estados Unidos"

Por Xavier Monthéard, no Le Monde Diplomatique | Tradução: Antonio Martins
Do nada, ele fez um exército; de um enfrentamento local, um símbolo da resistência à iniquidade. Ele venceu os franceses da batalha de Diên Biên Phu, em 1954, e depois arrasou os norte-americanos, com a Ofensiva do Tet, em 1968. Um David que triunfou sobre diversos Golias: assim se inscreve o general Vo Nguyen Giap na história do Vietnã.
Giap nasceu em 25 de agosto de 1911, em Annan, protetorado da Indochina francesa. Foi criado por sua família numa atmosfera de orgulho pela dominação estrangeira. No colégio de Hue, a leitura do Processo da Colonização Francesa, de Ho Chi Mihn, transtorna-o. A ganância dos colonizadores, seu desprezo pela população local e sua brutalidade provocam, em 1930, um vasto levante, duramente reprimido. Instruído pela prisão, Giap terá, a partir de então, vida dupla.
Forma-se em 1934, torna-se professor, casa-se. Ao mesmo tempo, ingressa no Partido Comunista, clandestino. As bases do Vietminh, uma estrutura operária e camponsesa ligada à Internacional Comunista, estão superadas. Na China, Giap recebe, em 1940, orientação de formar um exército de libertação. Tem trinta anos, seu futuro transforma-se. A partir de então, três décadas de combate – pela independência, em setembro de 1945; contra o ocupação francesa da Indochina, até 1954; contra os invasores norte-americanos, expulsos em 1975 – serão marcadas por seu gênio militar.
De volta a Dien Bien Phu, quarenta anos após vencer os franceses. Abnegação dos soldados e unidade profunda com camponeses eram conceitos-chave para Gia
 De volta a Diên Biên Phu, em 1994, quarenta anos após vencer os franceses. Abnegação dos soldados e unidade profunda com camponeses eram conceitos-chave para Giap
Sem formação militar acadêmica, Giap refina o conceito de "guerra popular prolongada": um exército de camponeses firmemente apoiado na população. Suas tropas souberam ser respeitadas nos vilarejos por sua abnegação, que contrastava com a arrogância francesa e norte-americana. Em contrapartida, os civis ajudavam os soldados e tornaram possíveis proezas logísticas. Basta vislumbrar as dificuldades do cerco de Diên Biên Phu: durante 55 dias, jangadas e bicicletas, que se esgueiravam pelas trilhas da floresta, abasteceram de alimentos e munições um exército sob chuva de bombas e napalm.
Para Giap, a guerra revolucionária comportava três fases: a defesa estratégica, a guerrilha e a contra-ofensiva. Ele foi insuperável nas duas primeiras, mas se mostrava às vezes impaciente, nas operações de grande amplitude. Soube, porém, transformar uma derrota tática, como a de Têt, numa vitória política: a opinião pública norte-americana tremeu, quando descobriu a onipresença dos "Vietcongs".
Afrontado por uma lógica de aniquilação, Giap desenvolveu uma estratégia que fez voar em pedaços o que ele chamava de "mito da insuperável potência das tropas norte-americanas". Segundo um de seus biógrafos, Cecil B. Currey, Giap foi "talvez o único gênio militar do século 20 e um dos maiores de todos os tempos" – porque "desencadeou uma batalha contra seus inimigos a partir de uma situação de grande fraqueza, começando quase sem tropas, porém capaz de vencer sucessivamente os vestígios do império japonês, os exércitos da França (à época segundo império colonial) e os Estados Unidos, então uma das duas superpotências do mundo"
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Do Blog ContrapontoPIG
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Francisco Almeida 




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