SARAIVA 13 |
- O último Datafolha é cruel para os tucanos
- Maioria absoluta é favorável à contratação de médicos estrangeiros
- A entrevista de Luís Fernando Veríssimo
- Fernando Veríssimo. A imprensa, a direita, Brizola, Lula e o propinoduto tucano. Não há dúvidas da antipatia da mídia em geral com o PT e com o ex-presidente Lula. A direita não digeriu o "sapo barbudo"
- Veja e Época e a história que não lhes convém
- José Serra entra na pesquisa, mas só ameaça Aécio Neves
- Luís Fernando Tófoli "Como médico e professor de Medicina, declaro que a FENAM não me representa!"
- Dez anos sem o Doutor Roberto e o choro de Bonner
- Reforma apoiada por 85% pode não sair
- Caso Siemens desmoraliza de vez a mídia engajada
- Desdobramento de denúncias do cartel do metrô em SP resgatam 'conexão Serra-Arruda'
O último Datafolha é cruel para os tucanos Posted: 12 Aug 2013 03:40 PM PDT Do Diário do Centro do Mundo - 12 de agosto de 2013 Se não encontrar o seu Francisco, o PSDB vai para a Série B da política brasileira. Nenhum deles vai tirar o PSDB do buraco Paulo Nogueira Aécio é um candidato morto em vida, fica claro. Não pegou nem no rastro da queda de Dilma com as chamadas Jornadas de Junho. 2014 pode ter dois cenários, e nenhum inclui o PSDB. Num, Dilma é protagonista sozinha, e leva no primeiro turno, com a popularidade recuperada. No outro, Dilma não inteiramente recuperada, haverá espaço para a candidatura antigoverno. Mas este papel será de Marina, não de Aécio. 2014 tende a ser a primeira vez, em muito tempo, em que os tucanos disputam sem chance de vencer, na condição de figurantes. Se não bastasse a presidência, o governo de São Paulo parece sob real ameaça, dada a fraqueza de Alckmin e consideradas as denúncias de propinas que turvam a imagem de castidade do PSDB. Tudo sugere que Padilha, projetado pelo prestígio de Lula e pelo programa Mais Médicos, será um candidato forte. Por fim, os tucanos enfrentam ainda os delírios presidenciais de Serra, um homem que acredita que nasceu para ser presidente contra a vontade tantas vezes reiterada dos brasileiros. Para usar uma imagem futebolística, o PSDB está ameaçado de rebaixamento. Pode ir para a Série B. Que fazer? Num plano muito maior, uma organização degringolava e parecia morta até aparecer alguém extraordinário: a Igreja Católica. Francisco está, simplesmente, reinventando a Igreja, com muita pregação e muita ação. A primeira coisa: pôs prioridade total nos pobres, até porque são eles que vão encher ou não as missas, se levarmos em conta que em nossos dias o mundo se divide entre os 99% e o 1%. O PSDB está alinhado com o 1%. É o queridinho da voz do 1%, a mídia, mas é cada vez mais rejeitado pelos 99%. Quem tem mais votos e elege são os 99%, por mais dinheiro e voz que o 1% tenha. Quem é o Francisco do PSDB? Sabemos quem não é: FHC, Serra, Alckmin e Aécio. Mas isso não quer dizer que ele não exista. Ninguém conhecia Bergoglio fora de um círculo restrito, e ele está aí, promovendo uma revolução. O mérito da Igreja foi alçá-lo ao poder. Para fazer isso, suas lideranças – incluído aí Ratzinger – tiveram que reconhecer que o caminho que estava sendo seguido levava ao cemitério. O PSDB pode encontrar seu Francisco. Mas para isso tem que entender que sem ele vai para a Série B – e passar a procurá-lo em regime de urgência. Paulo Nogueira. Jornalista baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo. . | ||
Maioria absoluta é favorável à contratação de médicos estrangeiros Posted: 12 Aug 2013 03:36 PM PDT Aumenta aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil Aumentou a aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil, revela pesquisa Datafolha. Segundo o levantamento, feito entre quarta e sexta-feira da semana passada, 54% dos entrevistados são favoráveis ao projeto do governo federal de trazer médicos para trabalhar em regiões onde faltam profissionais de saúde. No fim de junho, o índice de aprovação era de 47%. Da mesma forma, 48% eram contrários ao projeto na pesquisa de junho --agora, esse percentual caiu para 40%. O Datafolha fez 2.615 entrevistas em 160 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. PERFIL De maneira geral, quem apoia a vinda de médicos estrangeiros é homem (59%), tem ensino fundamental (54%), simpatiza com o PT (62%) e avalia bem o governo federal (63%). A maioria (60%) vive no Nordeste do país, principalmente em em cidades de médio porte --entre 50 mil e 200 mil habitantes (60%). Os maiores críticos ao projeto são com ensino superior (52%), avaliam como ruim ou péssima a gestão da presidente Dilma Rousseff (52%) e moram em cidades grandes, acima de 500 mil habitantes (46%). | ||
A entrevista de Luís Fernando Veríssimo Posted: 12 Aug 2013 03:09 PM PDT | ||
Posted: 12 Aug 2013 01:10 PM PDT Veja também: Lóbi irresistível "Irônico e certeiro, o escritor Luis Fernando Veríssimo comenta nesta quinta-feira (8) na sua coluna no jornal O Globo a "surpreendente" cobertura da mídia nativa sobre o escândalo do propinoduto em São Paulo. "Me desculpe, grande imprensa nacional", brinca. Ele lembra do caso do "mensalão" do PSDB de Minas Gerais que foi engolido pelo "pântano silencioso" da mídia e critica "os sistemas métricos diferentes" utilizados nas coberturas jornalísticas. Genial. Vale conferir:" Altamiro Borges 247 - 12 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 08:07 Ao comentar caso de cartel em contratos de metrô em governos do PSDB, escritor diz que não há dúvidas da antipatia da mídia em geral com o PT e com o ex-presidente Lula. Ele aponta como causas o preconceito social e lembra que Brizola dizia que a burguesia teria de engolir o 'sapo barbudo'. "O torneiro mecânico que chegou à Presidência da República inculto não fez um governo catastrófico, na minha opinião foi melhor do que o anterior", diz 247 – Ao comentar as denúncias de cartel em contratos de trem e metrô de SP, o escritor Fernando Veríssimo disse que caso prova que nem o PSDB que tem espécie de reserva moral está a salvo da corrupção. "É uma descrença geral". Segundo ele, não há dúvidas da antipatia da mídia em geral com o PT e com o ex-presidente Lula. Assista a entrevista concedida à Rede TV: Direita não digeriu o "sapo barbudo", diz Veríssimo Tijolaço - 11 de Aug de 2013 | 21:00 Promete a entrevista de Luís Fernando Veríssimo a Kennedy Alencar no "É Notícia" que vai ao ar pela moribunda RedeTV esta madrugada de domingo para segunda. A gente vai tentar postar aqui, assim que possìvel, mas o "trailler" já dá uma boa mostra do que vem aí. Veríssimo lembra a expressão "sabo barbudo" com que Leonel Brizola se referiu a Lula nas eleições de 1989. Vou me servir do Veríssimo e contar como foi essa história. | ||
Veja e Época e a história que não lhes convém Posted: 12 Aug 2013 01:05 PM PDT Tal imprensa inconsequente tem como premissa fundamental ter um peso e duas medidas para tudo o que se dispõe a publicar ou veicular Eurípedes Alcântara, diretor de Veja, sobre o TremSalão: "Há indícios, mas não provas". "(...) ao escândalo Siemens no Brasil faltam evidências sólidas". "(...) tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão buscando". Neste momento respiro fundo após quase cair no chão de tanto rir; na verdade, gargalhar, pois, realmente eu nunca li algo tão cínico e hipócrita, desprovido de senso crítico e noção de ridículo. Realmente, os áulicos da imprensa de mercado superam suas próprias iniquidades e arrivismos e se tornam, sem sombra de dúvida, o que há de pior do que é pior no Brasil. Trata-se de grupos empresariais extremamente autoritários, que se fortaleceram economicamente nos anos de ditadura militar (1964/1985). Após a redemocratização do Brasil, assumiram o lugar dos partidos de direita, que a partir de 2003 perderam o poder federal para os políticos trabalhistas, que são fortes candidatos às eleições presidenciais de 2014. Tais grupos midiáticos não aceitam as decisões das urnas e diuturnamente criam crises politicas que têm o objetivo de desqualificar, desconstruir e, se possível, derrubar do poder os políticos trabalhistas que se tornaram presidentes da República, a exemplo de Lula e Dilma Rousseff. O autoritarismo dos donos de mídias de negócios privados e de seus empregados regiamente pagos para repercutir e irradiar os seus pensamentos políticos e interesses financeiros é similar, sem sombra de dúvida, ao autoritarismo e ao casuísmo dos generais presidentes, que calaram, perseguiram e mataram inúmeros ativistas de esquerda, bem como receberam o apoio inconteste dos barões da imprensa, que hoje pautam a vida brasileira e realizam uma campanha insidiosa e até mesmo violenta contra a mesma esquerda que esses empresários combateram juntamente com os militares que trouxeram angústia e dor à sociedade civil organizada. A Editora Abril e especificamente a Veja, indubitavelmente, não tem compromisso com os interesses do Brasil e com o desenvolvimento da sociedade brasileira. Ponto. As razões apresentadas pelo seu diretor, Eurípedes Alcântara, são vazias, sendo que ele se aproveita do subterfúgio de lembrar dos malfeitos dos petistas, muitos deles que não foram provados e se perderam no "esquecimento" conveniente da imprensa conservadora, para poder defender a corrupção tucana, que foi escondida durante longos 20 anos, o que é um absurdo e um acinte para a sociedade paulista e brasileira. Dos mesmos subterfúgios mequetrefes e malandros se valeu a revista Época e o jornalista Diego Escosteguy, repórter há tempos questionado em sua ética profissional, porque useiro e vezeiro em não provar o que escreveu, quando ele, por exemplo, "denunciou" que havia distribuição de pacotes de dinheiro na Casa Civil. As assertivas de Escosteguy jamais se confirmaram. Ao contrário, foram desmentidas e o jornalista mais uma vez experimentou o sentimento de ser desacreditado. A verdade é que o escândalo contra o PMDB para obviamente atingir o PT anunciado por meio do twitter pelo escriba de Época e repercutido também pelo blogueiro e colunista de O Globo, Ricardo Noblat, profissional conhecido por sua agressividade e oposição aos governantes trabalhistas, já foi, ao que parece, para o espaço. Em vez de ser a bomba anunciada, não passou de um traque, que ora foi negado pelo lobista João Augusto Henriques, em quem Diego Escosteguy se fiou para escrever a sua matéria. De acordo com a reportagem do "notável" repórter, João Augusto teria revelado desvios de verbas da área internacional da Petrobras para promover e financiar as campanhas políticas do PMDB. O vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e o megaempresário, Marcelo Odebrecht, segundo a reportagem, efetivaram o esquema de propinas. A Odebrecht, inclusive, doou US$ 8 milhões para a campanha presidencial, e, em contrapartida, firmou contratos com a maior estatal brasileira. Só que o lobista João Augusto nega as próprias declarações, o que fez diminuir, e muito, a força de explosão da bomba de Diego Escosteguy tão festejada pelo colunista oposicionista Ricardo Noblat. A verdade é a seguinte: tanto o diretor de Veja — a Última Flor do Fáscio —, Eurípides Alcântara, quanto o repórter Diego Escosteguy e os seus chefes diretores e editores de Época, revista das Organizações(?) Globo que, tal qual a Veja, envolveu-se com o escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, querem atingir, por intermédio de suas "reportagens" e editoriais a presidenta trabalhista Dilma Rousseff, e, consequentemente, abafar o, sem sombra de dúvida, megaescândalo de R$ 525 milhões do PSDB paulista, que envolve as suas principais lideranças políticas, a exemplo do falecido Mário Covas, de José Serra, de Geraldo Alckmin e de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — aquele que vendeu o patrimônio público do Brasil que ele não construiu, além de ter pedido esmolas ao FMI de joelhos e com o pires nas mãos por três vezes, porque quebrou o Brasil três vezes. Para quem não sabe, João Augusto Rezende Henriques foi simplesmente o presidente da BR Distribuidora no governo entreguista do neoliberal FHC. O executivo foi condenado a devolver R$ 500 mil à União. Além disso, João Augusto foi vetado pelo Governo Lula para ser nomeado novamente na Petrobras. Ponto. Porém, e apesar de tudo, a imprensa historicamente e de tradição golpista da voz a tal pessoa para atacar políticos do PMDB, com a intenção, óbvia, de macular a imagem da presidenta Dilma Rousseff e do PT. A imprensa comercial e privada, como sempre, considera as "denúncias" de João Augusto irrefutáveis e inquestionáveis. Contudo, e além de tudo, tal imprensa inconsequente tem como premissa fundamental ter um peso e duas medidas para tudo o que se dispõe a publicar ou veicular. Um exemplo notável e de conhecimento público é a matéria de Época deste fim de semana em que põe em dúvida a moral de muitos políticos, pois a finalidade é abafar o escândalo dos tucanos junto à Siemens e à Alstom. Por sua vez, os bate-paus, os pitbulls da imprensa de mercado partem para o ataque quando os seus aliados e cúmplices do PSDB são questionados em seus atos e ações. Dou como exemplo o caso da Lista de Furnas, que mais cedo ou mais tarde vai vir à tona. Pode até demorar, mas é uma questão de tempo. Quem fez as acusações foi o senhor Milton Monteiro, que instantaneamente foi desqualificado pelos jornalistas pertencentes aos quadros do sistema midiático privado cujos patrões são também titulares de concessões públicas, que são indevidamente usadas como ferramenta de oposição aos governos trabalhistas. Milton Monteiro passou um perrengue que ele jamais imaginou passar, mesmo ele sabendo que suas acusações o levassem à condição de alvo. A mídia corporativa é perversa e nunca tergiversa quando tem de afrontar alguém, a fim de resguardar seus interesses políticos e manter intactos os seus negócios. Portanto, o homem que foi condenado a devolver dinheiro público, como é o caso de João Augusto é exatamente em quem a imprensa burguesa mais uma vez se baseia para fazer as suas matérias artificiais, encomendadas e que tem o propósito de soltar uma nuvem de fumaça para causar confusão à sociedade, trazer a classe média conservadora e consumidora de seus produtos jornalísticos para o seu lado e, evidentemente, amenizar os supostos crimes de seus aliados, que, por "coincidência", são tucanos. É esse o som do tambor.. Ponto. Recursos públicos da ordem de R$ 525 milhões em apenas um escândalo foram negociados. Agora a pergunta que teima em não se calar: o que deve ter acontecido em termos de dinheiro nos tempos da privataria tucana? Acho que até o diabo teria vergonha por ser tão humilhado pelas ações privatistas de FHC e de sua equipe, que nunca governaram para o povo brasileiro e, sim, para os interesses dos ricos e dos muitos ricos, dentre eles os estrangeiros. Até hoje o Judiciário e a Procuradoria Geral deste País não tomaram quaisquer atitudes quanto às privatizações, bem como renegaram o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que se baseia fundamentalmente em documentos pesquisados de forma legal, além de mostrar, sem deixar margem para a dúvida, quem são as pessoas que participaram desse processo draconiano de entrega das riquezas do Brasil e do povo brasileiro. Época e Veja não brincam em serviço, e, apesar de seus graves erros no aspecto jornalístico, não vacilam em especular realidades, criar faits divers e elaborar argumentos não plausíveis, porque o propósito é causar confusão e dúvida ao público, criminalizar os políticos e judicializar a política. A imprensa alienígena e corporativa age dessa maneira para continuar sua trilha (não confunda com trilho) de combate e de oposição sistemática contra o Governo trabalhista, o PT ou quaisquer instituições ou pessoas que, porventura, atrevam-se a não concordar ou a enfrentar o pensamento único da mídia burguesa, que luta para edificar a ditadura da imprensa e, por conseguinte, pautar o dia a dia do cidadão brasileiro e governar no lugar dos governantes eleitos. O big brother é a imprensa de negócios privados, ponta de lança da plutocracia e mantenedora do establishment. Se depender dela, os tucanos continuam em seus cargos por mais 20 anos em São Paulo, mesmo o Pais a perceber que o poderoso estado bandeirante está a enfrentar uma verdadeira guerra civil no que concerne a todo tipo de violência, o PIB ter diminuído, a qualidade de vida do paulista ter piorado em todos os aspectos e a corrupção ser endêmica, uma chaga que corrói as estruturas do estado paulista. São Paulo necessita, urgentemente, de mudanças e novos horizontes para que o ar naquela unidade da Federação seja renovado, porque o cheiro de mofo e de podridão é muito forte e não convém à sociedade paulista conviver com políticos que nos últimos 20 anos são os representantes dos interesses dos grandes capitalistas e dos setores mais conservadores e reacionários da sociedade, a exemplo do arrivismo e da iniquidade de Época e Veja. É isso aí. Do Blog O TERROR DO NORDESTE. | ||
José Serra entra na pesquisa, mas só ameaça Aécio Neves Posted: 12 Aug 2013 08:00 AM PDT Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho A pedidos, de tanto insistir, José Serra voltou a entrar na lista de presidenciáveis pesquisados no novo Datafolha. Alcançou 14% num dos cenários, quatro a mais do que Aécio Neves, seu companheiro (?) de partido, que teve a candidatura apoiada esta semana pelos 27 presidentes de diretórios estaduais do PSDB. Além do azar de ter entrado no jogo justamente na semana em que seu nome foi citado no imbróglio do Metrô paulistano, Serra enfrenta vários outros problemas, a começar pela falta de um partido para lançar sua candidatura:* Tendo à frente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o PSDB desta vez está fechado em torno da candidatura de Aécio Neves e não quer nem ouvir falar em prévias. * Como alternativa, Serra pensou em se lançar por uma coligação de pequenos partidos, mas só lhe sobrou o nanico PPS do sempre fiel Roberto Freire, muito pouco para quem almeja uma candidatura competitiva para a Presidência da República. * Mesmo se colocando à frente de Aécio no Datafolha, dentro da margem de erro, a intenção de votos no candidato ainda tucano, com todo o "recall" do seu nome, ficou em modestos 14%, bem abaixo dos índices das últimas campanhas que disputou e perdeu. A 14 meses das eleições, por enquanto o ex-governador de São Paulo e eterno postulante a qualquer cargo é candidato apenas dele mesmo. O que então o leva a insistir em disputar a sucessão presidencial de 2014, pedindo para que seu nome fosse incluído nas pesquisas? Atazanar a vida de Aécio Neves e a de todos os tucanos que o marginalizaram no partido: esta é a única resposta que encontro. A sua entrada em cena ameaça apenas o candidato oficial tucano, que vai mal das pernas. De uma pesquisa para outra perdeu quatro pontos (foi de 17 para 14) no principal cenário. Se o nome de Serra for incluído, cai para 10%. O quadro não chega a ser propriamente animador para nenhum dos dois tucanos, já que Marina Silva, a segunda colocada na pesquisa, cresceu três pontos, passando de 23 para 26%, o dobro de Aécio. E a soma de Aécio com Serra (24 pontos) corresponde praticamente a uma Mariana (23 pontos) quando os dois entram na lista. Dos seis candidatos incluídos na pesquisa _ Dilma, Marina, Aécio, Joaquim, Serra e Eduardo Campos _ quem se saiu melhor foi a presidente que disputa a reeleição (subiu de 30 para 35%), na medida em que três dos possíveis adversários não têm partido até agora (Marina, Joaquim e Serra) e os que têm partido são os que menos pontuam (Aécio e Eduardo Campos). Mais do que todos, porém, o grande vencedor, mais uma vez, foi o ex-presidente Lula. Quando seu nome é incluído, ele aparece como o único que venceria as eleições no primeiro turno, com 51% dos votos. Serra só aparece à frente nos índices de rejeição: tem 36% dos eleitores que não votam nele de jeito nenhum, contra 27% de Dilma e 23% de Aécio. Na próxima semana, deverá ser divulgada a nova pesquisa Ibope, já com o nome de Serra, também a pedidos do próprio.' | ||
Luís Fernando Tófoli "Como médico e professor de Medicina, declaro que a FENAM não me representa!" Posted: 12 Aug 2013 07:53 AM PDT
Do Maria Frô. | ||
Dez anos sem o Doutor Roberto e o choro de Bonner Posted: 12 Aug 2013 04:12 AM PDT O legado do nosso companheiro.
Então são dez anos sem o Doutor Roberto Marinho, um homem nas próprias palavras "condenado ao êxito", completados agora em agosto. Lembremos sua jornada quase centenária sobre esta terra, contritos, e agradeçamos a ele por: 1) conspirar contra um governo democrático e abrir as portas para uma ditadura militar que matou, perseguiu e fez do Brasil um campeão mundial de desigualdade; 2) fazer um pacto com essa ditadura pelo qual em troca de receber uma rede de tevê a apoiaria incondicionalmente; 3) ocupar o Estado brasileiro, de tal forma que sucessivos governos o brindaram com empréstimos multimilionários a juros maternos ou pagáveis, eventualmente, até com anúncios; 4) ocupar também o legislativo nacional, de maneira que quando o Brasil se abriu à concorrência internacional a Globo permaneceu protegida por uma reserva de mercado que contraria o capitalismo de que nosso companheiro tanto falava; 5) criar, na captação de publicidade, uma propina chamada "BV", pela qual a Globo mantém até hoje acorrentadas as agências de propaganda e com a qual mesmo com audiências cada vez menores a receita da empresa continua a aumentar; 6) levar ao estado da arte o merchandising, com o qual os brasileiros são estimulados subrepticiamente a tomar cerveja em todas as ocasiões em cenas de novela pelas quais os fabricantes de novelas pagam um dinheiro muito além da propaganda normal; 7) montar uma programação à base de novelas que ao longo do tempo tanto ajudaram a entorpecer a alma e o espírito crítico de tantos brasileiros; 8) abduzir o judiciário nacional com relações promíscuas, com as quais a emissora pôde montar um esquema bilionário de sonegação sem risco de pagar por isso; 9) manter por tantos anos João Havelange e Ricardo Teixeira na CBF por causa das relações especiais, e com isso conseguir coisas como o pior horário de futebol do mundo, ainda hoje mantido por causa da novela; 10) criar uma cultura de jornalismo da qual derivariam, ao longo do tempo, figuras como Amaral Neto, Alberico Souza Cruz, Merval Pereira, Ali Kamel, William Wack e Arnaldo Jabor. Por tudo isso, e muito mais, como Galvão e Faustão, Huck e Ana Maria Braga, Saia Justa e Manhattan Connection, Proconsult e Diretas Já, BBB e Jô Soares, nós lembramos o legado do companheiro Roberto Marinho e lhe rendemos graças. Paulo NogueiraNo DCM Marcadores: Fundação Roberto Marinho, Organizações Globo Também do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||
Reforma apoiada por 85% pode não sair Posted: 12 Aug 2013 04:06 AM PDT O debate sobre a reforma política está murchando, embora pelo menos 85% do brasileiros seja a favor de mudanças profundas em nosso sistema eleitoral. É surpreendente. Qualquer coisa que agrade a 85% da população de qualquer país - seja uma marca de biscoito, um deputado estilo Tiririca, um programa de TV - costuma ser cobiçada pelas empresas, cortejada pela publicidade, apoiada por artistas e jogadores de futebol. Imagine entrar num clube com 100 pessoas e 85 dizem que você é um cara bacana. Ninguém precisa de terapia, vamos combinar. Com a reforma, isso não acontece. Apesar da popularidade óbvia, ela perde força por um fator conhecido de nossa vida política. Pode representar uma mudança de caráter histórico na construção de nossa democracia e isso assusta muitas pessoas. Apesar de mudanças recentes ocorridas nos últimos anos, vivemos sob um sistema político destinado a manter e reproduzir uma estrutura de enriquecimento fechado e desigual. As vitórias obtidas até aqui são reais, mas podem ser revertidas com relativa facilidade num sistema político destinado a preservar um mundo antigo. Isso porque, junto como a desigualdade social, que é estrutural, estamos preservando a desigualdade entre cidadãos. A reforma só perde vigor porque não interessa aos ricos nem aos muito ricos. São poucos, mas muito influentes. Por isso mesmo podem dar à reforma política o tratamento que se dispensa ao convidado indesejado que apareceu numa festa. Depois de cumprimentá-lo com sorrisos amarelos e tapinhas nas costas, ele vai sendo empurrado para fora de casa sem muita cerimônia. Em voz baixa, convidados se perguntam: "quem teve o mau gosto de trazer essa pessoa aqui?" Os ricos e muito ricos não querem a reforma por um problema doloroso – para eles. Depois de governar aquela terra descoberta por Pedro Álvares Cabral há mais ou menos 500 anos, com uns pequenos carnavais populares aqui e ali, descobriu-se uma coisa. Qualquer mudança a ser feita nas regras eleitorais – a começar pelo financiamento de campanha, a base de tudo – irá dificultar ainda mais a vida dos políticos que defendem seus interesses. Veja só. Pelas regras atuais, um candidato só precisa ser amigo dos ricos e muito ricos para receber uma polpuda ajuda financeira. Isso sempre foi assim – quando os ricos e muito ricos não proíbem eleições, claro – mas há três pleitos presidenciais eles não conseguem emplacar seu candidato favorito e aquela turma debaixo, que sempre foi tratada a pão, água e, de vez em quando, uma bolachinha, nem dá bola para o que eles dizem ou pensam. Pelas regras atuais, que permitem o financiamento de campanha, os ricos e muito ricos podem se beneficiar de uma mágica conhecida como multiplicação financeira dos votos. Seus políticos prediletos recebem muito dinheiro, mas tanto dinheiro, que até se tornam artificialmente competitivos. Contratam bons esquemas de marketing, oferecem empregos para cabos eleitorais, ajudam prefeitos que depois irão ajuda-los e assim por diante. Com dinheiro, a minoria social pode até transformar-se em maioria eleitoral. De seu ponto de vista, os ricos e muito ricos tem razão em se preocupar e colocar a reforma embaixo do tapete. Se a regra mudar, criando um financiamento exclusivo de campanha, eles serão prejudicados. Isso porque cada partido receberá recursos de acordo com o desempenho eleitoral de seus candidatos. É uma forma simples e coerente: quem tem mais votos recebe mais recursos. Bem ou mal, o que se quer é respeitar a vontade do povo. Pode-se até criar uma cláusula de barreira, garantindo um mínimo x para toda legenda que tenha um mínimo y de votos. Mas é claro que, mesmo assim, a democracia não interessa a quem não tem votos. E é por isso que eles tudo farão para impedir a reforma e criticar quem trabalha por ela, mesmo que tenha apoio da maioria dos brasileiros. Não acho que ricos e muito ricos estão condenados a padecer para sempre em posição minoritária em nosso sistema político. Podem ganhar força e até vencer eleições, como se vê no mundo inteiro. Mas para isso seria preciso mudar, e disputar eleições com soluções generosas de progresso econômico e melhora social. E isso é complicado, numa conjuntura econômica difícil como a atual, quando essa turma só pensa em Estado Mínimo e corte de programas sociais – ideia real escondida por trás de avaliações alarmistas e comprovadamente falsas sobre inflação. Seria preciso atualizar-se, num país atravessou mudanças brutais nas duas últimas décadas, que deixaram para trás um passado conformista e retrógrado, ancorado na preservação da desigualdade. Por trás do combate a reforma política, o que se esconde é um programa social, que prega a ampliação descomunal das prerrogativas da minoria. É isso e só isso. "Voz das ruas"? "Monstro"? Os ricos e muito ricos já mostraram que podem valer-se de um descontentamento legítimo – com o próprio sistema político – para estimular a baderna, numa fantasia política que só pode vir à rua com muitas máscaras. Seu jogo é o da irracionalidade. Eles não suportam sequer imaginar a possibilidade de viver num país onde cada homem vale um voto. É muito para eles. E é por isso, e só por isso, que tudo farão para impedir a reforma política, mesmo que tenha o apoio de 85% da população. Não poderia haver demonstração mais enfática de desprezo pela vontade da maioria. | ||
Caso Siemens desmoraliza de vez a mídia engajada Posted: 12 Aug 2013 03:56 AM PDT Do Brasil 247 - 11 de Agosto de 2013 às 09:19 O editorial de Veja desta semana, do jornalista Eurípedes Alcântara, é um monumento ao cinismo. Nele, o diretor da revista afirma: "Há indícios, mas não provas". No texto, diz que "ao escândalo Siemens no Brasil faltam evidências sólidas" e diz que "tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão buscando" (pausa para gargalhada). Antes dele, Merval Pereira havia lamentado a corrupção no PSDB e Reinaldo Azevedo afirmou que a teoria do domínio do fato não poderia ser aplicada a tucanos como Andrea Matarazzo. Essa cautela, evidentemente, jamais existiu em relação aos adversários políticos dessa mesma imprensa, que eram criminalizados ainda enquanto réus. O que demonstra que a ética se transformou, no Brasil, em instrumento de guerra política e comercial 247 - Nunca foi tão fácil enxergar o cinismo, a desfaçatez e a hipocrisia da imprensa brasileira. Bastou que um escândalo atingisse seus aliados políticos tradicionais, para que essa postura viesse à tona. Do escândalo Siemens, emerge uma mídia que opera com dois sistemas métricos distintos: um para os amigos, outro para os adversários. De todas as peças produzidas até agora, a mais cara de pau é o editorial de Veja, assinado por Eurípedes Alcântara. "Há indícios, mas não provas", diz o diretor de Veja. No mundo da Editora Abril, os olhos estão fechados para os emails da Siemens e da Alstom que falam em licitações combinadas e até em propinas para grão-tucanos como Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil, e Andrea Matarazzo, figura próxima a Mario Covas, José Serra e Fernando Henrique Cardoso. No mundo de Veja, não existem provas, apenas indícios, mas há três anos a imprensa noticiou o bloqueio de uma conta na Suíça atribuída a Robson Marinho, braço direito de Mario Covas, cujos recursos seriam provenientes da Alstom (leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo). Documentos agora revelados – e ignorados por Veja – falam que a propina da Alstom cobriria RM (Robson Marinho), o partido (o PSDB) e a Secretaria de Energia (ocupada, à época, por Matarazzo). Como Eurípedes sabe que empresta sua pena a um argumento indefensável, ele praticamente dá um piti, no seu editorial. "A esta altura, porém, não há como esquecer que o PR, o PTB, o PMDB e, claro, o PT acostumaram o Brasil a um padrão de escândalos tão abundantes em provas e com enredo tão ousado quanto primário que é impossível ser igualado. São dólares na cueca, mansão cheia de prostitutas em Brasília, Land Rover, jatinhos, governo paralelo montado em quartos de hotel, balcão de negócios dentro do Palácio do Planalto, filme de corrupto embolsando dinheiro, confissão, drama, condenação à prisão pelo STF – só não tem arrependimento". O que ele não afirma é que o padrão do metrô supera toda a sua descrição. Mais sofisticados, os tucanos operaram com empresas internacionais, indicaram a elas que empresas deveriam ser subcontratadas e, em alguns casos, como parece ser o de Robson Marinho, apontaram as contas no exterior que deveriam receber os recursos. Diante das evidências, cai por terra o argumento de que a imprensa brasileira representa "os olhos e ouvidos da ação". Veja, por exemplo, é claramente caolha. Só enxerga o lado que interessa. Mas não está só. Antes dela, o colunista Merval Pereira lamentou a corrupção tucana e se apressou em inocentar o ex-governador José Serra (leia aqui). Reinaldo Azevedo deu um chilique e afirmou que a teoria do domínio do fato, usada pela Polícia Federal para indiciar Andrea Matarazzo e pelo Supremo Tribunal Federal para condenar José Dirceu, não poderia ser aplicada ao político tucano (leia aqui). Ora, se a mesma cautela fosse aplicada aos adversários dessa mesma imprensa, o julgamento mais emblemático dos últimos anos teria transcorrido de forma bem menos turbulenta. No entanto, se para os amigos as provas podem ser transformadas em indícios, para os adversários os indícios também podem ser convertidos em provas. Além disso, essa mesma imprensa que faz da ética seu cavalo de batalha se julga no direito de colocar a faca no pescoço de juízes – como Veja faz nesta semana em relação a Ricardo Lewandowski (leia aqui) – para defender seus interesses políticos, que, na prática, são interesses comerciais. Pobres dos juízes e procuradores que se deixam manipular por uma imprensa partidária, seletiva, autoritária e, agora, totalmente desmoralizada. PS: o editorial de Eurípedes termina com a piada do ano. "Ao escândalo Siemens faltam evidências sólidas. Tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão buscando". Podem rir à vontade. . . | ||
Desdobramento de denúncias do cartel do metrô em SP resgatam 'conexão Serra-Arruda' Posted: 12 Aug 2013 03:52 AM PDT "O novo capítulo das denúncias de formação de cartel para obras de construção e ampliação do metrô e dos trens de São Paulo, envolvendo os principais nomes do PSDB, resgata a conhecida "conexão Serra-Arruda", que ganhou repercussão em entre 2008 e 2009. E-mails de ex-executivos da Siemens, em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sugerem que o ex-governador de São Paulo, José Serra, e José Roberto Arruda – cassado do Governo do Distrito Federal (GDF) em 2010 pelo "mensalão do DEM" – tinham conhecimento do esquema das empresas no setor metroferroviário. A proximidade entre Serra e Arruda ia além dos planos de candidatura tucana ao Planalto, em 2010, que tinha o ex-político do DEM cotado como vice de Serra. Em 2009, Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, prestou depoimento à Polícia Federal em que revelou que, em 2008, a empresa de informática CTIS Tecnologia S/A mandou via Sedex o valor de R$ 65 mil em dinheiro à secretaria, explicando que R$ 25,3 mil deveriam ir para as mãos de Arruda. Os pagamentos, de acordo com o ex-secretário, eram referentes a pagamentos de propinas para manter contratos com o GDF. Do Blog BRASIL! BRASIL! |
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Francisco Almeida
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