segunda-feira, 9 de abril de 2012

Via Email : SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 08 Apr 2012 03:32 PM PDT
Veja perdeu o ímpeto denuncista após prisão de Carlinhos Cachoeira
Desde que Carlinhos Cachoeira foi preso, no dia 29 de fevereiro de 2012, na operação Monte Carlo da Polícia Federal, a revista Veja já soltou 6 edições, e nenhuma capa é dedicada a denúncias de corrupção.
Mas há uma pauta abundante neste período envolvendo o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, tratada, sobretudo, pela revista Carta Capital, mas não só por ela. Até o Jornal Nacional tem se dedicado ao tema.
Parece que a revista Veja ficou acéfala no que entende ser "jornalismo investigativo", depois da prisão de Cachoeira e dos arapongas Jairo Martins e Dadá.
Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.
A revista já admitiu, defensivamente, que Policarpo e Cachoeira trocavam figurinhas. A revista diz que seriam relações legítimas entre jornalista e fonte. Mas como explicar a notória má vontade da revista em noticiar o caso, tendo um jornalista tão íntimo com os intestinos da organização criminosa (segundo o Ministério Público)?
A revista Veja, pródiga em divulgar até grampos ilegais, não revela um único diálogo entre o bicheiro e seu editor-chefe.
ZéAugusto
No Amigos do Presidente Lula

Do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 08 Apr 2012 03:23 PM PDT
                      Nassif coloca capa da revista Veja sob suspeita


Blogueiro, que já foi atacado pela revista e se vingou com dossiê Veja, faz interessante conexão a partir dos grampos de Cachoeira; o bicheiro tinha interesse em construir escolas de baixo custo seguindo um modelo chinês e alugá-las para o governo; logo depois, Veja fez capa em que tratou do assunto
Não são poucas nem raras as conexões entre a revista Veja e o bicheiro Carlos Cachoeira. O contraventor produziu o vídeo sobre Maurício Marinho, que deu origem à CPI dos Correios, em 2005, foi auxiliado pela revista quando era alvo de uma CPI do jogo no Rio de Janeiro e, ao que tudo indica, também filmou as cenas do Hotel Naoum, em Brasília, que deram origem a uma capa recente da publicação, sobre encontros do ex-ministro José Dirceu com autoridades como o ex-ministro Fernando Pimentel e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Em todos esses casos, a revista terá sempre o mesmo argumento para defender a parceria: os filmes, ainda que ilegais, teriam permitido desbaratar quadrilhas, filmar corruptos e economizar alguns milhões para a União, como diria o blogueiro Reinaldo Azevedo. No entanto, neste domingo, o jornalista Luís Nassif – que já foi atacado por Veja, na já extinta coluna de Diogo Mainardi, e também contra-atacou escrevendo um dossiê sobre a publicação – fez uma interessante conexão entre uma reportagem da revista e a defesa de interesses privados de Cachoeira na área de educação.
O ponto de partida foi uma reportagem do portal G1, das Organizações Globo, que revelou tentáculos do grupo de Cachoeira até na Secretaria de Educação de Goiás. O secretário do governo Marconi Perillo, Thiago Peixoto, teria repassado ao bicheiro um modelo de escolas chinesas que poderia ser implantado em Goiás. Seriam escolas de baixíssimo custo, mas também muito eficientes, que seriam construídas pela iniciativa privada e alugadas ao Estado – ressalte-se que Cachoeira, ao que tudo indica, era também sócio oculto da construtora Delta em Goiás.
Além deste fato, Nassif resgatou um grampo entre Cachoeira e o araponga Jairo Martins, que foi publicado pela própria revista Veja há duas semanas, para isentar seu diretor Policarpo Júnior, interlocutor frequente da dupla. É o grampo em que Cachoeira diz que "Policarpo nunca vai ser nosso" e que foi publicado, de forma incompleta, por Veja.
A conversa inteira é a que segue:
Cachoeira: Certamente, rapaz. Nós temos de ter jornalista na mão, Jairo. O Policarpo nunca vai ser nosso. A gente vai estar sempre trabalhando para ele e ele nunca traz um negócio. (a partir de agora entram os trechos não publicados por Veja há duas semanas) Por exemplo, eu quero que ele faça uma reportagem de um cara que está matando a pau aqui, eu quero que eles façam uma reportagem da educação, sabe, de um puta projeto de educação aqui. Pra você ver: ontem ele falou pra mim que vai fazer a reportagem, mas acabando esse trem aí ele pega e esquece de novo. Quer dizer, não tem o troco sabe."
Fazendo a tradução, "esse trem aí" é provavelmente o filme do Hotel Naoum, cuja capa foi publicada em outubro de 2011. O "puta projeto" era a importação do modelo chinês de construção de escolas. E o "troco" talvez seja a capa de Veja chamada "A arma secreta da China", que tratava da "educação em massa".
Uma reportagem feita por Gustavo Ioschpe, especialista da revista Veja em educação, que foi à China conhecer o modelo das escolas. Num dos trechos, ele destacou o modelo de construção. "Os prédios são parecidos com os de muitas escolas brasileiras, ainda que um pouco mais verticalizados. São escolas grandes, a maioria com mais de mil alunos (...) em algumas, cada série ocupava um andar. Essa organização do espaço é relevante. Pois em cada andar há uma sala de professores..."

Será que este modelo seria replicado em Goiás? Construído por Cachoeira, implantado por Perillo e exaltado por Veja? Com informações de Brasil 247
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE




Posted: 08 Apr 2012 02:59 PM PDT

Não é possível que pessoas que previam, até seis meses atrás, uma explosão da inflação e o "estouro" da meta inflacionária continuam a dar palpites e a deitar lições sobre a condução da política econômica brasileira.
Não se vexam diante de notícias como a de anteontem – a de que a inflação acumulada no primeiro trimestre do ano foi, simplesmente, a menor dos últimos 12 anos.
Fosse a maior, não de doze, mas de apenas dois ou três anos, a edição dos jornais, nem é preciso dizer, seriam diferentes, e não as notinhas miúdas que você vê aí ao lado.
Falar em "explosão inflacionária" foi, desde o segundo semestre de 2011, apenas uma estratégia para combater o processo de redução dos juros.
E, com isso, manter uma ordem econômica em que nada, neste país, é mais lucrativo, seguro e compensador que aplicar os recursos disponíveis em aplicações financeiras.
Enquanto o Estado renuncia a parte da arrecadação fiscal para estimular investimentos, as empresas têm em caixa, tecnicamentente disponíveis para investir, nada menos de R$ 150 bilhões, como informou, semana passada,  o jornal Brasil Econômico, Dinheiro que está, no entanto, em aplicações financeiras, não na produção.
O sistema financeiro, que deveria ser uma alavanca para impulsionar a produção de riqueza real, no capitalismo brasileiro, passou a ser um fim em si mesmo, a búissola e a régua do pensamento econômico de uma subelite que pensa ser normal que o dinheiro é uma espécie de sesmaria,  tão intocável quanto a o Brasil colônia e com a vantagem de ser "produtiva", porque dela se colhe, sem plantar, o farto  fruto dos jurque se aufere por direito divino.
De alavanca, o capital converte-se em freio à produção, ao emprego, ao progresso.
Um freio que faz o Brasil da roda-presa.


Também do Blog TIJOLAÇO.COM
Posted: 08 Apr 2012 02:56 PM PDT


Há quase três anos, vários meses depois da eclosão da crise de 2008, Lula finalmente conseguiu – após uma intensa pressão sobre o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles – baixar não apenas a taxa Selic como, ao preço de ter de substituir a direção do Banco do Brasil, fazer com que baixassem os juros efetivamente cobrados da população e do setor produtivo da economia, com uma redução do preço do dinheiro nos bancos públicos.
Na ocasião, não faltaram críticas. As de sempre, dos "analistas econômicos" e outras, mais diretas, dos donos dos bancos privados.
Dia 11 de agosto de 2009:
"O presidente-executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou nesta terça-feira que algumas taxas de juros que estão sendo cobradas por bancos públicos não são sustentáveis.
Em palestra a líderes empresariais, o executivo afirmou que "as taxas que estão sendo praticadas não são sustentáveis em muitos casos".
"Tem que remunerar o capital", disse Setubal, ao responder pergunta sobre a chance de o "spread" bancário cair nos próximos meses.
Como se viu, não apenas as taxas eram sustentáveis como os bancos públicos exibiram belos lucros em seus balanços e tomaram parte do espaço da banca privada. O próprio Itaú, então o maior dos bancos brasileiros, teve de amargar a perda da liderança do ranking bancário para o próprio Banco do Brasil.
O crescimento da economia, com isso, chegou a 7,5% em 2010, bem acima do que o Dr. Setúbal previa:
O executivo afirmou ainda que considera que a economia do país está em ritmo de crescimento de quatro por cento ao ano e que deve crescer de quatro por cento a cinco por cento em 2010.
Agora, quando Dilma comanda um processo idêntico de irrigação da atividade econômica, não é nenhuma supresa que a reação dos bancos seja a mesma.
Mas o tom, certamente, será mais baixo.
Afinal, nem eles acreditam que a suposta "fidelidade" de seus clientes vá resistir a uma decisão de manter-lhes taxas muito mais altas que as cobradas pelos bancos públicos.
Naquela ocasião, os bancos privados cobravam um "spread" – diferença entre o custo da captação do dinheiro e o dos empréstimos – que, no mundo, só perdia para o Zimbabue.
Capitalismo selvagem é isso aí.


Do Blog TIJOLAÇO.COM
Posted: 08 Apr 2012 02:52 PM PDT


Do Viomundo - 8 de abril de 2012 às 0:01
por Gilson Caroni Filho* Qualquer pessoa de bom senso, que tenha lido os articulistas da grande imprensa, desde o surgimento dos escândalos envolvendo o senador Demóstenes Torres, concluirá facilmente que os trabalhadores das oficinas de consenso, aturdidos com o que lhes parece um ponto fora da curva, uma desconstrução dispendiosa e extemporânea, são como aqueles motoristas que imaginam poder dirigir um veículo com os olhos presos ao retrovisor. Não enxergam a clareza da realidade. O círculo do jornalismo de encomenda, minúsculo e cego, está só, murado no seu isolamento.

A pedagogia dos fatos, inexorável nas suas evidências, parece passar ao largo das redações. O que se faz ali não é jornalismo, mas um simulacro de literatura de antecipação marcada por profundo pessimismo e cenários de devastação. Talvez George Orwell e seu clássico "1984" expliquem melhor o suporte narrativo da fábula que não deixa de trazer uma concepção de história autoritária e retrógada.
As delicadas relações do senador goiano com o bicheiro Carlinhos Cachoeira - e a possibilidade de que o governador tucano Marconi Perillo venha a ser o próximo alvo- pôs em operação o "duplipensar" orwelliano que, desde a posse de Lula, está incorporado aos manuais de redação. Como o objetivo é afastar o ex-varão de Plutarco de cena, para prosseguir atacando o governo da presidente Dilma, os "cães de guarda" cumprem a tarefa com afinco.
No reduzido vocabulário da "Novilíngua", o "duplipensamento" é assim explicado por um dos personagens de "1984":
"capacidade de manter simultaneamente duas crenças opostas, acreditado igualmente em ambas(…). Saber que está brincando com a realidade mas, mediante o exercício de tal raciocínio, convencer a si próprio, que não está violentando a realidade. O processo deve ser consciente, pois do contrário não funcionará com a previsão necessária: mas, ao mesmo tempo, deve ser inconsciente para não produzir sensação de falsidade e culpa".
Com esse trecho, cremos ter decifrado os sorrisos de Merval Pereira, Dora Kramer, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, entre outros, quando confrontados com a palavra "ética".
Para eternizar a ordem que defendem com unhas e dentes o cenário político, submetido ao pensamento único, passa por processos de ocultamento e simplificação, visando a eliminar todas as possibilidades de pensar dos membros do Partido Imprensa.
Outra implicação do "duplipensar" da mídia corporativa é a constante alteração do passado. O registro – e consequentemente a memória – dos fatos ocorridos devem ser refeitos sempre, a fim de adaptarem-se ao presente. O trabalho de um "bom" editorialista é reescrever a visão dos veículos em que trabalha para que não contradiga a realidade de hoje. Assim, por exemplo, Folha, Globo e Estadão podem condenar o golpe de 1964, mesmo o tendo apoiado ostensivamente. Se um livro denuncia um líder político como Serra e outras figuras no seu entorno, a solução é simples: Ele nunca foi escrito e, portanto, jamais será resenhado, sendo passível de punição severa quem não entender como funcionam as "leis naturais".
Além da eliminação do passado como elemento de desarmonia com o presente e como instrumento de verificação das afirmações do Partido Imprensa, este recorre a outros meios, bem mais convencionais, para moldar a consciência de seus filiados e simpatizantes (leitores e telespectadores): educação permanente assegurada pela propriedade cruzada dos meios de comunicação, atividade coletiva sem intervalos, o que pode ser obtido mediante ampla oferta de blogs, sites, jornais e redes que digam sempre o mais do mesmo . Para concluir, vem a valorização do poder político como fim, não como meio.
O incômodo Demóstenes deve, após a sequência de denúncias, ter um diagnóstico clínico que despolitize o seu desvio. Merece, pelos serviços prestados, um roteiro que conte a tragédia do Catão caído, até que, finalmente, desapareça na lata de lixo reservada aos que fugiram da trama original. Assim agem os bons autores ao tomar como ponto de partida uma realidade familiar e palpável e transformá-la em espetáculo perecível. Em tempo: o DEM, assim como o PFL, nunca contou com o apoio das corporações midiáticas por um simples motivo: nunca existiu.
Vejam como operam nossos talentosos colunistas. Orwell ficaria tão contente que, com certeza, lhes arrumaria um lugar no Ministério da Verdade.
"Em um mês, o senador Demóstenes Torres passou de acima de qualquer suspeita para abaixo de qualquer certeza, num episódio que desafia os romances policiais mais surpreendentes. Além da atuação implacável contra a corrupção, ele tinha a cara, vestia o figurino e se comportava como um incorruptível homem de bem – e talvez seja mesmo sócio da holding criminosa de Cachoeira (Nélson Motta, 6/04/2012, o Globo)
"Demóstenes Torres não seria beneficiado pelo "vício insanável da amizade" – expressão usada pelo notório Edmar Moreira (o deputado do "castelo") para definir o principal obstáculo a punições -, pois os amigos que fez ali estão entre as exceções e os demais confirmam a regra.Por terem sido alvos do senador na face clara de sua vida agora descoberta dupla, podem querer mostrar-se ao público em brios. O problema, porém, é a falta de credibilidade" (Dora Kramer, 6/04/2012, Estado de S. Paulo)
"Esse personagem que o senador criou para si próprio não era uma mentira de Demóstenes, ele incorporou esse personagem e acreditava nele. Podia acusar com veemência seus colegas senadores apanhados em desvios, como Renan Calheiros, enquanto mantinha o relacionamento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira porque, como todo psicopata, não misturava as personalidades "(Merval Pereira, reproduzindo argumento do psicanalista Joel Birman, 30/03/2012, O Globo)


*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 08 Apr 2012 02:49 PM PDT


Do Conversa Afiada Publicado em 08/04/2012

A Urubóloga agora trata de Verde, Direitos Humanos e, neste domingo, no Globo, das Malvinas.


Deve ser o início do Outono, quando os urubus migram – sabe-se lá para onde.


O PiG (*) está desnorteado, a ponto de o Estadão, salvo pelos bancos de sonora falência, ficar contra a queda dos juros.


Porque a JK de Saias botou R$ 45 bi do BNDES a juros reduzidos, e levou o BB e a Caixa a fazer um corte profundo nas taxas, para obrigar os bancos privados a se coçar.


E o Farol de Alexandria e seu Planejador-Mor prometeram ao FMI vender a Caixa, o Banco do Brasil, e, na gestão de Francisco Gros, transformar o BNDES numa sucursal do Morgan Stanley.


(A Urubóloga sabe disso …)


Na entrevista que concedeu a este ansioso blogueiro, o Ministro Guido Mantega previu que o PIB este ano ficará acima de 4%, porque as medidas que tomou conduzem a esse resultado.


A queda do IPCA e a política cautelosa do Banco Central – que a Urubóloga combateu com fúria Hayekiana – levam a uma taxa Selic perto de 8% este ano.


Assim, amigo navegante, quando se travar a eleição municipal, em outubro, a economia vai estar com fogo nas ventas, a se preparar para as vendas do Natal.


PIB de 4,5%.


Inflação de 4,5%.


E Selic de 8%.


Outro dia, na festa de lançamento da nova programação da Record, quando este ansioso blogueiro conversou com o Montenegro do Globope e soube que a populariade da Dilma é um foguete, conversou também com o prefeito Kassab.


E perguntou quem ganharia a eleição em São Paulo.


Kassab respondeu que era muito difícil prever, porque os três candidatos não tinham uma história de campanha para prefeito, portanto, são "imprevisíveis".


Aí, o ansioso blogueiro lembrou: mas, prefeito, tem o Cerra que já foi candidato a tudo.


Ah, é verdade, ele se lembrou: o Cerra é a exceção.


Aí, o ansioso blogueiro contou que tinha acabado de conversar com o Montenegro, na roda ao lado, e mencionou a popularidade do tipo "foguete".


O prefeito Kassab admitiu que, na hora da eleição, quando a popularidade da Dilma e o Nunca Dantes com voz aparecerem na campanha de São Paulo, vão fazer um estrago.


E rapidamente acrescentou: nós (do PSD) temos votado sempre com ela !


Bye-bye Cerra forever !



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Posted: 08 Apr 2012 01:47 PM PDT


Emir Sader


As relações do Brasil com os EUA quase sempre foram de subserviência. Hoje mudaram. Não por eles, que continuam imperiais, prepotentes, sem consciência da sua decadência.
Terminada a segunda guerra, Octávio Mangabeira beijou as mãos do presidente dos EUA, Harry Truman, que visitava o Brasil. Instaurada a ditadura militar, Juracy Magalhaes, ministro de Relações Exteriores, adaptando a frase da General Motors, afirmou: "O que é bom para os EUA é bom para o Brasil." Logo apos os atentados de 2001 nos EUA o então ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Lafer, se submeteu a tirar os sapatos para ser controlado em um aeroporto dos EUA. Os três são da mesma linhagem tucano udenista, sombras que deixamos para trás.
As relações entre o Brasil e os EUA mudaram, porque mudamos nós e porque o mundo está mudando. A Presidenta que chega hoje aos EUA é uma mulher, que lutou contra a ditadura militar que os EUA promoveram e apoiaram, eleita por seu antecessor, um operário que colocou o Brasil no caminho da soberania e do respeito internacional.
Não importa se o tratamento que eles deram ao seu aliado canino há poucos dias, foi pomposa, cheia de reconhecimentos e salamaleques. Que eles se abracem na decadência anglosaxã. Temos certeza que eles trocariam imediatamente esse apoio caquético por uma aliança estratégica conosco, se estivéssemos dispostos a isso.
Mas não estamos. Temos uma política externa independente, digna, que brecou o projeto norteamericano da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que rejeita Tratados de Livre Comércio com os EUA, que privilegia a América Latina e seus projetos de integração regional, que prefere as relações com o Sul do mundo que com o Norte.
Não estarão na mesa os grandes temas da política internacional nas reuniões de Dilma com Obama. Porque sobre eles nós temos posições irreversivelmente antagônicas – Cuba, Irã, Palestina, crise econômica interacional, entre tantos outros. 
Serão relações bilaterais, sobre temas particulares, entre uma potência decadente e uma potência emergente. Uma que projeta o mundo do século XX e outra que reflete o novo mundo, o do século XXI. Ninguem tem dúvidas qual delas tem projetada uma tendência descendente no novo século e qual tem uma tendência ascendente. Ninguém tem dúvidas que o século norteamericano ficou para trás e o novo século já é o século do Sul do mundo. Como representante desse mundo é que Dilma viaja hoje, digna, com a força moral da nossa soberania, aos EUA.


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Nós e eles: a viagem de Dilma aos EUA


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Do Blog O Esquerdopata.


















Posted: 08 Apr 2012 12:20 PM PDT


A Caixa Econômica Federal anuncia hoje à noite em alguns canais de TV o lançamento de seu programa de redução de juros para clientes pessoas físicas e jurídicas. Cheque Especial, Cartão de Crédito e VÁRIOS TIPOS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS, terão à partir de amanhã, taxas que significam uma mudança radical ante os valores cobrados até então pelos BANCOS, sejam públicos ou privados.

O Banco do Brasil já fez anúncio semelhante, e, apenas para se ter uma noção do que está para acontecer, na CAIXA, o cheque especial vai ter juros de 1,37%.

A FEBRARAN, Federação que reúne a "BANCA", acusou o golpe, e já se movimenta para tentar junto ao governo (uma reunião está marcada para essa semana) algumas medidas que lhe assegurem fazer o mesmo movimento de redução dos juros, com mais garantias contra a inadimplência. A BANCA, como se sabe, quer ganhar sempre sem arriscar nunca.

Não há mesmo nada, absolutamente nada, fora a ganância e a usura dos BANQUEIROS, que justifique os juros e as tarifas que suas "quitandas" cobram.

Alguns economistas "urubulinos" e defensores sempre dos "MERCADOS" alegam que os acionistas do BB e da CEF sairão perdendo, pois os bancos terão lucros menores.

Errado! Primeiro porque O GRANDE ACIONISTA DOS BANCOS PÚBLICOS é o cidadão brasileiro, que embora não tenha nenhuma ação negociada em bolsa, possui a preferência de que as medidas do governo  tragam como um todo, benefício para trabalhadores e empresários. Depois porque o aumento de clientes vai cobrir a diferença da redução dos juros. E tem mais, com juros menores, sem o correntista estar sujeito aos extorsivos valores cobrados, cairá a inadimplência.

É uma queda de braço, entre os poderosos que sempre ganharam dinheiro sem fazer força, sugando o setor produtivo e o suor do brasileiro e um governo que finalmente colocou o dedo nessa ferida.

Pessoalmente estou muito feliz, não foram poucas as vezes que aqui cobrei um movimento nesse sentido, e critiquei o governo Lula e agora Dilma por não meter a mão nessa cumbuca.

Os Bancos CONTINUARÃO SÓLIDOS e GANHANDO DINHEIRO, sem no entanto sangrar o bolso dos seus correntistas.

Posted: 08 Apr 2012 11:41 AM PDT




Dia 12 de abril, quinta-feira, 13h30


Ato Público pelo Dia do Direito à Justiça no STF em Brasília.


CONVOCAÇÃO


O Supremo Tribunal Federal julgará na próxima quinta-feira, dia 12 de abril, a ação da OAB sobre o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA no caso Araguaia. Na mesma ação decidirão se os crimes de desaparecimentos políticos estão abrigados pela lei de anistia e ficarão impunes.


Este julgamento tem caráter DEFINITIVO e, caso indeferido, NUNCA MAIS nenhuma ação judicial poderá ser aberta no Brasil sobre os crimes da ditadura!


Teremos pelo menos SETE GRAVES CONSEQUÊNCIAS para todo o povo brasileiro:


1) O Ministério Público Federal ficará impedido de abrir ações de investigação sobre os crimes da ditadura no Brasil;


2) O Direito à Verdade ficará prejudicado, pois sua efetividade depende da complementaridade entre as ações dos tribunais e da Comissão da Verdade, como a experiência internacional demonstra;


3) Caso os militares convocados pela Comissão da Verdade fiquem em silêncio, não poderão ser convocados pela Justiça;


4) O Brasil se tornará o paraíso oficial dos ditadores e torturadores do mundo,  pois nossa legislação os protegerá da extradição por crimes que não admitem punição pela lei brasileira;


5) Teremos uma democracia incompleta, pois se reconhecerá que acordos políticos firmados pelos generais há mais de 30 anos restrinjam ainda hoje os direitos humanos dos brasileiros;


6)  O Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos será enfraquecido e seremos o único país do continente que não cumprirá a determinação da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA de anular as leis de anistia das ditaduras;


7) Mais uma vez, em nossa história, os criminosos ganharão a impunidade.


O judiciário brasileiro no passado cumpriu um vergonhoso papel ao promover a criminalizarão dos que se opunham à ditadura, segundo a Doutrina e a Lei de Segurança Nacional.


O judiciário aderiu à 'legalidade autoritária' do regime militar, negou o habeas corpus, condenou opositores a prisões que eram verdadeiros centros de tortura e morte.


O Congresso Nacional aprovou a lei da Comissão da Verdade.


O Poder Executivo tem promovido reparação e as políticas de memória.


É a hora de o Poder Judiciário sair dos palácios de mármore, ouvir o povo e os jovens e respeitar o Direito à Verdade e à Justiça!


Não à impunidade dos torturadores da ditadura militar!


Pela punição aos crimes de lesa-humanidade, imprescritíveis!


Pela abertura das ações criminais pelo Ministério Público!


Jair Krischke – Presidente
Movimento de Justiça  e Direitos Humanos


Porto Alegre, RS


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Apr 2012 11:14 AM PDT
Posted: 08 Apr 2012 10:56 AM PDT

Posted by eduguim on 08/04/12 • Categorized as Opinião do blog

A mídia demo-tucana – que, agora, tenta se desvincular de Demóstenes Torres, uma criação sua – vem produzindo distorção revoltante dos fatos ao afirmar que "todos os partidos" estariam envolvidos com Carlinhos Cachoeira. Mentira! Este texto irá provar que comparar a relação dúbia entre um obscuro deputado do PT de Goiás e o bicheiro com as relações íntimas deste com expoentes do PSDB e do DEM, é delinqüência intelectual.
Em 9 de março, a Veja – publicação que mantinha relações íntimas com o criminoso que iam de encontros em restaurantes (etc.) a centenas de ligações telefônicas –, talvez ainda acreditando que aparelhos Nextel habilitados em Miami seriam imperscrutáveis, divulgou, em seu portal na internet, vídeo de 2004 contendo conversa particular entre Cachoeira e o deputado federal pelo PT de Goiás Rubens Otoni que sugere que um ofereceu doação ilegal ao outro.
Isso é tudo, absolutamente tudo o que se tem sobre esse caso além do fato de que, nos anos seguintes, Otoni se transformou em inimigo político de Cachoeira. Apesar de suas palavras ficarem comprometidas após um vídeo em que ele aparece concordando em "não declarar" doação que o bicheiro oferecia, registre-se que alega que desde aquela época (2004) vinha sendo chantageado pelo criminoso justamente por não aceder às suas ofertas.
Seja como for, o vídeo sugere uma relação fortuita, antiga e isolada de um único e obscuro deputado petista com o bicheiro. Pode ter havido, sim, doação ilegal. Mas colocar uma relação como essa, que nem está comprovada, a tudo que há de vasto e comprovado entre Cachoeira e o DEM e o PSDB, é revoltante.
Como comparar a relação dúbia desse obscuro parlamentar e Cachoeira com as relações profundas e extensas de um senador da República do DEM e de dois deputados e um governador do PSDB, ao menos, que foram amplamente documentadas pela Operação Monte Carlo?
Cachoeira tinha linha direta com demos e tucanos, dava celulares a eles nos quais travavam centenas de ligações, encontrava-se com eles em restaurantes, em festas, dava dinheiro a eles, dava presentes, recebia facilitação deles em licitações e na aprovação de uma montanha de indicações a cargos públicos no governo de Goiás.
As escutas da Operação Monte Carlo, gravadas no passado recentíssimo, flagraram apenas políticos do DEM e do PSDB, além de um do PP e outro do PTB. Mas do PT mesmo, não aparece nada. Até porque, a maioria das reportagens da imprensa contra o partido partiu da relação entre a revista Veja e Cachoeira
Deve ser por isso que vazou na internet o inquérito completo da Operação Monte Carlo. Todos os grampos, toda a parte da investigação que ainda estava oculta. Agora, todo esse material pode ser esmiuçado por qualquer um. O vazamento, aliás, pode ter partido de quem quer que qualquer um possa comprovar que Cachoeira era demo-tucano e ponto final.
Até o momento, não há vínculo algum entre Cachoeira e o PT. Nada sequer parecido ao que há entre o bandido e o PSDB e o DEM. Por conta disso, este blog oferece o inquérito completo da Operação Monte Carlo, para que quem quiser tente encontrar uma mísera relação do bicheiro com petistas que pareça minimamente parecida à que ele manteve com demos e tucanos. E deseja boa sorte a quem se aventurar nessa busca infrutífera.
Abaixo, os links para acessar ou até baixar o inquérito completo resultante da Operação Monte Carlo.
Pasta compactada com todos os documentos abaixo
Busca e apreensão 1
Busca e apreensão 2
Comprovante Expresso Turismo
Inquérito Policial
Bancário-Fiscal
Monitoramento Telefônico
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Do Blog da Cidadania.

Posted: 08 Apr 2012 08:37 AM PDT



O Flamengo já está nas semi-finais da TAÇA RIO depois de vencer ao Vasco por 2 X 1 na tarde de ontem no Estádio do Engenhão. 

O Vasco desfalcado de Dedé, Juninho e Felipe, passou longe daquele time criativo e de defesa segura, ainda assim foi páreo duro para um Flamengo completo. Éder Luís foi o melhor da equipe vascaína.

Com uma excelente atuação de Vágner Love e de Leonardo Moura, além de alguns lampejos de Ronaldinho, o Flamengo foi ao menos um time aguerrido, que lutou e perseguiu a vitória até o final da partida. Destaque negativo para Willians que após 'roubar' a bola do adversário, não sabe o que fazer com ela e acaba armando ataques perigosos contra seu próprio time.

No final da partida, Rodolfo e Eduardo Costa partiram para cima do juiz, e só não o agrediram por conta da ação firme dos policiais. A atitude ridícula e condenável, teve como motivação uma possível interferência do árbitro no resultado. Pior foi ver que o presidente do Vasco, o Deputado Roberto Dinamite, explodiu e deu mal exemplo, apoiou esse comportamento e passou ele também a proferir impropérios, acusando o juiz de ter prejudicado o Vasco.


Devem ser exemplarmente punidos os jogadores do Vasco que tentaram agredir o árbitro.

Bobagem, falta de espírito esportivo e falta de respeito pelo público e pela inteligência alheia. O juiz errou, como todo juiz erra, dento da normalidade de uma partida, deixou de marcar dois pênaltis (discutíveis) um contra cada equipe, e marcou um pênalti claro de Fernando Prass em Leonardo Moura, que acabou por ser convertido em gol por Ronaldinho, decidindo o resultado do jogo. Distribui os cartões amarelos de forma justa ( se pecou foi por ter não ter aplicado outros) e marcou faltas ou deixou de marcar, para os dois lados, sem privilegiar o Flamengo.


No mais é triste ver a decadência do nosso futebol. Um Estádio vazio, um jogo apenas razoável, jogadores indisciplinados e violentos, além de dirigentes incompetentes e sem educação.

SÚMULA

VASCO 1 x 2 FLAMENGO

Local: Estádio do Engenhão
Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ)
Auxiliares: Eduardo de Souza Couto (RJ) e Francisco Pereira de Souza (RJ)

GOLS
Vasco: Diego Souza, aos 5 minutos do segundo tempo

Flamengo: Deivid, aos 16 minutos do primeiro tempo e Ronaldinho Gaúcho aos 47 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Leonardo Moura. Kléberson, Fágner e Renato Silva



VASCO: Fernando Prass; Fagner (Nilton), Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Rômulo, Eduardo Costa e Fellipe Bastos; William Barbio (Diego Souza), Eder Luis e Alecsandro
Técnico: Cristovão Borges


FLAMENGO: Felipe, Léo Moura, Marcos González, Welinton e Junior Cesar; Willians (Rômulo), Kleberson, Bottinelli (Luiz Antônio) e Ronaldinho; Deivid (Diego Maurício) e Vagner Love.
Técnico: Joel Santana

Postado poràs12:11 
Posted: 08 Apr 2012 08:19 AM PDT
Guilherme Scalzilli, via Observatórioda Imprensa

O jornalista Luis Nassif está mobilizando a blogosfera com seu dossiê Veja, série de artigos que denunciam o antijornalismopraticado pela revista nos últimos anos. Envolve interesses corporativos, destruiçãode reputações, tráfico de influência. Desmascara a diretoria editorial da revistae, principalmente, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi. Trata-se de estudo avassalador,embora não surpreendente, que precisa ser lido e divulgado.

O material já causou estragos. A Vejaesboça uma ligeira mudança de tom nas suas edições semanais e há suspeitas de queela tem obstruído as ferramentas de busca eletrônica aos conteúdos de matérias epostagens antigas – especialmente as que corroborariam as denúncias. A revista processaNassif e, aparentemente, utiliza funcionários anônimos (além dos supracitados) paraespalhar ataques pessoais a ele.

É compreensível que Nassif tente evitar conotações político-partidáriasem sua empreitada. Seria (e continua sendo) cômodo para a revista refugiar-se numabatalha moral contra o "lulo-petismo". Quando se trata de ética jornalística, entretanto,não cabem desculpas ideológicas.

E o respaldo da imprensa?
Mas o público sabe que esse comportamento da Veja também possui um viés eleitoral. Ela é acusada de defender interessesque se beneficiam do poder conferido pelas urnas a eles próprios ou a terceiros.Se alguém escancara essa contaminação, direta ou indiretamente, mexe nas suas motivações.Por isso, é importante não esquecer que o gesto de Nassif insere-se num contextopolítico, pois assim será tratado pelos detratores.

Os grandes veículos, assim como a Associação Brasileira de Imprensa, fingemque a querela não existe. Não querem se expor a exumações semelhantes, principalmentedepois que a Folha de S.Paulo foi envolvidanum dos episódios denunciados. Os comentaristas abordam a questão com cuidado, sabedoresdo poder destrutivo de Veja.

Esse comportamento revela muito sobre a categoria. A manipulação teria sidoaberta, conhecida por todos, durante anos. E a revista só foi confrontada por iniciativade um indivíduo isolado que, apesar da força de sua biografia e de seus argumentos,não angariou o respaldo de uma imprensa que se diz combativa e independente (oumelhor, que é "combativa" e "independente" quando interessa).

Precedente histórico
Imagina-se que a direção da revista tenha instruído seus advogados a causaremo maior estrago possível, financeiro e pessoal, na vida de Nassif. As despesas sãoaltíssimas, os prazos dilatados, os resultados incertos e as primeiras instâncias,imprevisíveis. A desigualdade de forças resvala na coerção do gigante empresarialque tenta destruir exemplarmente seus desafetos incômodos.

Mesmo assim, parece alvissareira a hipótese do Judiciário ser constrangidoa se manifestar. Passou o tempo de tratar falsos depoimentos, incriminações indevidas,denúncias vazias, deturpações e mentiras como simples efeitos colaterais da liberdadede imprensa. A integridade moral dos indivíduos e o interesse coletivo são protegidospor leis que estão acima de couraças retóricas.

A nobre iniciativa de Nassif não envolve apenas os leitores de Veja e talvez nem o público genérico de periódicos.Trata-se de esclarecer o uso antiético e quiçá ilegal da grande imprensa para favorecerdeterminadas facções corporativas ou políticas. Tamanha abrangência só pode serrespeitada por um poder de envergadura equivalente, conferindo máxima lisura ideológicaà decisão.

O desejável sucesso da defesa do jornalista, ainda que custoso e demorado,pode abrir um precedente histórico e contribuir para uma análise profunda sobreo jornalismo nacional.
Postado poràs11:49 


Do Blog LIMPINHO & CHEIRSO.
Posted: 08 Apr 2012 07:57 AM PDT
O sistema do poder, do dinheiro e da informação prepara o enterro do senador Demóstenes Torres, mais um notável da República que virou cadáver notório. A cova ainda aberta, os senhores da terra já comemoram sua desgraça, arreganhando os sestros das hienas.
I
Demóstenes foi um fiel servidor dos impolutos "investigativos" que agora executam sua liquidação moral e política. Repito o que escrevi há tempos: a língua inglesa tem uma palavra precisa – self-righteousness – para designar as exibições de virtude dos caçadores de corruptos que, como Torres, se ocupam de achincalhar os adversários com as desfeitas do moralismo dos fariseus. O Novo Michaelis define: self-righteous, o cidadão que imposta a self-righteousness, é farisaico, hipócrita.
Há que se admirar, no entanto, o desmazelo da turma dos self-righteous nos labores de selecionar seus operadores políticos. Por causa de tais "falhas de mercado", o morgue das reputações perdidas é invadido por uma frenética circulação de cadáveres excelentes, todos mortos a golpes de primeira página. Enquanto isso, sobrevive impávida a estrutura de poder real que sustenta a procissão de promiscuidades entre a mídia e a política. Mandam e desmandam os mesmos de sempre, agora reforçados pelas pirotecnias eletrônicas à moda de Ruppert Murdoch.
A grande inovação dos tempos, além da internet e do celular, é a fábrica de grampos, empreendimento comum de arapongas e de certos "operadores" da mídia dita investigativa.
Tempo houve em que o grampo se prestava a finalidades excelentes. Excelentes porque, de fato, excediam sua banalidade ilusoriamente óbvia. O grampo cuidava, então, de adornar os cabelos das estrelas de Hollywood, mulheres inesquecíveis, como Rita Hayworth em Gilda ou, melhor ainda, Kim Novak em Vertigo.
Nem todos se deram conta do poder de sedução abrigado nos prosaicos grampos, quase invisíveis, em seu nobre mister de prender os longos cabelos cuidadosamente repartidos de Rita ou as madeixas prateadas de miss Novak, magistralmente dirigida por Alfred Hitchcock.
Hoje os grampos transformaram-se em meios de troca no intercâmbio de favores entre as improbidades da jogatina ilegal e a reportagem escandalosa. Os senhores tornaram-se mais ferozes na aplicação de métodos suaves. Aprenderam a usar instrumentos mais sutis e eficientes para torturar coletivamente os cidadãos com as técnicas da desinformação, do massacre ideológico e da "espetacularização" da política.
Os cúmplices de ontem e os algozes de hoje enfrentam, porém, uma dúvida terrível: não sabem se, de fato, o cadáver está bem morto. Defunto notório, o senador Demóstenes é possuidor de amplos e reconhecidos saberes a respeito das ligações entre as mazelas da política nativa e as manobras dos "investigadores" que desfrutavam de sua convivência e intimidade. Os estragos de uma ressurreição ou de um último suspiro podem ser pavorosos.
Imagino as angústias que nesta hora oprimem os corações de alguns acusadores de ocasião. Como pistoleiros de aluguel, só vão sossegar o espírito quando convencidos de que o cadáver está completamente morto. Não podem fazer outra coisa senão esperar sua defunção definitiva. Mas aqui só há uma certeza possível: contra ele, todos os golpes já foram desferidos.
Então caberia pesar as conveniências do assassinato de um personagem tão emblemático, uma encarnação perfeita dos vícios e das virtudes do sistema dominante. Os vícios são muitos. Deixo à imaginação do leitor o trabalho de enunciar o elenco. De resto, neste momento o establishment nativo se encarrega do conhecido esporte praticado com os pés, na boa tradição das habilidades brasileiras: o chute ao cadáver. Os barões do pedaço e seus lacaios preparam requintados pontapés na carcaça de quem, enfim, serviu tão bem a seus interesses e apetites.
No Brasil de hoje, uma lógica fatal contamina as instâncias decisivas da vida social e política. O sistema partidário e o financiamento das campanhas eleitorais parecem ter sido engendrados com o propósito de transformar o Congresso num mercado de balcão: os gritos de "compro" e "vendo" tornam ridícula a hipocrisia dos discursos tonitruantes do senador Demóstenes. O arbítrio, o favorecimento, o segredo, a obscuridade, o nepotismo são os demônios da República. Pois os curupiras da Pátria Amada estão aí, livres e folgazões, gargalhando sobre as nossas incríveis angústias.
O povo, entre perplexo e cada vez mais desencantado, contempla o espetáculo da mudança sem esperança, ou como dizia um crítico de Adorno, "a realização das esperanças do passado". Assim os senhores da terra concebem o progresso.
Luiz Gonzaga Belluzzo, em CartaCapital
Postado poràs07:380comentários 


Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 08 Apr 2012 07:44 AM PDT


Deputado federal e pré-candididato tucano à Prefeitura de Goiânia, Leonardo Vilela não só confirmou o contato com o bicheiro, como informou, em nota, que buscou ajuda política de Cachoeira
Citado em reportagem do Correio Braziliense deste sábado como presente em lista de ligações trocadas com com Carlinhos Cachoeira, o deputado federal e pré-candididato tucano à Prefeitura de Goiânia, Leonardo Vilela, não só confirmou o contato com o bicheiro, como informou, em nota, que buscou ajuda política de Cachoeira.
Em nota oficial, Leonardo diz textualmente: "Na ocasião (do contado), discutia-se a possibilidade de o senador Demóstenes Torres ser ou não ser candidato a prefeito em Goiânia. Eu precisava falar com ele, pois o seu apoio seria importante para qualquer candidatura, caso desistisse. Todos sabem da amizade do senador com o empresário Carlos Ramos. Ele me ajudou a marcar esse encontro com o senador, quando pedi seu apoio à minha pré-candidatura."
Leonardo Vilela é o nome escolhido por Marconi Perillo para disputar a prefeitura. É o seu candidato. E, como tal, recorre a Carlinhos Cachoeira, para articular o apoio do senador. Ato isolado? Orientação superior?
Outra curiosidade da nota oficial do tucano: ele diz ter tido duas conversas com Cachoeira, mas em ambas pediu. Pediu ajuda para sua filha e pediu ajuda para seu projeto eleitoral. Depois disso, só beijando a mão.
Um último detalhe: até o final do mês passado, Leonardo Vilela era secretário de Meio Ambiente de Goiás. Saiu para ser pré-candidato a prefeito, e deu lugar a um promotor de Justiça, Umberto Machado, que coincidentemente foi chefe de gabinete de Demóstenes Torres quando este era Procurador-Geral de Justiça de Goiás - cargo, aliás, ocupado hoje, também coincidentemente, pelo irmão de Demóstenes, Benedito Torres.
Leia a nota do deputado e pré-candidato na íntegra:
Tenho a honra de representar o povo goiano pela terceira vez como deputado federal. Nesses mandatos e também nas minhas passagens pela administração pública, me orgulho de sempre ter adotado uma postura ilibada. Faço este esclarecimento justamente para que não pairem dúvidas sobre a minha conduta e em respeito ao meu eleitorado.
Não tenho nem nunca tive negócios com o empresário (sic) Carlos Ramos. Em todos esses anos em que estou na vida pública troquei duas conversas com este empresário.
A primeira delas aconteceu há mais de um ano. Minha filha é farmacêutica e, por conta da Lei do Nepotismo, precisou deixar seu trabalho no Centro de Distribuição de Medicamentos Juarez Barbosa logo que eu assumi como secretário de Meio Ambiente. Na época, ela descobriu uma vaga no Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), uma empresa conceituada nacionalmente, e me pediu apoio para conseguir uma entrevista de emprego. Me informaram que o empresário (sic) Carlos Ramos é ex-marido da presidente do instituto e que poderia nos ajudar. Como pai, fiz o pedido e ela conseguiu a entrevista de emprego.
A outra conversa foi no segundo semestre do ano passado. Na ocasião, discutia-se a possibilidade de o senador Demóstenes Torres ser ou não ser candidato a prefeito em Goiânia. Eu precisava falar com ele, pois o seu apoio seria importante para qualquer candidatura, caso desistisse. Todos sabem da amizade do senador com o empresário (sic) Carlos Ramos. Ele me ajudou a marcar esse encontro com o senador, quando pedi seu apoio à minha pré-candidatura. Foi o que aconteceu.
É importante deixar claro que nunca defendi negócios ilícitos nem participei de qualquer votação que pudesse favorecer este empresário (sic). Não sou investigado por qualquer ilicitude pela Polícia Federal, muito menos nesta Operação Monte Carlo. Estou à inteira disposição da sociedade para prestar os esclarecimentos necessários.
Com a consciência tranquila, sigo minha trajetória em defesa do desenvolvimento de Goiás e de melhor qualidade de vida para todos os goianos.
Leonardo Vilela Deputado Federal
No Brasil 247

Posted: 08 Apr 2012 07:39 AM PDT




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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Apr 2012 07:04 AM PDT




Apenas Carta Capital parece disposta a seguir o lastro do envolvimento criminoso de políticos da oposição com o contraventor Carlinhos Cachoeira.  Já a base aliada e a imprensa não se dispõe a ir além


Excepcionalmente em um sábado, não menos oportuno, um sábado de aleluia, dia de malhação de judas...
O destaque permanece o mesmo, a pauta da blogosfera e um pouco tímida da grande imprensa: o escândalo Demóstenes Torres, Marconi Perillo e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
O envolvimento entre agentes públicos, da oposição, auto-intitulados e atestados pela imprensa, "menestréis da ética e dos bons costumes políticos", com o crime organizado e a desmoralização da oposição.

Já há um tempo foi comentado a possibilidade da tríade PSDB/DEM/PPS fundirem-se num só partido, o PSDB, estratégia muito comum na política brasileira daqueles que querem fazer os eleitores esquecerem suas raízes de desmandos e malfeitos.  O próprio DEM é um exemplo clássico disso: já foi Arena, virou PDS, PFL e hoje é DEM, de democratas...

O fato é que o desdobramento deste novo escândalo expõe o rabo preso da imprensa com os personagens suspeitos e investigados, até mesmo com a participação do editor-chefe de Veja, flagrado em mais de 200 ligações com Cachoeira (o que tanto assuntaram?), em um esforço heróico de não ir além de Demóstenes Torres, isolar a cena e tratá-la como uma traição de um "ente bastante respeitado" pelo seu passado combativo, só isso, nada mais.

Por outro lado a base de apoio parlamentar do governo mostra-se vacilante e não consegue fazer andar as CPIs do Cachoeira e nem da Privataria.  Estas ações serviriam para dizer a opinião pública que o congresso não aceitaria mais tais malfeitos e daria uma lição, justamente, naqueles que faziam um escarcéu midiático para falar da ética, o que agora prova-se, nunca foram próximos e nem tão pouco apreciadores.

A base é tímida e não avança neste terreno, o que mostra o quanto o governo, apesar da maioria que possui, está pouco representado por boa parte dos partidos de sua coalizão, insuficiente para o tamanho dos desafios que Dilma e seu governo enfrentam. 
Postado porPalavras Diversasàs16:30 
Do Blog Palavras Diversas
Posted: 08 Apr 2012 06:08 AM PDT
Posted: 08 Apr 2012 05:29 AM PDT

Foto: Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL 


É, o discurso ético, de fato, não combinava muito com a agremiação comandada pelo senador Agripino Maia


Os dados estão no blog do jornalista Fábio Pannunzio (leia mais aqui). De todos os partidos brasileiros, nenhum tem tantos políticos cassados por corrupção como o DEM. Leia:


Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde 2000.


O DEMOCRATAS, com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração, sendo o campeão. Logo em seguida aparecem PMDB, PSDB, PP e PTB.


Dos partidos com representação no Congresso Nacional, um dos poucos partidos que não tiveram nenhuma cassação foi o PSOL, que está há oito anos no cenário político.


Veja, abaixo, o ranking das irregularidades eleitorais que resultaram em cassação em cada partido.


PARTIDO               NÚMERO DE POLÍTICOS            PERCENTUAL
DEM                                69                                     20,4%
PSDB                               58                                     17,1%
PP                                   26                                       7,7%
PTB                                 24                                       7,1%
PR                                   17                                        5.0%
PT                                   10                                        2,9%
PV                                   1                                         0,3%
De Recife - PE.Diógenes Afonsoàs08:020comentários 


Também do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 08 Apr 2012 05:25 AM PDT


A torrente de evidências da ligação promíscua de Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira não privou o senador apenas de sua antiga biografia. Tirou dele também o senso de realidade.
Imerso em denúncias, Demóstenes decidiu quebrar um silêncio que já durava 15 dias. Neste sábado (7), veiculou um artigo no blog que mantém na internet. O título é instigante: "Um Brasil maior para os pequenos."
Um leitor apressado poderia imaginar que o senador propugna por um país de dimensões grandiosas. Um Brasil grande o bastante para acomodar pessoas que, como ele, apequenaram-se. Engano.
Lendo-se o texto (disponível aqui), percebe-se que Demóstenes ainda se julga em condições de posar de gigante. Em 13 parágrafos, não anotou uma mísera palavra sobre a crise moral em que se encontra mergulhado.
Dedica-se no artigo a criticar as medidas de estímulo à indústria anunciadas por Dilma Rousseff há cinco dias. Chama as providências de "saco de bondades". Sustenta que o pacote "trouxe menos que o esperado".
Como se nada estivesse sucedendo à sua volta, Demóstenes ainda mantém no cabeçalho do site um selo que já não orna com sua condição de náufrago: "CPI da Corrupção, eu assinei".
No momento, a única investigação parlamentar com alguma chance de vingar no Congresso é a CPI do Cachoeira. Alheio ao novo cenário, Demóstenes leva os lábios ao trombone para queixar-se da desatenção de Dilma com os "empreendimentos de fundo de quintal, das lojinhas sem registro, dos feirantes."
Escreve: "São esses os que clamam no deserto da falta de financiamento, da ausência absoluta de condições de giro. O governo, que garante não abandonar a indústria, poderia completar a frase: '… não importa o tamanho'."
Avalia que "os gargalos são abissais para grandes e pequenos". Mas toma as dores dos "micros", cujo "poder de pressão se resume ao grito diante dos juros em empréstimos, em geral com agiotas clandestinos."
Acrescenta: "A esperança é que, mesmo aos sustos, a eles chegue a sacola de facilidades sacudidas pelo governo quando a quebradeira se avizinha." Há um mês, esse Demóstenes combativo do artigo talvez fosse tomado a sério.
Hoje, arrisca-se a ser visto como um músico do Titanic. A história registra que, no célebre naufrágio, podia-se ouvir dos barcos salva-vidas a orquestra tocando até o fim. A caminho do fundo, Demóstenes recusa-se a ajustar o repertório.
Parece imaginar que ainda há no salão ouvidos dispostos a dar atenção a qualquer nota que não se pareça com uma boa explicação. A última manifestação de Demóstenes antes desse artigo viera em 23 de março, na forma de um lote de notas no twitter.
Numa delas, o senador anotara: "Não faço parte nem compactuo com qualquer esquema ilícito, não integro organização ilegal nem componho algo do gênero." Desde então, avolumaram-se os grampos telefônicos em que soam as conversas vadias que denunciam o contrário.
A despeito de tudo, Demóstenes serve seu artigo à platéia de costas para os fatos. É como se, sem se dar conta do desnível do chão, o senador atribuísse a vertigem ao redor à má procedência do champanhe servido na embarcação.
Queixa-se no texto da precariedade da infraestrutura no Brasil de Dilma: "Enquanto isso, rodovias, portos, aeroportos, ferrovias e a burocracia seguem seu curso, tragando sonhos de todas as extensões."
Com água pelo nariz, as caldeiras explodindo do seu lado, os tubarões entrando pelas escotilhas, Demóstenes mantém-se agarrado ao trombone enquanto afunda. Quando cair em si, estará tocando suas últimas notas: "Glub-glub-glub…"
De Recife - PE.Diógenes Afonsoàs08:270comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
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