Para aqueles que menosprezam e subestimam a força do nosso povo. É sempre bom lembrar que não estamos mortos, e nem somos vagabundos e ignorantes como querem nos fazer pensar. Não temos o conhecimento acadêmico, mas, temos a ciência dos que vivem o dia a dia, trabalhando de sol a sol. Somos felizes na nossa condição, sofrida, mas alegre, ordeira, mas não burra. Temos a paciência de Jó, mas, até ela, se esgota. Para ser lembrado por muitas gerações, o movimento Cabano no Pará dá-nos uma lição, aprenda quem quiser.
Publicado em
overmundo
A CABANAGEM
1835---1840
Devido o distanciamento, a Lei não era cumprida.
Exploração sem alento, a vida era demais sofrida.
Já não dava para suportar, tão desumana opressão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Cada um Governador, queria era impostos receber.
Como tirano repressor, lucro no recurso a recolher.
Não faziam se importar, de como estava a situação
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Padre Batista de Campos, arma e povo ele benzia.
A Igualdade e seus encantos, estava na sua liturgia.
Fazia ao povo orientar, pra entenderem a confusão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Da condição revoltante, muito trabalho e pobreza.
Um governo acharcante, era sem nenhum nobreza.
Bernardo pra governar, mais aumentou a repressão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Novo ano se anuncia, e todo o povo esta revoltado.
Fortalece a rebeldia, e o Governador é assassinado.
E em janeiro vai rebentar, essa incrível insurreição.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
A situação é muito grave, e organizam a liderança.
Malcher Angelim e Vinagre, a chance de esperança.
Fazem Belém Ocupar, novo Estado e Organização
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Era muita desigualdade, com o vil aproveitamento.
Era Hora da verdade, aflorando todo ressentimento.
Tinha da escravidão acabar, junto a semi escravidão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
A chance do povo oprimido, chance da liberdade.
Foi um momento decidido, uma luz de brasilidade
Queriam a República criar, e abolir a Escravidão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Radicalizam o movimento, tudo precisa de evoluir.
Os lideres agem todo tempo, há uma ordem a erigir.
Os proprietários a conspirar, preparando a reação.
A Cabanagem no Pará, teve o seu povo na Direção.
Helio Vinagre e Angelim, buscam apoio no interior.
Vai ser luta sem fim, de índio, mestiço e trabalhador.
Vão vir tropas pra arrasar, vão vir para a execução.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Os cabanos Ocupam Belém, que do Brasil separou.
A luta foi mais além, e a todos escravos se libertou.
Na dureza a partilhar, cada cristão dividindo o pão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Epidemia de bexiga, faz os revoltosos enfraquecer.
Estranhamente surgida, como de aos índios vencer.
Uma armadilha pra matar, arma secreta da Traição.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Chega a hora da batalha, com a Esquadra Imperial
Nossa senhora que nos valha, a luta é tão desigual.
O povo não faz acovardar, de faca enfrenta canhão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Lutas descomunais, do índio, mestiço e trabalhador.
Proprietários locais, caçam os cabanos pelo interior.
Etnicamente a limpar, dizimam 30% da população.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Houve muitos traidores, criando toda dificuldade.
Proprietários sabotadores, gente contra a liberdade.
Movimento Popular, no Brasil de maior expressão.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Era Economia decadente, arrecadação de sangria.
Faziam explorar toda gente, ao pobre que produzia.
Sempre fizeram se revoltar, sempre houve execução.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
A Política da Aristocracia, era a escravidão manter.
Sem perspectiva de alforria, fizeram 40 mil morrer
Cinco anos a matar, os remanescentes da insurreição.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Gente de muito heroísmo, pioneiros da liberdade.
Do digno Humanismo, pois lutaram pela igualdade.
Um dia haverá de chegar, é viva em cada coração.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
O cabano o Brasil honrou, nosso fervor Guerreiro.
A Liberdade se conquistou, graça a cada brasileiro.
Cada sacrifício a somar, pra conseguir a Libertação.
A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos,
de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.
sobre a obra
Obra de Louvor a Cabanagem do Pará, exaltando o seu Povo Heróico que a escreveu com o próprio sangue, num sem fim de lutas terríveis e de desigualdade de armamentos, com avanços e recuos, vitórias e derrotas que hoje são o Orgulho de toda a nação Brasileira, dos Latinos e Africanos, dos Mestiços de todo mundo, que ao serem discriminados ou sujeitos ao preconceito racial, tem o alento do Povo Cabano que lutou
com dignidade e combatividade sem igual na História da Humanidade, parecidos como o Vietiname nas selvas de chuvas de monções. Heroísmo o tempo todo. Tomavam e perdiam Belém, lhes animava a chance de continuarem a liberdade dos escravos e índios, que davam a vida para a preservarem aos familiares. Uma Historia de Amor que comove. Os Imperiais tinham Armas de fogo e os cabanos tinham facões e principalmente lanças, como os índios que estavam juntos, O Brasileiro é um povo de luta e capacidade. A Cabanagem no Para, teve o seu povo na Direção.
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