Texto postado por Lucas Santos no blog Anti-tucano/clique aquí pra visitar blog.
O vício do PSDB em PiG e do PiG em PSDB é fruto da chegada da esquerda ao poder e a perda do eleitorado de centro.
O sucesso do Governo Federal e o consequente fim do medo regino-duártico em relação a políticas progressistas, fazem com que, do centro à esquerda moderada, os eleitores apoiem o também moderado governo Lula. Isto explica a alta aprovação do presidente e seu governo.
Explica também o deslocamento do PSDB à direita - a udenização do partido.
Com o referido apoio conseguido pelo governo do PT, caso o PSDB se mantenha com um discurso centrista, este partido não perderá apenas os votos para PT e seus aliados de centro (que vem tendo sucesso em administrar o país). Os tucanos também correm o risco de perder eleitorado para outro partido de direita.
Por exemplo: Imaginem o desastre eleitoral se os tucanos insistissem na história de que eles é que são criadores do Bolsa-Família. Primeiro: os eleitores de centro e de esquerda sabem que o PSDB é neoliberal, portanto, contra políticas de redistribuição de renda através do Estado. Assim, os "economistas" não ganhariam estes eleitores com tal estratégia. Segundo: se insistissem que são favoráveis ao Bolsa Família, perderiam o eleitorado direitista também - para o DEM, por exemplo.
Portanto, já que o centro está com os petistas, o PSDB se "udeniza" para garantir seu eleitorado de direita e centro-direita.
Não por acaso, o PFL se travestiu de DEMo - uma roupagem mais "light". Foi para tentar ganhar eleitores de centro-direita que venham estar insatisfeitos com o aturdimento tucano.
O problema para o PSDB é que essa direitização liberal, além de demodê atualmente e catastrófica num período recente, afasta-o desse eleitorado que ganha eleição: o de centro.
Ficar chamando a Petrobrás de caixa-preta e paquiderme não é nada popular entre eleitores moderados.
Assim, o aturdimento tucano é compreensível: Ficar à direita, garantir um eleitorado tradicional e aceitar perder o eleitorado centrista (e consequentemente as próximas eleições)? ou insistir na hercúlea tarefa de tentar reconquistar o centro - dizendo que não vai privatizar, que é pró-Bolsa-Família etc - correndo o risco de perder eleitores para o DEMO?
O que temos observado é que o PSDB tenta unir os dois: o partido udenizou-se porém tenta reconquistar o centro, com a ajuda do PiG, dizendo que o governo do PT é um mar de corrupção e que eles, tucanos, são honestos. Por isso o vicio tucano em PiG.
O PSDB precisa do PiG para emplacar esse discurso e se eleger.
O interessante é que o PiG precisa desesperadamente do PSDB, não só para se salvar enquanto empresas de comunicação, mas para que o poder econômico volte a ter o comando sobre o poder político.
(o governo Lula pode não ser socialista, mas está longe de ser o sonho do Capital).
Se os políticos tucanos não forem eleitos, tornam-se prefeitos, deputados, enfim, há saídas. Mas o PiG é a elite, o capital. Não pode esperar mais 4 anos. Isso explica o fato de o ping-pong entre tucanos e Mídia ter início com a Imprensa. Esta leva a denúncia ao parlamentar e não o contrário, como seria o normal. O eleitorado tucano está mais desesperado que os políticos tucanos. Por isso, a Mídia é mais golpista que a oposição.
Quanto ao discurso anti-corrupção, ele abrange todos os espectros ideológicos. Ocorre que corrupção é uma arte dominada magistralmente pelos tucanos. Nós, o povo, sabemos disso, mesmo que inconscientemente: "político é tudo ladrão", dizemos. Ou quando observamos escândalos serem abafados pela mídia porque chegaram a um tucano. Ou seja, se todos são ladrões - inclusive o PSDB, embora o PiG diga que não - as pessoas votam em quem vem fazendo um bom governo para elas.
O problema é o PiG, que cria um mundo virtual, onde os tucanos são honestos e os petistas são os mais corruptos da história mundial.
É esse o verdadeiro inimigo dos brasileiros em 2010: o PiG. O PSDB se desfaz por si só.
A propósito: se o eleitor de centro está com Lula - prova é que o presidente foi reeleito com brutal votação - faria sentido o PMDB, centrista, ser oposição? Só para a Veja isso tem lógica.
O PMDB é muito mais fisiológico quando apóia um governo ultra-liberal, de direita, como o dos tucanos do que quando apóia um governo de centro-esquerda.
ps: Não acho coincidência Alckmin e Serra terem tido ambos aproximadamente 36% dos votos nas duas últimas eleições. Talvez essa seja a parcela da população que, mesmo após a Era FHC, gostaria de um governo de centro-direita ou direita novamente.
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