SARAIVA 13 |
- Ibope: Brasileiros querem mudança, mas com Dilma
- Charge do Bessinha
- Marco Aurélio lança Barbosa à presidência
- Lula defende petistas presos e ataca ministros do Supremo
- Mulher de Pizzolato: Globo recebeu R$ 5 milhões
- Paulo Moreira Leite: É fácil apontar desvio público no mensalão tucano
- A matilha financeira mostra seus dentes
- Dilma vai lançar o PAC 3, focado em mobilidade urbana e banda larga
- Por ano, a corrupção custa para a Europa €120 bilhões
- Jornalista preso diz que oferta de delação premiada buscava comprometer políticos do PT em Minas
- LULA BATE DURO EM JOAQUIM BARBOSA: "MOSTRE A CARA"
Ibope: Brasileiros querem mudança, mas com Dilma Posted: 09 Feb 2014 02:03 AM PST Miguel do Rosário, Tijolaço Segundo Lauro Jardim, colunista da Veja, o Ibope acaba de fechar uma pesquisa. Persiste espírito mudancista captado pelo Ibope em novembro passado, quando se detectou que 62% dos brasileiros disseram querer "mudanças" no Brasil. Entretanto, uma "parte substancial" dos ouvidos afirmaram, em pesquisa do mesmo Ibope feita ao final de janeiro, que querem mudanças sim, mas com Dilma Rousseff. Ainda do Blog BRASIL! BRASIL! |
Posted: 09 Feb 2014 01:48 AM PST |
Marco Aurélio lança Barbosa à presidência Posted: 09 Feb 2014 03:02 AM PST "Em entrevista, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, faz uma "inconfidência"; diz que seu colega Joaquim Barbosa lhe abriu um segredo: o de que estaria prestes a deixar o STF; "por aqui se ventila muito que ele esteja para sair para se candidatar", afirma; "que seja feliz na nova seara"; Mello também aponta um "desgaste institucional" nos doze anos do PT no poder e se defende da decisão mais polêmica de sua carreira, que foi o habeas corpus que permitiu a fuga de Salvatore Cacciola; "tomaria a mesma decisão novamente"; Barbosa também consultou o STF sobre os benefícios a que teria direito em caso de aposentadoria precoce Brasil 247 O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, revela: Joaquim Barbosa deve deixar o comando da instituição para se lançar à presidência da República. A inconfidência foi feita numa entrevista ao jornalista Cabral, publicada na edição deste fim de semana da revista Veja. – O senhor acha que Joaquim Barbosa deixará o Supremo para se candidatar a presidente da República? – questiona Cabral. – Eu o vejo um pouco cansado do dia a dia do Judiciário. Posso cometer uma inconfidência porque ele não me pediu que guardasse reserva. Ao entrar para a sessão final do ano judiciário de 2013, ele me disse que já estava participando daquela sessão pela décima-primeira vez. E afirmou que para ele já estava de bom tamanho. Por aqui se ventila muito que ele estaria para sair para se candidatar. Que ele seja muito feliz na nova seara – responde Marco Aurélio. Na mesma entrevista, Marco Aurélio Mello aproveitou para fustigar o Partido dos Trabalhadores. "Temos de admitir a realidade: houve um evidente desgaste institucional nesses doze anos de governo do PT. Com ataques inaceitáveis ao Ministério Público, ao Judiciário e à liberdade de imprensa". Ele também se defendeu de sua decisão mais polêmica: o habeas corpus que permitiu a fuga do banqueiro Salvatore Cacciola. "Sempre estive com a consciência muito tranquila. Se precisasse, tomaria a mesma decisão novamente." Na mesma edição da revista, na coluna Panorama, o mesmo jornalista informa que um assessor de Barbosa fez consultas sobre os benefícios a que ele teria direito caso se aposentasse prematuramente – em mais um sinal de que será candidato à presidência da República." Os nossos leitores gostaram igualmente de Enviada por: Nogueira Junior / 20:31 Do Blog BRASIL! BRASIL! |
Lula defende petistas presos e ataca ministros do Supremo Posted: 09 Feb 2014 01:39 AM PST Ex-presidente diz que papel de juizes é falar nos autos do processo e não falar para a televisão Lula mandou recado indireto para Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa Luciano Claudino/08.02.2014/Estadão Conteúdo — O nosso partido está sofrendo. Temos companheiros presos, somos solidários e queremos justiça. Lula ainda atacou, sem citá-los nominalmente, os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, do STF, por eles terem feitos declarações públicas sobre o processo após a condenação dos réus. Pizzolato está detido em "prisão de ouro" na Itália Leia mais notícias de Brasil e Política João Paulo Cunha renuncia ao mandato de deputado federal Em relação a Mendes, que declarou que doações feitas para o pagamento de multas de petistas condenados e presos poderiam ser fruto de lavagem de dinheiro, Lula disse que "o grande papel do ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não falar para a televisão o que ele pensa". — Se quer fazer política, que entre para um partido. Lula fez essas afirmações ao participar do lançamento da "Caravana Horizonte Paulista", marco do início da pré-campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. Lula também criticou o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, indicado pelo ex-presidente ao STF. — Quando você indica alguém, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, quando quer fazer política, diga [...] não aceito ser ministro, vou ser deputado, entrar para um partido político e mostrar a cara". Lula cobrou julgamento justo, pediu que os eventuais culpados pagassem, "desde que haja provas", e garantiu que "foi nosso partido que não deixou sujeira embaixo do tapete". O ex-presidente lembrou até mesmo do ex-presidente da República e ex-prefeito de São Paulo Jânio Quadros, que tinha como símbolo uma vassoura. — São Paulo já teve candidato que andava com vassourinha para jogar sujeira embaixo do tapete, mas nós escancaramos a transparência no País. O ex-presidente classificou o PT como "um dos maiores partidos de esquerda do mundo, sem dogmas", cujo compromisso, segundo ele, é ser ético e querer lutar para que as pessoas mais humildes conquistem cidadania. — Não fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse País do que o Partido dos Trabalhadores. Após comentar que se empenhará para reeleger a presidente Dilma Rousseff e dizer que dedicará mais tempo à política e às eleições, Lula rebateu as críticas da oposição e de analistas à política econômica e ao crescimento da dívida bruta do País. — Querem o aumento do desemprego para baixar a inflação e agora falam em dívida bruta, que nunca foi utilizada no discurso. Estão incomodados porque o governo colocou dinheiro do tesouro do BNDES na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. No dia que o PT governar o Brasil e o Estado de São Paulo, a gente vai fazer muito mais que a gente já fez. A declaração foi feita por Lula antes de elogiar Padilha e considerá-lo o mais bem preparado do partido para a disputa eleitoral no Estado. _________________________________ . PITACO DO ContrapontoPIG É isso aí Lula. "Baixa o sarrafo " nesta corja que o povo está a teu lado. _________________________________ . Mais uma vez do Blog ContrapontoPIG. |
Mulher de Pizzolato: Globo recebeu R$ 5 milhões Posted: 09 Feb 2014 01:33 AM PST Do Brasil 247 - 8 de Fevereiro de 2014 às 17:43Companheira de Henrique Pizzolato se irrita ao ser questionada por jornalista da Globo e afirma que os recursos da Visanet foram aplicados em diversos veículos de comunicação, inclusive a Globo; além disso, ela questionou a acusação de sonegação fiscal que pesa contra a emissora dos Marinho: "ele está preso e vocês da Globo estão devendo dinheiro público, isso é uma vergonha, mais de R$ 700 milhões"; empresa dos Marinho foi autuada pela Receita em R$ 713 milhões 247 - Ao ser abordada por jornalistas neste sábado, quando tentava visitar seu companheiro Henrique Pizzolato, Andrea Haas disparou críticas pesadas às Organizações Globo. Disse que os recursos da Visanet, uma "empresa privada", foram aplicados em diversos veículos de comunicação. Andrea afirmou ainda que a Globo foi a maior beneficiada, recebendo R$ 5 milhões.Com a voz embargada, Andrea se dirigiu a uma repórter da Globo e a lembrou da acusação de sonegação fiscal que pesa contra a emissora dos Marinho. "Ele está preso e vocês da Globo estão devendo dinheiro público, isso é uma vergonha, mais de R$ 700 milhões", diz ela. Recentemente, a Globo foi autuada em R$ 713 milhões pela Receita Federal, em razão de uma suposta fraude tributária na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002. Sobre a Visanet, embora tenha ficado demonstrado em diversas auditorias que os recursos foram efetivamente pagos aos veículos de comunicação, o Supremo Tribunal Federal entendeu que tais verbas foram desviadas para abastecer o chamado "mensalão". "Vocês da Globo estão devendo dinheiro público e o outro está ali preso, mesmo tendo aplicado tudo corretamente". |
Paulo Moreira Leite: É fácil apontar desvio público no mensalão tucano Posted: 09 Feb 2014 01:30 AM PST Do Viomundo - publicado em 8 de fevereiro de 2014 às 14:36 MENSALÕES DIFERENTES Ao contrário do que ocorre na AP 470, é fácil apontar desvio de dinheiro público no mensalão PSDB-MG por Paulo Moreira Leite, em seu blog Se você é daqueles que acredita que o mensalão PSDB-MG é igual ao esquema financeiro da AP 470 pode despedir-se de mais uma ilusão. A leitura das alegações finais de Rodrigo Janot, procurador geral da República sobre o mensalão PSDB-MG mostra uma verdade difícil de negar. Tudo aquilo que se disse – e não se provou – sobre o esquema de Valério-Delúbio pode ser dito e provado no mensalão PSDB-MG. A polêmica principal sobre o mensalão dos petistas diz respeito ao desvio de recursos públicos. O procurador geral Antônio Carlos Fernando, seu sucessor Roberto Gurgel e o relator Joaquim Barbosa sustentam, desde o início, que o esquema Valubio baseou-se no desvio de R$ 73,8 milhões de recursos públicos. Dizia-se, no começo, que esse dinheiro fora desviado do Banco do Brasil. Uma apuração mais acurada mostrou que o dinheiro pertencia ao Fundo de Incentivo Visanet, destinado a divulgar o cartão Visa, que é uma empresa privada. Hoje não há a mais leve dúvida a respeito. Embora uma única testemunha tivesse dito que – qualquer que fosse sua natureza — os recursos destinados a DNA eram desviados para campanhas petistas, a contabilidade mostra que o desvio – se houve – está longe de ter sido demonstrado. As contas batem, conforme várias auditorias. E tanto é assim que nesta semana, teremos uma novidade neste item. Enquanto os réus da AP 470 já estão cumprindo penas longas, em regime fechado, seus advogados começam a distribuir uma notificação judicial aos veículos que receberam as verbas da DNA. Estamos falando da TV Globo, Editora Abril, Estadão, Folha, Editora Três. Convencidos de que irão colher um dado que ajudará a demonstrar a inocência dos réus, os advogados querem que as empresas confirmem – ou desmintam – a informação de que os recursos da DNA chegaram a seus cofres. Estes dados, a rigor, encontram-se nos documentos da AP 470. Mas ficaram ali, congelados nos arquivos, sem que fosse possível examinar seu significado e extrair todas implicações. A consulta às empresas, que será feita agora, deveria ter ocorrido em 2005 ou 2006, na época da denúncia. Era o tempo certo para uma checagem tão importante, decisiva, até. Mas não interessava questionar uma teoria que agradava tantas pessoas e tantos interesses, vamos combinar. A leitura das alegações finais de Janot sobre o mensalão do PSDB descreve fatos muito mais graves. Ele fala de desvio de milhões de reais de empresas estatais do governo de Minas Gerais. Fala da Copasa, Codemig, Comig. Ao contrário do que acontecia com a Visanet, que se definia como "empresa de capital privado", em seus estatutos e também num questionário enviado a CPMI dos Correios, aqui estamos falando de empresas públicas, controladas pelo governo do Estado, com funcionários concursados e tudo mais. (Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG) A Copasa é a Companhia de Saneamento do Estado. A Codemig dedica-se ao desenvolvimento econômico e obras de infraestrutura. A Comig é a estatal de mineração. Não há comparação possível com a Visanet, criada pela multinacional dos cartões Visa, uma das maiores empresas do mundo. Com notas e depoimentos, Janot descreve cenas tão didáticas que poderiam estar num filme. O dinheiro sai das estatais, chega às agências e, em vez de ser gasto em publicidade, é despachado para os cofres da campanha estadual do PSDB em 1998. Porções mínimas das verbas destinadas a publicidade chegaram a seu destino. A maior parte ficou no meio do caminho, diz ele. Muitas pessoas diziam, quando Roberto Jefferson fez a denúncia, que o PT apenas repetia o que o PSDB fizera antes. O próprio Lula disse em Paris que seu partido nada fazia de diferente daquilo que ocorria "sistematicamente" na política brasileira. Parecia uma forma do PT tentar proteger-se atrás dos erros do adversário, o que levou a acusação de que o partido queria justificar seus erros através dos erros dos outros. Talvez seja mais correto afirmar o contrário. A construção de uma visão distorcida na AP 470 ajudou a encobrir erros e desvios — mais graves — da AP 536-MG. Embora o próprio Janot se permita, nas alegações finais, lembrar as semelhanças – e algumas distinções – entre os dois mensalões, as diferenças são muito maiores do que se quer acreditar. O Banco Rural é o mesmo, um personagem central – Valério – também. Até as secretarias eram as mesmas. Mudava a natureza da mercadoria. A existência do mensalão PSDB-MG chegou ao STF Supremo em 2003 mas ficou em segredo até a denúncia de Roberto Jefferson contra o PT. Foi então que se descobriu que Marcos Valério, o parceiro que se aproximou de Delúbio – o Carequinha, nas palavras de Jefferson — nos meses finais da campanha de 2002, havia sido formado e treinado nas campanhas tucanas desde 1998. Veio daí a teoria de que o segundo mensalão era uma cópia do primeiro. As diferenças no ponto essencial – dinheiro público – permitem pensar em outra hipótese. A teoria do segundo mensalão serviu para justificar o primeiro. É como se, já tendo conhecimento anterior do mensalão PSDB-MG, a acusação tenha feito o possível para vestir o esquema de Delúbio-Valério com as mesmas roupagens e a mesma gravidade, fazendo uma denúncia igual para casos substancialmente diferentes. Isso explica porque se forçou a barra para dizer que as verbas saiam do Banco do Brasil e, quando se verificou que sua origem era a Visanet, para dizer, num exercício espantoso, que os recursos seguiam públicos embora fossem propriedade de uma empresa privada. Leia também: Janot pede 22 anos de prisão para ex-presidente do PSDB por mensalão tucano, que a mídia chama de "mineiro" Exclusivo: Uma entrevista com o delator do mensalão tucano, que ao contrário do Roberto Jefferson, está preso e não fala à Folha Exclusivo: O jornalista que foi preso por denunciar Aécio Neves Exclusivo: Advogado diz que morte de modelo tem relação com o mensalão tucano Exclusivo: Saiba tudo sobre a Lista de Furnas, outro escândalo tucano ainda impune Exclusivo: Valério operou ao mesmo tempo para o Aécio em Minas e o PT em Brasília; a íntegra da Lista de Furnas e do mensalão tucano . |
A matilha financeira mostra seus dentes Posted: 09 Feb 2014 01:27 AM PST 9 de fevereiro de 2014 | 00:06 Autor: Fernando Brito Como sempre, trago para este blog as opiniões de Paulo Nogueira Batista Jr., o mais claro e direto dos economistas brasileiros que concedem ao povo publicar suas análises. Além da visão democrática e de defesa do Brasil, Paulo tem a vantagem de dar nome aos bois. Ou, neste caso, a matilha financeira mundial que mostra seus dentes, agora, para os países emergentes. De prodígios, num passe de mágica, passamos relapsos paisetes, até, provas – cabais e em dinheiro – de que seremos "bonzinhos". E no sanatório geral da economia, nestes tempos turbulentos, "pegarmos leve", mantendo os níveis aceitáveis de "insanidade", numa ordem econômica que não faz mais (se é que fez, um dia) sentido algum. * Hospício financeiro Por Paulo Nogueira Batista Jr. Nas últimas semanas, o foco da matilha financeira se deslocou novamente para os emergentes. "Schadenfreude" dos avançados: a crise voltou para os subdesenvolvidos — de onde nunca deveria ter saído! O Brasil, junto com vários outros países, está na mira. Até que ponto corremos o risco de sermos tragados pela onda de instabilidade? O tempo dirá. Depende, é claro, da intensidade e duração dos choques externos. E da resposta da política econômica nacional. A economia brasileira não está, certamente, na linha de frente da turbulência. Os mais atingidos por enquanto são os países que combinam crises políticas domésticas com políticas econômicas duvidosas — Argentina, Ucrânia e Turquia, notadamente. O Brasil faz parte de um segundo grupo — países com alguma vulnerabilidade, mas que apresentam maior solidez econômica e política e são mais resistentes a ataquess especulativos. Não podemos, entretanto, nos fiar muito nisso. A experiência mostra que em momentos de aguda instabilidade diferenciações elementares podem desaparecer rapidamente. Por exemplo, quando o México entrou em colapso no início da década de 1980 — aquela que viria ser a "década perdida" para a América Latina — a equipe econômica brasileira proclamava ruidosamente: "O Brasil é diferente!" Era verdade, mas não adiantou. A economia brasileira acabou arrastada pela crise da dívida. A mesma história se repete em cada episódio de crise financeira. Os países, bancos ou empresas vulneráveis lutam desesperadamente para se diferenciar. O mote é sempre mais ou menos o mesmo: não me confundam, por favor, com os desvairados e enlouquecidos! O apelo nem sempre é considerado. Os mercados financeiros costumam ser comparados a cassinos, mas a comparação melhor é com asilos psiquiátricos. Nesse ambiente, é difícil protestar sanidade. Costuma ser contraproducente. O leitor conhece certamente a história do louco que proclamava em alto e bom som: "Eu sou Napoleão Bonaparte!" Um colega de hospício duvidou: "Como é que você sabe?" Resposta fulminante: "Foi Deus quem me disse!" Eis que, de uma sala ao lado, veio a exclamação ainda mais ruidosa: "Eu não disse nada disso!" Em outras palavras, há sempre alguém mais louco do que você, mas nem por isso é fácil escapar do hospício. E não é com protestos ruidosos de sanidade que se consegue atestado de normalidade. O essencial é dar demonstrações diuturnas de sanidade, preservando os fundamentos econômicos e tentar adotar as políticas consideradas racionais pelos mercados e pela comunidade internacional. Ou seja: ater-se exclusivamente às formas socialmente aceitas de insanidade. Também do Blog TIJOLAÇO. |
Dilma vai lançar o PAC 3, focado em mobilidade urbana e banda larga Posted: 09 Feb 2014 01:21 AM PST 9 de fevereiro de 2014 | 03:29 Autor: Miguel do Rosário Segundo o Globo publica hoje, o governo federal lançará, em abril, o PAC 3. O jornalão faz seu velho teatro oposicionista, focando mais nos atrasos pontuais de algumas obras do que revelando o desempenho geral e as perspectivas de futuro. Mas será difícil convencer o leitor – e o eleitor – que ver o governo apostando num novo ciclo de investimentos em infra-estrutura não é uma coisa boa. Os projetos estão sendo especialmente planejados para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades. Também haverá fortes investimentos numa banda larga mais eficiente e mais rápida. O governo ainda não desistiu do trem bala. Ainda bem. Uma nova tentativa de leilão para escolher a empresa que tocará as obras deverá acontecer ao fim do ano. Para 2014, as obras do PAC 2 tem um orçamento previsto de R$ 64 bilhões. Dentro de alguns dias, o governo divulga o nono balanço do PAC 2. Em janeiro deste ano, ele já deu algumas dicas: O último balanço divulgado em outubro de 2013, com dados até setembro, informou que 67% das obras estavam prontas. Também aí teremos novidades boas para o Brasil, embora talvez ruins para uma oposição sem projeto e que, quando no poder, não fez absolutamente nada. Segundo o ministério do Planejamento, o número de casas contratadas para o programa Minha Casa Minha Vida alcançou a incrível marca de 3,4 milhões de moradias. Do Blog TIJOLAÇO. |
Por ano, a corrupção custa para a Europa €120 bilhões Posted: 09 Feb 2014 01:16 AM PST 08/02/2014 Via BBC Brasil Um estudo da Comissão Europeia mostra que a corrupção custa cerca de €120 bilhões por ano (quase R$390 bilhões) à economia do bloco, o que é equivalente a quase todo o orçamento anual da União Europeia. Este valor também equivale a 1,04% do PIB do bloco, de US$15,5 trilhões, segundo dados de PIB do Banco Mundial. O relatório foi apresentado na segunda-feira, dia 3, pela comissária de Assuntos Internos da União Europeia, Cecilia Malmstroem. Para efeitos de comparação, um estudo de 2010 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mostrou que a corrupção custa ao Brasil entre R$49,5 bilhões e R$69,1 bilhões por ano. Tomando o valor mais alto e fazendo a correção cambiária atual, o montante de valores desviados dos cofres públicos brasileiros equivaleria a 3% do PIB de US$2,3 trilhões do país – três vezes maior, portanto, que a corrupção europeia. A Comissão Europeia analisou o problema da corrupção nos 28 países-membros no primeiro levantamento do gênero, que também ouviu o público. Três quartos dos europeus entrevistados relataram que a corrupção é comum e mais da metade dos ouvidos informaram que o nível de corrupção aumentou. Ao comentar o relatório, Malmstroem afirmou que a corrupção prejudica a confiança nos governos. "A corrupção desgasta a confiança nas instituições públicas e na democracia. Prejudica nosso mercado interno, atrapalha o investimento estrangeiro, custa milhões aos contribuintes e, em muitos casos, também é uma ferramenta para redes de crime organizado", disse a comissária. "Existem estimativas de que a corrupção custa à União Europeia não menos do que €120 milhões a cada ano, e isto é o equivalente ao orçamento anual da União Europeia, então estamos falando de muito dinheiro." De acordo com Malmstroem, os vários anos de austeridade econômica em muitos países europeus agravaram ainda mais o problema. "Muito dinheiro dos cidadãos está sendo perdido em contratos corruptos, ou em subornos e em questões nas quais eles não recebem os serviços que precisam. Ou então não recebem o valor ou o benefício do dinheiro de seus impostos. A crise certamente destacou a necessidade de fazer tudo o que pudermos para que a economia da Europa volte a ficar em ordem", afirmou. Números diferentes Os números de pesquisados que disseram que a corrupção está espalhada pela Europa ou que tiveram experiências pessoais com corrupção variaram entre um país e outro. Na Grã-Bretanha, por exemplo, apenas cinco pessoas entre as 1.115 ouvidas, menos de 1%, disseram que já tinham passado pela experiência na qual alguém esperava que elas pagassem um suborno. Segundo o relatório, "foi o melhor resultado em toda a Europa. Entre os britânicos que responderam à pesquisa, 64% acreditam que a corrupção está disseminada pela Grã-Bretanha, enquanto que a média na União Europeia foi de 74% nesta questão específica. Em outros países, os números foram relativamente maiores. Na Croácia, República Tcheca, Lituânia, Bulgária, Romênia e Grécia, entre 6% e 29% dos pesquisados disseram que já receberam um pedido de pagamento de suborno nos últimos 12 meses. Os níveis de relatos de suborno também foram altos na Polônia (15%), Eslováquia (14%) e Hungria (13%), onde o problema prevalece no sistema de saúde. Na Europa, cabe aos governos de cada país e não às instituições do bloco a luta contra a corrupção, explicou a comissária. A União Europeia tem uma agência de combate a fraudes, chamada Olaf, que se concentra em fraudes e corrupção que afetem o orçamento do bloco. Mas a agência tem recursos limitados. Em 2011, o orçamento da Olaf foi de apenas €23,5 milhões (cerca de R$76 milhões). Modelo sueco Em um artigo no jornal sueco Goeteborgs-Posten, Malmstroem afirmou que, apesar do problema ser grave em toda a Europa, a Suécia não parece ser tão afetada. "A extensão do problema na Europa é de tirar o fôlego, apesar de a Suécia estar entre os países com menos problemas", escreveu. Segundo a comissária, "outros países da União Europeia deveriam aprender com as soluções suecas para lidar com o problema", destacando o papel das leis sobre transparência no país. Para Malmstroem, o relatório apresentado nesta segunda-feira pode ser uma ferramenta para combater o problema. "É claro que é preciso muito mais do que um relatório para erradicar a corrupção, mas, enquanto estamos encontrando nosso caminho para fora da crise econômica, pode ser uma ferramenta (…). Esperamos que se inicie um processo muito construtivo que vai estimular a vontade política e os compromissos necessários em todos os níveis para tratar da corrupção, pois o preço (a ser pago por) não fazer nada é simplesmente alto demais", afirmou. Tags: Cecilia Malmstroem, Corrupção, Espanha, Europa, Grécia, Itália, PIGS, Portugal, Relatório, União Europeia Publicado em Brasil, Internacional, Política | Deixar um comentário » Também do Blog LIMPINHO & CHEIROSO. |
Jornalista preso diz que oferta de delação premiada buscava comprometer políticos do PT em Minas Posted: 09 Feb 2014 01:11 AM PST 09/02/2014 Por trás da apreensão de computadores, documentos e agendas de telefones do Novo Jornal e seu dono, estão Andrea e Aécio Neves? Os bastidores da política mineira estão em ebulição. Na Justiça, o delator do mensalão mineiro, Nilton Monteiro, o jornalista Marco Aurélio Carone e o advogado Dino Miraglia são acusados de formar quadrilha com o objetivo de disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados. Os dois primeiros estão presos. Houve busca e apreensão na casa do advogado. Esta é a versão oficial, que tem sido noticiada em Minas Gerais. Mas há outra, que deriva de um fato político: Nilton, Carone e Miraglia se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, agora que ele concorre ao Planalto. Nilton é testemunha nos casos do mensalão mineiro e da Lista de Furnas, esquemas de financiamento de campanha dos tucanos nos anos de 1998 e 2002. Carone mantinha um site em que fazia denúncias contra o ex-governador mineiro. Dino representou a família de uma modelo que foi morta em circunstâncias estranhas. O advogado sustenta que ela era a intermediária que carregava dinheiro vivo no esquema do mensalão mineiro e levou a denúncia ao STF. Desde 20 janeiro, quando ocorreu a prisão de Marco Aurélio Carone, diretor-proprietário do site Novo Jornal, o bloco parlamentar de oposição a Aécio Neves na Assembleia Legislativa Minas Sem Censura denuncia: a prisão preventiva do jornalista é uma armação e tem a ver com o chamado "mensalão tucano" e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014. Na última sexta-feira, 31 de janeiro, um lance evidenciou o roteiro. Segundo o Minas Sem Censura, há indícios de um amplo complô de políticos do PSDB e governo mineiro associados a setores do Judiciário e Ministério Público contra a oposição. O plano A, de acordo com a oposição mineira, era prender o jornalista e pressioná-lo a assinar uma falsa acusação contra vários adversários. A começar pelo ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio, que sempre foi muito próximo dos tucanos, mas se tornou uma pedra no caminho deles. Na eleição de 2008 à prefeitura de Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB) e Pimentel apareceram juntos na propaganda eleitoral na tevê, apoiando Márcio Lacerda (PSB). Porém, a relação começou a azedar, quando Aécio se colocou como candidato à presidência da República contra a presidenta Dilma Rousseff. E desandou de vez com disposição de Pimentel, nas eleições de 2014, ser o candidato do PT ao Palácio da Liberdade, ocupado há 16 anos pelo PSDB. Na lista de "incriminados", também estariam, dentre outros: ● Rogério Correia, deputado estadual, líder do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg). ● Durval Ângelo (PT), deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alemg. ● Sávio de Souza Cruz (PMDB), deputado estadual, líder da oposição na Alemg. ● Protógenes Queiroz, deputado federal (PCdoB/SP) e delegado licenciado da Polícia Federal (PF). ● Luís Flávio Zampronha, delegado da PF, responsável pelo relatório do mensalão tucano. ● William Santos, advogado, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil– seção Minas (OAB/MG). Em troca da delação premiada, o jornalista ganharia a liberdade. A proposta teria sido lhe oferecida pelo promotor André Luiz Garcia de Pinho. O mesmo que pediu a sua prisão preventiva e já havia sido alvo de denúncia no site do próprio preso. Marco Aurélio Carone fez essas e outras revelações na quarta-feira, dia 29/1, a Rogério Correia e Durval Ângelo. Junto com eles, representando a OAB/MG, estava o advogado Vinícius Marcus Nonato. Os três ouviram-no no Hospital Biocor, onde ficou internado de 25 a 28 de janeiro, sob vigília policial. A conversa durou 31min15s. Foi gravada e dividida em duas partes (na íntegra, sem qualquer edição, ao final desta reportagem). É que aos 7min28s, a pedido da enfermagem, teve de ser interrompida, para o jornalista receber medicação. Carone recusou a delação premiada: "Sou filho de pai e mãe cassados, vou morrer, não tem problema. Mas de mim eles não conseguem nada, em hipótese alguma". Segundo a oposição mineira, fracassado o plano A, partiram para o plano B, devassar os documentos do jornalista e do Novo Jornal, cujas matérias desagradam politicamente a cúpula do PSDB e do governo mineiro, para descobrir suas fontes de informação. Por determinação da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, agentes da Polícia Civil (Depatri) realizaram busca e apreensão de agendas, computadores e documentos na sede do Novo Jornal. Fizeram o mesmo na casa de Carone e na do jornalista Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou no Novo Jornal até sete meses atrás. "Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD's e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias", postou na sua página no Facebook. "Fizeram uma relação de objetos levados perante testemunhas legais, mas nada me mostraram." "Esses atos são obra de Andréa [Andréa] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-M], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF", afirma Geraldo Elísio ao Viomundo. "Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas, inclusive incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio Souza Cruz, que certamente o doutor Tancredo Neves reprovaria. Eles não herdaram a inteligência nem o bom senso do avô." Liberdade de imprensa violada com a cumplicidade da mídia Rogério Correia está perplexo: "É estranho uma ordem de busca e apreensão na residência do jornalista Geraldo Elísio. Evidencia o caráter de censura da operação em curso". O bloco Minas Sem Censura, integrado por PT, PMDB e PRB, denuncia: O bloco parlamentar Minas Sem Censura vem a público mais uma vez registrar sua perplexidade e sua indignação com mais essa atitude do Judiciário mineiro, no caso do Novo Jornal.Preso no hospital Marco Aurélio Carone tem 60 anos, sofre de diabetes e hipertensão arterial há mais dez. Há cinco sofreu um acidente que lhe deixou uma perna menor que a outra e o obrigou a recorrer à bengala. Atualmente, usa muletas, mesmo assim não consegue se locomover direito. Hoje [9/2], faz 20 dias que está em prisão preventiva. Primeiro, foi para o Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Gameleira. No dia 21/1, ele passou mal no presídio e foi levado para a UPA mais próxima, a UPA Oeste. Como tem plano de saúde, conseguiu ser transferido para um hospital da rede. No dia 23/1, teve alta e voltou para o presídio. Passou mal de novo. Foi levado mais uma vez para a UPA Oeste. Nesse mesmo dia mais cedo, o doutor Edson Donato, médico do presídio, fez um relatório, alertando a direção a gravidade do caso. Dois pontos nos chamam particularmente a atenção: Hipertensão arterial maligna + diabético tipo II de difícil controle com medicamento, susp [abreviatura de suspeita?] de angina pectoris e necessitando de uso rigoroso dos medicamentos, em horários rigorosos. Paciente com risco de vida neste presídio sem condições de permanecer devido às precárias condições de assistência médica. No início da madrugada de sexta-feira, dia 24 de janeiro, o quadro de saúde do jornalista se agravou. Ele teve infarto. Foi para o CTI do Biocor. Na tarde da terça-feira 28/1, ele foi transferido para um dos quartos do hospital. Um dia depois, os deputados estaduais Rogério Correia e Durval Ângelo, acompanhados de um representantes da OAB/MG, o interrogaram. Nota-se, pela gravação da conversa, que respira com certa dificuldade. "A pressão arterial do Carone estava 24 por 10, ele havia passado a noite no respirador artificial, devido à falta de ar", atenta Durval Ângelo. "A saúde dele está muito fragilizada. Devido a um problema no quadril, anda de muleta, precisa de ajuda para fazer as suas necessidades." Nesse mesmo dia à tarde, os dois deputados estaduais tiveram audiência com presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, solicitando a intervenção dele para que o jornalista não voltasse ao presídio. Eles não veem sentido na prisão preventiva. Mas se não for possível revogá-la, que a cumprisse em prisão domiciliar. "É claro que o Carone não oferece risco. E muito menos após o infarto na prisão", observa Rogério Correia. "Mesmo assim a Justiça não lhe deu sequer a prisão domiciliar." Desde quinta-feira 30, o jornalista está na enfermaria da Penitenciária Nelson Hungria, Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde não recebe a visita da família. Segundo um dos seus advogados, Hernandes de Alecrim, ele está com a medicação inadequada. "Se o Carone morrer, a responsabilidade será do governo e do Judiciário mineiros, que já foram suficientemente alertados por nós", avisa Correia. A seguir, os principais pontos do depoimento do jornalista aos dois parlamentares e ao representante da OAB/MG. As informações em itálico, entre colchetes, são nossas. São esclarecimentos sobre o contexto e/ou a pessoa mencionada. Em gravação, jornalista liga prisão a matéria sobre o helicóptero do pó Carone diz que acredita que a sua prisão, ocorrida no dia 20 de janeiro, tem ligação com matéria que estava fazendo na semana anterior. No depoimento gravado, ele conta aos deputados e ao representante da OAB/MG: – Uma semana e meia antes da minha prisão, tinha um pessoal me pressionando pra eu ir na delegacia depor num processo em que são partes Dino Miraglia, eu e o Nilton Monteiro. [Dino Miraglia é advogado. Em entrevista exclusiva ao Viomundo, diz que morte de modelo em Belo Horizonte tem ligação com mensalão tucano. Nílton Monteiro está preso no Presídio Nelson Hungria, em Belo Horizonte. É o delator do mensalão tucano. Também em entrevista exclusiva ao Viomundo disse que é um homem com medo de morrer e é perseguido por Aécio Neves]. – Uma denúncia anônima foi feita, dizendo que existiria um conluio entre eu, Dino Miraglia e Nílton Monteiro. O Dino criava o fato político, o Nílton Monteiro arrumaria o documento e eu divulgaria. – Eu fui a primeira vez e disse que eles estavam brincando. Isso não existe não. Até hoje vocês não mostraram nenhum documento falso, que história é essa de documento falso? Não tem isso, não. – O meu único negócio com o Nílton Monteiro é que eu noticio ele. Eu sou um dos que noticiam o Nílton Monteiro. Eu não tenho nada, nada, com o Nilton Monteiro. – E o Dino, vou mandar para os senhores… Eu mandei, através do doutor Hernandes [Hernandes de Alecrim é um dos advogados de Carone], todos os contratos [Dino era advogado de Carone em várias causas, depois renunciou a todas]. Na sexta-feira, dia 17/1, o Novo Jornal estava fechando uma matéria sobre o possível envolvimento de parentes do Aécio com o helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella, (SDD), flagrado com 445 kg de pasta base de cocaína, em novembro de 2013, no Espírito Santo. Na segunda-feira, o jornalista foi preso às seis horas da manhã, na porta do seu escritório. "Veja se um fato não tem ligação com o outro", diz na gravação. "Marco Aurélio? Sou, sim, senhor. Muito prazer, André Luiz." Diferentemente do que informamos inicialmente, a proposta de delação premiada, segundo Carone, não aconteceu na UPA Oeste, em 23 de janeiro, mas na delegacia, no mesmo dia em que o jornalista foi preso. Na noite do dia 23, muito tenso, ele fez a denúncia na presença dos profissionais de saúde que lhe prestavam assistência, de familiares, advogados, guardas penitenciários e outros transeuntes que observavam o local, já que sua permanência na UPA Oeste ganhara notoriedade e atraíra a atenção de outras pessoas. – Bom, me levaram preso… me levaram para a delegacia. – Eles te prenderam onde? – indaga Rogério Correia. – Na porta do escritório, às seis horas da manhã. – Quem te prendeu? – prossegue Rogério. – Um delegado, chama-se doutor Guilherme [Guilherme Santos, delegado da Polícia Civil]. Eu cheguei na delegacia, ele saiu [da sala], ficou um agente moreno de cabeça raspada, sentado na porta… Eu sabia que estava preso, pois ele me deu ordem de prisão. – Assim que o delegado saiu, entrou um promotor, o doutor André Luiz, que eu não conhecia [pessoalmente]. Ele não gosta de mim, porque publiquei uma matéria a respeito do irmão dele que é advogado: – Marco Aurélio? – Sou sim, senhor. – Muito prazer, André Luiz. Você mexeu onde não tinha de mexer… Sim, você mexeu onde não tinha de mexer. – Como assim, doutor? – . Eu nem estava ligando uma coisa com a outra. – Você mexeu com a delegacia de crime organizado, cara, e agora você vai ver o que tem para você. E, aí, citou aquela matéria que eu coloquei do Aécio Neves, da overdose, e da morte da modelo. – Aí, ele pegou e pôs um processo em cima da mesa. Bum! [com gesto, Carone mostra que é volumoso] – Você está querendo ficar livre disso? – Lógico, doutor. O que está acontecendo, doutor? – Assina isso aqui. Se você assinar esta declaração, você está livre. – Declaração de que, doutor? – Lê. – Eu não li totalmente, pois eram mais ou menos três páginas datilografadas frente e no verso. O jornalista diz que ficou na sala, sozinho, com o promotor André Pinho, das 6 às 8 da manhã, quando a sua filha chegou. O delegado Guilherme dos Santos levou-a até o pai. – Na hora em que minha filha entrou, ele [o promotor] desconversou e saiu. E o delegado, o doutor Guilherme, estava visivelmente constrangido com o que estava acontecendo ali. – Eu estava com essa sacola. Ele [o promotor] falou: apreende essa sacola! Dentro da sacola, tinha a minha marmita [por causa dieta alimentar que faz], minha agenda e mais nada. – O delegado disse: o senhor me desculpa, eu não tenho ordem judicial. A ordem judicial não manda fazer isso. Aí, ele [o promotor André Luiz] foi, datilografou uma ordem judicial para o delegado, disse que estava pedindo ad judicia, ad referendum, falando em nome da juíza, para que apreendesse aquilo ali. – Ele bateu um parecer para apreender…? – inquere Rogério Correia. – A agenda. – Essa agenda que ele levou, eles lacraram? – acrescenta Rogério. – Não, não lacraram, não. As acusações que queriam que o jornalista "assinasse" como sendo o autor O Minas Sem Censura denunciou: os termos da delação premiada chegaram prontos ao jornalista. Só faltava assiná-la. Carone registrou o que guardou na memória. As anotações serviram-lhe de guia na conversa com os dois deputados e o representante da OAB/MG, na última quarta-feira. – Mais ou menos eu vou dizer a vocês o que eu lembrei… – Em relação ao Rogério Correia, é como se fosse feita uma pergunta assim. Indagado [eu, Carone], informou que o deputado Rogério Correia, junto com Simeão [Simeão Celso de Oliveira, assessor do deputado] e o Nilton Monteiro tentaram desviar o que era o foco da Lista de Furnas, introduzindo novos elementos na mesma. E fazendo da mesma divulgação, autorizando a mim que fosse isso publicado no site. – Fiquei calado. Deixa eu ler o resto [pensou]. Esse troço está ficando esquisito. – Aí, colocou você [Rogério Correia], o Simeão e o William, advogado [William Santos, da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG]. – Tem muita coisa, querendo incriminar você. Embaixo está lá assim: que a sua fonte junto à Justiça Federal e à Polícia Federal é o Álvaro Souza Cruz [procurador da República em Minas Gerais], irmão do deputado Sávio Souza Cruz, o Protógenes Queiroz [delegado licenciado da Polícia Federal e deputado federal (PCdoB/SP)], e o Zampronha [delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha, que investigou o "mensalão" do PT e o tucano; depois, como "prêmio", foi rebaixado de função na PF]. – Eu público documentos da Polícia Federal e de processos, eu tenho fontes lá dentro. Ele queria que eu assinasse que esses documentos me eram passados pelo Álvaro de Souza Cruz, irmão do Sávio, Protógenes e Zampronha. – Agora, você, Durval. Todas as acusações contra o Danilo de Castro são trazidas pelo Durval Ângelo e quem manda é o prefeito de Visconde do Rio Branco. Que os documentos da Zona da Mata são enviados pelo PT de Visconde de Rio Branco, via você. [Danilo de Castro, que já foi deputado federal e presidente da Caixa Econômica Federal no governo Fernando Henrique Cardoso, é o homem forte do Aécio. Foi secretário de Governo na gestão Aécio e hoje é secretário de Governo do Antônio Anastasia, governador de MG pelo PSDB]. [O prefeito de Visconde do Rio Branco, município da Zona da Mata mineira, é Iran Silva Couri, do PT]. – Eu nem converso com o cara [prefeito Iran Couri]. É inimigo meu, inimigo político. Eu falei: "Doutor, isso é maluquice. Esse cara nem conversa comigo, nós quase saímos no tapa em 2004". – Aí vem o pior, o financiamento do site é feito pelo Fernando Pimentel [petista mineiro, ministro de Indústria e Comércio] através da empresa HAP. – Consultado, diz que recebeu recursos da Assembleia Legislativa, via deputado Diniz Pinheiro. O Diniz Pinheiro, que é do lado deles [dos tucanos], eles estão envolvendo. [Diniz Pinheiro é deputado estadual (PP) e presidente da Assembleia Legislativa de Minas] – Ele [promotor André Pinho] falou de um rapaz que é da Polícia Civil, que não guardo o nome. Esse cara da Polícia Civil é do Sindicato até. Esse cara da Polícia Civil é quem me daria os documentos da Polícia Civil, principalmente da Corregedoria. Eu nunca ouvi falar o nome do rapaz… O jornalista sustenta: tudo isso estava no "depoimento" pronto de três páginas, datilografadas frente e verso, que o promotor entregou para ele ler e assinar, como se tivesse feito tais declarações. "Doutor, o senhor me desculpa, mas eu não vou assinar isso aqui, não". Na conversa gravada com os deputados e o representante da OAB na quarta-feira, o jornalista contou que, em vários momentos, tentou mostrar ao promotor André Pinho que ele estava enganado. – Doutor, nesse inquérito – é eu, Nílton Monteiro e o Dino Miraglia – eu já falei… – Ele olhou pra mim e disse: Dino Miraglia não bancou o idiota, não, já caiu fora. Falta você cair fora e deixar essa turma ir para o buraco. Só tem filho da puta. – Isso, o promotor?! – questiona Rogério Correia. – O promotor falando comigo, o André Luiz. E se vocês pedirem a fita do vídeo, vocês vão ver que ele esteve lá falando comigo…na delegacia… na Nossa Senhora de Fátima. [É uma igreja bem perto da delegacia, por isso a população de BH a chama de Nossa Senhora de Fátima. Foi nesta delegacia que o promotor foi encontrá-lo. Depois, o jornalista foi transferido para o Ceresp Gameleira, a penitenciária onde ficou preso inicialmente. Ceresp significa Centro de Remanejamento do Sistema Prisional] – Ele falou: "Não adianta não, cara, você querer proteger, nem nada, vai todo mundo em cana". – Eu virei pra ele e disse: "O senhor está enganado. Primeiro, porque eu não conheço o Protógenes". – Eu sei que você não conhece o Protógenes. O Protógenes é através do Geraldo Elísio [jornalista Geraldo Elísio, que trabalhou no Novo Jornal] – o promotor disse. – Mas eu também não conheço o Zampronha… – O Zampronha era através do Protógenes que veio para você… – Eu não entendi o que ele falou do Zampronha e do Protógenes… – interrompe Rogério. – A ligação é em função do mensalão mineiro. Porque eu publiquei a cópia do inquérito inteiro do mensalão mineiro… O relatório do Zampronha. E ninguém, segundo eles, tinha esse relatório. – Aí, o promotor disse: "E não adianta você querer sair que nós não vamos soltar você. Tá aqui a oportunidade de você assinar isso agora e sair". – Eu virei pra ele e disse: "doutor, o senhor me desculpa, mas eu não vou assinar isso aqui, não. Primeiro, porque isso não corresponde à verdade. E, segundo, eu já sou uma pessoa que já tem 60 anos de idade, sei o que estou fazendo e sei das minhas responsabilidades do que eu vou fazer…" – Aí, ele veio com gritaria. Você é isso, aquilo, aquilo outro, tal, tal. – Ele me esculhambou na frente da minha filha. Ela entrou e ele não percebeu que era ela. Ela inclusive reclamou com o delegado. – Tinha alguém com você além dele? – pergunta Rogério. – Não! – O delegado não estava presente? – insiste Rogério. – Não. Ele saiu. O delegado só estava presente na hora em que o promotor falou: "eu preciso dessa agenda" Mas a filha, o genro e Hernandes de Alecrim, um dos advogados de Carone, viram-no com o promotor André Pinho. Haveria também a fita de vídeo da delegacia Nossa Senhora de Fátima, que poderia mostrar que André Pinho esteve lá falando com Carone. Com base no que ainda teria ouvido lá, o jornalista alerta os dois parlamentares e o representante da OAB/MG: – "Eles [tucanos] estão querendo, eles vão pôr a mão" no jornalista Leandro Fortes, de CartaCapital. – O esquema deles é tentar fazer uma conexão de que tudo nasceu em Minas Gerais. Inclusive, vários documentos, através do Dino, teriam chegado ao PT. O Dino seria o intermediário. Eu não sei até onde o Dino está nisso, não está. Eu não vou fazer falsa acusação contra ninguém. Mas me assustou esse fato de ele [o promotor] falar comigo que o Dino já saiu fora. Juntando o fato de ele ter renunciado em todos os processos meus… – Eles vão prender o William, vão prender o Simeão. No pedido para o juiz, eu vi, está o nome dos dois. – Agora, avisa todo mundo: eu sou filho de pai e mãe cassados, vou morrer, não tem problema. Mas de mim eles não conseguem nada, em hipótese alguma. "É cada vez mais nítida a armação dos tucanos, que querem desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano e incluir a oposição numa fantasia desmoralizante", conclui Rogério Correia. "Para limpar a barra do Aécio, vale tudo, até encarcerar um jornalista com risco de morrer." Em tempo Na gravação, como já mostramos um pouco atrás, o jornalista disse aos deputados Rogério Correia e Durval Ângelo e ao representante da OAB/MG, doutor Vinícius Marcius Nonato, que o promotor André Pinho, o mesmo que o denunciou, não gosta dele por causa de uma matéria que fez com o irmão. Durval Ângelo: "O promotor André Pinho (foto acima) não tem isenção para atuar no caso, é suspeito." "O irmão contou que o promotor estava passando outros irmãos para trás numa questão herança, que havia sido vítima de prisão ilegal armada pelo irmão, que estava usando o cargo de promotor para persegui-lo. Disse inclusive que nem o pai queria vê-lo", afirma o parlamentar. "Para não prevaricar, sem entrar no mérito de quem tinha razão, mandei o caso para a Corregedoria da Promotoria a fim de que o apurasse " "O Marco Antônio procurou também o Carone, que fez uma matéria a respeito", acrescenta Durval Ângelo. "O promotor André Pinho não tem isenção para atuar no caso, é suspeito. Contra ele, aliás, correm três denúncias no Conselho Nacional do Ministério Público." O Viomundo contatou o Ministério Público de Minas Gerais para ouvir o promotor sobre essas acusações e a proposta de delação premiada que teria sido feita ao jornalista Marco Aurélio Carone. André Pinho, via assessoria de imprensa do MPMG, disse "que não vai manifestar sobre o caso, pois ele já está judicializado". Clique aqui para ouvir a íntegra da gravação. Tags: Aécio Neves, André Pinho, Andrea Neves, Delação premiada, Durval Ângelo, Herculano Rodrigues, Luís Flávio Zampronha, Marco Aurélio Carone, Minas Gerais, Minas sem Censura, Nilton Monteiro, Novo Jornal, Protógenes Queiroz, Rogério Correia, Sávio Souza Cruz Publicado em Brasil, Política | Deixar um comentário » Do Blog LIMPINHO & CHEIROSO. |
LULA BATE DURO EM JOAQUIM BARBOSA: "MOSTRE A CARA" Posted: 09 Feb 2014 12:56 AM PST Diante dos sinais cada vez mais claros de que Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, será candidato à presidência da República, o ex-presidente Lula decidiu desafiá-lo; "Quando você indica alguém para o STF, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, se quiser fazer política, que diga: 'Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara. Mostre a cara'; Barbosa já consultou o STF sobre os benefícios que terá caso se aposente precocemente 8 DE FEVEREIRO DE 2014 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu falar, neste sábado, sobre o julgamento da Ação Penal 470. E mandou um recado duro para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que dá sinais cada vez mais claros de que trocará a toga pela política. "O grande papel de um ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não ficar falando pela televisão o que ele pensa. Se quiser fazer política, entre num partido político e seja candidato, porque senão não tem lógica", afirmou. Embora não tenha citado nomes, a mensagem parece endereçada a Barbosa porque Lula fez um comentário adicional. "Quando você indica alguém, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, se quiser fazer política, que diga: 'Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara. Mostre a cara'". Dos ministros que com maior atuação política na corte, Barbosa é o único indicado por Lula. Gilmar Mendes foi indicado por Fernando Henrique Cardoso. Neste sábado, em entrevista ao jornalista Otávio Cabral, o ministro Marco Aurélio Mello fez uma inconfidência. Disse que Barbosa deve deixar o STF para ser candidato. Em sua coluna, Cabral também informa que um assessor de Barbosa já consultou a suprema corte para saber que benefícios ele preservará, caso decida mesmo se aposentar precocemente. Lula fez seus comentários, ao participar de um ato da campanha de Alexandre Padilha, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ao comentar o caso do "mensalão", Lula disse que o PT "está sofrendo porque tem companheiros presos" e afirmou ainda que solidariza com todos eles. Postado há 11 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda Do Blog Justiceira de Esquerda. |
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Francisco Almeida
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