segunda-feira, 15 de abril de 2013

Via Email: SARAIVA 13: "O povo de Minas sabe por que sua vida melhorou"


SARAIVA 13


"O povo de Minas sabe por que sua vida melhorou"

Posted: 15 Apr 2013 04:49 PM PDT


"Ex-presidente Lula discursou nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, reduto do senador presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG); o petista recebeu o título de Cidadão Honorário em cerimônia organizada à tarde: "Não é o caso de fazer aqui o inventário completo de tudo o que o governo federal fez, na última década, pelo desenvolvimento econômico e social deste Estado. O povo de Minas, mais do que ninguém, sabe como e porque a sua vida melhorou"
Brasil 247 / Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na cerimônia em que recebeu o título de Cidadão Honorário do estado. Em sua fala, transmitida ao vivo pela TV Assembleia, o ex-presidente destacou a longa história de lutas do estado mineiro.
Lula lembrou as greves do final dos anos 70, quando estádios de futebol mineiros ficavam lotados com trabalhadores em busca de melhores condições. "São mais de 35 anos de lutas e conquistas", lembrou o ex-presidente, afirmando que não existe nenhuma região de Minas que ele não conheça direta ou indiretamente.
O ex-presidente ressaltou ainda a importância da região mais pobre do estado mineiro, o Vale do Jequitinhonha, tantas vezes menosprezado. Ele afirmou que os programas sociais implantados pelo governo federal foram muito importantes para dar maior dignidade ao povo do Brasil e de Minas Gerais: "Os cidadãos de Minas Gerais sabem como sua vida melhorou".
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Do Blog BRASIL! BRASIL! 

O fim do mundo em três meses

Posted: 15 Apr 2013 03:22 PM PDT





Por Ricardo Kotscho, no blogBalaio do Kotscho:



De vez em quando, ultimamente, fico até com receio de perder meu tempo escrevendo. O mundo já poderá ter acabado quando este texto chegar aos caros leitores. Quem vai ler?

Sem falar na sempre iminente guerra nuclear das Coréias, o fim do mundo está onipresente no noticiário nacional, como se houvessem estabelecido uma programação prévia para não deixar o brasileiro respirar sossegado dois dias segundos.

Mal se termina de falar de uma crise e já aparece outra nas manchetes, sem que tenha dado tempo da anterior terminar.

O ano mal começou, e já tivemos de volta as notícias alarmistas sobre os iminentes riscos de apagão de energia em razão da falta de chuvas nos reservatórios, ao mesmo tempo em que as enchentes em outros pontos do país provocavam novas tragédias. Imagens de reservatórios com pouca água e morros despencando eram acompanhadas de análises dos especialistas de sempre para quem o país, com este governo, não tem nenhum futuro, seja por falta ou excesso de chuvas.

Os brasileiros nem tivemos tempo de comemorar o recorde da safra de grãos, e já começaram as séries de reportagens sobre o colapso na infraestrutura, com estradas intransitáveis e congestionamentos nos aeroportos.

E assim fomos seguindo o ano de 2013, de agonia em agonia, até que sobreveio a grande crise do preço do tomate, a maior de todas, porque esta pode explodir ao mesmo tempo a inflação e os juros, levando o país à ruína completa. Em apenas três meses, ficamos novamente à beira do abismo.

Esses problemas todos existem, é claro, e alguns são bastante sérios, como já mostramos aqui no Balaio, tornando mais difícil a recuperação da economia. O clima de catastrofismo, porém, vai além da realidade dos fatos e tem como pano de fundo a sucessão presidencial de 2014, ativada pela antecipação da campanha e pela ausência de candidatos competitivos para enfrentar a candidata do governo.
Inconformados com os altos índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff, que nas atuais pesquisas lhe garantem a reeleição já no primeiro turno, setores da sociedade que se sentiram prejudicados com a queda de juros e tarifas, especuladores e rentistas, aquela gente que não se conforma com medidas que visam a beneficiar a população de baixa renda, resolveram investir em outros campos, já que o cenário eleitoral não lhes dá muitas esperanças de voltarem ao poder tão cedo.

Alguma coisa está fora de ordem e de lugar quando assistimos à judicialização da política e à politização do judiciário, e os grandes protagonistas da cena brasileira se tornam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que agora têm uma opinião formada sobre tudo e dão seus pitacos definitivos sobre qualquer assunto, mesmo quando não são chamados.

Gurgel já decidiu que a nova distribuição dos royalties do petróleo só deverá valer a partir de 2016, Barbosa comenta a indicação do polêmico deputado pastor Marco Feliciano para uma comissão da Câmara, e ambos se dedicam com afinco para colocar na cadeia os condenados da Ação Penal 470, recusando sumariamente qualquer recurso dos advogados de defesa.

Citado pelo ex-ministro José Dirceu numa história no mínimo malcontada no episódio para a sua indicação para o STF, o ministro Luiz Fux manda responder que não vai polemizar com réus condenados. Na mesma semana, o procurador-geral Gurgel determina ao Ministério Público e à Polícia Federal investigações sobre o ex-presidente Lula, a partir de declarações feitas por Marcos Valério, réu condenado a mais de 40 anos de prisão.

No mesmo momento em que Barbosa denuncia o "conluio" entre advogados e magistrados, o escritório de Sergio Bermudes, um dos mais caros do país, anuncia o patrocínio de uma festa de arromba para mais de 300 pessoas em seu apartamento de 800 metros quadrados, no Rio de Janeiro, para comemorar o aniversário de 60 anos de Luiz Fux, cuja filha Marianna, candidata a uma vaga no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, trabalha com o anfitrião. A pedido da mãe do homenageado, diante da repercussão do regabofe, a festa foi cancelada, segundo os jornais deste sábado.

Mas não faltarão outras festas do gênero, por mais que isso irrite Barbosa, para congregar os comensais dos dois lados do balcão da Casa Grande, que podem perder as eleições, mas nunca perdem a pose nem o poder.
 
 
Crédito: caiu na rede

Pelo Twitter, Eike Batista ameaça processar Veja

Posted: 15 Apr 2013 01:24 PM PDT

Um ano atrás, o empresário brasileiro era retratado pela publicação como "Eike Xiaoping", símbolo do Brasil que não se envergonhava de enriquecer; agora que a fortuna encolheu, o caso de amor pode parar nos tribunais; indignado com reportagem deste fim de semana, Eike promete recorrer à justiça contra "mentira de Veja"; na revista, ele conta apenas com o apoio do colunista Lauro Jardim, que continua a soprar suas velas

Eike Batista e a revista Veja já viveram dias melhores. Um ano atrás, ele estava na capa da revista, retratado como "Eike Xiaoping", com direito até a editorial do diretor de Redação, Eurípedes Alcântara. Eike era o símbolo do Brasil empreendedor, que não se envergonhava da própria riqueza. Agora, o caso de amor pode parar nos tribunais.

O motivo é uma reportagem deste fim de semana, assinada pela jornalista Malu Gaspar. Nela, a publicação retrata a queda na fortuna de Eike, de R$ 98,1 bilhões para R$ 15,8 bilhões e aponta riscos para a sobrevivência do grupo EBX, altamente endividado e com ativos de qualidade duvidosa. Segundo Veja, o maior credor seria o BNDES, com uma exposição de R$ 10 bilhões, seguido pelo Itaú, com R$ 5,5 bilhões.

De acordo com o texto, o resgate de Eike passa diretamente pelo governo federal, com a boia que está sendo lançada pela Petrobras, comandada por Graça Foster, que estuda ser cliente do Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Veja conclui o texto dizendo que "Eike sairá desta muito menor do que já foi".

E foi isso que fez com o bilionário demonstrasse sua indignação pelo Twitter. Num dos tweets, ele afirma: "Mentira da Veja de hoje! Exposição de risco de 10Bi de Reais com o BNDES. Número real = 109 milhões de Reais de exposição com o grupo EBX!". Ele afirma ainda ter mandado os números para a publicação e diz que exigirá retratação no mesmo espaço e tamanho. Eike contesta ainda informação publicada na semana anterior, dando conta que seu porto no Rio corria o risco de afundar, por ter sido mal construído. (Detalhe: o porto construído no Amapá afundou).

Em Veja, Eike ao menos pode contar com a solidariedade de seu fiel escudeiro Lauro Jardim. O titular da coluna Radar informa que Eike está prestes a vender participação de um bloco de petróleo para a empresa da Malásia Petronas, em mais uma tentativa de soprar as velas de um barco à deriva.

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:350 comentários 
 
Do Blog TERRA BRASILIS.

TV Globo de cara nova!

Posted: 15 Apr 2013 01:09 PM PDT



Altamiro Borges, Blog do Miro

"Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha, a TV Globo ganhará nova identidade visual a partir do dia 26 de abril, quando completará 48 anos de existência. "Hans Donner, que criou o logotipo da emissora há 39 anos e estava afastado da missão, retomou o projeto. E há um mês desenvolveu o novo símbolo, que, segundo ele, 'será mais clean [limpo], ganhará vida e movimento'". O próprio designer reconheceu que a marca ficou envelhecida, "castigada", e que "está na hora de cuidar de meu filhote e adicionar vida".

A nova cara da emissora, porém, não garante a retomada dos seus índices de audiência, que tem caído vertiginosamente nos últimos anos. Preocupada com sua contínua decadência, a TV Globo também tem promovido mudanças em várias áreas. Na semana passada, ela retirou da bancada do telejornal "Bom Dia SP" a apresentadora Carla Vilhena, o que causou constrangimento pela forma abrupta como a troca foi efetuada – segundo revelou o jornalista Marco Aurélio Mello, ex-editor da TV Globo, no blog DoLaDoDeLá.

A colunista Keila Jimenez, também da Folha, informa ainda que outras alterações estão em curso. Ela revela que "uma das novidades da programação da TV Globo em 2013, a contratação do ex-jogador Ronaldo como comentarista, fez a rede abrir concessões em suas normas internas. Se fosse um comentarista como outros do jornalismo esportivo do canal, Ronaldo não poderia protagonizar comerciais, pois a Globo não permite. O craque está atualmente no ar em seis campanhas publicitárias diferentes".

Estas e outras mudanças visam aumentar as fortunas da famiglia Marinho. Os três herdeiros do império midiático passaram a figurar na última lista de bilionários do planeta da revista Forbes. Apesar da queda de audiência, a Rede Globo aumentou em 38% o seu lucro liquido no ano passado. Ele atingiu R$ 2,9 bilhões. Já o faturamento do grupo chegou a R$ 12,7 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. A "nova cara" da emissora não visa melhorar a qualidade da programação, mas sim elevar seus altos lucros!"
 
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 

Aumentam indícios de corrupção no governo tucano de Geraldo Alckmin

Posted: 15 Apr 2013 01:05 PM PDT


Governador do Estado de São Paulo,
Alckmin vive momento político difícil
Correio do Brasil 
 
"O secretário da Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, está cada vez mais próximo do empreiteiro Olívio Scamatti, preso na terça-feira sob suspeita de chefiar o esquema de corrupção investigado na Operação Fratelli, da Polícia Federal e pelo Ministério Público, que apura fraudes em licitações em 78 prefeituras do interior paulista. A investigação causa um estrago na tentativa de o governador firmar sua administração como um território livre de dinheiro sujo.

O elo de ligação com as administrações municipais corruptas seria o assessor que trabalhou por oito anos com Aparecido, Osvaldo Ferreira Filho, chamado de Osvaldinho. Ele é uma das 13 pessoas da região de São José do Rio Preto, no noroeste do Estado, presas na sede paulistana da PF. Agentes federais apontam o ex-auxiliar do número dois de Alckmincomo intermediário entre a empreiteira de Scamatti, a Demop, que seria a fonte de repasses ilegais de recursos destinados à corrupção nas prefeituras.

Osvaldinho, também segundo os relatórios da investigação, "manteria estreito contato com alta autoridade do governo do Estado, o que facilitaria a atuação do grupo apontado como criminoso para a liberação de recursos". O próprio secretário Aparecido, homem de confiança do governador Alckmin, foi flagrado em escutas telefônicas realizadas com autorização judicial, nas quais troca informações confidenciais com o empresário. A primeira delas ocorreu em 2010, Aparecido exercia o mandato de deputado federal pelo PSDB. Em uma dessas conversas, o parlamentar tucano alerta ao dono da Demop sobre riscos em uma operação suspeita de fraude."
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Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Vitória de Maduro fortalece integração do Brasil e da Venezuela

Posted: 15 Apr 2013 12:51 PM PDT

Do Vermelho - 15 de Abril de 2013 - 9h36
 


A vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela neste domingo (14) fortalece a integração do Brasil com o país vizinho, potencializando o desenvolvimento comum a partir de ações iniciadas pelos presidentes Lula e Hugo Chávez, que hoje tem papel decisivo no enfrentamento aos impactos da crise internacional, dizem economistas.


Para Pedro Barros, do IPEA, e Luciano Severo, da Unila, o avanço da "cooperação
bilateral" joga papel-chave no enfrentamento aos impactos da crise internacional.

Esta é a compreensão dos economistas Pedro Barros, titular da missão do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) na Venezuela, e Luciano Severo, professor da Universidade Federal Latino-americana de Integração (Unila) e autor do livro Economia Venezuelana 1899-2008, a luta pelo petróleo e a emancipação, ambos estudiosos do processo revolucionário bolivariano.

"O resgate da autoestima da população, do orgulho de ser venezuelano e latino-americano ocorreu por meio da utilização dos recursos do petróleo em duas grandes linhas: o pagamento da histórica dívida social – agravada nos anos 80 e 90 com a política neoliberal – e o esforço para diversificar a produção e criar uma estrutura agroindustrial que responda a uma dinâmica dirigida ao mercado interno", explica Luciano Severo.

Para o professor da Unila, o sucesso dessa "primeira linha" é reconhecido pela
Cepal, FAO e Unesco, "pois elevou o poder de compra real dos salários, ampliou direitos dos trabalhadores, erradicou o analfabetismo com a quinta maior população universitária do planeta e expressivas melhoras nos indicadores de
saúde e de alimentação". Em relação a "segunda linha", disse,"existem dezenas de iniciativas no sentido do fortalecimento da estrutura produtiva nacional, com a participação do Estado, do setor privado e de empresas mistas com o Irã, China, Rússia e Índia, promovendo a criação de relações bilaterais fora da tradicional submissão a Washington".

Assim, em meio à "confrontação com o império" e apesar de uma "parte do setor privado conspirar contra o projeto nacionalista em curso", explica Luciano, "as iniciativas vão desde empresas de linha branca, como geladeiras, fogões, micro-ondas e ar-condicionado, até a construção de estaleiros, siderúrgicas, fábricas de papel e celulosa, autopeças e complexos agroindustriais e começaram
a mudar a estrutura produtiva e fazer com que haja maior presença da produção nacional na oferta de bens, substituindo importações e gerando emprego, renda e arrecadação tributária que retroalimenta a economia venezuelana".

"Em relação a 2010, o crescimento da corrente de comércio entre Brasil e Venezuela foi de 30%, tendo as exportações crescido em 31,2% e as importações em 19,7%. Neste período o saldo brasileiro cresceu 34,4%. Quando a comparação se faz com o ano de 2011, percebe-se que a Venezuela foi o único país, entre os três principais parceiros na América do Sul, cuja corrente de comércio cresceu no ano passado. A corrente de comércio se expandiu 3,3%, e o saldo brasileiro teve uma expansão de 22,1%", aponta a Câmara de Comércio Brasil-Venezuela. Com o objetivo de reduzir estas assimetrias, os dois países têm investido em ações comuns.

Conforme levantamento da doutoranda Verena Hitner, ao longo do mandato dos presidentes Lula e Chávez, entre 2003 e 2010, "a Venezuela se destaca entre todos os parceiros mundiais". "Foi o país que mais recebeu visitas do presidente Lula, 13 reuniões bilaterais e outras três reuniões multilaterais em território venezuelano; enquanto o presidente Chávez visitou 20 vezes nosso país, sendo também o mandatário que mais nos visitou no período".

Parceria para avançar

Entre outros importantes pontos de contato Brasil-Venezuela, Pedro Barros lembra que a Caixa Econômica Federal contribui para a sustentabilidade urbanística, social e econômica do país vizinho, apoiando o programa Grande Missão Vivenda (construção de três milhões de moradias até 2019) e a instalação de terminais do Banco da Venezuela em áreas periféricas "sem nenhuma condicionalidade, mas com solidariedade". A Grande Missão Vivenda, aponta, "foi um dos programas decisivos para retomar a atividade econômica depois da crise de 2008 e 2009, construindo 350 mil apartamentos em pouco mais de dois anos". A injeção de recursos na construção civil, destaca Pedro, "enfrenta um dos principais déficits sociais do país e ajuda a dinamizar outros setores da economia".

Integração produtiva e de desenvolvimento

Do ponto de vista estritamente técnico, o economista do Ipea reforça a necessidade de dar continuidade aos estudos sobre a integração produtiva e de infraestrutura do Norte do Brasil e do Sul da Venezuela e ao acompanhamento do processo de ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul, bem como aos cursos de formação sobre planejamento e políticas públicas para órgãos governamentais. "O grande desafio é transformar o crescimento conjuntural do comércio em integração produtiva. Os presidentes Chávez e Rousseff deram um grande passo ao determinar a elaboração de estudos para subsidiar um Plano de Desenvolvimento Integrado entre o Norte do Brasil e o Sul da Venezuela.

Vincular as maiores reservas certificadas de hidrocarbonetos do mundo com a maior biodiversidade  do planeta é um objetivo dos mais estratégicos. Em nenhum outro país do mundo há uma presença maior de instituições públicas brasileiras. As empresas brasileiras, financiadas pelo BNDES, também têm sido responsáveis por grandes obras de infraestrutura na Venezuela: estaleiro, siderúrgica, expansão do metrô, pontes sobre o rio Orinoco, hidroelétricas e termoelétricas, projetos agrícolas de grande envergadura", acrescenta Pedro Barros.

Essas construções, reforça o arquiteto e pesquisador Flávio Higuchi Hirao , "têm área superior aos do programa brasileiro Minha Casa Minha Vida, são melhor localizadas e contam com financiamento mais generoso". "Em cerca de 50% destes empreendimentos a participação popular  teve papel decisivo, com a comunidade organizada envolvida diretamente na construção, via conselhos comunais e movimentos sociais", destaca Flávio.

Salários com ganho real

Pedro Barros frisa que boa parte do eleitorado chavista está concentrada na faixa de renda de até dois salários mínimos, a principal beneficiada com a ação governamental dos últimos 14 anos. "O  poder de compra desta faixa na Venezuela é muito maior do que na maior parte da América Latina, pois além do valor do salário mínimo em si ainda conta com uma cesta básica e por preços subsidiados. Entre outros exemplos podemos citar os preços do metrô, da gasolina, das tarifas de energia e gás", citou.

Com dois filhos, Verena Hitner sustenta que ser mãe na Venezuela é "muito mais barato", com os preços baixos de fraldas, leite em pó, alimentos e remédios, "sem falar na qualidade do serviço público de saúde". "Com a máquina de lavar e secar, ferro de passar e chuveiro elétrico nossa família gasta apenas 50 bolívares mensais com eletricidade e 8 bolívares mensais com o gás, que é um valor fixo para qualquer casa. Como o salário base é de cerca de três mil bolívares - salário mínimo de BsF 2.047 mais a cesta-tíquete obrigatória - , o poder de compra é grande. Quando cheguei em Caracas há dois anos e meio, a fralda era cara, pois era toda importada. Como o presidente Chávez incentivou a criação de empresas nacionais, o preço caiu, ficou bem acessível e acabou com o problema do desabastecimento", conta Verena.

Atualmente na Venezuela, um salário mínimo corresponde a duas mil passagens de metrô ou a mil e quinhentas passagens de ônibus, não há pedágio para os carros nas estradas e o que existe para os caminhões é irrisório.

Apesar da campanha oposicionista veiculada pela grande mídia de que haveria uma suposta "escassez" de produtos, não foi o que vimos nas prateleiras abarrotadas dos supermercados. Da  mesma forma, nas feiras livres que visitamos pudemos constatar uma fartura de frutas, verduras e legumes, bem como de carnes de frango, peixe e carne. No Mercal, mercado estatal, os valores são muito mais baratos, possibilitando à população furar o bloqueio de especuladores que, assim como no Chile de Allende, muitas vezes escondem produtos nas prateleiras para forçar o aumento de suas margens de lucro.

"Com a aprovação da nova lei do trabalho, que passa a valer a partir de maio", enfatiza Pedro Barros, "o trabalhador também terá mais tempo livre, com a redução da jornada para 40 horas semanais, entre outros avanços que garantirão o acesso da classe a uma cesta de mercadorias e serviços maior do que a grande maioria dos países em desenvolvimento".

Leonardo Wexell Severo, ComunicaSul, direto de Caracas

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Também do Blog ContrapontoPIG

Sem entender o BV não se entende o Mensalão

Posted: 15 Apr 2013 12:47 PM PDT

Do Diário do Centro do Mundo - 14 de abril de 2013 

A sociedade tem que saber o suficiente sobre a chamada Bonificação por Volume — uma arma criada por Roberto Marinho para concentrar na Globo a publicidade brasileira.

 Joaquim recebe o seu prêmio

Barbosa e João Roberto Marinho num prêmio do Globo: parte da fortuna dele vem do BV



 Paulo Nogueira
E o BV vai entrando espetacularmente nos debates em torno do Mensalão.
Há fortes indícios de que os 74 milhões de reais que foram definidos na acusação aos réus como "dinheiro público" eram, na verdade, BV pagos por uma empresa privada (Visanet) por serviços prestados por uma agência (DNA).

Num artigo nesta semana, o colunista Janio de Freitas, da Folha, escreveu sobre isso.
(…) perícia de especialistas do Banco do Brasil concluiu pela existência das comprovações necessárias de que os serviços foram prestados pela DNA. E de que foi adequado o pagamento dos R$ 73,850 milhões, feito com recursos da sociedade Visanet e não do BB, como constou. Perícia e documentos que os ministros vão encontrar em breve.

Duas coisas emergem disso tudo.

Primeiro, que é vital dar mais prazo de defesa para os réus para que os dados novos possam ser debatidos de uma maneira civilizada.

Joaquim Barbosa deve isso – o prazo –  não aos réus, mas à justiça e à sociedade.
Segundo, os brasileiros devem ser inteirados do que é BV, e isso já deveria ter acontecido faz muito tempo. (Aqui, você pode encontrar informações boas e imparciais sobre o BV.)

Como escreveu Janio de Freitas, os juízes talvez ignorem o que é BV, mas os donos das empresas de mídia não.

Boa parte da fortuna pessoal deles foi erguida em cima do BV.(Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)

BV são as iniciais de Bonificação por Volume. Essencialmente, quanto mais uma agência de publicidade anuncia num veículo, mais ela recebe como bônus.

Foi, como se poderia imaginar, uma invenção da Globo – mais uma, entre tantas contribuições nocivas à sociedade.

Roberto Marinho – que como mostram os documentos pessoais de Geisel no revelador livro Dossiê Geisel cobrava 'favores especiais' da ditadura em troca do apoio editorial que garantia na Globo – trouxe o BV, e logo foi seguido pela Abril e pelo mercado.


A sociedade não sabe, porque a mídia jamais publicou nada sobre isso, mas o Tribunal de Contas da União (TCU) questiona o BV nos contratos públicos.  Os técnicos do TCU entendem  que o BV "tem o potencial de afetar a escolha das agências, consistindo em mecanismo que as estimula a concentrarem a publicidade em menor número de veículos".

A invenção esperta, amoral e abjeta da Globo na década de 1960 levou exatamente a isso: uma brutal concentração de publicidade nela própria.

A Globo – e não está longe o dia em que este absurdo se colocará à sociedade com a devida clareza – tem 60% da receita publicitária do Brasil.

Isso conduziu, como se vê hoje, não apenas à riqueza desmesurada da família Marinho  — mas a um monopólio de opinião que só foi rompido com a internet.

Os brasileiros sofreram, ao longo dos anos, uma brutal intoxicação das opiniões de Roberto Marinho, disfarçadas em intervenções pelo interesse público.

Graças ao BV, a receita publicitária da Globo em 2012 bateu um recorde positivo em todos os tempos ao mesmo tempo em que a audiência batia um recorde negativo.

Este contraste conta tudo.

Como em tantas coisas no Brasil, o BV floresceu na completa falta de transparência que a mídia ajudou a criar em assuntos de seu exclusivo interesse.

Não é apenas o BV. O dia em que forem devidamente publicadas as mamatas das empresas de jornalismo  — o papel imune e, em pleno 2013, a reserva de mercado que coíbe a concorrência estrangeira  – a sociedade vai entender por que as famílias da mídia acumularam tanto dinheiro e tanto poder.

É bem possível, como sugere Janio de Freitas, que diante de tão pouca informação sobre o BV, também os juízes do STF – incluído Joaquim Barbosa — não o conhecessem ao julgar o mensalão.

Por tudo isso é imperioso que, primeiro, seja dado o devido prazo para os recursos.

Depois, que se traga transparência a uma invenção de Roberto Marinho  – o BV — que, lamentavelmente, sobreviveu a ele.

Paulo Nogueira. Jornalista  baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo
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Do Blog ContrapontoPIG

Mobilização a favor de Lula já está nas ruas. Você esta convidado, hoje, em BH, às 19 hs

Posted: 15 Apr 2013 12:42 PM PDT

Do Amigos do Presidente Lula -segunda-feira, 15 de abril de 2013

 

 
Hoje, dia 15 de abril de 2012
Local: Minascentro - Av. Augusto de Lima, 785 - Centro - Belo Horizonte - MG
Hora: a partir das 19 horas.



Muitos amigos leitores tem questionado porque "o PT" e todos nós, não vamos para às ruas em defesa do presidente Lula, contra esses lances golpistas que aparecem no noticiário, como o inquérito para investigar o depoimento de Marcos Valério citando Lula.

Antes de mais nada, temos a certeza de que não existe nada contra Lula. Tudo o que fazem é só barulho, com a mera tentativa de produzir manchetes negativas. Se tentarem perseguir no judiciário o melhor presidente que tivemos, sem dúvida que seremos os primeiros a nos engajar numa mobilização específica contra tentativas de golpes paraguaios. Estamos atentos ao desenrolar dos acontecimentos, e uma das nossas vantagens sobre essa oposição e essa imprensa golpista é que ficaram tão mal acostumadas no passado a impor a opinião publicada, que se tornaram completamente previsíveis.

Óbvio que o sonho de consumo da oposição e imprensa golpista seria cassar, prender e arrebentar Lula. Mas eles não tem nada, não tem munição nenhuma para isso. A verdade está totalmente do nosso lado. Então criam factóides com a surrada estratégia de 2005, de tentar "sangrar" a imagem do presidente Lula até 2014 e 2018, com boatos do submundo e do fim do mundo.

A armadilha que eles querem que a gente caia é fazer ficarmos presos nessa pauta de denuncismo, só na defensiva, falando disso o tempo todo, indo protestar nas ruas igual a uns patinhos, feitos de bobos, para alimentarmos o Jornal Nacional com essa pauta que eles querem impor. Não somos tolos de cair nessa armadilha. Não nascemos ontem, e já vimos esse filme ser reprisado desde 2005.

A melhor mobilização a favor de Lula nas ruas e nas redes, hoje, é impormos a nossa pauta, a do Brasil que queremos e que está dando certo.

Hoje, por exemplo, Lula e Dilma estarão juntos em Belo Horizonte (MG), no Minascentro, às 19 horas, num grande encontro, o seminário "O Decênio que Mudou o Brasil", em comemoração aos 10 anos de governo Lula e Dilma. A melhor mobilização que podemos fazer é prestigiar, divulgar, contar para todo mundo o que eles disseram e lembrar tudo o que fizeram e estão fazendo.

No próprio evento de hoje, serão colhidas assinaturas na campanha popular pela reforma política saneadora, para erradicar o dinheiro sujo e privado que financia campanhas. A proposta é conquistar um milhão e meio de assinaturas para apresentar uma proposta de iniciativa popular que tramite rápido no Congresso e já chegando com apoio popular por sua aprovação.

Quer participar da mobilização a favor de Lula? Assine esse abaixo assinado (use a mesma assinatura do título de eleitor, para poder ser conferida) e ajude a conseguir assinaturas. Participe dos eventos, pessoalmente ou virtualmente se não puder ir. Divulgue, espalhe, converse. É assim que vamos continuar dando uma surra política nos demotucanos, no tomate de papel, ou melhor, nas bolinhas de papel do PIG (Partido da Imprensa Golpista), e dissuadir qualquer tentativa de dar um golpe paraguaio no presidente Lula.
 
Por: Zé Augusto
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Raimundo Pereira: José Dirceu é inocente

Posted: 15 Apr 2013 08:11 AM PDT

Brasil 247 

Em entrevista a Renato Dias, o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, criador do Movimento e hoje dono da revista Retrato do Brasil, explica por que, na sua visão, o ex-ministro da Casa Civil está sendo injustiçado; segundo ele, houve uma interpretação oportunista da teoria de Domínio do Fato pelo STF; "Do que ele é acusado na AP 470, de comandar uma quadrilha que desviou dinheiro público para comprar deputados, eu não tenho dúvidas de que ele é inocente"; Raimundo Pereira diz ainda que não houve pagamento mensal a deputados da base aliada, garante a inexistência de dinheiro público nas movimentações e confirma Caixa 2.

Por Renato Dias, do Diário da Manhã
Não há, nos autos da AP 470, provas da existência de pagamento mensal a deputados federais da base aliada ao Palácio do Planalto. É o que afirma, com exclusividade ao Diário da Manhã, o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, autor de A Outra Tese do Mensalão (2012), Editora Manifesto.
Aos 72 anos, com 48 de profissão, Raimundo Rodrigues Pereira construiu sólida reputação no jornalismo. É fundador de "Opinião" (1972-1977) e de "Movimento" (1975-1981), semanários de resistência à ditadura civil e militar (1964-1985). Um virginiano que diz não se importar em ser chamado de marxista.
Nos anos de chumbo, uma reportagem de sua autoria denunciou as graves violações dos direitos humanos que encharcavam de sangue os porões do regime civil e militar. Em "Veja", no ano de 1969, revelou as torturas a presos políticos. Com Mino Carta, então editor-chefe da revista da Abril.
Mensalão
Segundo ele, um estudo feito com as datas de entrada de dinheiro do valerioduto nas contas de parlamentares ou de seus prepostos mostra não haver qualquer relação com as votações das emendas cujos resultados teriam sido comprados. "O que houve foi acerto financeiro para pagamento de campanhas eleitorais", frisa.
"Duda Mendonça que, todo mundo sabe, recebeu mais de 10 milhões de reais pelas campanhas que fez para o PT. Roberto Jefferson, o autor da denúncia do mensalão, diz que recebeu do valerioduto 4 milhões para pagar despesas de campanha exatamente graças ao acordo que fez com o PT", analisa.
Ele garante que não ocorreu desvio de recursos públicos do Banco do Brasil, como apontou o STF. "Não houve o crime básico que ela supõe, o desvio de dinheiro do BB, repassado para gastos do banco, seja de que forma, pelo Fundo de Incentivos Visanet, para a publicidade da venda de cartões de bandeira Visa".
Raimundão, como é chamado, conta que houve uma interpretação oportunista da teoria de Domínio do Fato. "Mas, volto ao ponto: o problema da AP 470 não é este. Não se está, por exemplo, acusando José Dirceu de saber que o PT repassava dinheiro para Duda Mendonça, para o PL de Costa Neto, para o PTB de Jefferson".
O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu é inocente, dispara o editor de Retrato do Brasil, revista nacional de circulação mensal. "Do que ele é acusado na AP 470, de comandar uma quadrilha que desviou dinheiro público para comprar deputados, eu não tenho dúvidas de que ele é inocente".
Leia a íntegra da entrevista:
Diário da Manhã - O mensalão, pagamento regular, mensal, de mesada aos deputados federais da base aliada existiu?
Raimundo Rodrigues Pereira – Nos autos da AP 470 não há qualquer prova disso. Ao contrário, na defesa do deputado José Genoíno existe uma ampla lista de depoimentos em contrário e um estudo feito com as datas de entrada de dinheiro do valerioduto nas contas de parlamentares ou de seus prepostos mostra não haver qualquer relação com as votações das emendas cujos resultados teriam sido comprados.
Houve dinheiro público nas movimentações financeiras?
Raimundo Rodrigues Pereira – Há, como dizemos na revista especial sobre o mensalão e nas duas grandes matérias que fizemos sobre as auditorias feitas no Banco do Brasil, provas de que o dinheiro da Visanet para ações de publicidade feitas pela empresa DNA a pedido do BB não era contabilizado de acordo com as regras do banco para a sua própria publicidade. Mas, como explicamos, isso decorria de decisão de 2001, que não tem nada a ver com o mensalão, mas se referia às conveniências da CBMP – Companhia Brasileira de Meios de Pagamento -, o nome real da Visanet, que agregava num só propósito, o de vender cartões de bandeira Visa, concorrentes poderosos – como Bradesco e BB – que tinham interesses conflitantes. Por esse motivo, por decisão do BB e da CMPB em 2001, no governo FHC, portanto – não havia contrato assinado entre CBMP, BB e DNA. De outra parte, como mostramos, nas milhares de páginas das auditorias do BB que estão nos autos da AP 470 existe uma multidão de indícios de que os serviços de publicidade da DNA, para o BB, com o dinheiro da Visanet foram realizados. Você acha, nos autos, por exemplo, dezenas e dezenas de páginas de empresas que contabilizam a quantidade de vezes que um anúncio para a venda de cartões de bandeira Visa pelo BB foi veiculado nestas tevês de aeroportos ou foi mostrado nesta ou naquela cobertura de ponto de ônibus, nesta ou naquela rua, desta ou daquela cidade.
Não se trata de pagamento de despesas e acertos de campanhas?
Raimundo Rodrigues Pereira – Há inúmeras provas nos autos de que foi isso que aconteceu. O maior dos recebedores de dinheiro do valerioduto, por exemplo, foi o Duda Mendonça que, todo mundo sabe, recebeu mais de 10 milhões de reais pelas campanhas que fez para o PT. O Roberto Jefferson, o autor da denuncia do mensalão, diz que recebeu do valerioduto 4 milhões de reais para pagar despesas de campanha exatamente graças ao acordo que fez com o PT. O então vice-presidente da República, José de Alencar, disse em depoimento que negociou com o PT o pagamento de dinheiro para seu partido, PL , e nos autos estão as declarações de Valdemar Costa Neto, desse partido, de que recebeu o dinheiro em função desse acordo.
Qual é a prova do erro do STF apontada por Retrato do Brasil?
Raimundo Rodrigues Pereira – Nós mostramos uma lista da CMPB (Visanet) feita para ser entregue à Receita Federal, por seus advogados, mostrando que todos os serviços da DNA ao BB com os 73,8 milhões supostamente desviados do banco tinham sido realizados e que a companhia tinha os recibos e provas materiais de que os serviços tinham sido feitos. Como o desvio deste dinheiro era a prova básica da existência do mensalão, o pilar da tese do mensalão é falso. A acusação, a Procuradoria Geral da República, e o relator da AP 470, tentaram mostrar que não existiam os empréstimos tomados dos bancos Rural e BMG e repassados ao PT por uma das agências com vínculos a Marcos Valério, a SMP&B. Para a PGR e o relator os empréstimos eram falsos, tinham sido inventados para disfarçar sua origem, de dinheiro desviado do BB. Esse era o "grande crime da história da República". Uma quadrilha chefiada por José Dirceu, graças a seu grande poder, tinha desviado dinheiro público para comprar votos. Mas o desvio não existe. Há provas amplas de que ele não existe.
O dinheiro da Visanet não é público?
Raimundo Rodrigues Pereira – O dinheiro da Visanet nem passava pelas contas do BB. Mas o problema não é esse. O problema da AP 470 é que não houve o crime básico que ela supõe, o desvio de dinheiro do BB, repassado para gastos do banco, seja de que forma, pelo Fundo de Incentivos Visanet, para a publicidade da venda de cartões de bandeira Visa.
Os empréstimos bancários ocorreram?
Raimundo Rodrigues Pereira – Eles foram todos contabilizados pela SMP&B e pelo Banco Rural. A PF ouviu todos os que receberam o dinheiro, graças a essas listas e aos depoimentos de Marcos Valério e de Delúbio Soares que, são, essencialmente, coincidentes nesse ponto.
O crime seria, então, qual? Caixa dois?
Raimundo Rodrigues Pereira – Do que está nos autos está claro que foi. O problema é que a procuradoria e as forças políticas dominantes no Congresso naquela época da criação do mensalão, como dizemos, se voltaram para atacar uma ala do PT e enfraquecer o governo Lula.
Qual a sua crítica sobre a utilização da teoria de Domínio do fato no episódio?
Raimundo Rodrigues Pereira – Acho que foi uma utilização oportunista. É óbvio que quem é chefe de uma organização com grandes poderes tem sempre alguma responsabilidade com os malfeitos dessa organização. Mas, volto ao ponto: o problema da AP 470 não é este. Não se está, por exemplo, acusando José Dirceu de saber que o PT repassava dinheiro para Duda Mendonça, para o PL de Costa Neto, para o PTB de Jefferson. Qualquer criança após um mínimo de informações, deduziria que Dirceu deveria ser responsabilizado de alguma forma pelo caixa dois do PT. Mas não é disso que se trata.
José Dirceu não tinha ascendência sobre José Genoíno, Delúbio Soares e Marcos Valério?
Raimundo Rodrigues Pereira – Conheço razoavelmente o PT. E o seu grande defeito é ser um partido de facções. Do que sei e de depoimentos indiretos que colhi, junto ao próprio presidente Lula, na época, Delúbio Soares – pessoa pela qual, aliás, tenho grande respeito, tendo em vista sua militância, sua coragem e firmeza demonstrada nessa história - era mais ligado ao presidente do que ao seu chefe da Casa Civil.
O mensalão teria sido um "julgamento de exceção"?
Raimundo Rodrigues Pereira – Meu qualificativo é outro. Foi um julgamento medieval. Naqueles tempos não se precisava, primeiro, provar o crime, e só depois ir em busca dos possíveis culpados. Se pegava a bruxa e se torturava, para que ela confessasse os crimes que teria cometido. Se ela não confessasse nenhum crime depois de torturada, como disse num de seus livros o irônico cientista Carl Sagan, aí sim é que estavam provadas suas infames práticas, pois só quem tivesse um pacto com demônio teria aquele tipo de resistência. A procuradoria e o ministro Barbosa esqueceram o princípio básico que separou a justiça medieval da Justiça surgida do Iluminismo: provar a materialidade do crime em primeiro lugar. No caso, provar o desvio de dinheiro do BB.
À sentença cabem recurso e embargos declaratórios?
Raimundo Rodrigues Pereira – Não sou jurista para responder sobre aspectos formais dos recursos. Mas, acho que algum tipo de revisão dessa sentença tem de ser possível.
Condenado, José Dirceu tem mais onde recorrer?
Raimundo Rodrigues Pereira – Acredito que sim.
É possível acionar a Corte Interamericana de Direitos Humanos?
Raimundo Rodrigues Pereira – Há muita gente dizendo que sim.
Não seria necessário um duplo grau de jurisdição para José Dirceu?
Raimundo Rodrigues Pereira – Foi o que defenderam vários advogados no julgamento, como o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos. Foi essa também a opinião do ministro revisor e do ministro Marco Aurélio.
Qual o comportamento da mídia na cobertura do caso?
Raimundo Rodrigues Pereira – O dos grandes jornais e revistas conservadores foi muito ruim. Como disse um de seus destacados colunistas no início de 2012: o Supremo deveria julgar a AP 470 "com a faca no pescoço". A faca era e foi essa mídia.
José Dirceu é inocente?
Raimundo Rodrigues Pereira – Do que ele é acusado na AP 470, de comandar uma quadrilha que desviou dinheiro público para comprar deputados, eu não tenho dúvidas de que ele é inocente.
Qual a sua análise sobre a abertura de investigação da suposta participação de Lula?
Raimundo Rodrigues Pereira – Na edição com que celebrou a condenação de José Dirceu como chefe de quadrilha, no final do ano passado, a revista Veja como que cobrou da oposição que ela agora deveria ir atrás de Lula, coisa que não teria feito em 2005 por covardia.
Em resumo, o que traz de revelação a edição especial de Retrato do Brasil, de abril, sobre o escândalo?
Raimundo Rodrigues Pereira – Nós trabalhamos muito na investigação do mensalão, a Lia Imanishi que começou a investigação, no segundo semestre de 2011, dirigida por nosso editor, Armando Sartori, e depois eu pessoalmente, também, já no segundo semestre de 2012, também como repórter. Como se diz, nós ralamos muito até descobrir o que era mesmo a história que estávamos investigando. A chave foi a localização do Sávio Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, em Brasília. Pizzolato era o elo fraco da corrente de defesa dos petistas. Ele tinha sido abandonado por grande parte dos companheiros. Quando ouvimos pacientemente o Sávio e depois o Pizzolato, por muitas e muitas horas, quando descobrimos, inclusive, o trabalho da companheira de Pizzolato, Andrea, que conhece os autos mais do que ninguém, descobrimos a falsidade da acusação do desvio de dinheiro público.

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Ao perdedor, os tomates

Posted: 15 Apr 2013 08:08 AM PDT


Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa
 
"Os principais jornais de circulação nacional demonstram um entusiasmo quase triunfal pelas notícias sobre aumentos pontuais dos preços de certos gêneros alimentícios. Os índices anunciados no último mês realmente mostram um descompasso nos valores de alguns produtos, com especial destaque para o tomate, que se tornou até mesmo tema de anedotas nas redes sociais.

O movimento de alta produz sua consequência natural em qualquer economia: a queda nas vendas do varejo. A imprensa adora citar aquela frase famosa do estrategista do ex-presidente americano Bill Clinton, James Carville, anotada num quadro da sede da campanha eleitoral de 1992: "É a economia, estúpido".

Na sexta-feira (12/04), porém, a reação natural dos consumidores faz os editores se esquecerem da lição contida na frase, justamente para fazer uso político de seu significado. O Globo e a Folha de S.Paulo pareceram ter combinado. Com variação sutil, os dois diários anunciam em suas manchetes: "Alta de alimentos derrubavendas de supermercados", disse a Folha; "Alta dos preços já derrubavendas em supermercados", anunciou o Globo.

A análise da intencionalidade de uma frase, no caso das manchetes de jornais, virou brincadeira de criança, tamanha a falta de sutileza do texto jornalístico. Observem a leitora e o leitor, por exemplo, o uso do verbo "derrubar" em contexto que induz a certa dramaticidade, e, no caso do Globo, a inserção do advérbio "já", de intensidade, que denota uma suposta antecipação da queda nas vendas do varejo, apresentada como fato incontornável."
Artigo Completo, ::AQUI::

 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Maduro eleito com 50,6%. Chávez é vitorioso

Posted: 15 Apr 2013 05:47 AM PDT

Eleição de Nicolás Maduro projeta a continuidade de regimes de esquerda na América Latina; nos últimos anos, com a riqueza gerada pelo petróleo, o regime de Caracas reduziu a desigualdade social e apoiou vários países da região, como a Bolívia, o Equador, a Argentina e, sobretudo, Cuba, além de El Salvador e Nicarágua; Maduro promete dar continuidade à Revolução Bolivariana, mas, sem o carisma de Chávez, terá que construir sua própria liderança.
Brasil 247 - Hugo Chávez acaba de vencer sua última eleição. Com os resultados oficiais divulgados na Venezuela, Nicolás Maduro, seu herdeiro político, é o novo presidente do país que possui as maiores reservas de petróleo do mundo e, portanto, ocupa papel central na geopolítica global – e não apenas da América Latina. Maduro, segundo o primeiro boletim oficial, foi eleito com 50,66% dos votos, contra 48,3% do opositor Henrique Capriles e agradeceu a Chávez pela vitória. "Vou me entregar a Cristo redentor para ser presidente de todos e todas, e continuarei enfrentando os que odeiam para que deixem de odiar", acrescentou. Ele ressaltou que está preparado para o que vier ao argumentar que "não é uma eleição pessoal", mas de Chávez.
A vitória de Maduro é também decisiva para vários países da América Latina. Com recursos gerados pelo petróleo, a Venezuela não apenas combateu desigualdades internas (foi a país que mais reduziu o Índice de Gini na última década), como também apoiou regimes de esquerda em praticamente toda a América Latina. Chávez deu apoio decisivo à Argentina quando o país rompeu com o Fundo Monetário Internacional e também ajudou a eleger e a sustentar regimes como o de Evo Morales, na Bolívia, Rafael Correa, no Equador e, sobretudo, de Raúl Castro, em Cuba, com a venda de petróleo subsidiado. Maduro, que foi chanceler de Chávez, deve manter a mesma política. Seu desafio será construir uma liderança própria, sem contar com o mesmo carisma do antecessor.
Fiel a Chávez,  Maduro promete manter e aprofundar a chamada Revolução Bolivariana. Na última sexta-feira, ele publicou artigo no jornal inglês The Guardian a respeito. Leia, abaixo, reportagem do Opera Mundi sobre este artigo, em que ele explicita seus objetivos políticos:
O presidente interino da Venezuela e candidato à Presidência, Nicolás Maduro, publicou nesta sexta-feira (12/04) um artigo em inglês no jornal britânico The Guardian no qual garante que irá dar continuidade ao processo revolucionário levado a cabo por Hugo
No texto, intitulado "Sob minha Presidência, revolução de Chávez irá continuar", Maduro diz que "legado de Chávez é tão profundo que os líderes da oposição (...) agora defendem suas conquistas". No entanto, pontua, os venezuelanos "se lembram que muitas dessas mesmas figuras apoiaram o fracassado golpe de Estado contra Chávez em 2002 e tentaram reverter políticas que reduziram dramaticamente a pobreza e a desigualdade".
"O mito difundido pela mídia de que nosso projeto político iria desmoronar sem Chávez foi uma má interpretação fundamental da revolução venezuelana. Chávez deixou uma sólida construção, com fundações amplas, com um movimento unido que apoia o processo de transformação", afirma Maduro. "Perdemos nosso extraordinário líder, mas nosso projeto – construído coletivamente por trabalhadores, fazendeiros, mulheres, indígenas, afro-descendentes e a juventudo – está mais vivo do que nunca", pontua o presidente interino.
No plano internacional, continua o texto, a Venezuela irá continuar a "trabalhar" com seus vizinhos, para "aprofundar a integração regional e combater a pobreza e a injustiça social. É uma visão hoje compartilhada pela região, por isso minha candidatura recebeu apoio tão contundente de figuras como o ex-presidente brasileiro Lula da Silva e de tantos movimentos sociais latino-americanos".
Maduro escreveu que a América Latina está vivendo "uma segunda independência" política e social. "Sob a minha presidência, a Venezuela vai continuar a apoiar esta transformação regional e construir uma nova forma de socialismo para os nossos tempos", diz o presidente interino.

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Do Blog O Esquerdopata

La Revolución Bolivariana continua

Posted: 15 Apr 2013 05:43 AM PDT


http://www.abc.net.au/news/image/4563658-3x2-940x627.jpg

Nicolás Maduro - PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) - 7.505.338 de votos - 50,66%

Capriles Radonski - MUD (Mesa de Unidade Democrática) - 7.270.403 de votos - 49,07%
 


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Francisco Almeida 




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