BRASIL! BRASIL!
"Brasil 247
No dia 23 de outubro de 2005, os brasileiros foram às urnas. Tiveram de responder a uma única pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” Havia duas opções: sim e não. O “não” obteve 59.109.265 votos (63,94% do total); o “sim” recebeu 33.333.045 (36,06%).
Um resultado surpreendente, pois o Brasil é um dos países onde mais se mata e se morre com armas de fogo. E em 99% dos casos por motivos torpes. Brigas de botequim, brigas de trânsito, pequenos assaltos.
Antes do referendo, o Brasil foi bombardeado com uma campanha midiática gigantesca. Muitos argumentavam que a proibição feria a liberdade individual. O caso mais célebre foi o da revista Veja, que fez uma reportagem de capa intitulada “7 razões para votar não: a proibição vai desarmar a população e fortalecer os bandidos”.
Internamente, a reportagem se chamava “o referendo da fumaça”. Eis as sete razões apontadas por Veja para que o comércio de armas continuasse liberado no Brasil:
1) OS PAÍSES QUE PROIBIRAM A VENDA DE ARMAS TIVERAM AUMENTO DA CRIMINALIDADE E DA CRUELDADE DOS BANDIDOS;
2) AS PESSOAS TEMEM AS ARMAS. A PROIBIÇÃO NÃO VAI RETIRÁ-LAS DE CIRCULAÇÃO;
3) O DESARMAMENTO DA POPULAÇÃO É HISTORICAMENTE UM DOS PILARES DO TOTALITARISMO. HITLER, STALIN, MUSSOLINI, FIDEL CASTRO E MAO TSÉ-TUNG ESTÃO ENTRE OS QUE PROIBIRAM O POVO DE POSSUIR ARMAS;
4) A POLICÍA BRASILEIRA É INCAPAZ DE GARANTIR A SEGURANÇA DOS CIDADÃOS;
5) A PROIBIÇÃO VAI ALIMENTAR O JÁ FULGURANTE COMÉRCIO ILEGAL DE ARMAS;
6) OBVIAMENTE, OS CRIMINOSOS NÃO VÃO OBEDECER À PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE ARMAS;
7) O REFERENDO DESVIA A ATENÇÃO DAQUILO QUE DEVE REALMENTE SER FEITO: A LIMPEZA E O APARELHAMENTO DA POLÍCIA, DA JUSTIÇA E DAS PENITENCIÁRIAS]
Com esse tipo de argumento, o Brasil votou pela continuidade do comércio de armas. Se você é favor do desarmamento, manifeste-se no twitter: #novoreferendoja.”
Foto: Tasso Marcelo, Agência Estado
– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"
“Em outubro de 2005, os brasileiros foram às urnas para escolher se a venda de armas deveria ser proibida ou não. Órgãos de imprensa, como a revista Veja, defenderam a liberação |
"Brasil 247
No dia 23 de outubro de 2005, os brasileiros foram às urnas. Tiveram de responder a uma única pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” Havia duas opções: sim e não. O “não” obteve 59.109.265 votos (63,94% do total); o “sim” recebeu 33.333.045 (36,06%).
Um resultado surpreendente, pois o Brasil é um dos países onde mais se mata e se morre com armas de fogo. E em 99% dos casos por motivos torpes. Brigas de botequim, brigas de trânsito, pequenos assaltos.
Antes do referendo, o Brasil foi bombardeado com uma campanha midiática gigantesca. Muitos argumentavam que a proibição feria a liberdade individual. O caso mais célebre foi o da revista Veja, que fez uma reportagem de capa intitulada “7 razões para votar não: a proibição vai desarmar a população e fortalecer os bandidos”.
Internamente, a reportagem se chamava “o referendo da fumaça”. Eis as sete razões apontadas por Veja para que o comércio de armas continuasse liberado no Brasil:
1) OS PAÍSES QUE PROIBIRAM A VENDA DE ARMAS TIVERAM AUMENTO DA CRIMINALIDADE E DA CRUELDADE DOS BANDIDOS;
2) AS PESSOAS TEMEM AS ARMAS. A PROIBIÇÃO NÃO VAI RETIRÁ-LAS DE CIRCULAÇÃO;
3) O DESARMAMENTO DA POPULAÇÃO É HISTORICAMENTE UM DOS PILARES DO TOTALITARISMO. HITLER, STALIN, MUSSOLINI, FIDEL CASTRO E MAO TSÉ-TUNG ESTÃO ENTRE OS QUE PROIBIRAM O POVO DE POSSUIR ARMAS;
4) A POLICÍA BRASILEIRA É INCAPAZ DE GARANTIR A SEGURANÇA DOS CIDADÃOS;
5) A PROIBIÇÃO VAI ALIMENTAR O JÁ FULGURANTE COMÉRCIO ILEGAL DE ARMAS;
6) OBVIAMENTE, OS CRIMINOSOS NÃO VÃO OBEDECER À PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE ARMAS;
7) O REFERENDO DESVIA A ATENÇÃO DAQUILO QUE DEVE REALMENTE SER FEITO: A LIMPEZA E O APARELHAMENTO DA POLÍCIA, DA JUSTIÇA E DAS PENITENCIÁRIAS]
Com esse tipo de argumento, o Brasil votou pela continuidade do comércio de armas. Se você é favor do desarmamento, manifeste-se no twitter: #novoreferendoja.”
Foto: Tasso Marcelo, Agência Estado
– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"
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