Do Blog do Planalto:
Democracia política e social comanda leme do desenvolvimento brasileiro
Enquanto boa parte do mundo patina em desemprego e recessão, o consumo das famílias brasileiras cresce há sete anos, o poder de compra do salário cresce há seis e o País gerou 15 milhões de empregos em oito anos. O Brasil tem, portanto, razões de sobra para ser hoje uma das maiores fronteiras econômicas do século 21. E com uma grande vantagem, observou o presidente Lula ao receber o prêmio Brasileiro da Década, da revista IstoÉ, nesta quarta-feira (15/12) em São Paulo (SP): aqui, as democracias política e social comandam o leme do desenvolvimento, gerando riquezas para todos os brasileiros – principalmente os mais pobres.“Nós construímos uma política democrática de desenvolvimento”, afirmou o presidente durante o evento, que também contou com a participação de empresários como Eike Batista, artistas como Marcelo Tas e políticos como a presidente eleita Dilma Rousseff (que ganhou o prêmio Brasileira do Ano), o senador Aécio Neves e os governadores Sérgio Cabral Filho (RJ) e Antonio Anastasia (MG). No Brasil atual, disse Lula, os apelos da cidadania, o imperativo da justiça social, as necessidades da produção e o respeito ao meio ambiente ganharam força e vez.
O presidente Lula criticou aqueles que desdenharam, ontem e hoje, do potencial brasileiro e do resgate da autoestima do País, “como se tudo isso fosse atributo menor na vida de uma sociedade”. Lembrou que países bem mais ricos e poderosos, como os Estados Unidos, sofrem para injetar dinamismo no mercado em que empresas não investem, consumidores não compram e bancos não emprestam.
Uma das razões do sucesso brasileiro é dar a importância que merece o mercado de massa do País, tão negligenciada no passado. Talvez porque os políticos passados, observou Lula, temiam a contrapartida da inclusão de boa parte da sociedade no desenvolvimento: a mobilidade social e o seu amadurecimento político.
Lula citou alguns dos importantes avanços conquistados nos últimos anos, como a expansão do emprego, da renda, da atividade industrial, do desenvolvimento regional, o que deixou o País como “um dos destinos mais cobiçados no radar dos investimentos do nosso tempo”, afirmou. A razão?
“O que se constrói aqui não é uma bolha passageira, soprada pelo crédito suicida. O que se tem aqui é a retomada de uma construção interrompida, a construção de uma sociedade de 190 milhoes de pessoas e não mais uma sociedade de apenas 50 milhoes de pessoas.”Ouça a íntegra do discurso do presidente:
O presidente foi duro com quem duvidou da vocação industrial brasileira, da nossa competência para explorar o petróleo – e que “hoje cochicham contra a Petrobrás na esperança de entregar o Pré-sal às petroleiras internacionais”. Pois o Brasil está mostrando que sabe muito bem o que fazer com suas riquezas e que pode e vai continuar crescendo nos próximos anos.
“Não se trata, repito, de uma simples engrenagem econômica movida pela sorte, como querem alguns. Esse povo, que passou a comer melhor, a ter acesso a emprego e dignadade, não se contentará mais com o prato raso da cidadania servido durante séculos neste País. Esse é o principal pólo germinador de crescimento da nossa economia. Fomos além do automatismo de mercado. O novo encadeamento de forças sociais assumiram o comando do nosso desenvolvimento e decidiu fazer dele a grande obra da maturidade democrática desta Nação, ser um abrigo de todos os brasileiros.”
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