terça-feira, 22 de setembro de 2009

PNAD: desigualdade em queda no Brasil

sexta-feira, 18 de setembro de 2009 às 11:32


Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, divulgados hoje pelo IBGE no Rio de Janeiro, revelam que o Brasil reduziu mais uma vez a desigualdade na renda domiciliar e do trabalho da população, no período entre agosto de 2007 e agosto de 2008. Destaque também para os avanços registrados no mercado de trabalho brasileiro em 2008 nas regiões Norte e Nordeste do País.

A PNAD 2008 é o mais amplo e completo levantamento feito no Brasil com dados sobre educação, trabalho, habitação, renda e acesso a bens duráveis e de consumo.

O IBGE apurou que o Índice de Gini da renda do trabalho no Brasil caiu de 0,528 para 0,521 – o menor desde 1981. Já o da renda domiciliar caiu de 0,521 para 0,515. O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribução de indivíduos segundo a renda per capital. Seu valor varia de 0 (quando não há desigualdade, ou a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor) a 1 (quando a desigualdade é máxima, ou um indivíduo detém toda a renda da sociedade e os demais têm renda nula).

Segundo a pesquisa, o rendimento médio do trabalho do brasileiro cresceu 1,7% em 2008, atingindo R$ 1.036, com crescimento em todas as regiões do País – destaque para o Nordeste, que teve um aumento de 5,4%. A redução da desigualdade de renda no Brasil é uma síntese da melhora generalizada dos indicadores sociais no País medidos pela PNAD.

Em 2008, foram criados 2,5 milhões de empregos, 95% com carteira assinada. Pouco mais de 92 milhões de pessoas estavam ocupadas entre agosto de 2007 e agosto de 2008, segundo a PNAD, o que representa uma taxa de ocupação de 57,5% – a maior registrada desde 1996. Esse total é 2,8% maior do que o registrado pelo IBGE no período anterior.

Na área de educação, um dado significativo foi o aumento do número de crianças de 4 e 5 anos na escola, de 70,1% para 72,8%. Já o total de crianças entre 6 e 14 anos que frequentam a escola passou de 97% para 97,5%. Houve um aumento também no número de brasileiros nas universidades – 6,258 milhões, número 3,4% maior do que o período anterior.

A taxa de analfabetos manteve-se praticamente estável, em 10% da população de 15 anos ou mais. A maioria absoluta dos analfabetos no País (92%) tem 25 anos ou mais.

Vale registrar também a melhora das condições de acesso dos domicílios brasileiros a serviços como rede geral de abastecimento de água, rede coletora de esgoto, iluminação elétrica, telefonia e acesso a bens de consumo durável, com destaque para a compra de computadores – 31,2% dos lares pesquisados tinham computador (26,5% no período anterior). Desse total, 76% com conexão à internet.

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