domingo, 10 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: A BATALHA: NÓS X ELES


SARAIVA 13


A BATALHA: NÓS X ELES

Posted: 10 Mar 2013 04:00 PM PDT



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A julgar pela semana que passou, a impressão é que a batalha por 2014 será intensa. E quente.
Dois fatos relevantes marcaram a semana na política: a morte de Hugo Chávez e o pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff no Dia Internacional da Mulher.
Antes de prosseguir, é preciso ter em mente que a mídia fundamentalista do Brasil lançou a corrida presidencial de 2014 ao repercutir com intensidade o lançamento do partido de Marina Silva, ao insistir na candidatura de Eduardo Campos do PSB, além de cobrir com muito entusiasmo os discursos do candidato e Senador Aécio Neves, do PSDB.
Por mais que digam que Dilma está em campanha para a reeleição, é notório que setores da imprensa mostraram suas armas para tentar derrubar o projeto do Partido dos Trabalhadores no comando da Nação. Enquanto únicos oposicionistas, veículos de comunicação sabem que, ou começam a agir desde já, ou serão novamente engolidos nas urnas em 2014.

A cobertura da morte de Hugo Chávez revelou-se vergonhosa e vulgar. Apesar dos milhões de venezuelanos que choram a morte de seu líder, "analistas" políticos, sobretudo da globo*, emitiram comentários desprezíveis e ofensas grotescas aos nossos vizinhos.  No o globo*,  trataram Chávez como assistencialista, paternalista, caudilho, "pai dos pobres". A cretina Miriam Leitão acusa as políticas sociais venezuelanas de não serem sustentáveis e afirma que o "choro coletivo em Caracas" se deve às "bondades" de Presidente morto.
Na folha*, acusaram seu "perfil autoritário", seu "domínio oligárquico", além da pérola de ser um  "fenômeno retardatário do populismo latino-americano".
A revista veja* deste domingo, por exemplo, coloca imagem obscura de Chávez na capa e o título "Chávez – A herança sombria".
Em 08 de Março, em rede nacional de rádio e TV, a Presidenta do Brasil, além de parabenizar as mulheres, anunciou a desoneração fiscal da Cesta Básica e a inclusão de novos produtos de consumo no cálculo.
Foi duramente criticada. A cheirosinha Eliane Catanhede escreveu que o gesto nada mais foi que um "saco de bondades" para coibir o crescimento desenfreado da inflação, ligando o pronunciamento de Dilma à campanha eleitoral. No o globo*, a desoneração de impostos é um "embate entre governo e oposição".
E vai por aí.
A tentativa de tratar as pessoas como estúpidas e ignorantes é risível. De olho no processo eleitoral – e diante da cada vez mais distante possibilidade de vitória – de 2014, setores conservadores pretendem que todos os brasileiros votem de acordo aos ideais mais atrasados da política apenas para voltar a favorecer os mesmos grupinhos de sempre.
Nos períodos em que estiveram governando o Brasil, apesar de reconhecer o abismo que separava as classes sociais, os grupos políticos hoje na oposição insistiam que era preciso fortalecer o país antes de distribuir renda. Passamos por períodos de crescimento e a riqueza sempre se manteve nas mãos dos mesmos; sobravam migalhas que acreditavam eram capazes de manter indefinidamente "cada um no seu lugar".
Aqui, a partir de 2002, as coisas mudaram sensivelmente. Milhões foram incluídos, passaram a consumir e a ter direito a moradia. Não só no Brasil como em diversos países da América Latina. O sucesso das políticas públicas passou a ser determinante na eleição e reeleição de diversos líderes no Brasil, Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia, Peru...
Foi então que surgiram os ataques da mídia fundamentalista nestes países, que tratou logo no início de acusar os governos de restringirem a liberdade de imprensa, de tratar os Presidentes e Presidentas de populistas e demagogos, de apontar as falhas nas políticas econômicas de cada um de seus governos, de usar de artimanhas editoriais para fazer crer a seus leitores que estes governos não eram capazes de governar.
Como se todos os governos de esquerda tivessem a obrigação de resolver todos os problemas sociais causados por décadas, séculos, de exploração da mão de obra em benefício de uma camada social reduzida, em tão pouco tempo!
Para ficar apenas nas políticas sociais de Venezuela e Brasil, o salto de qualidade de vida das populações pobres foi tão forte, tão relevante, que os líderes destes dois países são tratados com um carinho sem medida, a ponto de pessoas permanecerem 24 horas na fila de visita ao corpo de Hugo Chávez!
E de setores da oposição tentarem derrubar Lula mesmo sendo ele um ex-Presidente da República!
O estridente ruído da imprensa, na tentativa de maquiar a imagem de seus políticos preferidos, e de demonizar os demais, tem razão de ser. No capitalismo ocidental, as empresas de comunicação estão nas mãos de poucas pessoas, e seus interesses estão intimamente ligados aos governos liberais. Quando não são contemplados, seus editores-chefes passam a operar sob comando alinhado aos desejos do grande capital, acusam, ofendem, caluniam, usam de todas as técnicas de difamação para desconstruir a imagem de um político na vã esperança de não ter que dividir um assento de avião com um pobre, uma rua com um carro popular, uma fila de supermercado com um favelado.
Quando, no Brasil, criou-se o PROER – programa de auxílio a bancos privados endividados – a imprensa não estrilou, o Bolsa-Familia é tratado como Bolsa-Esmola.
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"DEFENDEREMOS NUESTRA PATRIA CON NUESTRA PROPRIA VIDA" – de um operário venezuelano na fila de visita ao corpo do Presidente Hugo Chávez.
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*  Este blogueiro recusa-se a grafar os nomes dos jornais folha, globo e estadão, e da revista veja, com as iniciais maiúsculas.
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Jimmy Carter: Hugo Chávez é o político mais eleito do planeta!

Posted: 10 Mar 2013 03:53 PM PDT



SENSACIONAL este vídeo de George Galloway ativista e parlamentar britânico na Universidade de Oxford em 29/10/2012. SENSACIONAL!
Ele responde ao um aluno que parece que foi educado por Olavo de Carvalho sobre os direitos dos homossexuais e a eleição presidencial de 07/10/2012 na Venezuela.
Agradeço a dica de Elizeu Beckmann
Leia também:

A sentença de morte da maior revista semanal de informações do mundo

Posted: 10 Mar 2013 02:24 PM PDT


A empresa que é dona da mítica Time se desfaz de sua divisão de revistas para impedir que ela afunde a área de entretenimento.
TIME+Magazine+front+cover+-+Oscar+Pistorius
Na semana passada, o Diário publicou um texto do colunista de assuntos digitais do New York Times, David Carr, sobre as negociações em torno da maior editora de revistas dos Estados Unidos. Decidimos republicá-lo agora por causa da decisão oficial da Time Warner de se desfazer de suas revistas, para preservar a área saudável do grupo, o entretenimento.  O dramático fim de vida da Time é provavelmente o símbolo maior, até aqui, da espantosa diminuição da importância das revistas como mídia, diante do avanço da internet.
POR DAVID CARR
Na quarta-feira, a Time Inc., a maior editora de revistas dos Estados Unidos, ficou do lado errado de uma vala profunda. Sua empresa controladora, a Time Warner, que tem uma ampla e lucrativa gama de ativos de entretenimento, estava fazendo planos para desmembrar boa parte do que sobrou da unidade de mídia impressa em um casamento forçado com a Meredith, companhia do Midwest.
Ao fazer a ruptura com sua divisão de impressão, a Time Warner está seguindo um caminho estabelecido pela News Corporation, que anunciou no ano passado que suas ações de entretenimento e de impressão seriam separadas. As ações atingiram a maior alta em cinco anos quando o plano foi lançado em junho passado, e, em algum momento do próximo verão (no Hemisfério Norte), as duas companhias – Fox Group e News Corporation – permitirão que os ativos de rápido crescimento de cinema e televisão crescerão livres do legado da mídia impressa.
A mídia impressão pode ter perdido seu valor entre consumidores e anunciantes em uma era digital, mas os investidores têm uma motivação mais profunda. Eles vêem pouca possibilidade de que o negócio como um todo se endireite, ainda mais se comparado à televisão a cabo e aos filmes, que estão agora no epicentro do negócio da mídia.
A Time Inc. pode ter batizado a Time Warner, mas há muito tempo perdeu importância. O lucro da Time Inc. caiu 5% no ano passado e sua fatia agora contribui com menos de 12% das vendas totais da empresa. O edifício da Time & Life, em Midtown, Manhattan, foi muito reverenciado como um totem do negócio editorial. Para as pessoas da indústria que cresceram quando as coisas estavam boas, a Time Inc. era uma lenda, tendo crescido não apenas com a força de seu jornalismo, mas com as histórias de editores com salas do tamanho de quadras de squash e carrinhos de bebidas alcoólicas que espalhavam pela redação alegria e uma aura de privilégio.
Mas a notícia de uma possível venda de sua divisão de revistas veio em um momento em que a Time Inc. está demitindo cerca de 6% de sua força de trabalho global, e muitos dos que permaneceram se perguntam se seus empregos, se continuarem a tê-los, poderão obrigá-los a mudar-se para Des Moines, a sede da Meredith.
Foi um momento um pouco dramático para as pessoas na Time Inc. e para o mercado editorial como um todo. Mesmo que a Time Warner tenha afirmado que vai ficar com Fortune, Time, Sports Illustrated e Money, os lucros desses títulos olímpicos são escassos, menos de 10 por cento da divisão. A Time Warner vai mantê-los, em parte, porque eles podem fazer parte de uma reformulação da rede de televisão CNN e, bem, porque ninguém os queria.
Muitos querem saber o que isso significa para as revistas atuais e ninguém sabe a resposta. Fortune, Time, Sports Illustrated e Money, todas para um público masculino, deveriam ficar com a marca-mãe. As pessoas são particularmente interessadas na Time por causa de seu duradouro status cultural, sua capacidade de lembrar eventos ou tendências com suas capas, e seu papel ocasionalmente grande na cobertura das notícias. Agora ela será parte menos importante de uma divisão de notícias com a CNN.
A migração para o digital: futuro que não chega nunca
A migração para o digital: futuro que não chega nunca
A relação ruim entre a Time Inc. e a CNN sempre tornou difíceis as colaborações, mas Jeff Zucker, o novo chefe da CNN, é muito interessado no conteúdo dessas revistas, especialmente a Time. Por exemplo, nos últimos anos, a Time anunciou sua edição das Personalidades do Ano no programa "Today" com muito barulho e seria natural ter uma franquia na televisão. Apesar de sua falta de receitas reais – ganhar dinheiro como um semanário gigante é uma tarefa difícil -, a revista Time tem uma marca significativa e valor sentimental para a empresa. Sua longa história, o recente fechamento da Newsweek, e o fato de que a CNN e a Time são duas das marcas principais de notícias do planeta pode significar que, a longo prazo, a divisão será boa para o semanário.
A nova empresa vai se apoiar na People, a experiência mais próxima que a indústria de revistas criou de uma máquina de fazer dinheiro, com lucro de quase US $ 1 bilhão no ano passado. Mas mesmo esse rolo compressor encoheu: no ano passado, as vendas da People em bancas caíram 12,2% no segundo semestre de 2012 em comparação com o ano anterior.
A jóia da coroa da mídia impressa de Manhattan, a Time Inc., foi cambaleando, com três editores em três anos, salários caindo e um futuro digital que é muito alardeado, mas parece nunca chegar. A divisão ainda faz dinheiro, fazendo US$ 460 milhões no ano passado, mas a tendência tem sido de queda nos últimos cinco anos, com mudanças seculares na indústria – em particular, as receitas de publicidade em declínio.
As outras duas grandes empresas de revistas de Manhattan – Hearst e Condé Nast – são de capital fechado e podem se dar ao luxo de mirar no longo prazo, na esperança de que as marcas encontrem um apoio através de aplicativos novos para tablets e extensões digitais. Não é o caso da Time Inc., em que o contraste entre o impresso e o resto da empresa cresceu de forma mais gritante.
Jeffrey L. Bewkes, o executivo-chefe da Time Warner, sempre disse coisas boas sobre a divisão de revista, mas suas atitudes sugerem que ele não está mais interessado em esperar uma reviravolta. Bewkes surgiu através da HBO, um canal a cabo que conseguiu continuar crescendo e lucrando, apesar das mudanças no cenário da mídia, e ele claramente prefere torcer pela Time Inc. de longe.
Bewkes fez a mesma coisa por alguns dos mesmos motivos quando projetou uma divisão entre a controladora e a Time Warner Cable em 2008. Na época, como agora, a companhia estava tentando abrir um espaço entre a empresa-mãe e os chamados negócios maduros.
Quando a empresa de cabo foi desmembrada, pagou um dividendo para a mãe de 10,9 bilhões dólares, assumindo uma grande parte da dívida; uma jogada semelhante deve render perto de 1,75 bilhões dólares se o acordo para uma nova joint venture com a Meredith passar.
O CEO do grupo Time Warner, Bewkes: torcendo para as revistas. De longe
O CEO do grupo Time Warner, Bewkes: torcendo para as revistas. De longe
O acordo para abandonar a parte das revistas pode levar semanas ou meses, os detalhes estão longe de ser definidos e, no final, a Time Warner poderia explorar outras opções. Mas a decisão de largar a divisão de revistas tinha sido tomada há anos. As dificuldades têm sido difundidas na indústria como um todo – revistas pequenas de fantasias de gato e gigantes como Readers Digest foram desmontadas pela economia e pelos novos hábitos de consumo.
Havia muitos outros sinais ao longo dos últimos anos. A Gourmet foi desativada pela Condé Nast, uma empresa que nunca tinha apertado o cinto Gucci em sua história. Em seguida, a Newsweek, um jogador de destaque na consciência americana, foi vendida por um dólar e desistiu do impresso.
Rupturas em vários setores econômicos ocorrem ao longo de anos com a ascensão de insurgentes e o desmoronamento de ex-titãs, mas seus efeitos muitas vezes se tornam mais claros em um momento emblemático. O espectro da Time Inc., que emprestou seu nome a uma das maiores empresas de mídia do mundo, sendo empurrado para fora como um convidado que ficou tempo demais na festa, é um lembrete austero de como, fundamentalmente, o jogo mudou.

Assange e Yoani: dois pesos e duas medidas da imprensa alienígena

Posted: 10 Mar 2013 12:25 PM PDT

Blog Palavra Livre - 10/03/2013 
 
 
 
Por Davis Sena Filho
         
 
Até o momento a imprensa comercial e privada, seja por intermédio de seus editoriais ou por meio de seus chefes de redação, colunistas ou blogueiros, que chamam ridiculamente seus patrões de colegas ou coleguinhas, não gritou, não esperneou, não xingou e não se estrebuchou por causa da perseguição do governo estadunidense ao fundador do sítio Wikileaks, Julian Assange, bem como não protestou contra a censura ao seu portal.
     Nada que me comovesse ou me surpreendesse. Esperar discernimento e isenção de jornalistas que consideram seus patrões como colegas é a mesma coisa que esperar uma boa ação do capeta ou de jornais e revistas, a exemplo da "Folha", do "Estadão", do "Zero Hora", de "O Globo", de "Época" e da Última Flor do Fáscio — a ardilosa e inconsequente"Veja".
        Enquanto isso, a blogueira cubana, Yoani Sánchez, é recebida pela mídia de direita brasileira como se fosse a salvação da lavoura quando se trata de criticar Cuba e o regime socialista. São dois pesos e duas medidas. Enquanto Yoani realiza se périplo pelo mundo a atacar seu próprio país, o australiano Assange perdeu sua liberdade e o direito de falar por ser ameaçado pelos governos da Inglaterra e dos EUA, países esses que se consideram os defensores da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão.
      Yoani deitou falação e mostrou para o que veio: atacar o governo cubano e defender o establishment, o qual ela serve, representa e por ele é financiada, sem, contudo, demonstrar qualquer constrangimento. Foi recebida com palmas pelos representantes da direita partidária brasileira ao tempo que ovacionada pelos editores, colunistas, blogueiros e comentaristas da imprensa conservadora e de negócios privados, que abriram-lhe as páginas de suas publicações, bem como franquearam sua imagem aos espaços televisivos.
 
 
A blogueira cubana é acusada de ser financiada pelo governo dos Estados Unidos para fazer propaganda contra Cuba. Grandes jornais e revistas também a financiam, e sua viagem, que começou no Brasil, vai durar 80 dias, sendo que dez países vão ser visitados. Todavia, o que chama atenção de seus críticos é o blog de Yoani Sánchez. O blog da cubana é diferenciado em relação à maioria dos blogs, mesmo os grandes.
No espaço, pode-se ler textos em 21 idiomas, inclusive o espanhol. Para se ter uma ideia melhor de tal blog, nem o sítio da ONU oferece tantas traduções aos leitores. Além do mais, o baronato encastelado na conservadoríssima Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), proprietário de organizações de comunicação e de jornais premiaram o blog de Yoani Sánchez, o que lhe rendeu prêmios em forma de dinheiro. Por seu turno, o Wikileaks, de Julian Assange, aquele que está asilado em Londres e se sair pode ser preso ou morto e ninguém faz nada, publicou documentos revelando encontros e relações entre a blogueira e o governo yankee. Yoani é acusada também de se envolver com a CIA.
Esses fatos e realidades são inacreditáveis ao tempo que verossímeis. E ninguém, mas ninguém mesmo da imprensa de mercado não comenta sobre as diferenças de tratamento a Yoani Sánchez e Julian Assange, tanto por parte de governos quanto pelo sistema midiático hegemônico. O Wikileaks divulgou os bastidores sujos e levianos da diplomacia (do porrete) estadunidense e por isso foi censurado e seu criador preso e depois asilado. Ninguém da imprensa alienígena contestou e protestou. A imprensa historicamente golpista se calou e apenas informa sobre os acontecimentos, mas não protesta, não critica e não faz editorial em prol de Julian Assange, que perdeu a liberdade, pois asilado na Embaixada do Equador em Londres. Enquanto o tratamento dado à Yoani Sánchez...
A oligarquia midiática não protesta sobre essa perseguição ao australiano como protesta e se estrebucha quando o governo brasileiro diz que quer discutir a comunicação e a informação, quando quer regulamentar o setor (nossas leis são de 1962, por isto estão defasadas) e quando fala em criar o Conselho Federal de Jornalismo, órgão que, para mim, deveria existir há muito tempo, como acontece em outras categorias profissionais e empresariais e segmentos da economia, que têm seus conselhos, e, o mais importante, seus marcos regulatórios.
 

 
Não. Neca de pitibiribas. Nada de protesto. Somente se sentem indignados e se comportam dessa forma quando o Governo chama a sociedade brasileira, de forma democrática, para discutir sobre os rumos do setor de comunicação, além de procurar debater sobre a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a liberdade de imprimir e as concessões públicas, dentre outras questões, que foram discutidas, de forma séria, nas plenárias da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada no fim de 2009, em Brasília.
A Confecom ouviu a sociedade, elaborou documento que vai ser analisado pelo Congresso, que um dia vai ter de dar uma solução para a questão das mídias. Mas existe um problema: os megaempresários de comunicação, os "donos" das diferentes mídias, dos oligopólios midiáticos, boicotaram a Confecom e boicotam e combatem qualquer ação que vise regulamentar o setor, por intermédio de marco regulatório que seja aprovado pelo Congresso, que é o poder onde a sociedade brasileira é representada, porque ela votou e institucionalizou seus representantes, que são reconhecidos pela Constituição.
Esta é a questão, o resto é dissimulação e mentira da imprensa burguesa, empresarial e privada, a mais atrasada do mundo, onde atuam os empresários mais conservadores deste País, realidade esta comprovada nas últimas eleições, quando suas empresas (muitas delas são concessões públicas) agiram ilegalmente como partidos políticos de direita e que apoiaram, evidentemente, o candidato tucano José Serra.
Agora os empresários e seus asseclas de redação se calam sobre o Wikileaks, porque não convêm a eles defender a liberdade de imprensa e de expressão que esses empresários tanto clamam quando se trata de defender seus interesses econômicos e políticos. Eles se calaram porque são porta-vozes do sistema capitalista, dos governos estadunidenses, dos bancos, das entidades empresarias industriais e rurais e de agências de segurança, investigação e espionagem como a CIA, por exemplo.
       

  
       Por isso eles se calaram, como o fizeram na ditadura militar. A Folha, então, era "sócia"do DOI/CODI. E a TV Globo foi irmã siamesa de todos cinco governos dos generais presidentes. É filha autêntica dessa era. Lamentável, mas ter de aturar a imprensa brasileira é dose para mamute ou, quiçá, mastodonte. Somente no Brasil, País importante e poderoso, ainda existe uma imprensa privada que quer eternizar sua condição de senhora feudal ou de governadora de capitania hereditária.
      Obviamente, com o contínuo fortalecimento do estado democrático de direito no Brasil, um dia essa realidade vai ter fim. Bem, vamos esperar para ver como esse processo vai acabar e como a imprensa burguesa vai se comportar doravante, apesar deu eu saber que sua posição vai ser a de sempre compor com os grupos conservadores da sociedade e ter como porta-voz do pensamento reacionário suas próprias empresas de comunicação. Que o digam os casos emblemáticos de Julian Assange e Yoani Sánchez. Dois pesos e duas medidas. É isso aí.
 
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Do Blog ContrapontoPIG

Água mole em pedra dura

Posted: 10 Mar 2013 12:22 PM PDT


A morte de Hugo Chávez recebeu registro quase unânime da mídia brasileira. Unanimidade criada pela animosidade ao presidente venezuelano que entrou agora na história. Embutido nas entrelinhas brotou um sentimento de alegria pelo fim do líder político que, a partir da Venezuela, abriu no continente o conflito entre governos progressistas e os grupos jornalísticos conservadores, que, articulados, estão em guerra contra a democratização da informação.
Recordação. Em 2006, ele defendia a necessidade de enfrentar os barões
Recordação. Em 2006, ele defendia
a necessidade de enfrentar os barões
"Nada muda sem choque." Com essa frase, Chávez alertou para o problema, em entrevista a CartaCapital, realizada na embaixada venezuelana, em Brasília, em 2006. É impossível evitar confrontos quando se pensa em mudanças. E o confronto proposto por Chávez, repetido na Argentina e no Equador, tinha apenas começado. Ele acreditava que Lula, Kirchner e Evo Morales, entre outros que viriam, formavam "uma corrente". O embate com a mídia está adormecido, porém, na maioria dos países latino-americanos.
Vai despertar, no entanto, ora acolá, ora aqui no Brasil. Nas entranhas do governo Lula, nasceu uma proposta de regulamentação dos meios de comunicação. Ela foi, e ainda é, bombardeada pela mídia – que se movimenta entre o conservadorismo e o reacionarismo – sob o pretexto de evitar intenções de amordaçamento dos meios de comunicação.
Pura vilania. O objetivo da proposta não vai além da simples regulamentação de artigos da Constituição de 1988, mais precisamente no capítulo 5º. Os objetivos dos constituintes, nesse ponto, foram abandonados por se chocarem com a lógica do monopólio da informação e da concentração de poder no seleto grupo dos "Barões da Mídia".
A proposta de mudança no Brasil ainda não saiu do papel. Ou melhor, sobre o papel está sentado o digníssimo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Que conta, diga-se como atenuante para ele, sem melhor juízo, com a concordância silenciosa da -presidenta Dilma Rousseff.
Por quê? In dubio pro Dilma. Talvez seja falta de oportunidade e não falta de coragem política. Mas é possível, também, que ela esteja orientada por maus conselheiros. A propósito, o que pensa a ministra Helena Chagas sobre tudo isso? É contra, a favor ou muito pelo contrário?
Dilma contorna o confronto com a mídia. Fogo que a assessora para essa questão não apaga. A presidenta suporta. Seu silêncio sufoca reações mais fortes. Ela sofre o cerco da mídia conservadora. Esse cerco é muito diferente da tarefa democrática de vigilância ao poder.
A presidenta às vezes reage com estocadas elegantes dos espadachins. Fez assim ao decretar luto oficial de três dias e ao divulgar nota sobre a morte de Chávez, comemorada pela mídia. Ela lamentou: "Uma grande liderança (…) e, sobretudo, um amigo do Brasil, um amigo do povo brasileiro (…), deixará um vazio na história e nas lutas da América Latina". A mídia brasileira, por unanimidade, não gostou disso. Nunca antes se juntou tão firmemente como agora.
A francesa Anne Marie Smith, no livro Um  Acordo Forçado – O consentimento da imprensa à censura no Brasil, sobre situações dos tempos da ditadura, registra: "Havia considerável falta de solidariedade na imprensa. Em vez de aliar-se para enfrentar o regime, com frequência se ocupavam em atacar-se e criticar-se mutuamente". Ela põe o dedo na ferida: "Concorrência empresarial". Ou seja, tudo vale a pena se a grana não é pequena.
Agora, os barões, na democracia, estão unidos como nunca dantes. Foram apanhados de surpresa com a ascensão de Lula e com a vitória de Dilma. Enfim, une-os a animosidade contra governos petistas. E, desta vez, transformaram a próxima disputa presidencial em guerra para a qual adotaram claramente um princípio militar: em 2014, só não vale perder.

Andante mosso

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Barbosa. Basta um livro de 1.500 páginas
para passar aos pósteros.
Versão oficial
Na calada, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, procura um editor bem-disposto. Quer publicar um livro de, aproximadamente, 1.500 páginas sobre a Ação 470, batizada de "mensalão do PT", da qual foi relator.
Para ajudá-lo na tarefa busca um penalista e um constitucionalista de truz.
Derrota de Gurgel
Sem a proteção de José Sarney no comando do Senado, o castelo do procurador-geral da  República, Roberto Gurgel, começa a ruir. Na quarta-feira 6, o Senado aprovou a recondução do advogado Luiz Moreira ao Conselho Nacional do Ministério Público.
Renan Calheiros chegou a ser procurado por um assessor de Gurgel com o recado: "Moreira não era simpático ao procurador-geral". Uma clara tentativa de interferência na deliberação do Senado.
Canibalismo eleitoral
Há quem projete a disputa presidencial de 2014 com cinco candidatos mais importantes. São eles, pela ordem de entrada em cena: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede, em formação), Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Campos (PSB).
Vejamos: Eduardo tira votos essencialmente de Aécio e Gabeira canibaliza preferencialmente
os verdes de Marina.
Do arsenal de Dilma (58% das intenções de voto hoje, pelo Ibope) podem, naturalmente, vazar votos para todos os adversários.
Os concorrentes esperam, assim, levar a eleição para o segundo turno.
Procura-se I
Desde o dia 14 de novembro de 2011, a Justiça brasileira tenta, em vão, citar o delegado Ângelo Gióia, denunciado por Ação de Improbidade Administrativa. Ele responde a processo no Brasil e, mesmo assim, foi nomeado Adido Policial em Roma.
A nomeação atropelou a proibição de policiais que respondem a processo trabalharem no exterior, conforme o Regimento Interno do Departamento de Polícia Federal.
Procura-se II
Recentemente, um oficial de Justiça tentou citá-lo, por Carta Precatória, via Ministério das Relações Exteriores. O documento foi encaminhado ao chanceler Antonio Patriota.
Um funcionário da Chancelaria declarou-se incompetente para assinar a documentação, sob
a alegação de que Gióia não era funcionário da Casa. Gioia foi Superintendente da PF no Rio e não deixou saudades no Ministério Público Federal.
Flor do Cerrado
Em campanha para substituir o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a vice dele, Deborah Duprat, apresentou proposta interna com um conteúdo apetitoso para os eleitores, ou melhor, para os procuradores.
Duprat. Heroína da corporação. Foto:Valter Campanato/ ABr
Duprat. Heroína da corporação.
Foto:Valter Campanato/ ABr
Propõe pagamento de 500 reais por plantões aos sábados, domingos, feriados e durante
o recesso forense. Embora a remuneração não esteja em questão, é bom lembrar que os procuradores recebem os maiores salários da República.
Por essa e outras razões são privilegiados nos quadros da administração pública com férias de 80 dias: 60 dias de férias, mais 20 no recesso de Natal.
E assim floresce o corporativismo no Cerrado do Planalto Central.
Sucessão: Aqui e acolá
Na Venezuela, o Judiciário tentou impedir a ascensão do vice, Nicolás Maduro, com a morte, antes da posse, do presidente eleito Hugo Chávez. O Judiciário entendia que a Constituição assegurava a vez do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. Diante da indefinição, prevaleceu a vontade dos militares. Maduro é mais confiável.
Esse episódio parece cópia, revista e ampliada, da história ocorrida no Brasil quase 30 anos atrás, na transição da ditadura para o que foi chamado de "Nova República". Diferem os casos nesse ponto: a eleição de Hugo Chávez foi pelo voto popular direto e a de Tancredo Neves, por eleição indireta no Congresso.
José Sarney era o vice. Tancredo morreu antes de assumir. Ulysses Guimarães, presidente do Congresso, foi o Diosdado sem cabelo. Não era confiável.
O problema era galho fraco. Com alguns murros na mesa o general Leônidas Pires Gonçalves assegurou que o sucessor seria Sarney. Tornou-se, após isso, ministro do Exército e passou a ser identificado com ironia  como o grande "constitucionalista" brasileiro.
Maurício Dias
No CartaCapital

Será que a internet é mais forte do que a Lei de Meios?

Posted: 10 Mar 2013 09:42 AM PDT


"Segundo o colunista Hélio Schwartsman, o mundo produz um volume de informação diária que equivale a 450 bibliotecas do Congresso americano; o problema, portanto, é mais o excesso do que a falta de informação; ele afirma ainda que o poder dos meios tradicionais de mídia já é declinante e diz que é pouco provável que governos possam promover uma democratização mais efetiva do que a já imposta pela internet
Enquanto o PT defende uma Lei de Meios, será que a democratização da mídia já não está acontecendo na internet, sem que os governos precisem fazer nada? Quem defende essa tese é o jornalista Hélio Schwartsman, colunista da Folha, que aponta também o poder declinante dos meios de comunicação tradicionais. Leia abaixo:
SÃO PAULO - Tornou-se regra entre os grupos de centro-esquerda no poder na América Latina defender a democratização dos meios de comunicação. Os graus de empenho variam. Nos lugares onde o populismo é mais explícito e a economia não vai bem, a disputa entre o governo e a mídia tradicional pode assumir contornos dramáticos, como é o caso da Argentina. Já no Brasil, a discussão surge em espasmos e tende a ser empunhada por lideranças mais afastadas do centro do poder.
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

'Dilma e Cristina devem erguer muro contra golpistas'

Posted: 10 Mar 2013 09:38 AM PDT


À Carta Maior, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães fala sobre as incertezas políticas no continente após a morte de Hugo Chávez. Para ele, Brasil e Argentina desempenharão papel fundamental nesse processo. É importante que esses países estejam vigilantes, desestimulando eventuais movimentos golpistas. Juntas, Dilma e Cristina podem influir poderosamente. Por Dario Pignotti.
Dario Pignotti - @DarioPignotti
Brasília – Hugo Chávez citava frequentemente Samuel Pinheiro Guimarães para defender a aliança vital com o Brasil ou repudiar as tentativas de anexação por parte dos Estados Unidos sob o manto da Alca.
Chávez conhecia os bastidores do Itamaraty e quando citava Samuel talvez procurasse fortalecê-lo frente aqueles que tentavam afastá-lo da secretaria geral da Chancelaria para reestabelecer a diplomacia do Consenso de Washington. O diplomata também foi mencionado pela embaixada dos EUA para quem ele é um "antiamericano virulento", segundo documento divulgado pelo Wikileaks.
A morte de Chávez, mas sobretudo a tensão estratégica entre Venezuela e Estados Unidos, e o "muro" que Dilma e Cristina Kirchner estariam formando para abortar tentativas golpistas contra Nicolas Maduro foram os temas tratados pelo diplomata nesta enciclopédica entrevista à Carta Maior.
Carta Maior – Washington considerou absurda a suspeita de que Chávez tenha morrido vítima de uma enfermidade inoculada. Certamente a hipótese soa algo exagerada, mas você a descartaria por completo?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não estou em condições de falar sobre o que ocorreu concretamente, mas o presidente Maduro falou do tema, segundo ouvi, e prometeu investigar. Ele deve saber porque disse isso e se houver alguma desconfiança por parte do governo venezuelano este pode adotar a decisão que lhe pareça mais conveniente. Os estados têm soberania para decidir o que fazer. Não afirmou nada, estou especulando.
Os que colocaram em dúvida o que causou a morte de Arafat (suposto assassinato com substâncias radioativas) foram desqualificados em 2004, quando ele morreu. Passados alguns anos, isso que parecia um absurdo hoje não é mais e os que foram ridicularizados não estavam tão equivocados. O passar do tempo às vezes acaba revelando algumas coisas. Que se investigue.

CM – Maduro falou de um plano sedicioso com participação estadunidense... O jornalista Kennedy Alencar informou que Dilma e Cristina se articulam para frear eventuais golpistas...
SPG – Não tenho informação, mas imagino que haja uma grande preocupação por parte das presidentas para que não haja um golpe de estado. Isso sempre pode ocorrer, como em 2002. De repente veio o golpe. Um golpe se articula discretamente. Estão corretas em se preocupar se têm informações. Mas creio que isso seja difícil no curto prazo. No médio ou longo prazo, aí já não sei. É importante que Brasil e Argentina estejam vigilantes.
Desestimular eventuais movimentos golpistas é importante. Juntas, elas podem influir poderosamente. O apoio delas ao governo democrático é necessário. Igualmente acredito que a transição para as eleições está assegurada. Haverá estabilidade no curto prazo, o problema é o longo prazo.

CM – Se tiveram coragem de tentar um golpe contra Chávez, porque não tentariam de novo agora, sem ele?
SPG – Claro, isso é lógico. É preciso levar em conta que a sociedade venezuelana está fraturada, os programas sociais levaram à conscientização das massas e, ao mesmo tempo, provocaram uma reação das classes altas e médias altas. As minorias sabem que pelas urnas é difícil chegar ao poder e aparece aí a tentação permanente de fazê-lo por fora das urnas.
Não sei com certeza se há setores militares fortes com planos golpistas, mas se há militares que não gostam do chavismo isso não me surpreenderia. Isso ocorre com todas as elites. Por isso, considero importante que existam milícias populares dispostas a defender o governo para compensar o poder dos militares.

CM – O novo secretário de Estado, John Kerry, se veste de pomba. Será ele menos hostil do que Hillary?
SPG – Parece-me quase impossível ser mais hostil que Hillary, mas a política externa dos EUA transcende a característica pessoal de seus funcionários. Há um princípio permanente que é castigar, ainda que muitos anos depois, os países que não se enquadram nos desígnios de Washington. Quando algum país não obedece a esse enquadramento, e a Venezuela fez isso, será vítima de uma política que eu chamaria de vingativa. Lembro quando Bush invadiu o Iraque por muitas coisas. Para ele, havia um sentimento pessoal. Bush chegou a dizer que Saddam quis matar seu pai. O mesmo ocorre com o Irã, porque eles invadiram a embaixada e, pior, os iranianos tiveram a audácia de dar os nomes dos informantes iranianos que trabalhavam com a CIA. Isso, Washington nunca perdoou. O mesmo se aplica a Venezuela. Creio que Washington nunca perdoará as atitudes de Chávez.

CM – Soberania equivale e irreverência...
SPG – A Venezuela foi uma província petroleira dos EUA durante décadas. Na II Guerra foi maior fornecedora de petróleo dos aliados. Tudo isso deu origem a uma classe dominante muito ligada ao negócio petroleiro e a Washington. Colômbia e Venezuela são fundamentais para o sistema norteamericano, no Mediterrâneo americano. Chávez acabou com tudo isso. Deu às costas aos Estados Unidos e se voltou ao Brasil, ingressou no Mercosul e rechaçou a ALCA. Isso, para os EUA, é imperdoável.

CM – Para a direita, o chavismo morrerá com ele.
SPG – A dimensão de Chávez foi imensa, mas não considero adequado dizer que tudo era fruto do carisma dele. Um autor alemão que viveu nos EUA dizia que as pessoas não chegavam ao poder porque tem carisma, o poder é que lhes dá carisma. Quando Chávez chegou ao poder em 1999, não tinha a grande dimensão internacional que chegou a ter, na medida em que foi desenvolvendo seu projeto. Agora, é preciso ver com Maduro amadurece (risos).

CM – O cesarismo, talvez inevitável, do modelo bolivariano agrava o vazio causado pela morte do líder?
SPG – Os meios de comunicação dão muito valor à atuação do presidente ou do primeiro ministro, supervalorizam a pessoa, como se ela fosse imprescindível. É falso, Ninguém governa sozinho, governa-se porque se representa um conjunto de setores. Isso ocorre nas democracias liberais e nas ditaduras. Por tanto, é um equívoco achar que o chavismo é só a presença de Chávez e não ver que esse fenômeno teve um respaldo enorme dos setores populares.
Dizer que Chávez era tudo foi mentira desses meios, que também inventaram que a revolução não é democrática. Na Venezuela de Chávez houve mais eleições que aqui no Brasil, como Lula observou. Não há notícias de jornalistas ou opositores presos. Se houvesse, seria notícia permanente. Essa imprensa criou a fantasia de que a revolução é um sistema baseado numa pessoa e isso é falso.

CM – A longa agonia de Chávez permitiu que Maduro se afiançasse como seu sucessor?
SPG – Espero que sim. Não é fácil saber qual será sua habilidade para manter dentro do projeto os setores populares, partidos e forças armadas.

CM – Sendo Alto Representante do Mercosul (até julho de 2012), você pode conversar em profundidade com Chávez?
SPG – Com Chávez falei poucas vezes. Ele citava constantemente um livro meu que ele considerava muito importante.

CM – Parece estar em marcha um ataque preventivo contra Maduro quando os conservadores anunciam que deverá haver um "inevitável" ajuste do gasto público.
SPG – A mídia internacional e os organismos financeiros internacionais repetem em coro que é preciso fazer um ajuste, controlar a inflação ou então virá uma catástrofe. Tudo isso é falso. Basta olhar para os EUA onde nunca se fala disso e onde há déficits comerciais e fiscais absurdos. Lá não se pede isso, aqui sim. É uma religião disfarçada de discurso econômico global onde toda a política social é chamada de populismo. No Brasil falam do lulopetismo.

CM – As políticas sociais destes 14 anos de Chávez são conquistas irreversíveis?
SPG – Não creio. No Chile havia um processo avançado e, com o golpe de73, se retrocedeu até na reforma agrária. Na Argentina ocorreu o mesmo com o golpe de 1976. Se a direita volta é para retomar o poder e terminar com as políticas públicas, com a redistribuição de renda. Tudo começa com as campanhas nos meios de comunicação, dizendo que chegou a modernidade, que está tudo melhor, que o populismo está dizendo adeus.
Na Venezuela esse discurso pode começar a ser utilizado com a volta das classes abastadas, para desqualificar os programas de saúde, os gastos do Estado com alfabetização, para retirar recursos da Universidade das Forças Armadas, das missões (programas sociais do governo).
Capriles (principal opositor nas eleições de outubro de 2012) teve mais de 40% dos votos. Esses votos não são só das elites. Há pessoas pobres beneficiadas pelos programas sociais que são ideologicamente conservadoras. Eu creio que essas conquistas não possam ser entendidas como irreversíveis. Por isso as classes dominantes querem voltar ao governo, para reverter esses avanços.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer
Postado por às 3/10/2013 
 
Do Blog DESABAFO BRASIL.

O povo é burro

Posted: 10 Mar 2013 09:34 AM PDT


Blog do Bemvindo

Nos últimos dias, desde a morte de Chávez e a eleição de Feliciano para a CDHM aumentou na minha caixa de correios o número de mensagens chamando o povo de burro.

A mais recente dizia que o povo brasileiro era burro, gado, porque elegeu Lula e Dilma.

A anterior a esta dizia que o povo era burro, ingênuo porque dava ofertas para os pastores.

Então fica assim: o povo é burro quando vota na direita, é burro quando vota na esquerda, e é também burro quando dá dinheiro pra igrejas.

Ou seja: definitivamente, o Povo é Burro!

Não há escapatória para 200 milhões de brasileiros. Todos burros. De um jeito ou de outro.

E agora a extensão dos burros alcança os venezuelanos, os bolivianos, os argentinos etc. etc..

O pedreiro que dá dinheiro pra Pastor é burro, ingênuo, otário. Mas quando esse mesmo vota no candidato da nossa preferência não é mais burro? Deixou de ser ingênuo ou otário?

A empregada é ótima, fantástica, capaz, mas quando vota no Maluf é burra. Quando vota no PT também é burra, e se der oferta pra qualquer Igreja ou Seita é mais burra ainda?

Mais da metade dos evangélicos que dão ofertas votaram na Dilma.
Outra parte, menor, votou no Serra.

O que são então? Meio burros e meio inteligentes?

Sob que ponto de vista? Da Direita, da Esquerda? Ou dos Ateus, sejam da Direita ou da Esquerda?

Será que não dão chance ao Povo?

Eu digo a vocês: o povo é sábio, em qualquer hipótese, pois afinal é ele quem constrói a Nação e todas as coisas que  desfrutamos de forma inteligente.

Afinal só o povo é que é burro? Você que chama o povo de burro é o único gênio inteligente?

Seja de que lado for, a visão é paternalista e de caráter fascista já que pretende moldar o povo à sua única óptica.

Chamar o povo de burro é sobretudo falta de respeito com o exercício da cidadania.

Mao Tsé Tung tinha razão quando dizia que devemos caminhar "Ao lado do Povo", nem atrás e nem à frente. Lado a lado. Pois afinal tirando a elite rica, a cangalha  é a mesma para todos os burros.

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Do Blog O Esquerdopata.

Joaquim, o supremo

Posted: 10 Mar 2013 06:14 AM PDT



Brasil
|  N° Edição:  2260 |  08.Mar.13 - 21:00 |  Atualizado em 10.Mar.13 - 10:08

Joaquim, o supremo

Presidente do STF, Joaquim Barbosa perde a compostura e revela descontrole verbal ao mandar jornalista "chafurdar no lixo". Esse comportamento cada vez mais recorrente não condiz com o posto que ocupa

Izabelle Torres e Josie Jeronimo

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No final do ano passado, quando as atividades do Judiciário brasileiro se encerraram, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, brilhava como um ídolo nacional. Ele tinha assumido o cargo dois meses antes e, graças à firmeza com que conduziu o processo do mensalão, passou a ser encarado como um combatente contra a corrupção e os desmandos da política. Voz forte e decisiva para mudar uma história de impunidades. Também não faltaram especulações sobre eventuais apetites eleitorais do ministro, até para a Presidência da República. Agora, sob constantes e previsíveis holofotes na volta das férias forenses, Joaquim Barbosa tem provocado rebuliços. Num curto espaço de tempo, ele fez declarações e tomou atitudes nada corriqueiras para a tradicional fleuma do judiciário. Disse que os magistrados brasileiros são tíbios e conservadores, foi ovacionado por plateias em eventos culturais, apareceu em colunas sociais com sua nova namorada, previu prazos para colocar mensaleiros na cadeia (com o que desagradou os colegas do STF) e ofendeu jornalistas que tentavam entrevistá-lo. Supremo mesmo, quem pareceu não foi a Corte, mas o ministro.
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Em Trancoso (BA), Joaquim Barbosa posou para foto ao lado da namorada
A solenidade e um certo distanciamento da vida mundana são mais que uma herança ritualística do Judiciário. Embora tragam o risco de simbolizar inacessibilidade, servem para marcar a capacidade de a Justiça não se deixar influenciar pelo que é alheio aos processos que julga. Nesse sentido, toda a movimentação de Barbosa pareceu fora de tom. Um outro Barbosa famoso, o Ruy, um dos maiores juristas da história do País, advertia que "o poder não é um tablado". Ruy Barbosa também era um defensor radical da transparência pública, pois entendia que não podia haver "segredos" para a nação: "A autoridade não é uma capa, mas um farol", dizia o Águia de Haia. Os diálogos ríspidos e as reações grosseiras de Joaquim Barbosa nas últimas semanas expressaram uma inadequação do ministro aos ambientes transparentes. O episódio da terça-feira 5, quando o repórter Felipe Recondo, de o Estado de S. Paulo, aproximou-se do ministro para uma rápida entrevista, foi revelador:
– Como o senhor está vendo... – iniciou o repórter.
 – Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz. Me deixa em paz. Vai chafurdar no lixo como você faz sempre – respondeu Barbosa.
– Mas eu tenho que fazer pergunta. É meu trabalho, ministro.
– Sim, mas eu não tenho nada a lhe dizer. Eu não quero nem saber do que o senhor está tratando – continuou Barbosa. E, já caminhando, chamou o repórter de "palhaço".
Numa nota divulgada no mesmo dia, um assessor de imprensa apresentou um pedido de desculpas em nome do ministro. Alegou que Joaquim Barbosa se encontrava "tomado pelo cansaço e por fortes dores". Também argumentou que se tratava de um "episódio isolado, que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa".
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O episódio, na verdade, não chega a ser isolado. Em novembro do ano passado, assim que Joaquim Barbosa fora eleito para comandar o STF, um repórter de televisão fez uma pergunta que estava na cabeça de muitas pessoas que acompanhavam o julgamento do mensalão. Queria saber se Barbosa "estava mais calmo" depois de chegar à Presidência. O ministro sugeriu que o repórter – por ser negro – não deveria fazer uma pergunta como aquela. "Vocês esperavam ver o Joaquim quebrando cadeiras? Logo você, brother. Pergunta de branco. A cor da minha pele é igual à sua. Eles (os outros jornalistas) foram educados e comandados para levar adiante esses estereótipos, mas você, meu amigo?"
Na quinta-feira 28, numa entrevista a correspondentes estrangeiros, Barbosa discorreu sobre o que seria um "problema orgânico dentro da própria instituição judiciária". Segundo ele, os juízes brasileiros "têm medo de julgar", possuem mentalidade "mais conservadora, pró-status quo, pró-impunidade." Já os procuradores teriam uma mentalidade "rebelde". As declarações do presidente do STF produziram uma reação indignada das associações de magistrados. Desde sua chegada à Corte, em 2003, Joaquim Barbosa acumulou um conjunto de refregas que acabaram em xingamentos, dirigidos a jornalistas ou não. Em contrapartida, vem mostrando encanto pela ribalta. Na semana passada, foi ovacionado e posou para fotos ao lado da jovem namorada numa pousada em Trancoso, na Bahia. Durante o julgamento do mensalão, o ministro Marco Aurélio de Mello já havia empregado palavras duras para criticar o comportamento de Joaquim Barbosa: "Não admito que Vossa Excelência suponha que todos são salafrários e só Vossa Excelência seja uma vestal", disse. A mudança de atitude do presidente do STF pode parecer um grande desafio. Mas certamente não é impossível para um cidadão que construiu uma biografia, que hoje é motivo de orgulho para tantos brasileiros.
Montagem sobre foto de Nelson Jr.Sco/STF

Do Portal do Terra.com.br

Não acreditem nos surtos do Joaquim Barbosa. É jogo de cena

Posted: 10 Mar 2013 05:48 AM PDT

Tem gente aí dizendo que Joaquim Barbosa, o condestável do Mensalão, surtou de vez.
Vocês se lembram: valendo-se da condição do presidente do Supremo, ele passou o julgamento soltando baforadas de ódio não só contra os acusados. E contra seus colegas de bancada, também.
Agora, o homem anda insultando jornalistas. Sem mais nem menos, chamou um deles de "palhaço" e mandou-o "chafurdar no lixo".
O mais surpreendente é que a vítima dos impropérios milita num dos veículos que fizeram do implacável Barbosa um herói da República: o Estadão.
O surto de Barbosa não é loucura passageira de um jurista que, de repente, ganha status de celebridade da revista Caras, sobraçando uma namoradinha quase teen e que sai por aí esperneando – "invasão de privacidade".
Joaquim Barbosa sempre adorou um holofote. O surto é uma estratégia minuciosamente estudada. Elevar-se acima da imprensa que tanto o incensou, simulando isenção, independencia e imparcialidade.
Para quem conheceu Jânio Quadros e seu método de falsa loucura, Joaquim Barbosa não está inovando nem um pouco.
Jânio só faltava espancar os jornalistas. Xingava-os de cães, de abutres, coisas assim. Claro que no dia seguinte uma gordurosa legião de jornalistas se postava à sua porta para registrar os impropérios do dia.
Assim, Jânio, showman de talento, não saia das manchetes. A imprensa engolia a isca.
Joaquim Barbosa também está se mostrando um espertalhão. Vai ter cobertura cativa daqueles repórteres a quem eles irá desacatar. Mas não tem o mesmo talento cênico de um Jânio Quadros.
(Nunca é demais lembrar que muita gente também não tem os jornalistas em alta estima. O potencial residual de rejeição da imprensa é um achado eleitoral para os oportunistas marotos).
Joaquim Barbosa foi aplaudido de pé num festival de música de Trancoso, segundo noticiou o jornalista-torcedor Elio Gaspari – que está convencido de que Joaquim Barbosa é o Barack Obama do Brasil.
Ser aplaudido em Trancoso é como ser aplaudido num daqueles botequins udenistas do Leblon ou num restaurante tucano de Higienópolis.
Empavonado em suas togas agourentas, Joaquim Barbosa tem ambições. De alma autoritária, quer se passar por ombudsman da democracia.
Falta combinar com o povo.
Nirlando Beirão

A crise é do jornalismo

Posted: 10 Mar 2013 05:42 AM PDT


Luciano Martins Costa, Observatório daImprensa

"O declínio da imprensa tradicional não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Mesmo que seus resultados não sejam desastrosos em uns poucos países onde algumas mudanças econômicas colocam na cena social novos protagonistas, ampliando o mercado, a imprensa é decadente por toda parte, e mais evidentemente onde ela contribuiu para construir sociedades mais democráticas.
Embora os analistas e observadores sejam levados a abordar essa questão a partir de pontos específicos, como a dificuldade dos meios tradicionais em se adaptar às novas tecnologias de informação e comunicação, há indícios para se afirmar que a crise da imprensa vai muito além do modelo de negócio.

Trata-se de uma crise do jornalismo, e basta uma pergunta básica: se o jornalismo é parte essencial da vida democrática, provendo a sociedade de informações que ajudam a formar a consciência da cidadania, pode-se dizer que a imprensa está cumprindo bem esse papel em algum lugar do mundo?
Antes que se diga que é impossível responder, de imediato, essa questão, podemos reduzi-la ao contexto mais próximo: a imprensa ajuda os brasileiros a construir um Brasil melhor?

Uma resposta, longa ou sucinta, exige algum paradigma: por exemplo, um país melhor teria uma população mais educada e menores índices de violência, para ficar em dois aspectos básicos das sociedades mais desenvolvidas. Um jornalismo de qualidade poderia contribuir para isso oferecendo conteúdos que convidassem – o ideal seria o verbo compelir – à reflexão. Para tanto, a imprensa precisaria se colocar como uma instituição aberta ao contraditório, o que justificaria seu papel de mediadora entre visões de mundo diversas ou divergentes.

O aprendizado da convivência democrática não se faz exclusivamente pela leitura de jornais ou pela audiência passiva de noticiários da televisão: ele se consolida nos relacionamentos sociais, onde são testadas as convicções e a capacidade de cada um de lidar com a diversidade de opiniões e interesses.
Nas sociedades arcaicas, onde as necessidades básicas de sobreviver e criar a prole limitavam ambições individuais, as opiniões eram harmonizadas pela figura do sacerdote. Na sociedade moderna, o sacerdote foi substituído pelos agentes da indústria cultural, que se movem basicamente pelo interesse econômico.

Alimentando radicais

Essa é uma das origens da submissão de todas as relações à questão econômica: embora pareça que a imprensa discute política, religião, futebol ou a moralidade pública, o que define cada opinião é a visão particular sobre como deve ser organizada a economia. Toda pauta jornalística é submetida a esse crivo central, e quanto mais urgente é a decisão editorial, mais reta essa linha entre o fato e a matriz ideológica que condiciona a interpretação.

Como a sociedade contemporânea projeta uma realidade mais complexa, essa visão condicionada a um eixo central se torna imprecisa e tende a distorcer a visão de mundo. Vejamos, por exemplo, como a imprensa viu o caso em que o disparo – eventualmente acidental – de um artefato naval de sinalização provocou a morte de um adolescente na cidade de Oruro, na Bolívia, durante uma partida de futebol.

Claramente, não apenas as reações dos analistas esportivos, mas os comentários de leitores e protagonistas das redes sociais formaram um conjunto assombroso de irracionalidades e radicalismos.
A imprensa em peso considerou que o ato foi premeditado. E ponto final. O fato em si ficou nas sombras – as opiniões se impuseram, impedindo qualquer reflexão mais elaborada e resultando numa condenação generalizada a todo torcedor de futebol – essa gentinha diferenciada que ulula nos estádios, diria uma senhora paulistana de Higienópolis.
O mesmo se pode observar sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez: parte da imprensa e muitos leitores descambaram para o achincalhe, esquecendo as mais básicas regras da convivência social. Até mesmo a morte do cantor Alexandre Abrão, conhecido como "Chorão" – ao que tudo indica provocada pelo abuso de drogas –, acaba sendo usada nesse contexto, no blog de um jornalista, que escreveu: "Chávez vai tarde, Chorão vai cedo".
A imprensa estimula a radicalização na sociedade brasileira, simplesmente porque não consegue lidar com as sutilezas da realidade contemporânea. O resultado é mais irracionalidade.
Quando o jornalismo resvala para o aviltamento, não há mais jornalismo."

Dilma porreta!

Posted: 10 Mar 2013 05:36 AM PDT

Do Blog do Cadu - sábado, 9 de março de 2013

 

 

A cesta básica está livre de impostos federais. Foi o que anunciou a presidente Dilma em cadeia nacional de rádio e TV no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Esta medida que aumenta a qualidade de vida, principalmente dos mais pobres, soma-se à redução da taxa de luz, a redução dos juros a níveis civilizados e a destinação em 100% dos royalties do petróleo para a educação.

Agora junte tudo isso à política de valorização do salário mínimo – maior conquista dos trabalhadores brasileiros – existente no país há alguns anos e a nossa condição de pleno emprego. O Brasil, mesmo com inúmeras dificuldade e campanha dos agourentos de plantão, está um país mais justo para seu povo.

Também foram redefinidos os componentes que compõe a cesta básica. Agora fazem parte dela as carnes bovinas, suína, aves e peixes; o velho arroz com feijão, ovos, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes. E mais uma vez o PSDB esperneia afirmando que a ideia era dele. Já repararam quantas ideias teve o tucanato mas nunca pôs em prática. Logo, vão dizer que a ideia de criação do mundo foi deles, mas deixaram para deus fazer.


O que o PSDB fez foi onerar tudo que pôde, desde que fosse para os mais pobres. Aumentar o lucro especulativo no Brasil e vender patrimônio do povo a preço de banana. Pelo visto, Aécio – ou outro nome da oposição ou base "mui amiga" – não será presidente a partir de janeiro de 2015. depois desse anúncio qual será o factoide que eles vão inventar?

Ao anunciar a redução da tarifa de energia, o PSDB protocolou ação questionando a cor da roupa de Dilma usada no anúncio. "Vermelho é a cor do PT", mas segundo estilistas, a cor usada por ela era "rosa chiclete". Esse é o nível de nossa oposição. Mover ações contra cor de roupa.

Não causará estranheza se Míriam Leitão ou Sardemberg, inventaram gráficos e falas de economistas que ninguém sabe quem são afirmando que a redução é falsa por que outros fatores que envolvem o consumo dos produtos da cesta básica aumentarão de preço, como por exemplo o valor dos estacionamentos dos supermercados. Afinal, a frequência nesses estabelecimentos deve aumentar. Também não seria estranho que os "analistas" do Manhattan Connection da Globo News soltem suas pérolas.

"Essa desoneração é migalha. Aqui em Veneza não se come pão francês e sim, brioches". Esse tipo de fala é a cara do Diogo Mainardi. Não se pode esquecer da "coisa feita em papel couché", Veja. Alguém duvida que ela publique uma pesquisa feita não se sabe onde por sabe-se lá quem afirmando que essa medida causará surto de obesidade no país?

Com o nível da nossa autoproclamada "grande imprensa", não. Veja lança capa afirmando que há na Venezuela uma "herança sombria" enquanto o povo não sai das ruas para velar Hugo Chávez. Talvez as trevas que se refere Veja seja o futuro da direita naquele país. Trevas que a direita brasileira parece se embrenhar. Seu último sopro é o (falso) moralismo e a "grande imprensa", com um suspiro de Judiciário. Nessa toada Dilma segue aprofundando o projeto de desenvolvimento econômico com inclusão social iniciado em 2003 com Lula.

De quebra Dilma ainda mandou um recado para os covardes machistas que gostam de bater em mulher, física e moralmente. ""Faço um especial apelo e um alerta àqueles homens que, a despeito de tudo, ainda insistem em agredir suas mulheres. Se é por falta de amor e compaixão que vocês agem assim, peço que pensem no amor, no sacrifício e na dedicação que receberam de suas queridas mães. Mas se vocês agem assim por falta de respeito ou por falta de temor, não esqueçam jamais que a maior autoridade deste país é uma mulher, uma mulher que não tem medo de enfrentar os injustos nem a injustiça, estejam onde estiverem".

Por fim, reproduzindo o perfil "Dilma Bolada" das redes sociais: "Eita, presidenta porreta!"
.


.
 
Do Blog ContrapontoPIG

ESTADÃO ALIVIA "BARBOSÃO" - MAS, E SE FOSSE A DILMA OU O LULA QUE TIVESSEM MANDADO O REPÓRTER AFUNDAR NO LIXO EM QUE ESTÁ ACOSTUMADO ?

Posted: 10 Mar 2013 05:29 AM PDT


Enquanto o Jornal O Estado de São Paulo alivia o Ministro Joaquim Barbosa, outros veículos da "grande imprensa" nem mesmo tocam no assunto, da ofensas proferida por Barbosa, e dos seus maus modos e agressividade contra um repórter do referido Jornal. Não convém, neste momento, que Joaquim Barbosa  tenha retirado de si o factóide de SUPER-HERÓI que a imprensa lhe "agraciou".

Eu fico só imaginando, se fosse a Presidente Dilma quem tratasse de forma desrespeitosa e ofensiva um integrante da imprensa. O que os jornais e TVs teriam feito e ainda estariam fazendo com ela ?
O TEXTO DO ESTADÃO

A escolha é sempre sua

Posted: 10 Mar 2013 05:25 AM PDT

A CULTURA DA PORRADA

Posted: 10 Mar 2013 05:17 AM PDT


Nada mais cruel, medieval e idiota que esse Ultimate Fighting Championship, o tal do UFC.

          Neto violento da luta livre, um espetáculo circense que imperou na TV nos anos sessenta, e filho do Vale Tudo, este "esporte" idiota premia quem consegue destruir seu oponente na porrada.

          Nada mais cruel que ficar no sofá da sala com o resto da família assistindo um camarada apanhar até ficar com o rosto deformado.

          O curioso é que este tipo de selvageria estava adormecido no Brasil, até que a poderosa Rede Globo resolveu ressuscitá-lo em nome do lucro fácil.

           E, de uma hora para a outra, o que se viu foi gente sangrando nas telas no horário nobre. Até o Galvão Bueno passou a narrar os combates e o tal de Anderson Silva virou estrela de comerciais. 

           Nada me tira da cabeça que, assim como o boxe, as lutas do UFC são combinadas. E que a maioria dos "atletas" estão aí para servir de escada a um ou outro lutador já pré-escolhido ao estrelato.

             Mas, o fundamental é discutir que mensagem o Ultimate Fighting Championship e seus congêneres passam a nossa sociedade, já violenta por natureza. 

            Conheço muitos jovens que, influenciado pelo glamour social conquistado pelos astros do UFC, estão largando os estudos para se dedicaram, em tempo integral, ao treinamento nas academias. Todos aspiram se tornarem Andersons Silva.

            Depois de ter o nariz quebrado, costelas fraturadas e levar muita porrada ao longo de meses, estes rapazes descobrirão que, como no futebol, o olimpo desse "esporte" é reservado a pouquíssimas beldades.

           A esmagadora maioria daqueles que se profissionalizarem vai mesmo é pra sarjeta. E, numa sociedade cada vez mais tecnológica como a nossa, qual o futuro profissional que espera um rapaz musculoso, bom de briga, mas com quase nada na cabeça?

           Nem trabalhar como carregador de sacos num porto ele não poderá mais, já que este trabalho está hoje todo mecanizado. 
.............................
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